Every Breaking Wave escrita por Coutclara


Capítulo 14
It's no big deal




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578816/chapter/14

– Entre senhor Flickerman. – Sammers ajeitou-se na cama e observou os guardas abrirem as portas para o idealizador chefe da edição daquele ano, ela notou o quão nervoso o homem estava e tentava esconder com a pouca autoridade que continha. – Relaxe, Filckerman, estamos entre amigos certo? – Ela arqueou a sobrancelha e o homem lhe lançou um sorriso seco.

– Sim.

– Como estão os preparativos para arena?

– Está tudo pronto senhora, tenho tudo sobre controle.

– Assim espero, em 3 horas os tributos estarão na arena e espero que os jogos ocorram perfeitamente bem, caso contrário terei de tomar providências desagradáveis. – a mulher lhe encarou era claro que Flickerman tinha entendido o que ela queria dizer.

– Entendo, bom, perdoe-me minha pressa, mas tenho uma entrevista com Dita.

– Vá.

– Sim senhora. – a porta se fechou assim que ele deixou o quarto e Sammers relaxou o corpo na cama.

– Félix. – ela chamou pelo chefe dos pacificadores e logo ele estava em seu quarto.

– Sim?

– Caso algo saia do controle não ouse em agir imediatamente, Flickerman deverá ser morto ao fim dessa edição.

– Mas, senhora...

– Isso é só, Félix. – o homem deixou o quarto e Sammers pode voltar ao seus preparativos. – Assim que você nascer meu querido, mamãe voltará ao trabalho imediatamente. – ela disse acariciando a barriga que já indicava os primeiros meses da gravidez.

(...)

– Sr. Flickerman! Como é bom revê-lo.

– Digo o mesmo Dita.

– Bem, daqui a algumas horas os jogos começam e a Capital está bastante ansiosa para saber um pouco mais sobre a arena deste ano.

– É para isso que estou aqui. Bem, a arena deste ano não será tão complicada, um labirinto de gelo divido em 5 partes. No meio temos a cornucópia, a leste temos a área do gêiser, qualquer um que permanecer naquela área por mais 10 minutos poderá morrer facilmente com as explosões, claro que podem tentar arriscar, mas o clima alternado poderá mata-los com uma doença facilmente. A oeste temos a cachoeira de sangue, ficar lá não seria bem a melhor das ideias já que os bestantes projetados para essa zona são tão perigosos quanto a cachoeira.

– A cachoeira?

– Sim, qualquer um que tocar aquele sangue morrerá assim que o veneno penetrar a pele.

– Nossa!

– Ao sul temos a cidade em ruinas, e no norte montanha, escolher ficar ali é bastante arriscado já que desencadear um avalanche não seria nada complicado, e também pelos bestantes da área.

– Não parece fácil.

– Os Jogos não são fáceis, os tributos deverão ficar se deslocando pela arena durante todo o tempo que estiverem por lá se quiserem sobreviver.

– Pelo o que parece essa edição poderá ser mais curta.

– Se não forem espertos poderemos ter um vencedor no prazo de duas semanas ou menos.

– Obrigada por nos contar sobre a arena Flickerman, lhe desejo boa sorte.

– Obrigada Dita.

(...)

– Amor? Acorde. – Jared já estava acordado a cerca de 30 minutos, eram umas 08:00, eles tinham de se preparar.

– Jared? – Savannah acordou e olhou nos olhos azuis dele. – Bom dia. – ela se apertou mais no abraço dele sabendo que estariam separados logo logo e sabe lá quando iriam se ver novamente, se é que se veriam.

– Vamos nos arrumar. – ela concordou ainda hesitante e se levantou indo em direção ao banheiro, só então notou que ele ia em direção a porta do quarto.

– Você não vem?

– Nos vemos logo, pequena. – ele soprou um beijo para ela e se foi.

Jared deixou o quarto e seguiu até o seu, mas o que não esperava era encontrar com Jayden logo cedo,, o homem aparentava estar preocupado e Jared engoliu qualquer comentário sarcástico que pudesse fazer.

