Patronwood - Entre luz e trevas escrita por Violet Fairhy


Capítulo 1
Capítulo I - Introdução


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Espero que gostem da minha história, quem curte mistério, vai se envolver bastante. Por favor, deixem reviews, críticas, sugestões, receita de bolo hahaha, enfim... Eu ficarei muito feliz!Beijo
OBS: Plágio é crime.



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67 anos, 22 dias e 15 horas após a grande destruição causada pela 3ª Guerra Mundial, Violet encontrava-se no porão da Casa Auxilium, rodeada de revistas, jornais e livros antigos e empoeirados, nutrindo sua sede de saber sobre o passado, sobre como tudo funcionava antes da realidade em que vivia.

Os pais da garota haviam morrido quando ela tinha 13 anos de idade por ocasião de uma febre ainda desconhecida que atingiu o sul da Colônia Central e outras inferiores. Desde então, Violet foi obrigada a viver junto com outros jovens amparados pelo governo.

A idade mínima fora firmada em 22 anos com o objetivo de proteger aqueles que seriam o futuro da humanidade, pois a febre havia matado a maioria das crianças e adolescentes. Os que sobraram passaram a ser monitorados em suas casas ou nas Casas Auxilium, tendo sido os únicos sobreviventes: os “novos” das escassas colônias do norte, os “novos” que habitavam o norte da Colônia central e Violet...

Hoje com 18 anos, seria um dia diferente para ela, pois há duas semanas seus tios, os quais ela nunca soube da existência, haviam aparecido reclamando sua guarda e após exames médicos que confirmaram o parentesco e passarem pelo processo burocrático que o governo impunha, tinham conseguido. Eles viriam buscá-la para viver em uma das Colônias do Norte, pelo menos foi o que Violet ouvira.

– Senhorita Gardien? – uma das inspetoras a chamou.

– Estou indo! – respondeu a menina sobressaltada, guardou alguns livros dentro de sua mochila e saiu do porão.

Quando chegaram à frente do prédio, Violet visualizou o carro grande, de cor preta e vidros escuros, um casal estava posicionado à sua frente e avançava. Os dois vestiam roupas acinzentadas e óculos escuros, eles eram mais jovens do que ela havia imaginado, ambos aparentavam estar na casa dos 40.

– Olá, fico feliz em vê-la querida. – disse a mulher em tom agradável. Ela tinha longos cabelos loiros e ondulados, como os de Violet. A menina apenas assentiu com a cabeça.

– Somos Aaron e Zara Gardien, seus tios. Vamos Violet. – disse o homem alto e forte de forma direta fazendo um gesto para o carro .

– Meus pais nunca falaram sobre vocês. – ela afirmou rapidamente em resposta.

– Seu pai era meu irmão. Nós tivemos desentendimentos... – o homem parou de falar por um momento, instrospecto – Ele nunca falou sobre mim porque cortamos laços, mas agora somos as únicas pessoas que você tem, devia agradecer por ainda possuir família. Então seria melhor que viesse sem delongas. – Aaron disse em tom grave e frio.

Ela o observou por um momento e realmente suas feições a lembravam seu pai. Violet sentiu seu coração se apertar por um momento.

Estava paralisada, ela não queria ir, mal conhecia aquelas pessoas e o modo como aquele homem falava era autoritário demais para quem acabou de reconhecê-la como sobrinha.

Aaron a olhava com um ar impaciente, como se fosse obrigá-la a entrar no carro a qualquer momento, Zara apenas observava os dois de maneira tolerante.

Violet sentiu duas mãos em seus ombros, era a inspetora impulsionando-a para frente levemente.

– Vá com eles senhorita. Será melhor para você ficar com sua família, é sempre o melhor. – a mulher disse de forma calma.

Será? Pensou a menina.

Pelo visto, ela teria mesmo que ir, não havia jeito. Auxilium já não era mais seu lar.

Violet caminhou até o carro e se acomodou no banco do passageiro abraçando sua mochila enquanto seu tio colocava a pequena mala no porta-malas. Os dois entraram no carro sem dar nenhuma palavra e partiram.

A garota não se incomodava com o silêncio, pelo contrário. Ela apoiou a cabeça no vidro da janela e observou os campos cercados pelos quais passavam. Sim, o governo mandara cercar todos os campos, para que pudessem ser preservados, foi tarde mas o homem estava em fim aprendendo. Qualquer pessoa que devastasse ou poluísse estaria sujeita a penalidades severas, muitas das quais baniam moradores das Colônias. Os banidos viviam marginalizados, morriam de fome ou contaminados pela radiação que havia fora das Colônias, era muito perigoso cruzar suas margens.

Após algum tempo, Violet ouviu seus tios sussurrarem, não entendeu o que disseram, mas se sentiu cansada. Em poucos minutos foi vencida por um sono profundo.

Muito tempo havia se passado quando Violet acordara, ela observou a estrada escura, sombras passavam constantemente por eles, logo a menina aproximou-se da janela, esfregou os olhos e depois o vidro que estava embaçado por conta da geada. A floresta dos dois lados da estrada era densa, as sombras eram das árvores altas.

A garota ficou impressionada levando em consideração que todas as Colônias possuíam o mesmo modelo, eram iluminadas, tinham prédios organizados e poucas árvores e aquele lugar, com certeza, não era uma delas.

Por o que pareceu uma hora o carro pegou a esquerda quando o caminho bifurcou. Logo atravessaram um gigantesco portão de ferro e Violet então ouviu um barulho estridente de metal, olhou para trás sobressaltada, mas a escuridão não a deixava ver. Ela se ajeitou no banco e fuzilou os tios pelas costas com o olhar, eles permaneciam mudos.

Quando o veículo parou a menina observou a ampla mansão que se estendia à sua frente e que parecia ter saído de um filme de centenas de anos atrás. As inúmeras janelas e as portas da entrada estavam cobertas por trepadeiras e a lua cheia aparecia no topo da torre leste.

Aaron e Zara saíram do carro, Violet ficou por alguns segundos estática, contudo, conseguiu se mover e abrir a porta, ergueu os olhos para ver se era mesmo real aquela mansão. Era impressionante... Impressionantemente medonha... Impressionantemente fantástica.

– Violet. – Zara a chamou.

A garota virou-se de repente ao ouvir seu nome.

– Bem vinda a Patronwood.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem os reviews e se curtirem, recomendem. Obrigada!Beijo



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