Depois que todos chegaram no local com o pessoal da mansão, Seu Madruga e Peterete decidiram ajudar com a decoração.

–O que é isso?- perguntou Peterete.

–Uma pichorra. Vamos usá-la na festa, é novinha.- respondeu Seu Madruga.

–Não acho uma boa ideia, olha para aqueles dois ali.

Peterete se referia ao Jaime e Laura, que olhavam para os doces que eram colocados dentro da pichorra.

–É verdade, vamos enchê-la em outro lugar.- disse Seu Madruga e eles foram até uma casa de um dos Families para enchê-la.

Enquanto isso, Mário, Marcelina e Cirilo estão enchendo as bexigas da festa.

–Essa aqui já tá pronta.- disse Cirilo colocando a bexiga na mesa, mas assim que pegou outra para encher, Mário viu que ela começou a flutuar e avisou ele.

–Cirilo, a bexiga tá indo embora!

Cirilo conseguiu pegá-la antes que ela voasse.

–Ufa, essa foi por pouco.- ele disse e logo os três começaram a tentar encher as outras, mas toda vez que largavam as cheias, elas voavam.

–E agora? O que faremos?- perguntou Marcelina.

–Tive uma ideia.- disse Mário- Carlitos, pode segurar essas bexigas pra gente?

–Claro.

E Carlitos segurou as bexigas, mas elas eram muitas, dez bexigas amarradas uma nas outras, por isso, a leveza delas aumentou e Carlitos começou a levantar do chão.

–Ei, alguém me ajude!!!- ele gritou, desesperado, ao ver que as bexigas estavam fazendo ele voar.

Mário, Marcelina e Cirilo começaram a pegá-lo pelo pé e Jaime percebe que eles não vão conseguir segurar o Carlitos por muito tempo e que podem sair voando junto, ele consegue segurar todos e eles decidem guardar as bexigas em um lugar seguro.

–Acho melhor a gente não deixar as bexigas aqui, vamos guardá-las na casa do Sam.- disse Mário.

Depois da confusão com as bexigas, Seu Madruga e Peterete decidem começar a montar o palanque juntos.

–Peterete, você pode montar o palanque do outro lado que eu monto desse lado, OK.- disse Seu Madruga.

–Tá bom, assim vamos terminar mais rápido.- disse Peterete e eles começam a montar o Palanque.

–Papai, o pessoal tá chamando você pra ajudar a arrumar a mesa com a comida da festa.- disse Chiquinha.

–Minha filha, eu não posso, pois estou montando o palanque para a festa, quando eu terminar aqui, eu vou lá ajudar vocês, tá bom.- disse Seu Madruga e Chiquinha se retira e os dois voltam a montar o palanque e Esteban (Mister A) cochicha para o Horácio (Mister C).

–Ei Horácio, que tal implicarmos denovo com o Seu Madruga chamando ele pelo nome verdadeiro.- disse Esteban e os dois chegam perto do Seu Madruga e fingem que estão conversando.

–Esteban, você acha que a festa vai ficar boa?- disse Horácio fingindo que está conversando.

–Acho que sim, todos estão ajudando, o Mário,a Marcelina e o Cirilo por exemplo estão enchendo várias bexigas, a Alejandra e a Chiquinha estão arrumando as mesas com a comida da festa e olha ali também, o Peterete e o Seu Ramón estão montando o palanque.- disse Esteban e Seu Madruga ouve o que eles dizem e não gosta de ser chamado pelo nome verdadeiro que é "Seu Ramón", mas decide fingir que não ouviu nada.

Quem diria, até o Seu Ramón está ajudando rsrs.- disse Horácio e os dois saem rindo disfarçadamente do local quando percebem que Seu Madruga se irritou, pois ele fez a expressão de raiva que ele sempre faz.

–O que foi Seu Madruga, porque você ficou assim?.- disse Peterete percebendo que o Seu Madruga se irritou com alguma coisa.

–Não nada, é que eu lembrei de uma coisa que me deixou irritado e por isso fiquei assim.- disse Seu Madruga, mas Peterete acha muito estranho pois o Seu Madruga estava bem tranquilo e se irritou derrepente, mas decide deixar quieto.

Depois dessa confusão, o palanque finalmente foi montado, Chapolin, John e Nikolai voltaram com os doces e o Mister B chegou com os refrigerantes e salgadinhos, foi quando perceberam que estava faltando ainda uma caixa de som pra tocar músicas.

–Deixa que eu arrumo. Lá na mansão tem uma.- disse Carlitos.

–Pode ir então. Valeu.- disse Sam.

