Sua Garota escrita por Aurora Boreal


Capítulo 9
Oito - Indestrutíveis?


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey pessoinhas,
Bom, como prometido, capítulo no carnaval! Espero realmente que gostem, e comentem, pq eu adoraria responder seu comentário dizendo o que acha da fic. Vou parar de falar, e vamos ao capítulo!
Nos vemos lá embaixo...



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P.O.V. Oliver

Tentei me esquivar de minha vida, mas aquilo não estava dando certo. Não mais. Desde que Diggle e Felicity me tiraram da ilha, eu sinto algo dentro de mim me incomodando. O Arqueiro estava interferindo no Oliver que todos conhecem, e aquilo estava ficando notório. Thea me pergunta agora frequentemente sobre o motivo do meu mal-humor permantente, e eu tenho que mentir para ela. Tinha que mentir para protegê-la do que ela não consegue compreender. Mas não foi por isso que eu vesti o capuz? Para proteger quem amo? Mas agora outros entraram na minha lista, e se aproximaram a ponto de me fazer acreditar que a qualquer momento eu os perderia. Era como se eu tivesse areia em minhas mãos, mas eu não consiga segurá-la. E meus pensamentos estavam me atormentando, pensando em quantas vezes eu os colocava em perigo por ser quem sou. Eu precisava afastá-los, mas eu não conseguia. Por mais que eu tentasse, Felicity...

– Oliver... - diz ela me fazendo imagina o por quê seu cabelo mudou de repente para mais claro, e... - Oliver! - fala Sara alto me tirando completamente de meus pensamentos.

Estávamos no QG sozinhos, e eu vejo Sara em pé com as mãos na cabeça parecendo frustrada, e me vem a mente possíveis motivos. Me levanto, e tento me aproximar, mas ela levanta um dedo pedindo tempo e espaço.

– O que aconteceu? - pergunto a ela. Ela me olha arrependida, e eu me pego pensando se é sobre nós juntos.

– Não podemos fazer isso! - diz ela, e passa a mão nos cabelos os deixando assanhados.

– Por quê? - pergunto me aproximando, mas ela se esquiva.

– Por causa dela, Oliver! - diz ela me fazendo respirar fundo. - Não posso namorar você sabendo que você tem outra em seus pensamentos!

– Outra? - pergunto com uma sobrancelha levantada.

– Felicity Smoak! - fala ela o óbvio.

P.O.V. Felicity

Estava atrasada, como de costume. Meu despertador quebrou de vez, e eu havia esquecido de usar o do celular. Saio correndo do banheiro, e visto uma roupa simples, para não me atrasar. Pego uma rosquinha que Caitlin comprou e deixou em cima do balcão, e corro para pegar um táxi. Um cara gordo entra no elevador comigo, e tenho que me esforçar para não me sujar com o suor de seu corpo. Saio correndo, e quando chego na portaria, vejo um carro preto e luxuoso, e na frente dele e um moreno alto e bonito encostado nele com os braços cruzados e uma sobrancelha arqueada supondo motivos para meu atraso.

– Bruce? - pergunto assustada pela sua visita. Não era normal ter um bilionário bonito na frente de sua casa, era?

– Pelo meu relógio, você está atrasada. - diz ele e dá a volta no carro, e vai para o lado do motorista.

Eu o acompanho e sento do seu lado, e ele dá partida no carro.

– Precisamos conversar! - diz ele assim que estamos em movimento. Ok! Era uma mania minha fazer amizade com bilionários super-heróis?

– Sobre... - falo ajeitando o cinto. O observo olhar o celular rapidamente, e sua expressão muda de semblante por um instante.

– Sara Lance. - diz ele guardando o celular.

– Ah... - falo chateada.

Ultimamente, Sara estava na boca de todos. Não que eu não gostasse dela, gostava sim. Ela pelo menos não me mandava um olhar fuzilador diferentemente da sua irmã. Mas eu achava estar sendo excluída. Por sorte, Bruce fazia questão de me manter por perto, e de certa forma eu gostava disso.

– Há mais sobre ela do que ela fala. - diz me fazendo me movimentar desconfortável. - E você percebe isso assim como eu!

– Cada um tem os seus segredos. - falo sendo realmente sincera com ele. - Tenho certeza que eu não sei um milésimo da sua vida!

– Por quê eu ainda não te contei. - fala ele me encarando. - Mas ela está atraindo uma guerra consigo.

– Como assim? - pergunto finalmente ficando curiosa com o assunto. - Uma guerra? Por quê?

– Conhece a Liga dos Assassinos? - pergunta ele, e eu nego com a cabeça. - Um grupo de assassinos a sangue frio que têm um ideal um tanto plausível, mas usa os meios errados.

