Every Breaking Wave escrita por Coutclara


Capítulo 8
Sea and Love


Notas iniciais do capítulo

Hey meus queridos, aqui estou com mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem deste pois eu achei simplesmente um amor!
Boa leitura.



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Um ano.

Mais um ano se passou, logo eu estaria com 13 anos. O tempo passava rápido e as vezes era até cansativo, Jared estava cada vez mais forte, seu cabelo tinha crescido e isso o deixava ainda mais bonito, ele estava com 14 anos a essa altura.

No começo deste ano completamos 10 anos de amizade e ele me deu uma tornozeleira de ouro com uma metade de coração aonde tinha suas iniciais gravadas, ele também tinha uma, a diferença era que na metade dele minhas iniciais se encontravam ali.

Aquilo me emocionou no momento me fez ficar ainda mais feliz, mas naquela mesma noite quando eu estava deitada em minha cama eu parei para pensar e notei que jamais poderia recompensá-lo por tudo. Jared sentia prazer em gastar toda aquela fortuna vinda da Capital comigo, mas eu não tinha nada para dar a ele, uma vez até chegamos a brigar quando Jared disse que não queria dinheiro, não queria nada que custasse mais que meu carinho por ele, até certo ponto eu ficava aliviada com aquilo, mas não me deixava menos receosa.

Com esse ano que passou Jared mudou, eu no entanto continuava a mesma de sempre, cabelos loiros, olhos azuis, corpo esbelto e tímida. Jared me fazia passar o dia inteiro nos complexos treinando, eu podia notar que as garotas mais “populares” nos observavam, algumas comentavam e outras só olhavam de cara feia, meninas que haviam crescido comigo com uma certa distância, 10 anos de escola e eu ainda não tinha nenhum amigo ou amiga a não ser Jared, passávamos o dia treinando e nas noites ficávamos sentados no cais observando as estrelas, conversando e brincando um com o outro como bons amigos, Jared estava cada vez mais protetor, atencioso e até mais carinhoso ou era fruto da minha imaginação, mas ao olhar para aquelas garotas lindas, altas e fortes eu me sentia reprimida, me sentia sem graça e eu sabia que elas olhavam para ele por causa de sua beleza e por mais que eu não quisesse eu sentia ciúmes, mas também sentia insegurança.

Era só mais um dia normal, Jared começará como sempre pela luta corpo a corpo, ele sempre tinha que parar para descansar depois de 1 hora já que não podia simplesmente tirar a camisa pra evitar o suor dela, e tudo porque eu me distraí com seu corpo mas não dizia isso a ele, era só fazer a ceninha que não lutaria com um garoto todo suado que ele desistia de tirar a camisa e isso de certa forma decepcionava as outras garotas, já que elas paravam seus treinos pra me fuzilar com raiva e babar em cima dele!

– Chega de luta! Sério Jared você não para?

– Estou acostumado à lutar mais tempo que isso Savannah.

– Mas eu não!

– Você vai se acostumar. – olho seriamente para ele e então noto a risada provocativa por trás de todo aquele suor. – Ok! 5 minutos, vá beber água. Depois facas. – estremeço e saio direto para o bebedouro, não antes de garantir minha adaga preferida, até então tudo fica tranquilo até eu notar alguém se aproximar, levanto a cabeça e encaro Lacey, Kath e Megan, noto a postura das morenas ao redor da ruiva, ambas a poucos centímetros atrás de sua “líder” que se encontra no meio.

– Olá Savanah, é este seu nome né? – diz Lacey, como se ela não soubesse meu nome, aquela menina era uma cobra e seu veneno não era dos bons.

– Oi meninas. – respondi orando para que aquilo fosse rápido, a sessão de humilhação podia esperar para depois do treino. Não é?

– Você está um trapinho em. – comentou Megan. Não, a sessão de humilhação não podia esperar.

– Butler está exigindo demais de você? Tadinha... – Kath se atreve a dar um passo em minha direção, mas Lacey a impede.

– Vamos Savannah, converse conosco, não mordemos. – Lacey diz. Claro que não, cobras picam e não mordem!

– Eu tenho que ir. – começo a me esquivar delas, mas as 3 me encurralam.

– É falta de educação deixar as pessoas falando sozinhas Fitz, eu e minhas amigas só queremos conversar.

