Sua Garota escrita por Aurora Boreal


Capítulo 4
Três - Tensão


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores,
Sei que querem me esganar por demorar esse tempão para postar, mas eu estava com um bloqueio enorme nesses dias. Espero que gostem do que preparei para vocês... E obrigado pelos comentários carinhosos de vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579060/chapter/4

Olho para Oliver sentado em sua mesa do outro lado da parede de vidro, e milhões de pensamentos vêm a minha mente. Exemplo: por quê essa cara de preocupação?

Desde que Oliver voltou a cidade, ele vem tendo alguns probleminhas relacionados a todas as áreas da sua vida. Na empresa, Isabel Rochev querendo tomar ela, em casa, Moira presa e faltano alguns dias para o julgamento, nas ruas de Starling... Ele é o Arqueiro!

Tudo bem que ele venha tendo probleminhas com fãs malucos tentando fazer justiça de forma bem errada, eu percebo que ele está meio para baixo nesses últimos dias, e eu não sei se devo perguntar sobre isso.

Deixo os arquivos em cima da mesa e levanto. Bato algumas vezes na porta de Oliver, e olho ele tirar o foco de uma planta no lado de sua sala, e me olhar.

– Oliver... - digo abrindo a porta.

– Algum problema? - pergunta ele me olhando entrar em sua sala. Tudo bem que eu mal ia para sua sala desde que comecei a trabalhar com ele. Mais pelo fato do meu probleminha sentimental.

– Não. - digo enquanto ele se ajeita em sua cadeira. - Queria saber se você está bem.

Seu olho faz uma expressão de surpresa enquanto me sento em seu sofá, enquanto tiro o tablet do meu colo e coloco na mesinha de centro enquanto o encaro.

Ele se levanta, e se acomoda em uma poltrona do meu lado nos fazendo ficar bem próximos um do outro e de frente, se nos virássemos um pouco.

– Estou! - diz ele me lançado um daqueles sorrisos falsos que eu sei reconhecer.

– Corte essa Oliver! - digo revirando os olhos. - Sei muito bem sobre você. Te conheço até sem roupa!

Ele dá uma gargalhada, e eu paro para prestar atenção aonde foi que eu errei. Até que me toco e...

– Quero dizer... - começo a ficar bem vermelha. - Sem a roupa do Arqueiro.

E eu fiz algo certo. Quero dizer, fiz ele sorrir naquela situação. E olha que geralmente quando eu falo as coisas, as pessoas ficam sem jeito e as vezes triste. Eu não tenho aquilo chamado de filtro entre a mente e a língua.

– Entendi Felicity. - diz ele ainda me fitando. Que droga! Me perdi em seus olhos azuis. - É só Thea.

– Thea? - pergunto confusa. Desde que Oliver... Sumiu, eu e ela viemos cultivando uma boa amizade, e eu via o quanto Thea sentia falta do irmão.

Em que ela poderia estar dando trabalho?

– Ela se nega a visitar nossa mãe! - diz ele com um sorriso triste. E eu podia ver que aquilo afetava ele.

– Oliver... - tento de todas as formas ajudá-lo. Para começar, eu não era uma expert nisso. - Ela só está...

– Eu sei Felicity. - diz ele. - Só que... Elas são a única família que eu tenho.

E eu entendia. Entendia o que ele queria dizer. A única diferença é que ele morava na cidade em que sua única família morava, e eu...

– Sr. Queen. - diz Diggle acompanhado por um cara de cabelos castanhos baixinho.

Me levanto e ajeito meu vestido tubinho azul enquanto comprimento o cara que se nomeou de Blood.

Que nomezinho mas esquisito.

Olho para Oliver que me dispensa com um sorriso, e eu acompanho Diggle até a parte de fora da sala onde não podemos mais ouvir a tal conversa entre o esquisitão e Oliver.

– Blood? - digo assim que chego em minha mesa junto com Diggle. - Que pessoa tem o nome Blood. Nem o Drácula pensou nisso!

– Deve ser um nome artístico ou...

– Não é não! - digo virando a tela do computador para que ele veja as informações sobre Blood.

Coloco o queixo em uma das mãos enquanto eu analiso a ficha impecável de Sebastian Blood. O cara parece vir do céu, já que nem uma multa de trânsito consta em sua carteira. E quando está tudo certinho assim...

Oliver passa duas horas trancado lá dentro com o tal Sebastian Blood, e eu e Diggle ficamos do lado de fora esperando que o nosso chefinho resolva sair para almoçar, já que minha barriga parou de protestar pacificamente sobre a falta de comida.

