Every Breaking Wave escrita por Coutclara


Capítulo 11
Training - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Com ajuda de uma amiga e seus conselhos e eu decidi separar este capítulo em duas parte (que serão postadas hoje) pois nessa fase que estamos na fanfic os detalhes são essenciais, estou postando este agora para vocês já irem sentindo o gostinho do próximo.
Boa Leitura.
—A



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Jared

Uma cálida luz apanhava meus olhos, nesse instante, curvei lentamente a cabeça para o lado observando meu ombro, vestindo um terno de linho branco e puído. Ao me virar, a frente, vi meus pés calçados com simples sapatos de couro levemente encrustados de areia, meus pés estavam sobre um tapete rubro encardido.

Ao observar o teto contemplei os graciosos vitrais multicoloridos e castigados pelo sol escaldante, ao meu lado se encontravam uma mãe chorosa com seus lenços de papel e um pai frustrado e ríspido como uma pedra, me olhando com desdém ,a minha frente, o tapete se estende, protegido lateralmente por velhos bancos de líneo, e a frente, fechada e detalhadamente esculpida há uma porta. Identifico rapidamente o local, a capela do distrito 4.

Algumas pessoas colocam-se elegantemente de pé nos bancos, eu estou nervoso e acuado, minhas mãos tremem e posso sentir os meus neurônios se chocando de maneira catastrófica uns nos outros, me causando desconforto.

Mas tudo muda quando uma simples e tênue canção ecoa pela capela abafada. A marcha nupcial. A graciosa e pesada porta se abre rangido, e lá está ela, acompanhada pela mãe, que usa um elegantíssimo vestido verde, realçando o branco extremamente brilhoso de Savannah, que se encontra magnífica.

O vestido contorna seus seios no estilo tomara que caia, a saia justa próxima aos quadris se abre formando uma linda e sutil calda bordada e rodada. Ela porta nas mãos um ramalhete de margaridas e lírios d`agua enfeitado com pequenas pérolas que combinam com o delicado colar no peito desnudo.

Ela sorri, de braços dados com a mãe, e caminha em minha direção, em passos lentos, porém tentadores, o trajeto parece uma eternidade ao ouvir-se o farfalhar de sua calda em contato com o tapete.

Mas finalmente ela chega até mim, concebida pela mãe em minhas mãos, beijo sua testa, enquanto uma lágrima escorre por seu rosto levemente maquiado. Nos viramos para ajoelhar em frente ao altar para dar inicio a cerimônia.

Depois de trocarmos alguns olhares durante o pronunciamento bispo Fand sobre o nosso lindo e longo amor, é hora de trocarmos os votos (que consistiam basicamente em dizer algo a pessoa e acrescentar um “Será tão infinito e límpido como o mar”) e alianças.

Ficamos em pé, entre nossas mãos as alianças, Savannah me fita profundamente dizendo:

– Jared, os anos passaram e com isso nosso amor se fortaleceu cada vez mais, e hoje você faz parte da minha alma e de todo meu ser. Jamais poderia me imaginar com outro homem ao meu lado, viver sem você seria tortura para mim, por que eu te amo e você é diferente de todos os outros porque você me faz acreditar que vivemos um conto de fadas todos os dias, e isso é diferente, você é diferente, como eu vou explicar... – ela faz uma pausa e solta uma risada. - É como se todos estivessem em preto e branco e você fosse colorido. Jared, você nunca será minha opção, será minha necessidade. E eu prometo que vou estar aqui, quando seu mundo desabar, para te ajudar a reergue-lo, pois o nosso amor agora oficializado será tão infinito e límpido quanto o mar.

Dizendo isso ela pega uma das alianças e desliza para meu dedo, beijando-a, e então é minha vez:

– Savannah, sabe, da primeira vez que nos beijamos, eu estava com medo... receoso de que o feitiço em que estávamos presos fosse acabar, mas já não havia como desistir. E no instante em que eu beijei a garota da minha vida eu senti como se pudesse viver cem anos e viajar pelo mundo. O fato é, nenhuma dificuldade é párea para o nosso amor, só nós sabemos oque passamos na época do massacre, a angustia e insegurança de não compreender. Que tenhamos mais risadas a toa, bobagens de casal, filhos lindos para alegrar a casa e muita historia pra contar. Porque eu tenho certeza que será tão infinito e límpido como o mar.

Então peguei a aliança restante e a pus na delicada mão de Savannah, beijando-a.

– A ultima etapa para a união eterna do casal, a benção da salina.

Um costume do distrito, onde o casal mergulha as mãos em água oceânica e um segura a do outro, enquanto o padre dá a unção nas testas com a mesma água.

Após mergulharmos as mãos e somos ungidos, nos pomos de pé para o beijo, um beijo quente e aconchegante, que dá inicio ao meu desespero pessoal.

Durante o beijo sinto o corpo de Sav ficar inerte e pálido, então ela desaba, caída em meus braços, entro em pânico quando vejo a quantidade de sangue em minhas mãos e em meu terno antes branco. O vestido se encontra empapado de sangue nas costas e no abdômen.