– Eu não tenho tempo agora, pode me dar licença? – as morenas não se mexem, muito menos Lacey.

– O que? Não gosta nem de dividir o príncipe? Vamos lá Savannah, me diga, pra conquistar um garoto basta só o pai tentar matar o dele ou usar a história de santinha e fazê-lo se sentir extremamente culpado pelo pai ter destruído sua família?

– Vocês não me conhecem. – tento me esquivar de novo e então Megan e Kath me seguram pelos braços contra a parede e Lacey se aproxima.

– Não acabei de falar com você! – Lacey segura meu rosto afim de que eu não desviasse, posso ver a raiva em seus olhos, as chamas tão ardentes quanto seus cabelos vermelhos.

– Savannah eu disse 5 minutos, não é possível que você beba tanta água assim... – Jared para e nos encara, na mesma hora Lacey se afasta e arruma os cabelos ruivos enquanto as morenas me soltam. – Está tudo bem aqui?

– Claro! Estávamos batendo um papo com a Savannah, e então Jared como você está? – Lacey começa a se aproximar dele com um sorriso exagerado, mas que a deixa ainda mais bonita, comparada a mim... baixa, toda suada e com o cabelo em um caos.

– É estou bem, Savannah vamos?

– Fica quieta. – sussurra Megan em meu ouvido, me sinto tonta e até mesmo deprimida, observo elas três, bonitas, extremamente magras e com o corpo musculoso, em um ato de covardia me esgueiro pelos braços de Kath e saio pela primeira porta do Complexo.

– Savannah! – ouço Jared gritar, mas já estou longe, corro para praia, o único lugar que me vem em mente, corro até pisar na areia e então deixo que os sapatos saiam de meus pés e deixo-os para trás, corro até próximo a água e então me lanço na areia de joelhos, agachada tento recuperar o fôlego e então a vontade de chorar passa, mas me sinto pequena, me sinto feia e por um momento desejo ser como elas... bonita, magra.

Lembro-me da adaga, alcanço seu lugar de esconderijo e imagino a encrenca que estaria se fosse pega portando uma fora do complexo, a lâmina brilha à luz do sol e encaro meu reflexo destroçado, toda a tristeza é tomada pela raiva e posiciono a ponta da lâmina em meu antebraço e sinto-a cortar minha pele cada vez mais fundo, choro com a dor, mas parece pouca comparada com o que eu imaginava, sinto até mesmo alívio e faço mais cortes acostumando-me com a sensação. Ouço passos e me viro, mas nada vejo, dominada pelo pânico do momento esqueço dos cortes e começo a enterrar a faca na areia o mais de pressa, me levanto ouvindo os passos mais próximos e tiro minha camisa correndo em direção ao mar, mas sou impedida por uma mão firme ao redor do meu braço ensanguentado.

– Ei, ei. Por que você saiu correndo de lá? Savannah você está bem? – Jared me encara notando meu rosto congelado de pânico, só então ele olha meu braço e com o susto repentino o solta, posso ver o horror em seus olhos e sinto a dor em meu peito por isso.

– É estou bem sim. – encontro minha voz e tento mudar o foco sabendo que não adiantaria.

– O que você fez? – ele pergunta se aproximando de mim e agora pegando meu braço com mais gentileza.

– Nada.

– Me promete nunca mais fazer isso.

– Eu quero entrar na água. – mudo de assunto segurando o choro que ameaça sair.

– Eu vou com você. – ele tira os tênis e a camisa e então pega minha mão, sinto meu corpo todo se arrepiar e então lembro que estou de sutiã bem na frente dele e a necessidade da água me cobrindo é ainda mais forte, ele me puxa e não consigo deixar de soltar uma risada, mergulhamos juntos e nadamos por um tempo até estarmos longe da areia. – Agora você me diz por que saiu correndo? – solto um suspiro e abaixo a cabeça, ele chega mais perto e levanta meu rosto olhando no fundo dos meus olhos. – Por favor?

– Me senti ameaçada. – falo enquanto me acostumo com a ardência dos cortes em contato com a água salgada.

– Mas por que? Elas não iriam te machucar.

– Não foi por questão de me machucar. Elas são bonitas... e Lacey.

– Ei você é ainda mais linda.

– Não é por que você é meu amigo que...