– Quer dizer obcecados. - digo, e ele acena com a cabeça. - E o que Sara tem a ver com isso?

– Eu tenho motivos para acreditar que ela fez um pacto com essa Liga. - diz ele, e eu paro de respirar por um segundo. - E eles estão atrás dela.

– Por quê, Bruce? - pergunto meio que me irritando. Se houvesse algo do tipo, eu saberia. - Quem são eles.

– Você sabe! - diz ele me olhando do canto do olho. - Você e Oliver estavam pesquisando eles algumas noites atrás.

Paro por um instante imaginando Bruce sabendo do que fazíamos no QG. Ele sabia entrar lá, mas não tinha acesso aos arquivos e... Espera! Ele é dono das Indústrias Wayne. Quem melhor para rackear um servidor meu do que eles, que têm a melhor tecnologia do país?

– Não acredito que estava me espionando! - falo agora realmente irritada e nem me importando em esconder meu tom de raiva. - Você não tem o direito de fazer isso!

– Preciso que se acalme, Felicity! - diz ele, mas eu falava rapidamente provavelmente irritada pelo cara conseguir entrar em meus sistemas. - Eu nunca machucaria nenhum de vocês sem que seja extremamente necessário. Principalmente você!

– Isso não lhe dá direitos de invadir meu sistema! - falo cruzando os braços olhando para o trânsito que infelizmente não estava cooperando para o fim daquela conversa. - E além do mais, por quê eu confiaria em você?

Agora eu estava gritando.

De repente ele se vira para mim, e me encara nos olhos, com uma profundidade que só eu via naqueles olhos castanhos penetrantes.

– Por quê passei muita coisa na vida que me daria milhões de motivos para não confiar em ninguém! - ele diz ainda me fitando. - Mas todos esses motivos foram por água abaixo quando te conheci, Felicity. - ele ri irritado com a própria situação. - Eu realmente confio em você, e eu morreria antes de fazer algo contra você, ou até mesmo de te machucar!

Acho que paro por um instante, e imagino pela primeira vez Bruce sendo sincera com uma pessoa e confiando nela. E eu sabia que ele não estava mentindo, e por isso, sem conseguir me segurar, eu pulo em seus braços e o abraço, recebendo rapidamente um abraço de volta.

Sussurro um "obrigada" em seu ouvido, e ele se afasta e acena com a cabeça e prosseguimos viagem pegando um atalho. Ele sabia desse atalho o tempo inteiro?

– Agora posso saber quem é que eu estava pesquisando? - pergunto realmente curiosa agora que tudo estava bem.

Ele liga a televisão do carro, e a imagem me faz parar de respirar mais uma vez. Ok, eu precisava aprender a me controlar.

Malcon Merlyn.

– O que Merlyn tem a ver com a Liga? - pergunto enquanto ele desliga a televisão.

– Tudo aponta que ele seja um membro dela. - e ele me olha mais uma vez. - E Felicity, esse ai não é o Merlyn!

Só pode estar de brincadeira!

– Como assim não é o Merlyn? - pergunto tentando imaginar que estava usando a roupa do Arqueiro Negro.

– Essa é a farda da Liga! - e eu finalmente entendo. - E se eles estão aqui, é por que algo grande está acontecendo em Starling.

– No caso entra a Sara. - digo finalmente ligando os pontos. Era óbvio agora!

– Sara Lance pertencia a Liga. - diz ele me fitando mostrando o quão grave era a situação. - E o líder, que ninguém sabe o nome a não ser que ele queira que saiba cria regras dentro do seu mundo. Algumas são mais importantes, como: não trair a Liga, não matar nenhum membro da Liga, e não sair dela. E para todas essas regras, a pena é...

– Morte! - eu completo boquiaberta com a situação. - E você acha que Sara traiu a Liga.

– Acho que Sara deixou ela! - diz ele, e eu imagino a angústia que ela deve estar sentindo mediante sua situação. Sara estava em apuros!

Logo chegamos nas Indústrias Queen, e ele me deixa lá com um aceno, e eu coro quando ele dá um leve sorriso para mim. Chego no escritório, e Oliver está com Laurel parecendo bem irritada, mas eu não estava ligando, além do mais, eu acabei de sair de um carro com Bruce Wayne, mas ver Oliver me deixou com o coração apertado. Eu sentia que estava traindo ele, mesmo não estando saindo com Bruce nem nada, e além do mais, ele estava com Sara. Mas outro motivo para me fazer pensar nisso, é a forma que eu estava escondendo sobre o que eu sabia dela para ele. Tipo a Liga e coisas assim. Será que ele sabia? De repente, uma raiva toma conta de mim. E se ele soubesse e não tivesse nos contado colocando todos em risco? Mas por mais que Oliver escondesse coisas da gente, ele nunca deixaria que nada nos acontecesse.

