Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 30
O segundo aniversário




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Gibby recebeu alta do hospital e voltou para Seattle com Melanie, então, Sam teve que cumprir o prometido e acompanhar a irmã gêmea à casa da mãe para contar a novidade. Freddie e Isabelle foram junto com a loira.
– O que as duas estão aprontando? – perguntou Pamela, desconfiada.


– Por que você acha isso mamãe? – perguntou Melanie.
– Porque eu tenho duas filhas ingratas, que mal vêm me visitar e, de repente, aparecem juntas e cheias de simpatia – respondeu Pam.
– A gente não vem pra não atrapalhar seus encontros amorosos – falou Sam, sem esconder a desaprovação na voz.
– Você já está bem grandinha pra continuar implicando com meus encontros amorosos Sam. Acontece que não me enganam. Vivem brigando desde o berçário e quando estavam amiguinhas e unidas e porque tinham aprontado e queriam me dobrar. Falem logo! O que fez dessa vez Sam? Já adianto que a Melanie não vai ser capaz de aliviar a sua barra.
– Acontece que não fui eu que fiz dessa vez – falou Sam, triunfante.
– Conta outra Samantha! A Melanie seria incapaz de aprontar, é a filha perfeita!
– Então se prepara para a decepção.
– Sam! – ralhou Melanie – Você veio aqui pra me ajudar ou pra me detonar?
– Tá, desculpa – disse Sam.
– Então é verdade? Melanie, você aprontou? – perguntou Pam, alarmada.
– Mamãe, eu sei que isso aconteceu numa hora nada boa, mas não deixa de ser maravilhoso... – começou a explicar Melanie.
– Fala logo garota, eu não tenho o dia todo – falou Pam, irritada.
– Eu estou grávida! – contou Melanie, de uma vez.
– O que? Eu não ouvi direito. Não posso ter ouvido. Ou isso é um pesadelo, alguém me belisca – começou a falar Pam, nervosa.
Gibby beliscou Pam, que o estapeou:
– Não era pra beliscar de verdade, sua anta. E pensar que você é o responsável por engravidar minha filha, minha menina com um futuro brilhante pela frente, estudante de Havard, eu devia te dar uma surra!
– Para Senhora Puckett. A sua mão é pesada – reclamou Gibby, enquanto se protegia com os braços.
– Não bate no meu futuro marido mãe. Ele vai assumir o filho, vai se casar comigo – informou Melanie, colocando-se entre a mãe e o namorado para protegê-lo.
– Tem razão, quem merece apanhar é você! Arranjou barriga antes do diploma e ainda escolheu um bobalhão sem emprego pra pai – falou Pam, tirando o chinelo do pé e correndo atrás de Melanie.
Sam colocou-se a frente da irmã, protegendo-a:
–Para mãe! A Mel tá grávida, vai machucá-la – falou Sam, segurando a mãe, com dificuldade, já que Pam era tão forte quanto a filha.
Freddie levantou-se e foi ajudar a esposa a conter a sogra. Pam foi se acalmando e finalmente se sentou, cansada:
– Você foi a maior decepção Melanie. Acabou seguindo a sina das Puckett, quando eu tive esperança de que iria se salvar, por ser melhor do que eu e a sua irmã.
Sam sentou-se ao lado da mãe:
– Mamãe, eu sei que na sua concepção eu não sou grandes coisa e a senhora sempre imaginou isso mesmo. Mas, eu vou dizer que posso não ter uma vida perfeita, como qualquer ser humano nesse planeta. Porém, se me perguntarem se sou feliz, responderei, sem dúvida, que sim. Eu tenho saúde, família e amor. O resto, eu corro atrás. Estou terminando o ensino médio e hoje, vejo o quanto é importante o estudo. A Belinha só me fez bem, só trouxe maturidade pra minha vida e tenho certeza de que com a Mel vai ser a mesma coisa. Todo o potencial que ela tem ainda vai levá-la muito longe, mesmo que ela tenha que parar um tempo para ter o bebê.
– Ela vai jogar fora o curso de Havard, isso sim.
– Juro que não mamãe. Posso trancar, mas depois eu volto – comprometeu-se Melanie.
– Mamãe, pode ter sido difícil no começo. Mas, quando eu olho pra Belinha, me vem a certeza de que ela foi a melhor coisa que me aconteceu na vida – falou Sam.
– Belinha é mesmo uma benção – concordou Pam, olhando para neta, que lhe sorriu e estendeu os braços.
Pamela pegou Isabelle no colo, e a menina, com as mãozinhas, começou a secar as lágrimas da avó.
– Como não amar uma coisinha tão linda quanto você? – perguntou à pequena.