– Não estou falando como seu amigo, estou falando como um garoto que não consegue tirar os olhos de uma garota linda. – não reprimo a vontade de passar meus braços ao redor de seu pescoço e logo estamos mais próximos, seus braços envolvem minha cintura e nos mantemos na superfície juntos.

– Não tanto quanto elas.

– Eu só tenho olhos para você. – ele se aproxima mais e fico surpresa que ainda dê pra nos aproximarmos mais e então sua boca está colada a minha se movendo em sintonia e então sua língua percorre minha boca provocando a minha, ele me aperta mais e ao ficarmos sem fôlego nos separamos, fico de olhos arregalados e então saio do momento de transe.

– É melhor eu ir. – nado de pressa e pego minha camisa, corro até meus tênis a adentro o campo voltando pra casa, bato a porta com força atrás de mim e suspeito não conseguir chegar ao meu quarto, fico parada, grudada a porta em estado de choque.

– Savannah você está bem querida? Está toda molhada, e sem camisa!

– Eu beijei o Jared mãe.

– O que? Sério? – ela abre um sorriso. – foi bom?

– Mãe!

– O que filha? Você cometeu um crime? Estava na cara!

– Tão na cara assim?

– Mas é claro! E ai você gostou? Me conta querida! – tudo o que eu queria era poder ir para eu meu quarto e não falar daquilo, a cada minuto que passava ficava ainda mais com medo de ela notar os cortes em meu braço, ao passo que eu fazia de tudo para escondê-lo.

– Gostei, e isso é o pior.

– Mas por que?

– Por que somos amigos mãe!

– Savannah aquele menino é louco por você.

– Chega mãe eu vou pro meu quarto. – passo por ela andando até minha porta.

– Mas querida...

– Meu quarto. – digo já batendo minha porta e então me jogo na cama molhada mesmo e deixo minha mente vagar, acabo por adormecer daquela forma sonhando com beijo de Jared.

(...)

Três dias se passaram depois do beijo e ignoro completamente Jared, até que na quarta manhã ele entra em meu quarto e bate a porta me acordando no susto.

– Jared!

– Savannah por que diabos você está me evitando? – me cubro envergonhada e me encolho na cama com medo de olhar em seus olhos.

– Eu não estou te evitando.

– Não vai aos treinos 3 dias, não aparece mais no colégio, não me encontra mais no cais após o toque de recolher! Eu acho que isso é evitar sim.

– Me desculpa. – digo apenas isso e abaixo a cabeça.

– Por que você tá me evitando Savannah? Foi pelo beijo? Eu te interpretei mal e você está chateada comigo né.

– Não, Jared, claro que não.

– Prove.

– Como assim?

– Assim. – e então eu estou nos braços dele de novo, experimentando a sensação de sua boca na minha e agarrada aos seus cabelos. – Eu sabia.

– O que? – ele me afasta de repente e minha confusão fica nítida na minha cara.

– Você é louca por mim!

– O que? Mas, Jared onde você vai?!

– Te vejo daqui a dois dias, no sei aniversário! – e então ele sai correndo, minha mãe aparece na minha porta com um sorrisinho cumplice.

– O que foi?

– Ai minha filha está apaixonada.

– Claro que não mãe.

– Admita Savannah.

– Ok.

– Ok, o que?

– Eu gosto do Jared mãe, feliz?

– Você não sabe como! Almoço em 1 hora. – Ela saiu andando pra cozinha e eu fiquei ali tentando conter o sorriso bobo, passei a mão em meus cabelos e depois na testa doida pra fazer algo que me distraísse, fitei o pijama rosa surrado que um dia fora de minha mãe, já começará a ficar justo em meu corpo e o short curto, Jared conseguia me pegar nos momentos mais constrangedores e eu não sabia se me cobria com o lençol ou beijava ele, mas ele saiu tão rápido...

Os dois dias se passaram voando, no treino Jared se mantinha a distância e eu cheguei a achar que ele tinha simplesmente enjoado de mim, mas na tarde antes do meu aniversário eu estava meio enrolada com a espada e então ele passou por mim e segurou minha mão por um momento, um simples gesto para me lembrar de ter firmeza, que me fez ter certeza de que ele não estava me evitando e sim pensando em algo importante, ao chegar em casa naquela tarde fiquei sentada na varanda olhando pro mar e o por do sol, e me remoendo tentando pensar no que ele estava pensando, mas pensar como Jared era tão difícil quanto agir como ele.

