Depois que Marcelina, John, Nikolai e Jaime viram aquela mensagem, decidiram que precisavam de ajuda.

–Temos que ir atrás dos patrulheiros restantes e rápido!- disse Marcelina.

–Mas como? Não sabemos onde eles estão.- disse Jaime.

–Lembra da carta que eles escreveram para o Seu Lúcio? Ela dizia que eles iriam para a África.- completou ela.

–Então vamos pra lá!- disse Jaime.

Então eles desceram para a cozinha e encontraram Seu Lúcio com Botijão, Chimoltrufia, Carlitos, Chaveco, Peterete e Dona Cotinha. Quando eles pediram permissão à Seu Lúcio para irem até a África pra tentarem convencer os patrulheiros a voltarem e resgatarem os patrulheiros que foram sequestrados, Lúcio reprimiu.

–Vocês podem ir, mas nós vamos com vocês!- disse Seu Lúcio, se retirando da mesa junto com os outros.

E então, a decisão foi tomada, todos iriam atrás dos outros patrulheiros e convencê-los a resgatar os capturados.

Enquanto eles estão lá no aeroporto esperando o avião chegar, Daniel tenta mandar uma mensagem telepática para Mister B pra ele ajudar.

–O que foi Mister B?- perguntou Chapolin.

–Nada. É que o Daniel tá me mandando uma mensagem telepática pra mim pedindo pra gente voltar porque parece que os Red Bloods pegaram eles.

–Fala pra ele que ele tem que nos deixar em paz. Porque a gente não pode ajudar já que não somos da Patrulha Salvadora.- disse Mário.

–Eu nem vou responder, só ignorar.- completou Mister B.

–Isso mesmo.- disse Mister A.

Aquela hora, eles estavam no meio do almoço do acampamento, porque ele tinha horário de café da manhã, almoço, lanche e janta. Aquela hora era a hora de almoçar, enquanto que os quatro patrulheiros almoçavam no avião rumo à África. Mas, apesar de tudo isso, Mário sentia muita falta de Marcelina e fazia tudo pra esquecê-la, mas não conseguia, Marcelina havia sido muito cruel com ele ao não deixá-lo explicar que aquele homem não era um Balla e que eles jamais trairiam os seus amigos patrulheiros, mas ela não quis ouvi-lo. Então, era melhor que ele a esquecesse, nem que aquilo levasse um ano.

Quando finalmente embarcaram na África, Seu Lúcio ligou para Alejandra, que estava tomando conta da casa junto com Chiquinha e avisou que estava tudo bem e que eles já tinham chegado, deixando-as aliviadas.

Porém, apesar de terem conseguido ir para a África, eles não sabiam que idioma eles falavam.

–Eu acho que eles devem falar em inglês. Olha aquela placa ali.-disse Botijão.

–Ah, então deixem comigo, eu vou falar tudo por aqui porque eu sei falar inglês muito bem.- disse Lúcio.

–Como?- todos perguntaram.

–Minha família passou uma temporada em Londres quando eu era jovem.- explicou ele e todos assentiram.

Então, com a boa pronúncia de Lúcio no inglês, eles conseguiram descobrir o nome do lugar que se passava o acampamento de férias e pegaram um táxi pra ir pra lá, embora estivesse bem longe, eles tinham dinheiro o bastante pra conseguirem pagar a parte de cada um.

Chegando de volta no acampamento, os sete heróis estavam passando por dificuldades, pois além de eles não conseguirem entender o que os donos do acampamento diziam por não saberem falar em inglês, eles só conseguem entender graças à mente de Mister B que traduz tudo que eles falam, eles estão sentindo muita falta da mansão de Lúcio, pois lá era bem confortável em suas camas e seus quartos, enquanto lá no acampamento, suas camas eram feitas de um colchão duro, mas do tamanho ideal deles, além de que eles estavam no meio de estranhos que nem conseguiam saber o que eles falavam.

Depois de vinte minutos, finalmente os quatro patrulheiros conseguiram chegar no acampamento e tiveram que pedir à Lúcio pra pedir permissão pra falar com eles.

–Eles deixaram, vão lá chamar eles.- disse Lúcio e eles sorriram.

Quando os patrulheiros apareceram, o sorriso deles desapareceram, pois eles ainda estavam tristes com tudo o que aconteceu.

–Oi meninos.- disseram os quatro, enquanto os adultos ficaram mais distante pra deixá-los à sós.

–Oi gente.- disseram os outros sete. Marcelina deu um abraço em Mário, mas ele não retribuiu com vontade, apenas abraçou como por obrigação.

–Aconteceu alguma coisa?- perguntou Mister B para Jaime.

–Aconteceu sim, os outros patrulheiros foram capturados e nós conseguimos escapar, mas pra resgatá-los nós quatro não seremos o suficiente, precisamos que vocês voltem e nos ajude. - disse Jaime.

–Depois daquilo, acho melhor não voltarmos de jeito nenhum. - disse Mário.

–Mas eles já descobriram que vocês são inocentes e que vocês não estavam falando com um dos Ballas.- disse Marcelina.

–Eu sei, mas é que eles duvidaram de nós. Não acreditaram na gente e nós temos uma regra de sermos fiéis um com o outro, o que eles não fizeram.- afirmou Chapolin e todos concordaram.

–Ah por favor. Só nos ajude a resgatá-los.

–Mesmo que a gente quisesse, não podemos, o acampamento não chegou ao fim e não podemos largá-lo enquanto estiver pelo menos na metade, quando eles nos derem permissão pra tirarmos pelos menos uma semana de folga. Nesse meio tempo, poderíamos voltar, resgatá-los e voltarmos pra cá.- disse Mister A.

–É verdade.

–Então esperem, vou lá falar com os organizadores ver se eles deixam vocês voltarem pelo menos por um tempo.- disse Lúcio, indo em direção aos diretores.

–Mário, me desculpe, eu sei que fui injusta, mas agora que descobri que você é inocente, quero fazer as pazes com você.- disse Marcelina.

–Olha Marcelina, eu aceito suas desculpas, mas acho melhor darmos um tempo no nosso namoro até eu ter certeza que você não vai mais desconfiar de mim.- disse ele.

A patrulheira ficou com lágrimas nos olhos quando ele disse isso, mas ele ignorou e continuou prestando atenção na conversa de Lúcio com os organizadores do acampamento, mas depois de alguns segundos ela pensou melhor e percebeu que ele está certo, ela realmente errou e devia ter sido fiel à ele sem concordar com sua saída. Mas pelo menos ela sabia que ele estava muito magoado, talvez com o passar do tempo ele esqueça isso e volte pra ela, era só esperar pra ver.