Bad Romance escrita por Ninah Alves


Capítulo 7
Capítulo 7 - I want to know what love is


Notas iniciais do capítulo

N/a: Descupem a demora pelo capítulo, sem internet é FODA! Bom...esse capítulo é continuação do anterior, então vai comecar com HENTEI (leia-se terminar o Hentai do capítulo anterior).
 
Espero que apreciem o capítulo!



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I want to know what love is*

*Eu quero saber o que é o amor

  

  

 

Na minha vida

Tem havido sofrimento e dor

Eu não sei

Se eu posso encarar isso de novo

Eu não posso parar agora

Eu viajei até agora

Para mudar esta vida solitária

Eu quero saber o que é o amor

Eu quero que você me mostre

Eu quero sentir o que é o amor

Eu sei que você pode me mostrar (Mariah Carey)

 

  

 

- Assim? – Edward me perguntou com aquela sua voz de seda me fazendo arrepiar. Não consegui responder só arfando em resposta. Ele voltou a me preencher e eu já nem sabia o meu nome, estado, cor, idade...

 

O ritmo dos nossos corpos aumentava e diminuía de acordo com a necessidade do momento. Por diversas vezes me peguei fitando Edward durante o ato, e quando meus olhos cor de chocolate encontraram as esmeraldas dele eu não tive dúvidas de que fazia o certo em estar naquele carro com ele.

 

Beijos fervorosos e carinhosos também faziam parte do que a gente sabia fazer tão bem juntos. Eu arfava, estava em êxtase e a qualquer momento chegaria ao orgasmo. Edward me mudou de posição diversas vezes, posições estas tão perversas que nunca imaginei fazer dentro de um carro.

 

Ele continuou estocando. Agora eu estava de costas e ele me puxava com força para si, como se eu fosse fugir daquela sensação única e agradável que ele me oferecia. Eu já mordia meus lábios tamanho era a excitação que sentia!

 

- Mais rápido! – pedi sentido os espasmos e jogando meu corpo para trás. Edward segurou meus seios e atendeu meu pedido estocando com mais força. Passou a mão pelos meus cabelos puxando-os e chupando toda a extensão do meu pescoço. Gemi alto aproveitando estar em um lugar deserto, chuvoso e sem testemunhas oculares para a nossa obscenidade.

 

A fricção do sexo de Edward em mim já me deixava zonza. O meu segundo orgasmo já estava a caminho e Edward ainda nem tinha gozado. O prazer de Edward sempre demorou mais a chegar do que o meu. Por muitas vezes ele nem chegava ao seu auge e só não prosseguia por que via o quanto eu estava exausta.

 

Ele era insaciável e os anos não o mudaram, na verdade, só o melhorou. E todo o físico de jogador de futebol só acrescia para a sua fama de bom de cama.

 

Involuntariamente peguei-me rindo sozinha ao sentir o prazer suave e demorado que aquele homem me proporcionava e que nenhum outro até hoje conseguiu, até Jacob que era outro insaciável e quente na cama, não me fazia tão bem quanto Edward.

 

Perfeitamente ele saía e entrava rápido, eu me comprimia com o contato do seu membro pulsante invadindo-me a cada investida. Fechei meus olhos e a sensação de leveza já possuía até o último dedinho do meu pé. Desfaleci ao me sentir gozar pela segunda vez. Edward se afastou de mim e vi que ele também tinha chegado ao seu êxtase, beijou-me a testa com carinho, me aninhou nos seus braços e me puxou para deitar no banco do carro.

 

Permanecemos naquela posição pelo que me pareceu uma eternidade, cansada eu acabei pegando no sono.

 

 

(...)

 

 

Ajeitei-me procurando a melhor posição no colo de Edward. Eu havia dormido e meu corpo estava todo moído, tanto pelo ato quanto pelo desconforto de estar no banco traseiro do Volvo de Edward.

 

Abri meus olhos e constatei que a chuva havia cessado e que por conta disso a temperatura caiu uns dois graus. Abracei-me sentindo um frio e logo os braços quentes de Edward me rodearam. Ele pegou o roupão e jogou por cima do meu corpo nu e me apertou mais contra o seu corpo. Sem hesitar eu apoiei minha cabeça no seu peito e suspirei ao inalar o seu cheiro de almíscar.

 

- Tudo bem? – perguntou apreensivo.

 

- Tudo – minha voz saiu mais fraca do que eu esperava.

 

- Sabe...ficar aqui com você é um sonho que eu nunca quero acordar – um frio perpassou minha espinha ao ouvir tais palavras. Eu queria muito dizer o mesmo, mas não conseguia, era como se uma massa grossa se formasse na minha garganta impedido-me de expressar qualquer sentimento, impedindo-me de fazer qualquer coisa pela qual me fizesse sofrer no futuro.

 

Fixei um ponto fixo fora do carro, lembrando de como me senti bem ao me permitir uma chance.

 

- Eu te amo – a simples frase de 3 palavras e 8 letras surtiu um efeito explosivo dentro mim, como se fogos de artifício fossem lançados ao céu cinzento de Forks dando a este um brilho já mais visto. Eu só suspirei pesado e me aconcheguei mais no peito de Edward. Inconsciente dos meus atos eu me peguei remoendo as lembranças do passado.

