Descongelando um coração escrita por Last Mafagafo


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hoje temos intriga, confusão, sofrimento, luta...
Não percam os últimos capítulos de: "Descongelando um coração"
Desculpe, mas não consegui evitar essa chamada de novela das 6 (eu sempre quis fazer isso).



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Hans e Anna ainda estavam na porta do escritório de Elsa quando se depararam com um jovem serviçal. Na hora, Hans não o reconheceu, mas o rapaz se lembrava nitidamente do príncipe. Ele era August, o jovem que apanhara do ruivo na noite do casamento. Ele passara dias se recuperando da agressão e a notícia de que Hans estava preso o fez sentir vingado. Ele só não esperava ver o príncipe solto e ao lado da princesa Anna, caminhando livremente pelo palácio.

– Ei, você!

Hans se virou e levou um forte soco do rapaz, que o fez cair atordoado no chão.

– O que você está fazendo? Eu preciso dele – disse Anna, tentando levantar o príncipe.

– Vingança pelo que ele me fez. Ele assumiu meu lugar aqui e me espancou.

– Hans? – Anna cruzou os braços.

– O que eu posso dizer? – disse Hans massageando o rosto.

– Guardas, fugitivo! Fugitivo! – August gritava a plenos pulmões.

Não demorou para que os guardas chegassem e agarrassem Hans.

– Achou que fosse escapar? – disse um deles.

– Deixem ele em paz! – gritava Anna desesperada.

Hans tentava se soltar, mas os guardas o seguraram e não deixavam sair. Alguns o chutavam ou batiam, com um ódio descomunal, e o príncipe já começava a sangrar e ficar com hematomas. Anna pulou sobre um dos guardas, mas ele a derrubou no chão.

– Anna, vai embora! – Hans caiu ajoelhado no chão.

– Eu não vou te deixar aqui.

– Eu... - Hans foi interrompido por um golpe.

Os homens batiam em Hans e riam de seu estado deplorável. Seu olho estava fechado e ele mal conseguia se defender. Os guardas não enxergavam a violência e o ódio que os fazia perder a razão.

– O problema de vocês é comigo. Anna vai... Ah!

Anna, desesperada, pegou um castiçal e bateu na cabeça de um dos guardas. Zonzo, o homem sentiu sua cabeça doer e ao se virar se deparou com a princesa. Cego pela raiva, segurou os pulsos de Anna, que tentou se soltar, sem muito sucesso.

Com o barulho da confusão, Kristoff ouviu os gritos de Anna e se aproximou, para defender sua esposa, tendo que enfrentar um dos homens.

*

Elsa tinha sua mente longe, vagando pela imagem de Hans se declarando e as palavras de Anna. Tinha também as imagens do quase beijo de Hans no corredor, quando ela ainda acreditava que ele era Victor. Seu coração disparara e batia mais rápido, sem controle. Perdida nos pensamentos, mal percebeu a confusão que acontecia do lado de fora de seu escritório. Ela ouviu os gritos de Anna e correu para ajudá-la. Elsa não deveria ter confiado em Hans, e se ele estivesse machucando Anna? E se Hans estava tentando se vingar novamente? A rainha abriu a porta do escritório, aflita, e viu a briga. Aproveitando da neve que ainda estava acumulada no chão do escritório, lançou uma nevasca sobre todos, que pararam de imediato.

– O que está acontecendo aqui?

– Elsa! – Anna correu para sua irmã e Kristoff largou o homem em quem ele batia.

– O que vocês estão fazendo?

Todos se colocaram em fila, em frente à rainha. Jogado no chão ficou apenas Hans. Elsa se surpreendeu com o estado do príncipe. Suas roupas rasgadas e surradas, um olho inchado e roxo e o outro vermelho, quase desmaiando. Haviam cortes no seu rosto, e a boca e o nariz sangravam. O belo homem que havia acabado de sair da sala de Elsa havia se desfigurado. Ela sentiu um vazio no peito e quase se atirou ao lado dele.

– Vocês todos devem ter vergonha. Eu tenho confio em vocês para manterem a ordem no meu castelo e os vejo assim? Vocês abusaram de minha confiança e do poder conferido a vocês. Não acredito que tenham envolvido minha irmã nisso! A partir de agora, voltarão a trabalhar do lado de fora, todos. E até que aprendam quais são suas obrigações aqui, passarão dois meses com trabalho comunitário. Podem se retirar agora.

– August– disse Elsa ao rapaz que havia assistido a briga à distância – Leve Hans ao quarto de Anna e mande que alguém cuide de seus machucados. Se os príncipes das Ilhas do Sul descobrirem que seu irmão está neste estado, teremos uma guerra.

Os soldados trataram de fazer o que a rainha mandou e o criado, por mais contrariado que estivesse, levou Hans ao quarto e chamou um médico. Sobraram apenas Anna e Kristoff, além da rainha.

– Vamos ao escritório - ordenou Elsa, como se fosse um general.

– O que aconteceu? - ela cruzou os braços e levantou uma sobrancelha.

– Elsa, eu...- Anna tentou se defender, mas Elsa a interrompeu.

– Não. Kristoff, fale você.

– Estava conversando com Sven quando ouvi os gritos de Anna e fui socorrer. Um homem segurava o braço dela e eu fui dar um jeito nele.

– E como este homem chegou ao seu braço, Anna?

– Eu e Hans fomos jogados no corredor pela SUA nevasca e aquele rapaz, August deu um soco nele e chamou os guardas. Eles agrediram o Hans e eu fiquei sem saber o que fazer. Eu tentei parar um deles, mas ele me jogou no chão. Hans até pediu que eles me deixassem em paz, mas eu não aguentei e bati na cabeça de um deles com o candelabro...

– Anna! – gritaram Elsa e Kristoff ao mesmo tempo.

– Você foi atrás de Hans? Eu disse para não confiar nele! – disse Kristoff.

– Mas eu...

– E ainda por cima entra em confusões. Anna! – a rainha encarava a irmã irritada.

– Se você tivesse confiado em mim isso não teria acontecido. Hans está falando a verdade, eu dei a ele a bebida dos trolls – disse Anna para sua irmã.

– Um soro da verdade? – perguntou Kristoff.

– Sim, foi o próprio Vovô Pabbie quem me deu.

– Você tem certeza que ele bebeu?

– Claro, eu vi.

– Esperem vocês dois, não tentem mudar de assunto - Elsa sentia que estava perdendo o controle da discussão - O que está acontecendo aqui...

– Elsa, é você quem não quer ouvir. Hans mudou de verdade por você.

– Anna...

– Se o que Anna diz é verdade... – ela olhou zangada para o esposo - e claro que é, não é, meu amor? Bom, Hans disse mesmo a verdade. Se o Vovô Pabbie deu a essência para Hans, ele falou a verdade. Você deveria ouvir. Dar uma chance, sei lá - ele deu de ombros.

A loira estava chocada.

– Eu... vocês podem sair. E Anna, não entre em nenhuma outra confusão!

– Pode deixar. Mas pensa bem... – ela beijou sua irmã e se pendurou no braço de Kristoff, saindo da sala.

– Então agora você tem aventuras com o Hans, não é? – Kristoff torceu o nariz.

– Deixa de ser ciumento! – Anna beijou seu marido e Elsa não conseguiu mais ouvir o casal.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Na quinta tem a "fic finale", então se preparem para o desfecho dessa história.