Estou sentada quando Laurel sai do escritório, e Oliver sai com cara de irritado e se dirige até a mesa onde eu estou arrumando uma papelada da empresa. Ele coloca as mãos na mesa, e me olha irritado.

– Por quê a demora? - pergunta ele parecendo que ia me bater com o olhar.

– O trânsito estava um caos! - falo juntando os papéis, e depois olhando para ele que não mudou de expressão.

– Então isso não tem nada a ver com você chegando com Bruce?

Esperai! Isso era ciúme? Por quê se fosse, eu diria umas boas para o cara que estava namorando. E pior, estava namorando uma mulher que aparentemente estava morta. E quem era ele mesmo para achar ruim quando eu pego carona com um cara? Além do mais, ele provavelmente sabia que eu gostava dele, por quê eu não era uma das melhores para esconder sentimentos, mas ele não tinha o direito.

– Não, Oliver. - digo tentando apaziguar as coisas. Além do mais, eu não queria outra discussão. Não hoje!

Passo o dia olhando Oliver fitar as coisas com um belo mal humor. Eu não sabia bem o que estava acontecendo, mas aquilo era uma das milhares de coisas que irritava ele. E eu já disse que Oliver irritado era uma dose pra leão? O cara simplesmente fica um porre, e ainda uma ressaca pesada. Com as outras pessoas? Ah não! Ele só fica assim comigo por quê ele acha que por eu saber seu segredo, tenho que aturar seus surtos. Tudo bem que eu deveria dar um descanso para ele, além do mais, o cara se preocupa com toda Starling, mas eu realmente não iria aturar ciúmes. Não dele!

Meu celular toca me tirando completamente meus pensamentos, e um sorriso bobo sai de meus lábios quando eu vejo o nome "Barry" na tela. Atendo o telefone, e o levo ao ouvido, o escutando começar a conversa com um atrapalhado de palavras. Tão eu!

"Oi Felicity." diz ele e eu posso perceber um sorriso em sua voz. "Que bom te ver. Bom... Tecnicamente não te ver, por quê estamos nos falando por telefone, mas que bom falar com você. Por quê... Que tipo de cara não gostaria de falar com uma loira linda e inteligente? Acho melhor eu parar de falar agora!

– Oi Barry! - falo sorrindo por ele parecer comigo. Ele é tão fofo! - Novidades?

"E se eu falar que sim, ganho um café com você? Por quê o Oliver me intimida um pouco!" diz ele, e eu gargalho pela sinceridade dele, e eu sorrio na possibilidade de sair com ele.

– Claro, Barry! - falo. - Quando?

"Pode ser agora? É que eu estou na frente das Indústrias Queen!"

– Já estou descendo! - digo e desligo o telefone.

Pego minha bolsa, e aviso o Oliver que vou tomar café com Barry, e sua expressão com a minha notícia não era uma das melhores. Mas ele me libera. O que diabos estava acontecendo com ele?

Quando chego lá embaixo, Barry estava em pé na recepção, e me recebe com seu sorriso fácil e doce. Vamos rapidamente para uma cafeteria que eu conheço perto do meu trabalho, já que ele não conhece muitas coisas aqui.

– O que tem pra mim? - digo assim que já estamos servidos, e eu me delicio com meu suco de laranja.

– Consegui as imagens da câmera de segurança. - diz ele, mas isso eu já sabia. - Mas não a do galpão das Indústrias Queen.

– A do galpão do lado? - pergunto.

– Onde se guarda máquinas pesadas de construção. - diz ele pegando algo em sua bolsa.

– E o que temos?

– Eles não usaram máquinas. - diz ele. - Vamos pensar em nós dois querendo roubar algo... Pegaríamos uma máquina de construção para arrombar uma porta quase impenetrável, não? - aceno com a cabeça.

Ele coloca seu tablet na minha frente e eu vejo as cenas boquiaberta. Dois caras, mascarados, amassando a porta como se fosse papel alumínio. Sem ajuda de nada, a não ser das mãos. Barry passa mais um pouco, e eu observo os dois saírem com a máquina que pesa uma tonelada nas mãos.

– Isso é... - começo a dizer, mas Barry me interrompe.

– Incrível, não?

– Eu iria dizer impossível! - falo ainda tentando assimilar as cenas. - Pode me dar esse vídeo?

– Claro! - diz ele e pega meu tablet, e em poucos segundos, eu já estou com as imagens.

