What? escrita por ChopperChan


Capítulo 24
Capítulo 23- Arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Tá, eu já tinha postado isso a duas horas mas quando fui checar, PUF! Não tava lá :v
Então... lembra do que eu disse sobre dois capítulos?resolvi enrrolar um pouquinho mais :3 dividi esse em duas partes ;-)
Sem comédia, mas também sem emice. Mais açúcar mesmo. sem ser Açúcar., o coala de pelúcia com A maiúsculo. Açúcar no sentido:Isso-é-tão-meloso-que-explodiu-minha-diabetes. E eu nem tenho diabetes.
Enjoy :*



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–-Psst. Koala. Psssstttt. Acorda!

Koala piscou os olhos lentamente, pronta para dar um belo tapa na cabeça de quem a acordara a aquela hora da madrugada. Mudou de ideia ao reconhecer os cabelos loiros do amigo.

–- O que foi Sabo?- Ela abraçava o travesseiro, fechando os olhos com força de novo- Se quer chocolate quente faz você.

–-Eu quero que você venha comigo num lugar.

–-Vai sozinho.

–-Por favor, é importante!

Ela grunhiu, se sentando logo em seguida, esfregando os olhos.

–-Tá bom... Eu (bocejo) vou.

–-Isso! Valeu! Te espero lá embaixo! Deixa a Shiro dormir!- Ele pulou a janela do segundo andar, se dependurando na calha antes de cair totalmente.

–-Idiota...- Ela se levantava, penteando o cabelo com as mãos e se dirigindo ao banheiro.

Devia ser por volta de quatro da manhã. Era o último dia deles em Goa, partiriam de noite de volta a Ilha-sede, e Koala estava muito cansada. Sua semana de “férias” fora resumida em limpeza, cozinha, limpeza, fazer a feira e mais limpeza. Dadan decidira usar da ajuda voluntária dela e de Shiro e fazer uma faxina geral compensando uma vida sem passar pano no chão, e que deveria durar por pelo menos mais cinco anos de tantas vezes que esfregaram o maldito piso.

Não pensou muito no que vestir, pegando a primeira roupa fresca e apresentável que encontrou na pilha amassada que ela chamava de “mala”. Não se importava que o amigo a visse de pijama, já se acostumara, e era melhor do que apenas de roupa íntima, e não deveria ter ninguém acordado a aquela hora na ilha, quanto mais naquela parte de montanha, mas isso não significava que iria sair daquele jeito, de jeito nenhum!

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–-Por que mulheres demoram tanto para se arrumar?- Sabo parecia impaciente, batendo o pé no chão de forma ritmada.

–-Porque gostamos de estar sempre bonitas.- Ela passou a mão no cabelo no melhor estilo Penélope Charmosa que conseguia.

–-No seu caso não precisa de tanto.- Ele ria do gesto atípico da garota.

Koala corou bruscamente. Já deveria ter se acostumado com a sinceridade do amigo, que quase sempre falava sempre a primeira coisa que lhe vinha a cabeça, mas ainda era surpreendida muitas vezes pelos comentários fora de hora que ele fazia.

–-O... Obrigada?

–-Vamos logo de uma vez.- Ele pegou uma bolsa em cima da mesa.

–-Olha o pleonasmo!

–-Saúde.

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–-Chegamos!- Sabo freava bruscamente em um lugar que parecia exatamente com o resto da floresta.

–-Tá, se fosse qualquer outra pessoa eu teria certeza que era um pervertido, e teria te mandado longe com um soco. - Koala fora praticamente arrastada floresta adentro, estava coberta de grama e cheia de lama até os joelhos - Mas como já estou acostumada com as suas loucuras só vou perguntar que bicho te mordeu pra você acordar cedo e me arrastar até o mato de nada a lugar nenhum.

–-É só que... É aniversário da ASL.

–-Ah... O dia do sakê?

Sabo balançou a cabeça, afirmativo.

–-Veio prestar homenagem ao Ace, né?

O revolucionário puxou um galho, revelando um pequeno toco cortado de arvore.

–-Sempre volto aqui pra trocar os copos. – Ele sorriu de canto, triste- Os animais sempre quebram.- Ele se ajoelhou , abrindo a bolsa que carregava.- Sei que já fiz isso lá no túmulo dele, no Novo Mundo, mas...