A recosto no chão, vendo que já não há mais vida nela. Então uma grande quantidade de pessoas se reúne. Uma gritaria muito alta começa, vejo rostos e mais rostos familiares falando comigo, meu pai sorri enquanto meu peito queima desesperado por ela, o mundo gira em milhões de cores e eu a vejo indo, seu corpo carregado aos céus, indo embora, sem motivo, sem razão ,e eu ali, sem nada fazer, eu poderia gritar, mas não adiantaria, se não isso, não há mais oque fazer.

Ela me deixou ali, desesperado e sem som, sem saber oque fazer nessa vida, sem amor, só dor...

(...)

Claridade.

Foi a primeira coisa que Savannah notou ao acordar, a garota resmungou para si mesma e tentou voltar a dormir sem sucesso. Abriu seus olhos devagar, adaptando suas pupilas à luz que se esparramava quarto adentro, e assim ficou por algum tempo: pensando se deveria virar e dormir de novo, sentindo cada parte de seu corpo reclamar de cansaço ou simplesmente fitando o nada.

Os lençóis estavam espalhados pelo chão e suas pernas enroscadas em Jared, ao se mexer ele a apertou mais e em meio ao sono tranquilo subiu a mão acidentalmente puxando sua camisola pra cima, sua mão estava em seu quadril nu e na hora Savannah sentiu seu corpo ficar arrepiado, Jared respirou tranquilamente e Savannah sentiu o ar gostoso vindo de sua boca em meus cabelos.

– Ahn... Jared acorde. – Savannah chamou por ele, sabia que se tentasse se livrar do abraço do rapaz em meio ao sonho dele só resultaria em ficar ainda mais apertada contra ele, ela sabia que ele estava a ter um sonho que o atormentava e isso fazia com que ele não a soltasse por nada, ela precisava acordá-lo.

– O que? Ah não Sav! Só mais um pouquinho. – Jared resmungou apertando por instinto o que pensou ser a perna da garota, mas estranhou a quantidade de carne da região e foi obrigado a abrir os olhos se dando conta de onde suas mãos se encontravam, Jared recolheu a mão torcendo para não receber uma repreensão da namorada pela manhã, o que não foi muito bem atendido.

– Até dormindo. – Savannah resmunga e se afasta um pouco, era impossível dizer que ela também não desejava o garoto, enlouquecidamente, mas ela tentava mesmo que quase por se torturar ela tentava se manter no controle, mas com todas as tentativas de Jared tudo estava indo por água abaixo, e Jared sabia ele notava cada reação dela, ele sabia a resposta que o corpo dela tinha para ele, ele sabia que ela também o desejava, só não entendia por que se controlava tanto.

– O que posso fazer? Sou um homem! – ele solta uma risada tentando manter o clima mais tranquilo e abraça a menina novamente.

– Grande coisa, deixe-me levantar. – Jared fechou a cara, mas a libertou de seu abraço, ele ficou por observá-la enquanto ela abaixava a camisola e andava até o espelho do quarto, Jared olhava cada parte do corpo dela quase sentindo dor por não poder tocá-la como desejava, ele rosnou chamando a atenção de Savannah para si, ela o olhou através do espelho e confusa o encarou.

– O que foi?

– O que foi? Sério isso? – Jared deixa toda sua irritação e frustração transparecer por sua voz enquanto continua a resmungar. – Savannah Fitz você tem ciência do que faz comigo? Sabe como sou louco por você? Você provoca! Sem saber e sabendo, e isso me enlouquece completamente, eu estou ficando cada vez mais incontrolável. E você gosta. – ele acusa a menina continua encarando ele através do espelho com um sorriso divertido brincando em seus lábios rosados. – Pensei que você me amasse. – Jared faz biquinho arrancado uma risada de Savannah.

– Claro que te amo. – ela se vira para ele.

– Me torturando? – Jared choraminga e fecha os olhos numa tentativa de se controlar, mas se dependesse de Savannah ele não teria paz tão cedo.

– Sério Jared? Você chama uma camisola preta rendada de tortura? Não vejo nada demais nisso. – Savannah dá de ombros e analisa o próprio corpo subindo a barra da camisola um pouco de propósito deixando parte das coxas de fora.

– Ah vem aqui garota! – Jared saiu da cama tão de pressa quanto retornou para ela com Savannah em seus braços, e ele a colocou deitada sobre o colchão e se encaixou entre suas pernas a beijando e arrancando risadas dela, Jared passou a beijar o pescoço dela enquanto suas mãos exploravam as pernas nuas dela, Savannah fechou os olhos aproveitando a sensação gostosa, até ouvirem alguém bater na porta e Jared se levantar de pressa, Savannah se enrolou ao sair da cama e quando presenciaram a entrada frenética de Terence no quarto dela ambos estavam em pé cada um do lado da cama com os olhos arregalados e as respirações irregulares.

Terence notou o que estava acontecendo ali e não conseguiu esconder o sorrisinho provocativo que se formou em seu rosto deixando uma Savannah bagunçada e descabelada ainda mais vermelha.