– Bom dia.

– Bom dia Jared, precisamos conversar. Irei logo ao ponto. – Jayden sentou-se na beirada da cama e encarou o filho. – As coisas na Capital estão indo de mal a pior, os tributos estão brincando com o fogo e fazendo pouco caso da presidenta, ela buscará o sofrimento de cada um, Sammers conhece cada ponto fraco de vocês e tem o Flickerman como seu fantoche para colocar em prática todas as suas ideias na arena.

– Pensei que ela estivesse afastada.

– É exatamente o que ela quer que todos pensem, Sammers não é de deixar outras pessoas em seu lugar, ela faz vocês acreditarem que tem outros no poder, até mesmo quem exerce a tarefa acredita ter a autoridade, mas tudo é controlado por ela, essa mulher manipula até os filhos e a única coisa que ela quer ver é sofrimento, até não sobrar nenhuma gota de sangue.

Jared se esforçou para acreditar nas palavras do pai, observou enquanto o homem deixava seu quarto e ele pode seguir para o banho, Jared achava que sua morte já fosse o suficiente para seu sofrimento e o de Savannah.

Bem, ele estava perdidamente enganado.

(...)

Ambos estavam de banhos tomados e reunidos a sala com Terence e Jayden.

Jared e Savannah vestiam as mesmas roupas, macacões térmicos de cor preta que lhe cobriam o corpo dos pés ao pescoço, as botas pareciam ser resistentes a neve e isso os fez ficarem mais nervosos fazendo suposições em suas mentes de o que os esperava na arena.

Eles já tinham tomado o café da manhã como fora ordenado e agora se despediam de Terence, Jayden os acompanhou até o elevador e apertou o botão para a cobertura do prédio, ao chegarem no andar subiram dois lances de escada até estarem no topo do Edifício dos Tributos olhando para o aerodeslizador.

Sav agarrou a mão de Jared com força e pode sentir que as mãos dele estavam trêmulas quanto as dela, Jayden encarou as mãos dadas dos meninos e tentou ignorar, mas algo dentro dele dizia para prestar atenção na garota que estava com seu filho, ela parecia a raiz de tudo, ela poderia ser a responsável pela perda de seu filho, ela poderia acabar sendo importante para ele no final. Jayden viu Joe Fitz naquele momento, pode ouvir a súplica de um vlho amigo na beira da morte para que seu assassino cuidasse de sua familia, mas Jayden não havia sido capaz, ele se considerava um fracasso agora que via a realidade da coisa.

Jared e Savannah iriam morrer.

Jayden sabia que não poderia evitar, mas ele precisava do perdão, portanto, no momento que Jared e Savannah se preparavam para entrar no veiculo Jayden os chamou e eles voltaram até ele, os jovens notaram que o mentor parecia nervoso e esperaram ouvir o pior, Jared apertou a mão de Savannah em uma promessa silenciosa que estava tudo bem.

Jayden resolveu colocar para fora toda a emoção que guardará para si em todos aqueles anos, naquele momento ele soube reconhecer o amor que sentia pelo filho e por Savannah.

– Antes de iriam eu preciso lhes perdi perdão, por todos esses anos eu fui um péssimo pai para os dois, e não posso ver minhas crianças me deixarem sem saber que elas me perdoaram. Savannah o seu perdão é importante para mim, poderei ficar em paz sabendo que você não me culpa por ter falhado com seu pai. – ele estava sendo sincero com tudo aquilo e precisava se apressar. – Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for alguém, se a vontade de ficarem juntos apertar o coração, agradeçam. Isso é amor e o amor, nos faz humanos.

Savannah se sentiu quebrada por dentro, ela soube que Jayden podia ver o que ela passava, mas a menina não compreendia tudo aquilo.

Ainda.

– Vão.

– Pai, eu te amo. – Jared o abraçou e então eles voltaram para o aerodeslizador e entraram.

A viagem foi tensa, com trocas de olhares significativos entre os tributos e seus aliados, entre Savannah e Lartius, entre Savannah e Jared...