 

 

(...)

 

 

Havia se passado duas semanas desde o infeliz acidente que quase me causou a morte. O médico que me atendeu confidenciou a minha mãe que seria melhor se eu ficasse em casa de repouso por duas semanas. De longe o meu caso era grave, mas o médico temia alguma seqüela. Eu me sentia bem e disposta, minha cabeça não latejava mais e ir para a escola certamente não me faria ficar pior do que estar trancada em casa.

 

A manhã passou rapidamente! Agora eu rumava para a minha aula de Educação Física – que eu não suportava, diga-se de passagem, porque sempre levava uma bolada – e depois iria para casa.

 

Edward e seus irmãos não contaram a ninguém sobre o meu acidente, que no mais viraria uma fofoca das boas de que eu tinha tentando me matar. Bom... Ninguém ficou sabendo, nem me olhou de cara feira e muito menos cochichos eu escutei a meu respeito, o que me deixou aliviada, porque já bastava não ter amigos, não conhecer ninguém só me faltava ser alvo de chacota mais uma vez.

 

Desastrosamente e inutilmente eu marcava Kayla Red, uma garota extremamente avantajada para os lados e bruta no quesito futebol de salão. Aquela aula era um martírio e toda vez que eu me distraia era quase atirada meio metro de distância de Kayla. Por sorte minha, nossa time estava ganhando porque Angela Weber e Jessica Stanley se saiam melhor do eu. E claro, nem se comparava esse fato, uma vez que elas tinham coordenação, não caiam ao tropeçar nos próprios pés e tinham garra para enfrentar quem é que fosse com uma bola nos pés. Qualidades que eu não tinha quando se falava em praticar esportes!

 

- Swan! – Kayla gritou no meu ouvido. – Desgruda Swan, eu não sou lésbica! –mostrava todos os dentes como uma cadela raivosa.

 

E nem se eu fosse... Kayla não fazia o meu tipo!

 

Afastei-me um pouco temendo levar uma cotovelada, mas continuei marcando-a de longe. Aquela garota simplesmente sabia por medo no adversário. Azar o meu por estar no time oposto ao dela e por ter que marcá-la.

 

- Bella... Bella – ouvi alguém me gritar desesperadamente e olhei em volta para ver quem estava morrendo.

 

Jessica tinha driblado duas e rumava com a bola na minha direção. Eu entrei em pânico na mesma hora porque sabia que logo ela passaria a bola para mim que era a única livre e eu não saberia o que fazer.

 

Bom... Chutar para o gol seria uma opção aceitável se eu não corresse o risco de tropeçar no meio do caminho, ou se não tivesse que passar pelo mamute da Kayla ou mesmo ter que enfrentar outras garotas do time adversário que avançariam com tudo em mim com aqueles olhares de fúria e unhas que mais pareciam garras de gavião. Isso me deixaria marcada pelo resto da vida!

 

A bola estava cada vez mais perto e por incrível que pareça eu consegui dominá-la e driblar com maestria aquela porca fedorenta da Kayla Red e desviar das outras garotas. Eu estava eufórica com o meu desempenho na aula de Educação Física. Algumas vozes que jamais escutei em toda a minha vida pareciam gritar-me com tanta necessidade que eu podia sentir a força que vinha delas e uma vontade enorme de me aproximar mais do gol tomou conta de todo o meu corpo.

Eles gritavam mais e mais e imploravam que eu fizesse gol.

 

Gol... O gol... Que agora estava na minha frente e eu me vi encarando a goleira com raiva, ela corria de um lado para o outro, me preparei para chutar e senti como se alguém tivesse me dado uma rasteira e agora o chão se aproximava cada vez mais de mim.

 

E claro que naquela hora eu sabia que alguma filha da put* havia me tirado da jogada e roubado os meus cinco minutos de fama.

 

Hello! Ninguém nunca ensinou para essa infeliz que tirar doce de criança é feio?

 

“Oww!” Ouvi os alunos que assistiam ao jogo reclamar.

 

Forcei meu corpo já doído para me levantar daquele chão imundo e uma voz forte e carregada de frustração veio da arquibancada em minha defesa.

 

- Treinadora foi pênalti! – não tinha como não reconhecer aquela voz. Ajeitei-me limpando a minha roupa de ginástica, desprendi meus cabelos que certamente estavam me deixando com aparecia de uma vassoura de piaçava, passei os dedos por estes como se fosse um pente e voltei a prendê-los.

 

- Cullen não se meta na minha aula! – a voz da treinadora Kuther ecoou assustadora o ginásio silencioso.

 

- Treinadora eu não estou interferindo na sua aula, mas como mero espectador está na cara que foi pênalti! – Edward disse isso com a voz mais elevada do que outrora fazendo outras pessoas também começarem a reclamar.

 

- Vamos voltar ao jogo! – pediu Melissa com certa urgência ignorando a todos, ela era muito bonita para se prestar a jogar futebol. Com a altura dela que passava da média para uma garota de 16 anos, com a sua cor chocolate, corpo escultural e olhos cor de mel eu não pensaria duas vezes em ser modelo.