– Atrapalho? – ele pergunta, Jared responde mentalmente de forma cínica, mas resolve se manter calado, seu mau humor retorna e ele cruza os braços, Savannah se ajeita tentando parecer normal e da uma passeada pelo quarto.

Como? Claro... Claro que não Terence. – Savannah engasgou e disfarçou com uma risada forçada.

– Jared fui a sua procura no quarto ao lado, mas não encontrei o senhor, imaginei que estaria aqui. – Terence dá uma boa olhada nos dois, Jared não se sente incomodado com a análise que o mais velho faz em Savannah, mas ao ter o olhar de Terence sobre si ele deseja poder sair logo lembrando do deplorável mal entendido no trem. – Vocês a partir de hoje começaram a serem treinados, serão exatos três dias, então acho que pela manhã não terão muito tempo, para... ahn... Bem, se arrumem. – Jared encarou Savannah que estava mais vermelha do que era possível, ele soltou uma risada, mas não foi acompanhado por ela.

– Eu vou me arrumar. – Jared anunciou.

– Faça isso. – Terence disse concordando com o que o garoto dissera e deixando evidente que ele já devia ter deixado o quarto a muito tempo, ao ser deixado sozinho com Savannah, Terecen adotou uma postura mais relaxada e encarou a menina. - Sabe Savannah, ano passado eu trabalhei com um casal interessante, Onix e Diana, conheceu?

– Sim Terence, e o que tem a vê?

– Você me lembra um pouco Diana, pelo seus olhos, uma menina firme e ingênua ao mesmo tempo. – Terence anda até ficar em frente de Savannah com um belo sorriso. – Diana teve uma amiga, Savannah, seu nome era Alasca e assim como elas eu quero que você busque o melhor para si e não o melhor que os outro vêm para você, continue firme Savannah. Jared é um rapaz e tanto, tenha a mente aberta querida, o inimigo nem sempre é quem está com você na arena, as vezes o inimigo está aqui fora.

– O que você quer dizer?

– Não precisa entender, agora vá se arrumar. – ele deu um tapinha em seu ombro e saiu, Savannah ficou parada por um tempo e enfim foi ao banheiro, encontrou ali uma avox que se assustou ao vê-la, até então não entendia por que chama-la de avox, mas resolveu deixar para lá.

– A quanto tempo está aqui? – a avox abriu a boca, mas logo recuou parecendo triste, ela juntou as mãos e abaixou a cabeça. – Está tudo bem, não tem problema – Savannah sorri – você preparou este banho para mim? – ela assente com um sorriso torto no rosto, Savannah chega perto e toma as mãos da mulher ainda com o sorriso no rosto. – Obrigada. – A avox sorri e deixa Savannah para que possa se arrumar.

Jared e Savannah se arrumaram, como de costume, cada tributo recebe em seu quarto pela manhã o uniforme de treinamento, e foi exatamente o que eles encontraram ao saírem do banho sob suas respectivas camas.

Trajes comuns, calças maleáveis que proporcionassem conforto para todo tipo de treinamento que fosse feito todas de mesma cor. Pretas, as camisetas pretas e de algodão, com a numeração do distrito nas costas e detalhe em vermelho e cinza nos ombros. As botas pretas de cano longo devidamente feitas em medidas certas completavam o uniforme padrão.

Jared deixou seu quarto sacudindo os cabelos rebeldes molhados e andou diretamente para sala se jogando no sofá e encarando a TV que transmitia as intermináveis propagandas da Capital, reprises dos Jogos passados e rápidos comunicados sobre cada um dos tributos daquele ano.

Savannah após se vestir arrumou o cabelo em um rabo de cavalo alto e deixou o quarto, o uniforme lhe caindo muito bem deixando aparente suas belas curvas, ao atravessar o corredor a menina viu Jared jogado no sofá e foi até ele abraçando o rapaz por trás e lhe dando um beijo no pescoço, Jared abriu um sorriso ao sentir o cheiro da namorada e o beijo depositado em sua pele, ele agarrou a cintura dela por trás e a puxou por cima do sofá fazendo-a cair desajeitada em cima dele e lhe roubando uma risada gostosa.

Sav se ajeitou passando as pernas ao redor do corpo de Jared e o beijando, Jared puxou-a para si e explorou cada centímetro de sua boca, suas mãos apertando a cintura da garota e trazendo-a cada vez para mais perto. Jared passou os beijos para o pescoço da menina lhe dando mordidas e sugando cada centímetro de sua pele.

Eles ouviram passos vindo em direção à sala e Savannah se jogou para o lado se ajeitando no sofá, logo o Sr. Butler estava bem em frente a eles fuzilando os dois com os olhos.

– Vocês têm treino hoje, 10 horas em ponto quero vocês no centro de treinamento e agora são exatamente – ele olha em seu relógio. – 9:50, sugiro que se apressem.

– Vamos tomar café senhor Jayden. – Savannah disse mantendo os olhos na parede atrás do mentor.

– Se você não ficasse distraindo meu filho para que ele atendesse a seus caprichos vocês já estariam lá em baixo.

