Nem me lembro da última vez que eu tive uma noite normal. Se não já bastasse ter aquele maldito emprego na CQ, agora eu era amiguinha do vigilante de Starling, que eu chamava orgulhosamente de Arqueiro.

Não sei o que me fez aceitar trabalhar com ele. Vai por mim, já criei teorias. Ele simplesmente perguntou e eu disse sim. Não era um casamento, já que se eu quisesse, eu poderia pular fora, chutar o balde, sabe? Mas nos fins da conta, eu sempre sedia a seu charme. Seu charme por que o Arqueiro era Oliver Queen.

Milhares de pessoas e o que eu admirava era quem eu mais odiava. Não me entenda mal, odiava está no passado. Mas Oliver realmente me dava nos nervos. Não só por que ele era um bilionário mimado, mas por sua tendência a me provocar.

Era um dia normal quando soube da notícia que Oliver estava de volta. Mal sabia eu que ele apareceria na minha sala para pedir algumas coisas um tanto estranhas, depois no meu carro baleado com a roupa do Arqueiro, e que depois me chamaria para ser parceira dele. Depois daí meu amigo, eu sempre estava com dor de cabeça ou passando as noites na frente de um computador impedindo assassinatos, máquinas de terremoto, ou um sequestro.

Normalzinho.

E agora aqui estou eu, sendo além de parceira do Arqueiro, amiga de Oliver Queen. E estando mais uma noite tentando localizar seu paradeiro.

Não sei o que ele tem, mas ele consegue sumir do radar quando quer. Pergunte para sua mãe Moira, ou para sua irmã Thea.

Desde o empreendimento – que era o terremoto nos Glades – ele havia sumido. Eu até entendo, já que seu melhor amigo morreu tentando salvar sua ex-namorada, que também era recente ex-namorada dele, que estava com um tipo de relação com Oliver.

A partir daí, adeus. Sem Oliver, sem Arqueiro, e sem presidente da empresa.