– Eu ti amo oó Pam – declarou Isabelle.
Pamela beijou a cabeça da neta, emocionada.
– E outro bebê como a Belinha tá crescendo no ventre da Mel. Isso é uma benção! Então, perdoe a minha irmã e olhe pelo lado positivo – pediu Sam.
– Está bem, você tem razão. Sam, nunca pensei ouvir algo sensato de você. Me orgulho da mulher que se transformou – elogiou Pam.
– Acha isso mesmo? – perguntou Sam, contente.
– E alguma vez eu lhe disse algo que não pensava?
– Não, na verdade, a senhora sempre foi sincera demais comigo nas suas opiniões.
– Sempre foi a que esteve mais perto para eu dar as minhas opiniões, mas eu não soube valorizar a sua companhia.
Sam abraçou a mãe, que retribuiu.
Na sequência, Pam entregou Isabelle para Sam, levantando-se e caminhando até Melanie:
– Que esse bebê, meu neto, seja bem-vindo a nossa família.
Pam e Melanie abraçaram-se.
– Mas, o gordinho aí não vai fugir. Vai fazer que nem meu genro gatinho e vai casar – determinou Pam.
– É claro que sim, quando a senhora quiser – respondeu Gibby, temendo a sogra.
– Espero que arrume um emprego também pra sustentar meu neto.
– Ele vai trabalhar na Pera Store, já estou vendo uma vaga pra ele Sra. Puckett – informou Freddie.
– Melhor assim – falou Pam.
Um mês depois, Melanie e Gibby casaram-se no civil e na religião judaica. Isabelle foi a dama de honra. O casal começou a vida morando com a mãe de Gibby e com o irmão dele, Guppy, já adolescente. Gibby começou a vender capinhas para celular na Pera Store.
O tempo passou, mais um dia amanhecia em Seattle. Isabelle ainda dormia, quando os pais entraram no quarto segurando uma torta da loja do falecido Sr. Galini:
– Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida – cantaram os pais, num tom mais baixo, acordando Isabelle.
– Meu paiabéns – comemorou Isabelle, batendo palminhas, depois de se sentar na cama.
Os pais cantaram novamente, agora mais alto. Fazendo Isabelle pular na cama, aplaudindo.
– E a princesa Isabelle vale tudo ou nada? – perguntou Freddie.
– Tudo! – responderam Sam e Isabelle juntas.
– Então como é que é? É pique... – começou Freddie.
– É pique, é pique, é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, é hora, rá, tim, bum, Belinha – cantaram todos.
A menina jogou-se de costas na cama, risonha e satisfeita com a homenagem dos pais.
– E essa torta? Pra quem será? É pra mim amor? – perguntou Sam ao marido.
– Será que é sua, amor? – indagou Freddie, sorrindo.
– Não, é da Beinha – falou Isabelle colocando a mão na torta e pegando um pedaço cheio de chocolate e glacê, lambuzando-se toda enquanto o levava a boca.
– Mas não vai dar nem um pedacinho pra mamãe? – perguntou Sam.
– Tá mamãe – concordou Isabelle, pegando outro pedaço e levando a boca da mãe, lambuzando-a toda.
– Agora estamos ainda mais parecidas, com a cara toda lambuzada – observou Sam, rindo – Mas, falta o papai.
Isabelle entendeu a dica, passou a mão no bolo e lambuzou toda a cara do pai.
– Errou a boca do papai Belinha – disse Freddie, tirando glacê dos olhos.
Sam começou a gargalhar, olhando para Freddie.
– Tá achando graça né Sam? O que acha disso? – perguntou ele, espalhando glacê no rosto da esposa.
– Não acredito que fez isso! – falou Sam, limpando os olhos – Vai ter troco – enchendo a mão de glacê e passando no cabelo de Freddie.
– Ah não Sam! No cabelo não! Dá um trabalhão pra arrumar – reclamou Freddie.
– Eu sei. E aí tá a graça – falou Sam, comemorando, com os braços para cima.
Isabelle ria sem parar ao ver os pais lambuzados e quis entrar na brincadeira, pegando mais bolo e passando na roupa deles. Logo se iniciou uma guerra, onde todos acabaram com glacê da cabeça aos pés, rindo até doer a barriga.
Mais tarde, Sam, Freddie e Isabelle, toda fantasiada como uma pequena sereia (mais um presente de Cat) foram para a festinha organizada por Carly no apartamento dos Shay. A madrinha caprichou na decoração.
Cat, Robbie, Nona, Dice, Goomer, Jade, Beck e Richard, então com 11 meses vieram de Los Angeles para a festinha.