A noite chegou e continuei ali com a cabeça apoiada na coluna de madeira, o tempo já começará a esfriar e o short e a camiseta já não davam o conforto de antes, mamãe veio até mim com um cobertor e uma xicara de chá e então se sentou na cadeira ao meu lado.

– E então? Vai ficar sem comer até quando?

– Jared não fala comigo desde ontem.

– Você mesma não disse que ele passou por você hoje e não te ignorou?

– É, mas, mas ele não chegou a falar comigo ele só tocou a minha mão, me lembrando de como portar a espada.

– Isso é só mais uma afirmativa que ele não esqueceu querida.

– Será que ele irá falar comigo amanhã?

– Ele não deixaria de falar com você em um dia tão especial.

– Espero que não. – solto um suspiro.

– Tão pequena e tão madura, às vezes acho que tenho uma filha de 16 e não 13 anos.

– O tempo me ensinou a ser forte mamãe.

– E sua velha mãe aqui também.

– Velha com 26? Poderiamos ser irmãs! – solto uma risada.

– E somos né? Irmãs, amigas e o principal, mãe e filha.

– Claro.

– Então entre, não quero que se resfrie. Amanhã após você treinar queria fazer uma comemoração, para nós apenas, chamei Aldara e Jared é claro e sua professora Marlene.

– Será ótimo. – entro ao lado dela e já é tarde, todo o distrito já se encontra em suas casas e em 30 minutos será dado o toque de recolher, e então eu saio.

Os 30 minutos mais longos da minha vida, a cada segundo ficava mais ansiosa e resistia a ideia de roer as unhas, minha mãe já dormirá e eu apenas esperava a ronda dos pacificadores terminar, ao ver que estava tudo tranquilo sai pela janela da cozinha e me esgueirei pelos carvalhos até chegar a praia, observei o farol apagado enquanto chegava mais perto, me sentei no cais e fiquei olhando as estrelas, a noite estava fria, mas a água se encontrava morna, meus pés estavam relativamente molhados e eu alimentava a esperança de ouvir passos atrás de mim e depois ter um ombro para me deitar, mas ele não veio.

Na manhã seguinte acordei meio animada, sabia bem que hoje era meu aniversário e esperava que nada estragasse meu dia, nem mesmo aquelas 3... Me levantei e corri para o banheiro, depois vesti minha melhor calça, meus melhores tênis e a camisa favorita de Jared, que por acaso eu sabia disso já que o humor dele sempre ficava bom quando eu estava com ela, ao arrumar meus cabelos optei por fazer uma trança e enfeitá-la de flores.

– Uau você está linda! Alguma ocasião especial?

– Não mãe, imagina. – abro um sorriso olhando-a pelo espelho.

– Aqui, feliz aniversário docinho. – ela estava segurando uma caixa de papel com uma fita amarela, tirei a fita e vi um anel prata com uma perola pequena nele.

– Nossa é lindo.

– Como você querida.

– Obrigada.

– De nada, agora vá. – obedeci e fui para o complexo, o dia hoje parecia ótimo, ao entrar Lacey, Megan e Kath apenas me encararam em silêncio, me encaminhei direto para as facas o mais longe possível dos outros jovens, passadas algumas horas estava suada e com a camisa colada no corpo e nem sinal de Jared, sentei-me no tatame que dava vista para todo o complexo e descansei um pouco e então ele entrou.

Estava com a camisa xadrez que ressaltava seus olhos e a calça que veio dos belos guarda-roupas da renomada Capital, observei seus olhos vagarem pelo complexo até pararem em um ponto. Em mim, Jared começou a andar em minha direção e não consegui decifrar sua expressão, comecei a ficar desconfortável ele estava lindo e eu um trapo, o que quer que fosse falar comigo parecia sério, ele passa pelo tatame de artes maciais onde se encontram Lacey, Megan e Kath, a ruiva na mesma hora para tudo o que está fazendo e vai até Jared e toca-lhe o ombro, Jared para e se vira e fico observando até que Lacey põe a mão em sua nuca e se aproxima mais, meu coração para e fico nervosa observo Jared afastar a garota, mas isso não o impede de falar com ela, fico louca para saber o que estão falando e de certa forma passo a observar Megan e Kath que estão perto o suficiente para ouvir a conversa, ao perceber que as observo as morenas passam a sorrir de forma cumplice e acredito que o papo entre eles seja o que mais esteja temendo, sinto uma dor no meu peito e me mexo, sem saber se me levanto ou não e então Jared começa a vir novamente em minha direção deixando uma Lacey furiosa para trás e por algum motivo bobo abro um meio sorriso até que ela grita com toda raiva, fazendo até os mais velhos pararem de fazer suas atividades para observar os pirralhos que se atrevem a chamar atenção:

– Eu sou mais bonita que ela! – ela...? Lacey me encara e minhas dúvidas acabam, eles estavam falando de mim, vejo que Jared parou no meio do caminho e se virou novamente para Lacey, meu corpo murcha com sua iniciativa, mas espero para ver o que está para acontecer em seguida.

– Bom, eu ia deixar quieto, mas já que você pediu quero que todos aqui ouçam o que tenho a dizer! – diz Jared em voz alta e meu coração dispara, na mesma hora levanto e olha para ele, só para ele. – Sabe, faz DEZ anos atrás que eu conheci uma garota, ou melhor, uma garotinha e eu lembro do primeiro dia de aula dela, com um vestidinho azul e os cabelos loirinhos balançando em suas costas, e a mão delicada que carregava aquela bolsinha, fiquei curioso com a aluna nova, e quando ela deixou sua bolsa cair no chão e encostei em sua mão as vibrações mudaram, mudaram quando eu era apenas um pirralho de quatro anos que não sabia de nada, e então meus olhos encontraram os olhos azuis dela, e eu enxerguei o mar, o mar infinito, que foi o que o nosso amor se tornou no decorrer dos anos. Fui descobrindo uma nova garota, Savannah foi mudando e eu também, tivemos anos sombrios nos jogos, onde meu pai matou o dela cruelmente, e eu juro que nesse dia achei que não tínhamos mais futuro, como poderia amar alguém que meu pai frequentemente desgosta e rejeita? Savannah sabe disso, eu sei disso, em minha casa o simples ato de falar seu sobrenome é castigado, mas Savannah já era tudo pra mim, as minhas tardes, as noites, as manhãs, quando estávamos juntos eu pensava nela, e quando não estávamos também, foram anos e anos construindo uma amizade quando vimos recentemente que passava disso, sabe Lacey, você nunca saberá o que é se sentir assim tão completo. Ambos temos nossos defeitos, nossas provações, mas quando estamos juntos somos um só, um amor e pronto, e quando nos beijamos pela primeira vez – nesse momento já estava chorando e ao ouvir ele mencionar nossa primeiro beijo fiquei assustada. – foi loucamente apaixonante e insaciável, e sim, nós queríamos mais, e eu ainda quero – ele solta uma risada e não consigo conter a minha, que chama sua atenção e ele passa a me encarar. – e eu já sabia a algum tempo que não era uma simples amizade, e eu cuido dela assim como ela me faz melhor, e ela é linda, linda demais, Lacey você nunca vai entender o que vejo nela, nunca mesmo, eu... eu simplesmente não sei explicar, mas essas coisas bobas não vão nos separar, eu a amo, e sei que ela é louca por mim – abro um sorriso enorme ao ouvi-lo dizer com tanta certeza meus sentimentos por ele, o que era verdade. – e sei também que esse amor vai durar anos e mais anos, porque ela me completa e as coisas mais simples sem ela nem sentido tem. Eu posso não ser poeta, nem nada do gênero, mas eu tenho coragem de estar aqui e falar tudo isso para o mundo ouvir, e se não quiserem aceitar, não aceitem porque tudo isso não depende da aprovação de ninguém, eu não vou ficar infeliz, eu quero ela e ela me quer, já somos um do outro e quem tentar nos separar vai levar o mal em dobro. Afinal, o que é que eu estou falando?! – novamente ele volta a me olhar, de forma hipnotizante. – Eu simplesmente sou louco por você garota! É isso, e pode não ser um grande presente para seu dia de hoje, seu aniversário, mas acredito que receber o amor que merecemos é gratificante. E eu te amo pra valer.

–A


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Notas finais do capítulo

EAI??? O que acharam? compartilharam de toda a minha animação? espero que sim por que o próximo está ainda mais amorzinho. bjos!
—A



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