– Pai...

– Cale a boca Jared, eu sou seu pai e você sabe que estou certo. – ele passa a olhar para Savannah com desprezo. – Essa aí não tinha onde cair morta, agora a arena vem todinha para ela.

– VOCÊ NÃO VAI FALAR ASSIM COM ELA! – Jared se levanta antes que Savannah tente agarrá-lo, ela decide não se meter e abraça as pernas no sofá.

– Eu falo com ela como eu bem quiser! E você não levante a voz para mim.

– Você é doente! Ela nunca fez um mal para nossa família, pelo contrario, você destruiu a família dela no momento que cravou aquele tridente inútil em JOE FITZ! – O pai de Jared avança nele e lhe dá um soco no estômago, Sav abafa o grito com as mãos e fica sem saber se ataca ele ou se ajuda Jared, mas antes de decidir Jared já está de pé envolvendo com as mãos o pescoço do pai que mantem o sorriso macabro e o olhar morto.

– Vai Jared, machuque seu pai.

– Eu não preciso disso, eu não sou obrigado a carregar a morte de um amigo, eram só vocês dois, ambos querendo voltar para suas famílias, mas você o matou sem ao menos se sentir mal depois, e ainda passou a culpar uma garotinha e uma mulher que jamais entrou em seu caminho, você se tornou mais um joguete da Capital, e eu já não o reconheço como pai. – Jared largou Jayden bruscamente fazendo o homem perder o equilíbrio e cambalear para trás. – Savannah vamos. – Jared ergue a mão para ela sem tirar os olhos frios do pai, a menina nunca o vira assim tão sombrio e chegou a sentir medo, pegou sua mão e evitou o olhar de seu pai, Jared a leva até a sala de jantar em silêncio pega duas frutas para eles e caminha até o elevador onde Terence os espera sorridente sem nem ao menos saber o que rolou na sala.

– Ótimo, vocês estão atrasados, vamos logo. – Eles entram ao lado no elevador mas Terence não entra, Svaannah franze a testa e olha para ele.

– Vamos Terence? – ela chama.

– Ah não! vocês vão, cheguem lá e se comportem naturalmente. Bom treino. – ele aperta o botão com as siglas “CT” e a porta do elevador se fecha, por um momento eles ficam em silêncio mas ao passarem pelo 2° andar Savannah se vira para Jared.

– Acho que...

– Eu não quero falar sobre isso Savannah.

– Você está bem?

– Não, mas logo passa. Chegamos. – ele pega a mão dela e sai do elevador, seguem o único corredor escuro com luzes de uma cor azulada até um portão de ferro que se abre quando se aproximam, entram e encontram uma mulher totalmente vestida de preto a nossa espera, ela não sorri apenas os manda seguir pela direita, ao passarem por mais um corredor e mais um portão avistam o Centro de Treinamento no qual todos os tributos já estão reunidos, a instrutora também vestida de preto os avalia com atenção.

– Enfim os desinteressados, pelo menos não estão atrasados, 9:59... bom vamos começar. – ela passa os olhos por cada um, Savannah faz o mesmo analisando cada um devagar, Jared permanece parado ao lado dela se limitando a encarar apenas a instrutora a sua frente. – Meu nome é Víviam Flickerman... – Flickerman, a família do novo idealizador chefe estava influenciando nos jogos este ano. Isso seria interessante. – Não estou aqui para brincadeiras, muito menos para aturar tributinhos mimados, eu não estou nem ai se 23 de vocês estará morto nas próximas semanas e não me responsabilizo por qualquer ferimento causado em vocês nos treinos, foda-se a sua saúde ou estado emocional. Eu quero ver trabalho e suor! Quero ver o que vocês são capazes, não fiquem de mimimi escondendo suas habilidades, mostrem! E não quero ver os distritos 3, 5, 6,7, 8... se mostrando inferiores, dane-se os carreirista, claro que vocês estão fodidos eles são melhores, isso é obvio, mas vocês também tem algo que eles não tem e também se forem apenas palermas mantenham a pose, não sou instrutora de primário. As regras básicas e tecnicamente óbvias são as seguintes: Não se matem, mas se quiserem treinar uns com os outros não me importa. Não desafiem nenhum pacificador, a menos que queiram que sua estadia na arena vire um inferno pior do que está previsto para ser. E por ultimo não banquem os fodões vocês são um bando de adolescente descartáveis que podem morrer antes mesmo da arena, se assim for do desejo do nosso Idealizador. O Centro de Treinamento, ou CT, chamem do que quiser, está dividido em duas partes: 1° Ala de Combate, e preciso dizer o que vocês encontraram lá criancinhas? Acredito que não. 2° Ala de Sobrevivência, algo obvio também. Agora, trabalhem! – ela gritou e os liberaram pelas alas instruídas, Jared e Savannah fizeram o mesmo e ao passarem ao lado da instrutora ela disse: - Fiquem atentos ao horário. Deixem pra transar a noite, e pelo amor de Deus solte esse cabelo garota. – ela disse arrancando o rabo de cavalo de Savannah deixando seus fios livres e ondulados caírem pelas costas, Jared ficou tenso, mas ela já havia saído rebolando para avaliar os tributos em suas tarefas.

