Paixões Opostas escrita por Lua


Capítulo 7
Capítulo 6 - Faxina, Trabalho Escolar e Presente


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE

Sério, me desculpem pela demora de 4 meses, quase 5 (mereço apanhar, eu sei), mas, como eu já tinha dito no capítulo anterior, a escola está tirando todo o meu tempo. Esse capítulo está pronto a algum tempo (eu escrevo nos intervalos durante as aulas e no meu tempo livre, porque amo vocês ♥), mas faltava digitar. Eu nunca tenho tempo para isso, por isso a demora em atualizar. Contudo, entretanto, todavia, a tia Lua tarda, mas não falha õ/ Com a chegada do recesso, pude passar tudo para o computador.

Quero dar as boas vindas a Almofadinhas, Fernanda del Real, Juliana, AndyL, Betahz e ao 1º menino que apareceu por aqui, E H Lewis! Obrigada por existirem ♥

Anyway, aí está um capítulo novinho (ou nem tanto e.e) para vocês, e com uma novidade: o nosso mais novo personagem, Daniel, vai ter um papel muito importante na fic, mais para a frente. Mas, dando a vocês uma chance de adivinhar qual é, eu vou destacar alguns trechos em negrito a partir deste capítulo, que darão dicas sobre o envolvimento dele em um fato já ocorrido na vida da Nanda.

Que os jogos comecem...

E que a sorte esteja sempre ao seu favor :3



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“Como se o silêncio dissesse tudo

Um sentimento bom que me leva pro outro mundo

A vontade de te ver já é maior que tudo

Não existem distâncias no meu novo mundo.” (Charlie Brown Jr – Meu Novo Mundo)



As aulas passaram voando e, antes que eu me desse conta, já estávamos no último horário. Biologia, Matemática, Redação, Espanhol... todas as matérias se misturavam. Contudo, uma em especial marcou a minha manhã: História. Fazer dupla com um completo desconhecido ao mesmo tempo em que vê o casal 20, vulgo Gabriela e Leonardo (N/A: chamou pelo nome completo, agora a porra ficou séria o.O) sendo selecionado como uma das duplas mexe com a cabeça de qualquer um, e eu ainda não tinha me recuperado totalmente do ocorrido, principalmente com o professor nos mandando conversar sobre o nosso tema durante todo o horário. No final da aula, confirmei com Daniel nosso encontro à tarde, para fazermos o trabalho.

Permaneci num estado catatônico até chegar em casa e ver o estado em que se encontrava a sala, fruto da minha maratona de filmes com o Eric: sacos de salgadinho espalhados pelo chão, a panela suja de brigadeiro sobre a mesa de centro, acompanhada de copos vazios e da garrafa de refrigerante, farelos por todo o sofá e DVDs fora das capas, jogados em cima da estante. Eu precisava dar um jeito naquilo, antes que minha dupla chegasse.

Sendo assim, almocei rapidamente, vesti uma roupa velha, peguei os materiais de limpeza e rumei para a zona de guerra. Eu tinha um longo trabalho pela frente...

x-x-x-x-x

1 hora depois, a sala estava notavelmente melhor. Em compensação, eu estava imunda, e precisava urgentemente de um banho. Calculei que eu tinha aproximadamente 30 minutos para ficar decente, sem me atrasar. Corri para o banheiro, tomei uma chuveirada rápida e vesti um vestido rodado, de tecido leve e fluido. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, e fiquei descalça. Assim que terminei, ouvi o interfone tocar.

— Alô?

— Alô, Nanda? O seu amigo, Danilo ou algo assim, acabou de chegar. Devo mandá-lo subir? – ouvi a voz de Pedro, o porteiro do prédio e a pessoa mais atrapalhada que eu já vi. É um grande amigo meu, desde que começou a trabalhar no meu prédio.

— Não precisa, Pedro. Eu mesma vou aí buscá-lo.

Desliguei, enquanto calçava um par de chinelos, pegava a chave de casa e saía, rumo ao elevador.

x-x-x-x-x

Alguns minutos depois, cheguei à portaria e encontrei Daniel sentado no sofá, com uma mochila no colo e uma expressão animada, tanto facial quanto corporal: ele sorria abertamente, e tamborilava os dedos freneticamente. Preferi imaginar que toda aquela animação não era simplesmente porque ele iria para a minha casa, porque isso seria altamente constrangedor. Ao me ver, o garoto levantou-se e veio imediatamente me cumprimentar.

— Olá, Nanda – disse, enquanto beijava-me no rosto.

— Olá, Daniel. Vamos? – acenei, em direção ao elevador.