Observo o horário no computador, e percebo que aquela reunião estava demorando mais do que o esperado. Que tipo de conversa interessante era aquela que durava tanto tempo?

– Que droga! - diz Diggle atacando meu copo de café frio enquanto tento chamar a atenção de Oliver de alguma forma.

– O que? - pergunto a Diggle que fica só fuçando no meu tablet.

– Vai acabar com minha dieta almoçar tão tarde! - diz Diggle me fazendo cair na gargalhada pensando em Diggle fazendo musculação em uma academia normal.

Olho para Oliver saindo da maldita sala com Blood dando as mãos. Começo a imaginar o que Blood era com todo aquela máscara de sorriso.

– Concorrente a prefeito? - pergunto a Oliver ainda encostada na mesa assim que me certifico que Blood entrou no elevador.

– Quer apoio das Consolidações Queen. - diz ele em pé na nossa frente - eu e Diggle.

Apoio das CQ's? Estranho duas vezes mais.

Levanto da mesa e pego minha carteira enquanto Diggle chama o elevador e Oliver espera eu terminar de ajeitar o cabelo.

O elevador não demora muito, e vamos para o mesmo restaurante que Oliver e Diggle foram almoçar quando eu fui "embora". Passou a ser o nosso ponto de encontro mais perto da empresa.

Diggle se prende a vista da rua pela janela, enquanto eu olho para o cardápio. Oliver está do meu lado e eu sinto seu descorforto.

– O que querem falar? - pergunta Oliver quebrando o silêncio enquanto eu e Diggle olhamos assustados para ele.

Momento tenso é quando olhamos um para o outro juntos e nosso rosto fica a poucos centímetros de distância, o que me faz corar no mesmo instante.

– Blood? - perguta Diggle resolvendo falar de uma vez. - Vai mesmo apoiar a campanha de alguém com o sobrenome Blood?

– Ele é uma boa pessoa. - diz Oliver olhando de Diggle para mim, que resolvi permanecer calada.

– E você virou um ótimo julgador de caráter não é, Oliver? - pergunta Diggle. - Lembra de Helena?

A droga! Que tal falar de ex-namoradas longe de mim?

– Eu sei o que estou fazendo. - diz Oliver teimoso feito mula. - E é minha obrigação já que minha mãe ajudou a destruir onde ele nasceu e morou durante toda a vida.

– Oliver... - digo aina baixinho o fazendo olhar para mim com uma expressão raivosa, e se suavizar me fazendo relaxar. - O que queremos dizer, é que tenha cuidado com essas pessoas perfeitinhas demais.

– Eu sei Felicity. - diz ele agora mas calmo. Eu tinha mesmo o poder de fazer isso com ele?

O almoço passou rápido já que o clima esfriou e voltamos ao normal. Mas, eu ainda achava aquele Blood um tanto... Estranho.

Chego em casa já anoitecendo torcendo para não achar o gato da Sra. Fernandes fuçando minha cozinha. Estava cansada, e ainda precisava ir a Verdant ajudar Oliver e Diggle com o Conde Vertigo que estava aparecendo de vez em quando para nos fazer uma visitinha com alguém com overdose, ou morto.

Visto uma calça jeans e uma camisa grande com uma sapatilha, e sigo para Verdant. Tinha que chegar cedo para não pegar a fila para a entrada da boate, então resolvi me apressar.

Encontrei Diggle deitado inconsciente na maca, e o manequim do Arqueiro vazio. Me aproximo de Diggle que ainda está desmaiado, e coloco o fone de ouvido que estava na minha mesa.

– Oliver! - digo assustada tentando imaginar onde diabos ele se meteu.

"E Diggle?" pergunta ele respondendo meu chamado.

– O que aconteceu aqui? - pergunto ainda sem entender o porquê de Diggle naquela situação.

"Ele entrou tendo um ataque de abistinência. Então resolvi dar um calmante para que ele não a machuque enquanto me ajuda."

– Ele não usa droga nem nada viciante. - afirmo.

"Eu sei!" diz Oliver parecendo estar correndo. "Acho que foi dado para ele de outra forma sem que ele saiba. Pode pesquisar os casos na cidade?"

Sento na frente do meu computador, e começo a digitar rapidamente tentando encontrar outros casos, quando as luzer na minha tela começam a piscar descontroladamente.

– Mais de três mil casos em Starling. - digo assustada com o número que aparece na minha tela.