– Simpática, não? – Savannah perguntou com um sorriso divertido.

– Como o diabo. – rosna ele

– Então tá... facas?

– Espada. – Savannah olha para ele.

– Eu adoro as espadas, mas queria começar com as facas. – Savannah reclamou suspirando.

– E agora? – Jared estava tenso, ele ouvia ao seu redor lamentos de dor, sons de lutas, lâminas sendo utilizadas, a vontade dele era tirar Savannah dali daquele momento, ele se esquecia que a garota a sua frente era mais forte do que imaginava.

– E agora que você vai para as espadas e eu para as facas. – Savannah apresentou a solução como se fosse a coisa mais óbvia e sorriu, ela observou a expressão preocupada de Jared e deslocou o peso do corpo para a perna direita colocando a mão na cintura na tentativa de mostrar que estava impaciente.

– Não vou te deixar sozinha Sav. – Jared tentou, mas sabia que tentar convence-la seria missão impossível,

– Não estarei sozinha, estarei fazendo aliados. – Savannah solta uma risada e da uma piscadinha. – Faça alguma coisa, vá falar com alguns garotos ou machucar um pouquinho aquele do 10.

– Gostei de “machucar um pouquinho o garoto do 10”. – Jared solto uma risada, realmente ficara animada com a sugestão da namorada.

– Até mais. – Savannah se coloca na ponta dos pés e lhe dá um beijo rápido e sigue para as facas.

POV Jared

Sigo para a estação das espadas, vejo uma pequena garota com um olhar um tanto quanto cínico demais para seu porte físico, Arya Stark, do distrito 7. Passo por ela para pegar na mesa disposta de armas minhas duas queridas e habituais katanas, espécies de espadas mais finas porem tão letais quanto as laminas mais pesadas, me posiciono perto de um dos bonecos e giro uma das armas, cortando-lhe com firmeza um dos braços fora, logo após isso cravo o outro em uma de suas pernas e o retiro, girando novamente e cortando-lhe o outro braço, jogo uma das armas no chão e me afasto para trás com o corpo, dando duas ‘’estrelas’’, girando o corpo no ar ao fim da ultima e parando em pé, olhando fixamente nos ‘’olhos’’ do alvo, ergo a katana em direção ao boneco, cerca de 3 metros longe, e o ergo como uma lança, atirando e acertando o abdômen do alvo, a katana o atravessa e o boneco desprende do chão, caindo com um estrondo.

Sinto estar sendo observado e acabo dando de cara com Arya, que me fita, avaliativa:

– Nada mal. – Ela fala e dá de ombros. Fico um tanto quanto confuso e a observo esfaquear um dos bonecos com uma montante, dou uma observação:

– Talvez se você usar uma arma menor você terá mais força ao atingir sem precisar dar tantos golpes. – Ela me fita, pensando na possibilidade, sorrio para ela e ela agradece.

Logo após sair desse setor sigo para dar uma olhada na estação de frutas e plantas venenosas, estava distraído, e ao me virar dei de cara com Lartius, ele sorri para mim:

– Nos encontramos novamente. – me irrito só de ouvir a voz imundo dela, pelas feições parece ter a mesma idade que eu ou talvez um ano mais velho, pouco importa, eu sabia que poderia acabar com ele, e a minha vontade ali era de quebrar seu pescoço.

– Sorte a sua que ainda não podemos nos matar. – Rosno, desviando do garoto.

– Mas logo poderemos, e se você morrer primeiro... Quem sabe Savannah fique comigo... – Cerro os punhos, virando-me para o garoto.

– Nunca, agora me dá licença que eu tenho mais o que fazer. – Vejo seu sorriso provocativo e infeliz, ele segue para a estação de plantas e frutas venenosas, o que me faz desistir da ideia, porém mando-lhe um recado. – Vê se come uma delas acidentalmente. – Ele fecha a cara e segue em frente.

Então sigo para os machados, armas me agradam muito, porém não são minha melhor habilidade, a estação está vazia, há apenas uma instrutora de cabelos negros e olhos castanhos, uma mulher de por volta dos trinta anos, tudo muda quando a conheço, ela lembra Tia Marlene, o sorriso reconfortante e o olhar terno.

– Olá meu rapaz.

– Oi, sou Jared.

– Sei quem é você, eu sou Mags, e então, tem alguma instrução sobre machados? – Sua voz é baixa e calma, ela alisa nas mãos um machado de porte médio e dourado.

_Sei o básico, mas preciso me esforçar mais. – Respondo.

– Então vamos lá... pegue um machado. – Apanhei um deles na mesa, me pondo de frente para um dos bonecos, Mags se pôs ao lado:

– Dê seu melhor golpe do tipo baixo. Imagine que esse seja Lartius. – Quando ela fala isso, a fito com descrença, uma mulher muito legal ela, desfiro o golpe lateral baixo e ela observa:

– Não está ruim, você apenas precisa segurar o machado mais deitado, para que o golpe fique reto e tenha maiores resultados.