–- Eu ajudo você.- Koala retribuiu o sorriso, se sentando ao lado d amigo.

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–-Acha que se estivesse lá teria ajudado em alguma coisa?- Koala perguntava admirando a nascer do sol, sentada na beira do barranco. Com isso ela quebrava o silêncio de quase uma hora que pairava entre os dois.

Sabo se virou, encarando a companheira.

–-Quantas vezes ainda vai me perguntar isso?

–-O bastante para que você parar de se sentir culpado em relação a isso.

Ele sorriu de canto

–-Como consegue ter sempre a resposta pra tudo?

–-Nascendo mulher. Agora responda. De verdade.

–-Não é em relação a não ter conseguido ir a tempo que me sinto culpado... Mas...

Isso era novidade. Geralmente ele responderia algo como “Eu não sei” e desconversaria. Essa era a primeira vez que ele realmente parecia disposto a realmente falar sore o que sentia.

–-... É muito... triste pensar que...- seu sorriso se tornou irônico- Ele chegou ao outro lado na esperança de me encontrar lá, esperando por ele. É muito irônico pensar que foi dessa maneira que ele descobriu que eu estou vivo.

–- Ele iria entender.- Ela colocou a mão no ombro do amigo.

–-É mas é só que... Tudo podia ser tão diferente... – Seu olhar era distante, melancólico, como estivera desde a chegada a ilha.- Eu desonrei o nosso lema.

–-Vocês tinham um lema? E qual era?

–-Viver sem arrependimentos.

–-Crianças criaram isso? É bem profundo.

–-É... E eu quase sempre o segui a risca... Fugi de casa... Vivi sozinho... Me mudei pra casa da Dadan... Saí pro mar...

–-Fala sempre o que pensa...- Ela sorriu de canto.

–-Vai por aí.- Ele riu de leve.- Ele voltou a encarar o horizonte já claro.

–- É um bom lema. Serve como sua filosofia de vida.

–- Nós usávamos para não temer a morte sabe? Naquela época, eu não tinha interesse em viver cem, mil anos... Se eu conseguisse viver mais um dia, aproveitado ao máximo, estava bom.

–-E agora? O que mudou?

–-Disse para mim mesmo que viveria até ver o Luffy realizar o sonho dele. Por mim e pelo Ace. Além disso...- Ele se virou sorrindo torto para a amiga-... Me apeguei demais a certas pessoas para deixa-las tristes morrendo.

Koala retribuiu o sorriso.

–-Então vai viver mais alguns anos, porque eu planejo continuar lutando por muito tempo.

–-E ainda tem mais uma coisa...- Ele a encarava no fundo dos olhos.

–-O que? Ainda quer me vencer em uma luta antes de passar desta pra melhor?

–-Não, essa eu posso passar. Nunca conseguiria bater em você mesmo. O que ainda me prende aqui são... Promessas inacabadas.

–-Mesmo?- O coração da garota batia forte, e ela não sabia o porque.

–- Eu também prometi a mim mesmo que nunca mais iria deixar de seguir o lema da ASL. E, depois de reencontrar o Luffy, só falta uma coisa na minha lista de pendências de arrependimentos.

–-E qual seria?- Koala amaldiçoava o mundo inteiro pelo sorriso infantil do amigo, que naquele momento parecia encantador aos olhos dela.

–-Nunca ter feito isso.

Ele se inclinou, depositando um beijo de leve nos lábios da surpresa revolucionária.


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Notas finais do capítulo

Pleonasmo: repetição desnecessária feita para reafirmar algo mais de uma vez. Exemplo: a definição de Pleonasmo feita por mim.
Exemplo ² para quem é lerdo: Subir pra cima

***A Autora ChopperChan não é responsável por possíveis choques glicêmicos ou diabetes inesperada. Culpem as estrelas por isso.***

P.S: Alguem reconheceu a frase de uma das primeiras aparições do Ace? --Pausa para chorar no cantinho escuro--- Tá, passou...MENTIRA! Nunca vou superar a morte dele gente... foi minha primeira paixão fictícia ( e, nã, nunca vou falar isso pra minha mãe.)