Quando chegaram na base de lançamento cada tributo foi guiado para sua devida sala, estavam todos acompanhados por seus estilistas, o que significava que naquele momento Jared encarava Darylz, enquanto Savannah abraçava Henry fortemente.

– Está pronta? – Henry perguntou assim que a soltou.

– O que você acha?

Os tributos receberam mais roupas, calças maleáveis da cor preta e casacos grossos de frio que dificultariam um pouco numa luta, mas protegeriam um pouco se ocorresse alguma tempestade de gelo.

Jared e Savannah estavam preocupados com aonde seriam jogados, as roupas deixavam claro que a sobrevivência não seria muito agradável, mas o que era pior? A baixa temperatura ou o calor em excesso?

A contagem regressiva começou e cada tributo se colocou em sua plataforma enquanto o tubo se fechava e os mandavam diretamente para a arena, assim que a claridade ofuscou seus olhos eles puderam sentir o local, o vento frio batendo em seus rostos.

E então viram, se deixaram ser absorvidos pela arena em que estavam, portas para cada um, a cornucópia a frente e suas possíveis vítimas em volta, os 60 segundos se passaram rapidamente e então o gongo soou liberando os tributos que correram em direção a cornucópia mas algo de estranho aconteceu, a contagem recomeçou e muitos recuaram esperando a hora que seus membros voariam pelos ares, mas o desespero passou e voltaram a correr em direção ao chifre dourado com a contagem, alguns não se arriscaram e passaram por suas portas sumindo no que quer que estivesse do outo lado, Savnnah em meio ao desespero pegou uma machadinha que estava próxima e então sentiu uma pontada na costela, ela levará um soco, mas não sabia de quem, ao se virar viu a garota do 3 e sem quaisquer cerimônia cravoua machadinha no pescoço da garota observando por um momento os olhos da menina perderem a vida, e então ela correu para a espada que se encontrava sozinha, a Katana, e nesse momento Jared apareceu em sua frente pegando em sua mão por um curto momento e então vendo sua menina levar uma facada, mas ele não pode fazer nada seus olhos arregalados acompanharam Savannah passar pela porta designada a ela e sumir sem a Katana, Jared viu a arma no chão e a pegou, ele encontraria Savannah e a protegeria, ele precisava ter certeza de que ela estava bem.

Ao passar pela porta Savannah ouviu um rugido estritamente alto e ao olhar para os corredores que se encontravam a sua esquerda, direita e adiante ela não viu nada, até voltar o rosto para a esquerda e ver um urso branco enorme, as garras de ferro se dirigindo a ela, Sav sentiu falta da katana e apertou com força a machadinha ignorando o ferimento ensanguentado em sua cintura, ela esperou o animal chegar perto e desviou para o lado batendo as costas na parede de gelo e conseguindo apenas transferir um golpe fraco no bestante.

Jared, entretanto, acabará de matar dois tributos e havia passado por sua porta em busca de Savannah, mas teria de enfrentar o mesmo perigo que ela antes.

A dor excruciante em Sav e o atormento em Jare não os enfraqueceu, ambos mataram suas feras e começaram a correr virando esquerda e direita numa serie de corredores repletos de gelo, a correria desenfreada sessou no momento em que se viram em um corredor fechado e então pararam para recobrar o fôlego, Sav já não sabia mais aonde estava nem como voltar, Jared não sabia para onde ir.

Sav ao se acalmar deixou espaço para a dor em sua cintura, ela retirou o casaco e amarrou-o na cintura para estancar o sangue o macacão refletia o calor de seu corpo e enquanto estivesse correndo poderia se manter aquecida.

Ao se acalmar Savannah pode ouvir uma série de explosões perto de onde estava e confiando em sua audição começou a seguir pelos corredores por vezes acabando por ter que voltar já que entrava em um sem saída, após um monte de caminhos sem saídas ela encontrou o local da explosão, um gêiser se encontrava bem a sua frente, o cansaço e o frio da arena a dominou e ela se deixou cair no chão e ali ficou.