Me despeço de Barry, que gentilmente paga a conta, e dou um beijo no seu rosto, nos fazendo ficar sem jeito, e me fazendo andar mais rápido para não ter como cruzar com ele na rua. Por quê na verdade, eu queria beijar um pouco mais do lado.

Subo rapidamente os prédios, e para minha surpresa, Oliver e Bruce estão conversando na sala de Oliver, e eu não posso evitar atrapalhar a conversa. Além do mais, ele iriam querer ver isso.

– Tenho algo para mostrar para vocês! - digo e vou me dirigindo para o computador de Oliver e começo a colocar a cena.

Assistimos juntos, e quando acaba, eu me viro para ver Oliver com cara de assustado, e Bruce com uma expressão preocupada. Provavelmente eles estavam tão desesperados quando eu.

– E ai? - pergunto os tirando do transe. - Como vamos derrotar eles?

– Não vamos. - diz Oliver. - É impossível!

– Não sabia que existia outros como ele! - diz Bruce perplexo. E eu começo a me perguntar se estamos falando da mesma coisa.

– Do que vocês estão falando? - pergunto, e os dois falam ao mesmo tempo não deixando nenhuma possibilidade de entender o que pelo menos um falou. - Um de cada vez! - falo suspirando.

– Mirakuru! - diz Oliver com a expressão dura.

– Homem de Aço! - diz Bruce encarando Oliver com uma sobrancelha levantada.

– Espera... O quê? - pergunto tentando entender se eles estavam falando da mesma coisa.

– Mirakuru existe? - pergunta Bruce perplexo. Eu também não estava entendendo nada. - Pensei que fosse história!

– Do que estamos falando aqui? - falo levantando as mãos para que um me explicasse o que estava acontecendo.

– Na Segunda Guerra Mundial... - começa Bruce - Os japoneses começaram a criar um soro que transformaria homens em super soldados!

– Indestrutíveis! - continua Oliver. - Mas o submarino que transportava a única caixa com o soro pronto, se perdeu. Ai entra a ilha! - dessa vez, Bruce se vira com os braços cruzados para escutar a história de Oliver. - Eu estava lá, e um grupo de piratas estava atrás de um mapa, mapa que eu tinha. - vejo a expressão de Oliver mudar para dor da lembrança. - Fui atrás para saber do que se tratava, mas fui pego em uma emboscada. Eles explodiram onde ficávamos, tirando qualquer rastro de esperança de vê-los vivos. Mas eles estavam. Slade estava muito ferido, e eu consegui fugir e fui ajudá-los. Mirakuru era a única chance de salvar Slade. O que não sabíamos, era que o soro criava não soldados mais fortes e indestrutíveis, mas assassinos sanguinários. Eles ficam loucos!

– Mas precisam de motivos para isso. - diz Bruce, e vejo a expressão de Oliver distante.

– Shado. - é o que Oliver diz, e sai da sala deixando eu e Bruce sozinhos.

Bruce me encara interrogativamente, e eu nego com a cabeça saber o que estava acontecendo. Ele despenca no sofá do meu lado, e ficamos ali por um tempo.

Já estava a noite quando acordo. Eu ainda estava no sofá, e o que torna aquilo mais estranho, era eu estar em cima de Bruce que também estava acordando. Começo a levantar, e minha cabeça começa a latejar. E por estar sentindo aquela dor, eu sabia muito bem do que se tratava aquele sono. Bruce está segurando um dardo verde na mão e me olha interrogativamente, mas irritado. Viro meu rosto para Bruce imaginando aquela agulha no meu pescoço, que parece doer para sair, quando a mão de Bruce me puxa para perto me dando um beijo. O beijo mais delicioso que recebi, até que sinto uma pontada aguda no meu pescoço, e mordo os lábio de Bruce e me afasto.

– Tirei! - diz ele segurando o dardo verde nas mãos.

– Idiota! - digo e levanto irritada por ele ter me beijado só para isso, e vou em direção ao computador de Oliver.

– Não te beijei só por isso. - diz ele, e eu coro ao imaginar o por quê.

Começo a rastrear Oliver pelo localizador na bota, quando o vejo em um galpão perto do porto. Invado o sistema ridículo do prédio, e começo a rastrear Oliver pelas câmeras. Primeiro andar limpo, segundo... E eu o vejo. Deitado em uma caixa desacordado, e meu coração dispara.

– OLIVER! - meu grito sai como de súplica, e Bruce aperta minha cintura e sai correndo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostando do que está acontecendo na fic? Comentem e diga sua opinião. Olha, vcs não sabem o quanto é importante para mim sua opinião. Se não gostaram, diga, se gostaram, digam também. Não estou pedindo uma recomendação, mas só uma comentário, ok?
Kisses
~Mais uma Geek