Ela sorri para mim e devolvo o sorriso, tento novamente e começamos a treinar duro, ela exige o melhor de mim em todos os golpes até a hora do almoço onde sou dispensado e vamos até um grande salão onde faremos as refeições em grupo, todos os tributos juntos de uma única vez, dá pra acreditar no tamanho da confusão?

POV Savannah

Após ter convencido Jared de me deixar sozinha, ando pelo CT em direção à estação de facas, vejo uma garota desajeitada tentar acertar uma faca no alvo, ela arremessa e erra feio o ponto vital indicado no boneco alvo, solto uma risada e ela me nota, fico apoiada na mesa de braços cruzados que se encontram as facas, procuro o número em suas costas: 3.

– Marieta Martinez, estou certa?

– Sim. – ela responde de forma simpática, fico ereta e coloco uma das mãos na cintura deixando que uma caia ao lado de meu corpo.

– Péssima mira, estava tentando matar o vento?

– Não levo muito jeito com as facas.

– Percebi. – pego uma Bowie na mesa e giro entre os dedos, vou até ela e empurro-a para que saia de meu caminho, me viro para o alvo e arremesso acertando o indicativo do coração, olho para ela com um sorriso cínico no rosto, ela se mostra boquiaberta e então recobra a postura.

– Você pode me ensinar? – solto uma risada forçada.

– Não.

– Mas porque veio falar comigo? Imaginei que quisesse uma aliança.

– Tenho cara de instrutora? Licença D3, vá procurar algo que você seja boa, tipo mexer com eletricidade quem sabe? – ela recua e sai meio sem graça, começo a atirar as facas acertando todos os pontos vitais do boneco alvo, e depois passando para outro.

– Grosseria é pouco para dizer como você agiu com aquela garota, 4. – me viro e dou de cara com a garota do 2.

– E você é...?

– Arrow Davidson. – ela pega uma faca e arremessa sem ao menos olhar em meus olhos, viro-me e vejo que a faca cravou bem na cabeça do alvo, me viro novamente para ela com um sorriso orgulhoso.

– Ótima mira!

– Obrigada. Então, Savannah Fitz, parece que os distritos pobres não lhe agradam muito.

– Os que não mostram potencial, não agradam mesmo.

– Sorte a sua que sou carreirista.

– Devo ficar feliz?

– Por atrair minha atenção? Com certeza! – rimos.

– Então eu atraí sua atenção, certo então me dê um bom motivo para confiar em você.

– Confiar eu não posso dar, não confio em você e acredito que não confia em mim, mas só por saber que estando comigo vai ter mais chance de estar viva você deveria estar feliz.

– Então você é meu anjo da guarda? Demorou para aparecer Arrow!

– Sorte a sua que cheguei Savannah.

– Que seja, e seu parceiro?

– Nem falei com ele. Mas o seu você já passou do simples falar!

– Ficou tão obvio assim? Achei que estava escondendo bem.

– Quase se comendo na carruagem, claro, claro, esconderam muito bem. – solto uma risada sendo acompanhada por ela, mas continua avaliando-a a todo minuto, não gosto dela, ela não é confiável.

– Ok Arrow, vamos treinar né?

– Estou indo dar uma volta e ver bem meus oponentes. Até mais Savannah. – ela se afasta e volto minha atenção às facas e acerto uma no órgão sexual e imagino se fosse um garoto e solto uma risada, saio andando, sigo para a ala de sobrevivência na estação de alimentos vejo uma garota de cabelos vermelhos, agachada sobre uma série de folhas, ela se prepara para colocar um teixo na boca e então encosto a mão em seu ombro.

– Se eu fosse você não colocava isso na boca.

– Ah, Oi! – ela diz colocando uma mexa do cabelo para trás. – eu sei o que é um teixo.

– E ia comer?

– Só estava analisando mais de perto.

– Entendi, bom você parece saber de plantas...

– É eu sei um pouco.

– Pode me mostras algumas venenosas? – arqueio a sobrancelha e observo cada centímetro dela, cada reação, calculando todos os seus movimentos.

– Por que as venenosas? – ela pergunta com os olhos redondos me fitando, posso ver que está com medo e buscando as possíveis razões para eu querer saber das plantas venenosas.

– Nunca se sabe quando vai precisar não é?

– Ok Savannah. – ela responde ainda hesitante.

– Esqueci, qual seu nome? – pergunto.

– Cristine White.

– Interessante.

– Vamos ao trabalho então? – me agacho ao seu lado e ela passa a me mostrar uma série de ervas venenosas, algumas até aromatizantes, passo uma boa parte do meu tempo com ela até perguntar se queria uma aliança e ela aceitar, apesar de se mostrar meio hesitante.

No horário do almoço nos reuniram e puseram carrinhos com comidas para nós, avistei Cris sentada em uma mesa afastada e fui até ela.

– Posso?

– Fique a vontade. – respondeu sem tirar os olhos de sua comida, Jared me viu e sentou ao meu lado.

– Jared, temos aliadas.

– Quem mais além de Cris?