E assim, Carlitos foi andando à pé até a mansão de Lúcio, ele na verdade, queria ter ido de carro porque a mansão ficava longe daquele lugar, mas acontece que ele não sabia dirigir e o Botijão não gostava que ninguém a não ser ele mesmo, dirigisse seu fusca amado. Até Lúcio, que não gostava de dirigir devido à idade, também não deixava ninguém tocar em seu carro velho que ele nem mais usava. Por isso, ele achou melhor não arriscar, foi andando à pé com passos rápidos e largos. Chegando no final do portão que ligava os bairros, ele encontra o açougueiro sem sua roupa de trabalho, estava apenas passeando já que o seu açougue já havia fechado.

–Ei, posso falar com você um minuto?- perguntou o açougueiro.

–Não, agora eu tenho pressa!- Carlitos tentou disfarçar, pois achava que o açougueiro ia bater nele de novo.

–Calma, não vou te bater de novo. Só vim aqui te pedir desculpas por ter pendurado você e o Chaveco no varal noutro dia.

–Pedir desculpas? Mas achei que você não gostava dessa palavra.

–Eu sei, mas não é verdade. Isso é mentira, boatos que o povo conta sobre açougueiros. Caso você não sabia, muitos açougueiros são vítimas de boatos e fofocas. Mas não é verdade, eu reconheço que fiz até um pouco exagerado e por isso quero me desculpar.

Carlitos ficou pensativo por um tempo, até que lembrou de quando sua mãe dizia que ele podia perdoar as pessoas que faziam brincadeiras com ele na escola. Então decidiu perdoar o açougueiro também.

–Tá bom então. Tá desculpado.- disse ele apertando a mão do açougueiro.

–Seu Madruga, o açougueiro nariz-de-batata está aqui, chame-o pra festa!!- disse Lorenzo, escondido em uma árvore que estava atrás dele. Só que naquele momento, quando Lorenzo falou aquilo, Carlitos olhou pra trás para ver quem estava imitando perfeitamente a voz dele, fazendo o açougueiro não ver que ele não mexia a boca e pensasse que era realmente ele que estava falando.

–Nariz de batata é?- disse o açougueiro já com os olhos soltando faíscas.

–E empinado ainda por cima!- repetiu Lorenzo, nessa hora, Carlitos tentou dizer que não era ele, mas não deu tempo, o açougueiro lhe nocauteou inesperadamente e depois se mandou. Não queria que a situação sobrasse pra ele. Carlitos ficou desacordado por alguns segundos, mas depois conseguiu acordar e foi novamente pra casa, tomando cuidado para não encontrar com o açougueiro novamente.

Mas na verdade, ele conseguiu pegar o som e voltar sem encontrar com ele, assim que ele chegou novamente na festa, todos estranharam sua demora.

–Desculpa, eu fui à pé.- foi só o que ele conseguiu dizer, mas todos desconfiaram de algo, pois seu rosto estava com uma marca roxa bem de leve na boca e isso era bem estranho, mas preferiram deixar pra lá para não estragar o clima de festa.

Logo começou a festa, com uma música bem agitada e todos dançando. Em certo momento, Maria Joaquina, que dançava com Daniel, perguntou:

–Daniel, o que você achou desse meu vestido?

–Está horrível, tanto que combina com sua cara de boba.- disse Lorenzo imitando a voz de Daniel, que olhou para a direção de onde a voz vinha, mas não encontrou nada.

–Como é que é?- Maria Joaquina avançou em cima dele, indignada.

–Eu não disse nada, foi alguém que imitou a minha voz.- defendeu-se Daniel.

–Só falei a verdade.- intrometeu-se Lorenzo.

–Dá pra parar?- Daniel gritou com a voz, assustando Luiza, que dançava com Cirilo ao seu lado.

–Eu não disse nada.- disse Luiza.

–Nem eu.- se defendeu Cirilo.

–Não é com vocês!- disse Daniel.

–Chega Daniel. Você não sabe que é feio acusar os outro injustamente?- disse Maria Joaquina.

–Mas isso não é justo, não fui eu!

–Então quem foi? Quem é o seu bode expiatório?

–Não sei, mas eu vou descobrir.

–Então, enquanto você não descobrir, é melhor ficar longe de mim!- ela gritou e saiu correndo com os olhos marejados, Jorge viu tudo e foi atrás dela, mas Daniel ficou mais triste ainda. Quem poderia ter feito uma coisa daquelas se não foi o Jorge? Alguém que tinha inveja dele por namorar com a Maria Joaquina? Só pode, mas quem?