— Claro – ele seguiu na frente, enquanto eu despedia-me de Pedro. Em seguida, entrei no elevador e apertei o botão do meu andar.

x-x-x-x-x

Ao chegar no meu apartamento, a 1º coisa que fiz foi usar uma frase clichê e que, dadas as circunstâncias, era de falsa modéstia:

— Não repara a bagunça, okay?

— Imagine. Eu acho que nunca vi uma sala tão bem arrumada quanto essa – respondeu-me, parecendo sincero.

“Se ele visse o meu quarto, provavelmente teria um troço” – pensei, mas em vez disso falei:

— E então, foi muito difícil achar o meu prédio? – perguntei tentando puxar assunto.

— Sabe que não? A fachada do seu prédio é muito familiar para mim — afirmou, com ar nostálgico.

— Mas você já veio aqui antes?

— Não... pelo menos, não que eu me lembre – negou, dessa vez com ar de confusão.

— Que estranho... bem, vamos começar?

Seguiu-se um silêncio constrangedor, enquanto ele pesquisava informações na internet e eu fazia anotações no caderno. Para quebrar a quietude no local, perguntei:

— Que tal você me contar um pouco da sua vida? Prometo que faço o mesmo, se você quiser.

— Tudo bem. O que quer saber? – indagou-me, olhando-me com aquele par de olhos azuis que eu tinha a impressão de conhecer de algum lugar.

— Comece me falando a sua idade e de onde você é – pedi, enquanto sentava-me de forma mais ereta e prestava atenção.

— Tenho 18 anos e sou da cidade da avó do Leo, onde nós nos conhecemos. Ele esbarrou, literalmente, comigo e com minha irmã na rua. Nós passamos todo o tempo que ele ficou lá no sítio dos meus tios, um local isolado, onde não pega sinal de celular, internet, nada. Apesar disso, nós nos divertimos muito, até o Leo derrubar o celular de uma árvore que nós estávamos escalando, quebrá-lo e ficar chateado pelo resto do passeio, dizendo que pretendia entrar em contato com uma pessoa especial quando conseguisse sinal, pois havia prometido ligar para ela todos os dias, e que a mesma devia estar preocupada com ele...

Enquanto Daniel fazia uma pausa para respirar, eu senti a culpa me remoendo por dentro. No fundo, eu sabia que precisava me desculpar com o Leo, mas também sabia que a cada vez que tentasse, a lembrança dele com Gabriela me impediria. Percebi que Daniel estava me chamando e voltei para a Terra.

— Desculpe, eu estava em outro lugar... você dizia? – expliquei, sem graça por ter deixado-o no vácuo.

— Eu perguntei se você tem mais alguma pergunta.

— Tenho... como você e sua irmã estão na minha sala, no início do ano letivo, tendo 18? Vocês repetiram de ano alguma vez? – questionei, arrependendo-me imediatamente, pois ele pareceu desconfortável com a pergunta.

— Não, nós entramos 1 ano atrasados na escola...

— Desculpe se te constrangi, não era a minha intenção – o interrompi.

— Tudo bem, eu não me importo. Continue, estou começando a gostar desse interrogatório – pediu, enquanto abria um meio sorriso que fez o meu coração acelerar mais do que deveria.

— Por que você se mudou para cá?

— Para morar com a minha tia. Eu sou órfão de mãe, e o meu pai viaja muito. Para que eu e Gabriela não ficássemos muito solitários, ele nos mandou para o local no qual passávamos todas as nossas férias: a casa de dona Joana, irmã dele e minha tia predileta.

— Lamento pela sua mãe, mas fico feliz pela mudança, que só deve fazer bem a você...s – disse, relutando em acrescentar o “s” no final da palavra “você”, o que indicava que também estava feliz pela Gabriela – Mas agora é a sua vez. O que quer saber sobre mim?

— Nada – respondeu-me, com um sorriso misterioso e um brilho travesso no olhar.

— Nada? – repeti, incrédula e dividida entre o alívio, por não ter que responder nada, e o orgulho ferido, por não ser considerada interessante o bastante para receber perguntas sobre minha vida. Minha expressão deve ter me denunciado, pois Daniel continuou a falar:

— Não se sinta ofendida, eu não quero saber nada, porque tudo que eu precisaria saber por você eu soube por outra fonte.

— Que fonte? – perguntei.

A primeira pessoa que eu cogitei ser a fonte do garoto foi o Leo. Afinal, quem mais Daniel conhecia que poderia fornecer informações sobre mim? Enquanto eu divagava sobre o assunto, ele respondeu a minha pergunta:

— A minha fiel e confiável fonte é o Facebook – afirmou, deixando-me confusa por um instante.