– A garota do 2.

– Uau! A garota que você jugou ser arrogante? Quem diria! – olhei de cara feia pra ele que ria. – Ok, parei.

Começamos a comer em silêncio até que Arrow se aproximou acompanhada por Amy, do distrito 9.

– Pra quem disse que não se juntaria com distrito pobre. – disse ela me olhando e depois para Cris.

– Se não tiverem potencial. – corrigi.

– Bom que seja. – disse ela sentando e Amy fez o mesmo, avaliei bem a garota.

– Essa é... – comecei a dizer, mas Arrow me interrompeu.

– Cristine White. Eu sei.

– Memorizou o nome de todos Arrow? – perguntou Amy.

– Só os que pareceram interessantes, ela passou os olhos para Jared com um sorriso provocativo. – Então você é o Jared.

– Desde que me conheço por gente. – respondeu Jared.

– Somos uma aliança então. – conclui Cris. – Melhor assim. – e então não falou mais nada, não sei como, mas durante no almoço conseguimos atingir um nível de conversa até mesmo amigável, notei que Amy é muito quieta, Cris sabe ser legal, pelo menos é o que aparenta, mas é tímida de um jeito até fofo.

Após o almoço passei para a luta em combate, Jared estava parado a minha frente e em questão de minutos avançou, me preparei e tentei bloquear o que imaginei ser um ataque, mas ele me agarrou pela cintura e nos jogou no chão me beijando em meio a risadas incontroláveis que eu dava.

– Pombinhos lamento interromper, mas assim vocês não irão matar ninguém. – me levantei com a ajuda de Jared e demos de cara com Lognard Nespoli.

– O que você quer 5? – Jared perguntou de um jeito ríspido.

– Vamos lá rapaz não vou encostar, na sua garota. – ele abriu um sorriso meio cafajeste. – não muito.

– Olha lá Nespoli, você não sabe com quem está falando. – interrompi tentando manter o clima mais calmo possível. – Por que não luta com Jared?

– E perder a chance de saber o que uma garotinha como você é capaz? Sem chance.

– Então que seja. – Jared me apertou mais tentando me impedir, olhei pra ele. – está tudo bem. – dei um beijo nele pra confirmar e meio hesitante ele me soltou e foi se apoiar na parede para nos observar, Lognard se pós a minha frente em posição de ataque e fiz o mesmo, ele deu a primeira investida, certo de que ia me socar, dei um passo curto para o lado e no momento que ele passou por mim usei meu cotovelo e acertei sua costela já me virando e passando meu braço por seu pescoço e com o outro lhe dando um soco na cintura, ele me agarrou pela cintura e me arremessou no chão se pondo acima de mim e me dando uma joelhada na coxa, vi com o canto do olho que Jared estava se preparando pra interferir e então disse: - Jared relaxa. – voltei minha atenção para o garoto e usei meu joelho para acertar seu pênis, ele arfou e se desequilibrou, libertei meus braços e o empurrei mudando as posições, agora eu estava por cima e lhe transferi um soco no peito.

– Por que não no rosto? – perguntou ele.

– Não vamos deixar marcas para a entrevista né?

– Certo. – ele agarrou minha cintura e me puxou me distraindo e então me jogou pro lado e se levantou, chutou minha costela e se afastou, me virei e levantei com certa dificuldade. – por hoje chega não é Savannah?

– Se quiser.

– Foi bom a nossa, ahn... conversa.

– Quando quiser repetir a dose. – disse com um sorriso, Lognard acenou e saiu andando, manquei um pouco até estar de frente pra Jared.

– Está doendo muito?

– Foi só um chute.

– Acho que por hoje chega de lutas e armas né pequena?

– É acho que sim. – digo e solto uma risada e um suspiro misturados arrancando uma risada dele.

– Então vamos para a estação de nó. – acompanhei ele e ficamos a maior parte do tempo restante fazendo nó, nas ultimas duas horas já não estava com vontade de fazer mais nada e fiquei observando Jared treinar com as armas, notei com minha visão periférica um movimento no meu lado esquerdo e fui obrigada a tirar meus olhos de Jared para ver quem tinha se aproximado, Lartius estava sorridente me olhando.

– Savannah!

– O que você quer? Já não arrumou confusão demais?

– Queria me desculpar. – ele realmente pareceu inocente.

– Mesmo?

– É, eu entendi que você está com ele – apontou pra Jared com a cabeça. – não quero arrumar problema.

– Então ta.

– Desculpado?

– Sim.

– Então podemos ser amigos?

– Lartius, isso aqui é Jogos Vorazes, amigos? Em uma ou duas semanas eu posso te matar ou você estar me matando.

– Não mataria uma garota tão linda. – fiquei desconfortável, mas também gostei do elogio.

– Olha acho que não...

– Até mais Savannah.

– Mas... – ele já havia se distanciado.

– O que ele queria? – Jared perguntou todo suado.

– Pedir desculpas.

– Não engoli essa.

– Está dizendo que estou mentindo?

– Você não. Ele.

– Jared, ele pareceu ser sincero.