A cada hora que se passava Jared tinha certeza que não encontraria Savannah, os sons de explosões haviam se repetido duas vezes até então com uma demorada pausa, o rapaz estava frustrada pela quantidade de vezes que acabará em um corredor sem saída, Jared enfim virou a esquerda e pode ver um corpo caído no chão e a névoa causada pelo locala consumindo, pela luz da lua ele reconheceu os cabelos loiros brilhantes e correu até ela, Sav estava adormecida e trêmula, o ferimento havia parado de sangrar e não aparentava ser sério, mas ela tinha perdido sangue e isso era o que o preocupava, ao puxá-la para seus braços Jared se viu a beira da loucura novamente ao notar a temperatura do corpo de Savannah.

Ela estava adoentada, exposta ao frio e ao vapor quente sabe-se lá por quantas horas a menina estava correndo o risco de morrer e só o que Jared queria era a chance de ver seus olhos e sentir seus lábios, mas o barulho de passos o distraiu, pegou Savannah no colo equilibrando as duas espadas e o machado que pegara mais ela e correu até uma das paredes de gelo para esperar pelo visitante.

A neblina dificultou sua visualização, mas assim que chegaram mais perto pode distinguir Cristne e Arrow andando em direção ao gêiser.

– Se eu fosse vocês não me aproximaria muito. – Jared disse saindo de trás da parede com Savannah no colo.

– O que aconteceu com ela. – Cristine perguntou.

– Muito tempo exposta ao ar frio, misturou com o vapor quente do gêiser...

– Vamos dar o fora daqui. – Arrow disse já se virando.

– Espere! Isso aqui é um labirinto se não percebeu, acho que não devemos simplesmente ficar zanzando por ai. – Jared falou preocupado com o estado de Savannah.

– Antes de chegarmos aqui deixamos Amy em um local aonde tinha algumas árvores com frutas e uma cachoeira. – Arrow informou. – Ela ficou para o caso de alguém aparecer e querer roubar os suprimentos que conseguimos pegar com as mochilas na cornucópia, eu e Cris viemos procurar vocês.

– Marcamos o caminho Jared, vamos. – Cris disse parecendo entediada com tudo aquilo e começou a seguir o caminho por onde veio.

Realmente elas tinham marcado o caminho, toda a trilha estava repleta de gotas de sangue seco pelo chão e nas paredes, segundo Cristina ela tinha utilizado a garrafa vazia de sua mochila para pegar um pouco do que elas chamavam de cahoeira.

– Então não temos água? – Jared quis saber.

– Temos uma cavilha para extrair água de dentro das árvores, só que está garrafa terá de ser descartada já que o sangue pode ser tóxico. – Cris informou.

– Podemos mergulhar a ponta de nossas lâminas no sangue, se for mesmo tóxico ele será ótimo para matar com mais facilidade qualquer um que cruzar nosso caminho. – Arrow pensou, Savannah estremeceu nos braços de Jared devido ao frio o deixando ainda mais aflito.

– Precisamos ir mais de pressa. – ele disse.

Em cerca de duas horas estavam na cachoeira, Amy informou que dois tributos estiveram por ali, mas deixaram o lugar logo que notaram que não tinham água potável, nada demais tinha acontecido.

– Precisamos curar ela. – Amy informou e então mexeu em sua mochila que por sorte viera com um kit básico de primeiros socorros, ela fez com que Sav bebesse bastante água e tomasse dois comprimidos, limpou o ferimento e com a ajuda de Jared agasalhou bem a menina, combinaram que os três iriam dormir enquanto Cris e Arrow montavam guarda e logo trocariam.

Jared abraçou Savannah fortemente para aquece-la, a menina não tinha forças para falar, nem conseguia abrir os olhos, mas ele sabia que ela estava consciente e pela manhã estaria melhor.

– Nós sempre nos encontraremos pequena, não importa aonde seja. Eu te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

-A



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Every Breaking Wave" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.