— O quê? – questionei.

— O Facebook, oras. Bastou que eu pegasse o seu nome na lista de presença, pesquisasse o seu perfil e descobrisse sua idade, data de aniversário, de onde é, nomes dos familiares, dos amigos, número de celular... – enumerou, contando nos dedos tudo que descobriu no meu perfil – Você deveria ter mais cuidado com o que coloca na internet.

— Obrigada pelo conselho... mudando totalmente de assunto, acho que já estamos quase no fim do trabalho – afirmei, voltando a me concentrar nas pesquisas.

Após terminarmos o trabalho, aproveitamos para comer um lanche que minha mãe havia preparado, enquanto assistíamos TV. Daniel estava se preparando para ir embora quando as meninas chegaram, dizendo coisas como “A Bastet é tão fofa”, “A Nut é diva”, “O Set é do mal” e tagarelando sem parar. Como a minha mãe havia atendido a porta (e não eu), Mila e Mari surpreenderam eu e Daniel, enquanto ele me beijava no rosto, numa despedida. Tentei ignorar o olhar das duas e levei o garoto até a porta, o qual parecia ainda mais envergonhado que eu. Mal eu havia fechado a porta, as meninas me atacaram, pulando em cima de mim e fazendo-me mil perguntas:

— Que cena foi essa, Nanda?

— Olha que o Leo vai ficar com ciúmes, hein?

— Ele que me perdoe, mas eu super shippo vocês dois!

Resolvi dar um basta na situação, antes que elas começassem a planejar meu casamento com um garoto que eu conhecia a dois dias:

— Vocês são tão constantes quanto o vento, sabiam? Não, eu não tenho NADA com o Daniel. Até porque, eu conheço ele a apenas dois dias – retruquei, enquanto elas finalmente se acalmavam – O que aconteceu com o ship Lenanda, afinal de contas?

— Você e o Leo são mais lentos que lesmas paralíticas, assim não dá – reclamou Mari.

— Eu só acho que você deveria deixar essa criancice de lado e ir falar com ele – completou Mila.

Fez-se silêncio no cômodo, mas não na minha cabeça. Eu lutava com sentimentos conflitantes, dentre os quais se sobressaíam o meu orgulho ferido e a vontade de ver o Leo. Praticamente não existiam distâncias (físicas, ao menos) entre nós dois: ele era meu vizinho, morava numa casa ao lado do meu prédio. Juntando todos esses motivos, eu já estava praticamente convencida a encontrar o Leo e resolver as coisas entre nós. De fato, tudo que eu precisava para ir falar com ele era de um pontapé inicial, o qual Camila havia acabado de providenciar.

Eu já estava quase me levantando quando, de repente, a campainha tocou. Levantei-me para atendê-la, certa de que era apenas o Daniel, que provavelmente esquecera alguma coisa. Contudo, dei de cara com uma soleira vazia. Ou quase vazia. No chão, havia uma caixa preta com um laço branco em volta, criando um belo contraste. Curiosa como sou, a recolhi e desembrulhei-a cuidadosamente. Dentro encontrei um CD, uma carta e uma rosa branca. Espera... uma rosa branca? Enquanto eu desdobrava a carta, senti meu coração batendo aceleradamente. O papel havia sido perfumado com um aroma muito familiar para mim. Era o cheiro do Leo.



No próximo capítulo...

“Após praticamente correr em direção à casa do garoto, eu me recompus, respirei fundo e toquei a campainha. Com o universo conspirando ao meu favor pela 1º vez na vida, adivinha quem veio atender a porta? Se você disse “Leo”, acertou.

— Oi – cumprimentei, sorrindo timidamente. Depois de tudo o que eu falara para ele, não sabia como começar uma conversa.

— Nanda? O que você está fazendo aqui? Desculpe, estou sendo grosso – Leo desatou a falar, mal parando para respirar – Você entendeu tudo errado, eu...

Antes que o mesmo pudesse concluir a frase, colei meus lábios aos dele, em um beijo carregado de saudade e desejo.”


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Notas finais do capítulo

Status: me sentindo maldosa BUAHAHAHAHAHA Me desculpem por terminar o capítulo assim, mas eu não pude resistir :3 Espero que tenham gostado, apesar da demora... Prometo que vou me esforçar o máximo possível para que o próximo não demore tanto assim. Novamente, boa sorte a todos na junção das dicas e na resolução do enigma ;) Nos vemos, se o universo conspirar a meu favor, muito em breve õ/