– Ele vai ter que provar. Vamos subir?

– Sim.

Algumas horas depois...

Jared e Savannah subiram para o 4° andar cerca de 1 hora e meia de o Centro de Treinamento ser fechado, cada se dirigiu para seu devido quarto sem dizer uma palavra se quer para Terence ou Jayden.

Só queriam tomar um bom banho quente utilizando de todos os mimos da Capital para relaxar seus músculos doloridos e tensos.

Jared penteou os cabelos negros molhados com as próprias mãos e vestiu uma camisa polo branca acompanhada por uma calça jeans e tênis pretos e seguiu para a sala de jantar se juntando a Terence e Jayden, enquanto isso, Savannah trançava seus cabelos e encarava seu reflexo no espelho, trajando um vestido rosa de alça fina e sapatilhas pratas, ela logo deixou o quarto para se juntar aos outros e quando se sentou puderam começar a jantar.

Jared notou que ela sentara bem de frente para seu pai e também notou o olhar que o homem lançou para ela, mas preferiu continuar a comer sua comida ao invés de criar algum tipo de confronto.

– Como foi o treino meninos? – perguntou Terence.

– Savannah certamente é melhor em se enturmar, já temos 3 aliadas.

– Aliadas? Nenhum homem? Que inteligente! Meu trabalho como mentor só ficará mais difícil!

– Ficará pai? Você não liga para Savannah, acho que só trabalhará por mim.

– Se continuar com essa palhaçada Jared, não trabalharei nem por você.

– Não vamos brigar, então Savannah quem são essas aliadas? – Terence tratou de interromper o começo de uma briga.

– A tributo do 2, a do 6 e a do 9. – Savannah respondeu encarando seu prato, ela sabia que chamar tributos de distritos pobres seria um motivo para o pai de Jared ataca-la ainda mais, verbalmente.

– Ótimas escolhas! Por que não chama também o distrito 12?

– Senhor Butler o distrito 12 tem potencial e... – Savannah começou a falar mas foi interrompida por Jayden que a fuzilava com tanto ódio que ali sentada naquela mesa ela sabia que o velho amigo de seu pai já não exisitia mais.

– Cale a boca garota.

– Agora já chega! Pai se for tratar Savannah assim não ouse se dirigir a ela, e nem a mim. Com licença. – Jared se levantou e saiu andando.

– Jared sente-se! – Jayden ordenou, mas seu filho já estava longe.

– Terence, posso...? – Todos escutaram a porta bater quando Savannah começou a falar novamente.

– Sim querida. – Savannah se levantou e foi direto pro quarto de Jared, estava em frente a sua porta e tentou abrir, mas estava trancada.

– Jared. – não ouviu nada. – Jared abre por favor. – nada, nem um barulho dentro do quarto. – Boa noite. – suspirou triste, Jared queria abrir a porta, claro que queria, mas ele precisava daquele tempo sozinho, precisava se afastar um pouco dela para colocar os pensamentos em ordem, Savannah desistiu e entrou em seu quarto, se trocou, colocou um pijama branco e se deitou na cama estranhado a falta de braços a envolvendo, logo adormeceu.

“Estava eu correndo em uma mata densa e úmida, com um vestido branco esvoaçante rasgado e completamente suja de lama, não sabia para onde ir, mas sabia que algo estava atrás de mim.

– Savannah, Savannah. – escutei meu nome ser pronunciado por uma voz desconhecida e abafada, continuei correndo ouvindo a mata atrás de mim ser devastada por algo grande, passei a tropeçar em meus próprios pés e o vestido agarrando nos galhos só piorava a situação, e então me vi em meio a uma chuva em uma noite sombria, as árvores rodeavam o bosque e a minha frente estava Jared e seu pai, ambos abraçados e sorrindo para mim, franzi a testa e Jared aumentou o sorriso.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei.

– Estou com meu pai Savannah.

– Mas Jared, como assim? E a briga, não compreendo.

– Ele agora sabe que você não presta Savannah. – Jayden disse e escutei a criatura atrás de mim, me virei e Lartius estava ali, mas estava gigante, talvez uns 5 ou 6 metros.

– Jared, Jared me ajuda. – gritei.

– Você quis ele Savannah. Adeus. – Lartius me pegou com aquela mão enorme a se preparou para me esmagar e tudo ficou escuro.”

– Savannah, pequena acorde. – Savannah estava eufórica com o sonho que tivera, suas lágrimas escorriam enquanto tentava acalmar sua respiração sem saber onde estava, arfou com medo de aquilo ter sido verdade, mas estava em seu quarto, nos braços de Jared. – Não precisa mais gritar, eu estou aqui.

– Jared, não me deixa. – Jared estava desesperado em ver sua pequena daquele jeito, ele sabia que por algum motivo a culpa era dele e doía não poder fazer nada.

– Ei eu não vou deixar, shh. – ele me apertou mais em seus braços e apoiei minha cabeça em seu peito. – durma. – neguei com a cabeça. – Eu não vou sair daqui. – e então adormeci.

–A


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da fanfic um beijo e até já.
—A



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