Carly estava toda contente com seu novo namorado: Brad.
– Prova esse docinho, amor. Fiz pensando em você – falou Brad, que tinha ficado encarregado pelos quitutes da festinha.
– Hummm. Isso é muito bom – elogiou ela – Diferente.
– Feito de gelatina rosa. Tem a cor e o gosto doce de seus lábios.
– Oh, que fofo – falou Carly, beijando a boca do namorado – Assim, vou acabar gorda e você nem vai mais gostar de mim.
– Na verdade, eu não gosto de você... eu te amo... de qualquer jeito – foi a vez dele beijá-la.
Do outro lado da sala, Gibby observava a cena:
– Nossa, a Carly agora vive numa melação com o Brad.
– Natural amorzinho. Eles estão começando a namorar. Lembra-se de nós?
– Claro que sim gatinha – falou ele, beijando a esposa.
Uma cena fofa chamou a atenção de todos os convidados da festa. Isabelle amparava Richard para que o menino pudesse caminhar, ainda desajeitado.
– Isso neném. Anda – incentivava Isabelle, segurando as mãozinhas dele, que sorria para ela.
– Ricky gosta da filha de vocês, porque ele não costuma ser tão simpático com as pessoas – observou Beck à Sam e Freddie.
– Ele puxou a mim – falou Jade, com orgulho.
– Ninguém consegue resistir aos encantos da minha filha – disse Sam, orgulhosa.
– E tanto encanto ainda vai me dar dor de cabeça, já pressinto isso – falou Freddie, preocupado.
Mais tarde, cantaram parabéns e, no colo do pai, ao lado da mãe, Isabelle soprou as velinhas. Cortaram a grande torta encomendada da loja do falecido Sr. Galini, como fora a outra despedaçada pela manhã, e serviram aos convidados.
No fim da festa, Isabelle dormiu no colo de Cat. A ruiva olhou para Robbie e disse:
– Já imaginou como vai ser quando tivermos a nossa?
– Você quer uma menina Cat?
– Quero, e você?
– Eu quero o que você quiser.
– Mas, antes de encomendar nossa filha precisamos nos casar.
– Demorou. Pode ser hoje se você quiser.
– Não, temos que ficar noivos antes. Você tem que fazer o pedido.
Robbie se levantou e chamou a atenção de todos:
– Um minuto de atenção, por favor!
Todos se viraram. Robbie se ajoelhou, tomou a mão de Cat e disse:
– Catherine Valentine, aceita se casar comigo?
– Aahh! Claro que aceito! – respondeu Cat, empolgada, acordando Isabelle.
Sam pegou a filha e Cat pode se levantar para abraçar e beijar Robbie.
– Tá tudo muito bonito, mas você não me pediu a mão dela, nem tem uma aliança – observou Nona.
– A senhora me concede a mão da sua neta?
– Concedo, desde que se comprometam que o casamento só ocorrerá depois da formatura de ambos.
– Nos comprometemos – garantiu o casal.
– Quanto à aliança... – começou Robbie.
– Você vai entregar depois, numa festa de noivado que eu vou organizar em Los Angeles, e estão todos convidados – disse Nona aos presentes.
– Oba – comemoraram todos.
Em seguida, as pessoas ergueram copos de refrigerante e fizeram um brinde ao casal.
Já passava da meia-noite quando Sam e Freddie conseguiram se deitar para dormir.
– Boa noite bebê – falou Sam ao marido, beijando-o rapidamente e se virando para o lado. Ela estava exausta, com os olhos pesando de sono.
– Amor, tem uma coisa que eu queria te falar.
– Fala amanhã, hoje eu tô muito cansada.
– É que eu fiquei pensando que poderíamos ter outro filho.
– O que? – perguntou Sam, surpresa, sentando-se na cama, já sem nenhum sono – Você pirou?
– Sam, eu reparei na Melanie na festa. A barriga dela já está aparecendo. Eu não pude acompanhar a sua gravidez, ver a sua barriga crescendo, sentir o bebê mexer, ouvir o coraçãozinho e ver o bebê no monitor do ultrassom, muito menos segurar sua mão na hora do parto. Seria incrível se eu pudesse ter essa oportunidade agora...
– Pode parar. Sem chance. Não quero ficar enjoada, inchada, sentir contrações, passar noites em claro tudo de novo, sem contar que a Belinha ainda é muito pequena e eu teria muito trabalho pra cuidar de duas crianças.
– A Belinha já tem dois anos e até o bebê nascer terá quase três. Podemos contratar uma babá pra te ajudar.
– Esquece. Se era só isso. Boa noite – falou Sam, decidida, apagando o abajur e deitando-se novamente.


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