"Preciso que você..." e depois escuto uma barulho de uma queda. Olho para a tela e vejo que o comunicador ainda está ligado, e entro em pânico.

Olho Diggle ainda desmaiado em cima da maca e imagino o que fazer naquela situação. Oliver provavelmente em uma encrenca, e Diggle desmaiado em uma maca na Verdant.

Imagino que prendê-lo irá ajudar para que ele não encoste os dedos em meus brinquedinhos e nos do Oliver enquanto estou fora, então pego fitas e umas coisas que acho na caixa de ferramentas em cima da mesa.

Corro para o carro e dirijo para o Hospital Psiquiátrico, que é onde o localizador de Oliver parece estar. O lugar parece abandonado com a tinta descascando e as luzes de fora apagadas.

Entro por uma fenda no muro onde provavelmente os malucos escaparam, e dou para um pátio vazio atrás do prédio. Subo as escadas de incêndio olhando o celular para saber por onde ir até chegar a Oliver que está no terceiro andar sem se mover. Pelo menos isso que diz a luzinha vermelha na tela do meu celular.

Uma janela parece aberta, e percebo que ali foi provavelmente por onde Oliver entrou, até que percebo que ali era pequeno demais.

Entro me expremendo e agradecendo por fazer aquela dieta de frutas nos últimos tempos. O corredor escuro estava vazio me fazendo ter arrepios durante meu percurso até a sala onde Oliver está. Faço questão de olhar para trás de vez em quando tentando esquecer a cena daqueles malditos filmes de terror qe fiz questão de assistir na faculdade mesmo me borrando de medo.

Olho para a porta que daria para ser de um cofre na minha frente, e junto toda a minha coragem para empurrá-la. Me abaixo enquano olho para Oliver preso em uma maca na minha frente.

Corro ainda abixada para ele e destranco as tiras que prendem o seu braço e sua perna e começo a sacudí-lo.

Ok! Treinamento médico: Nenhum. Então eu teria que dar meu jeitinho.

Em um surto, Oliver corda, e me prende pelo pescoço na parede.

Luto para respirar, já que provavelmente ele estava drogado. O chuto enquanto ele luta contra sua própria mente, até que ele me larga no chão me apoiando em seus braços.

– Felicity... - diz ele ainda me abraçando enquanto luto para respirar. - Me descul...

Escutamos um estrondo, e nós dois nos jogamos no chão. Aproveitando a explosão que houve no prédio, aproveitamos a janela arrombada para sair, e caírmos no chão.

Sinto o corpo de Oliver em baixo do meu, e me apresso a levantar e fazê-lo ficar em pé.

– Você está bem? - diz ele tirando meu cabelo do meu pescoço, e olhando a provável marca de dedos lá. Seu rosto entristece e eu o seguro com as mãos.

– Não foi culpa sua! - digo a ele que passou de tristeza para raiva. - Você estava drogado.

– Eu sou um assassino, Felicity. - diz ele me fazendo gelar.

Ele não era um assassino, e sim um herói. Um herói que salvava pessoas e que tinha suas falhas por que era humano.

– Não precisa ser! - digo virando seu rosto do chão para mim. - Eu confio em você!

Entramos no meu carro e seguimos direto para Verdant. Encontramos Diggle sentado na maca esfregando o pulso enquanto todos os lacres e fitas estão rompidos na maca.

– Vou pra casa! - diz ele a Oliver que quer se certificar que ele está bem.

Oliver senta na maca sem querer me olhar direito enquanto limpo aquela ferida.

– Oliver! - digo o fazendo olhar para mim.

E como se eu não pudesse mais aguentar, puxo seu rosto para perto do meu até que nossos lábios se encostem. Ele parece tenso, até que percebo seus músculos relaxarem e ele tocam minha cintura com suas mãos me envolvendo.

– Obrigada! - diz ele ainda com os lábios encostados nos meus enquanto fala.

E eu me rendo completamente a estar apaixonada por ele, por mais que aquilo não caiba no nosso trabalho e na nossa vida. Estar com ele me fazia sentir finalmente... Bem!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem todos, inclusive aqueles fantasminhas que leem e ficam caladinhos. Adoro o comentário de vocês. Se quiserem dar idéias e falar o que querem que eu melhore, eu iria adorar já que faço isso para vocês. Bjão!
~Mais uma Geek
OBS: Prometo ser mais responsável nos prazos galerinha!
XOXOXOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sua Garota" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.