 

- Treinadora foi falta e Kayla tem que levar um cartão – argumentou Ângela que já estava ao meu lado nervosa. – Foi totalmente ilegal Kayla ter dado um carrinho em Bella!

 

Ah, então a baleia orca da Kayla que tinha me derrubado?! Oh inveja!

 

- Ilegal foi essa ai... – a gorda apontava o dedo freneticamente para mim. -... ter entrado na frente na hora que eu ia tocar na bola – Kayla me encarou sorrindo sinicamente. – Todos sabem que ela cai até em pensamento, isso não é novidade!

 

- Ah... Sua gorda de uma figa! – gritou Jessica que era a capitã do time. – Vou te mostrar o que é um carrinho de verdade, vem... vem... – ela começou a dar pulinhos com os punhos cerrados como se fosse pugilista.

 

- Parem! – ordenou a treinadora. – Kayla cartão vermelho, vá para o banco! – a gorda das trevas me lançou um olhar atravessado e saiu do meio da roda de pessoas que havia se formado na frente do gol. – Swan você está bem? – a treinadora me encarou.

 

- Sim – respondi. Sem claro mencionar que meu corpo parecia ter saído de uma máquina de lavar.

 

- Então bata o pênalti! – hã?! Pênalti?! Oh Meu Deus?!

 

- Foi falta e não pênalti! – exasperada interveio Melissa a capitã do time adversário.

 

- A Bella caiu na linha do gol, portanto é pênalti! – a senhora Kuther foi taxativa fazendo Melissa bufar.

 

-Tem certeza que você está bem para bater o pênalti Bella? – perguntou Ângela sorridente ao meu lado.

 

Certeza, certeza eu não tinha não...

 

- Se você quiser posso bater para você? – comentou Jessica se aproximando.

 

E perder a oportunidade de calar a boca desse filhote de leão marinho da Kayla?! Não! Certamente não!

 

- Tudo bem meninas, eu bato – disse não muito certa da loucura que falava!

 

- Vai com tudo Bella! – disse Ângela sorrindo de orelha a orelha.

 

- Mostra o seu melhor garota! – me incentivou Jessica.

 

O meu melhor?! Onde ele está que eu não sei? Acho que o deixei no bolso do jeans que está dentro da mochila!

 

Oh meu deus, acho que essa não é uma boa hora para ficar em pânico!

 

Apressei-me pegando a bola das mãos da treinadora – antes que desistisse e saísse correndo – e me preparei para chutar. A goleira cerrou os olhos na intenção de me amedrontar e conseguiu, porque eu senti uma vertigem percorrer o meu corpo e fui obrigada a respirar pausadamente para não desmaiar de medo. O apitou soou e instintivamente eu me afastei da bola voltando a esta logo em seguida e chutando. Ela seguiu uma linha reta e eu vi que a minha chance de fazer o gol estava perdida. A goleira se posicionou bem na frente da bola para agarrá-la, mas esta espalmou nas suas luvas e entrou.

 

Entrou?! Tá de brincadeira? Eu fiz o gol? Fiquei atônita na frente do gol. Os alunos na arquibancada gritavam eufóricos, senti braços ao meu redor e quando vi todo o time veio me abraçar. Porém a comemoração teria que continuar outra hora, porque a treinadora soou o apito novamente para voltarmos ao jogo.

 

Só que eu ainda estava tonta, a vertigem que pensei sentir por medo de não fazer o gol continuava. Dirigi-me a lateral da quadra e pedi a treinadora para que me trocasse, ela a princípio protestou, mas logo acabou cedendo aos meus apelos ao me fitar meticulosamente e arregalar os olhos logo em seguida, o que eu deduzi por sua expressão assustada, que a minha face estava mais branca que um papel ofício.

 

- Vá para o vestiário Swan tomar uma ducha, ver se você se machucou na queda e depois vá à enfermaria! – eu só balancei a cabeça concordando e segui para o vestiário.

 

Ao entrar neste, a primeira coisa que fiz foi me deitar em um banco qualquer. É claro que eu tinha que seguir as recomendações da senhora Kuther, mas eu primeiro tinha que recuperar as forças das minhas pernas que tremiam igual à vara verde! Percebi o mundo girar ao meu redor, como se eu tivesse tomado um baita porre de qualquer bebida alcoólica, não que eu bebesse, longe disso... Só que a minha náusea estava muito parecia com as descrições de quem ficava bêbada.

 

Ouvi passos no vestiário, porém continuei deitada de olhos fechados com as mãos na cabeça que latejada cada vez mais. Eu só queria que o mundo parasse de girar!

 

- Você não devia ir à enfermaria? – mesmo me sentindo tonta eu me levantei de um salto do banco que estava deitada. Avisa antes de assustar né? O coração agradece!

 

- Edward o que faz aqui? – eu arfava agora pelo susto que ele me deu. O infeliz sorriu como se fosse normal ele estar dentro do vestiário feminino! Sinceramente, tem cada doido!

 

- Vim checar se você está bem! - me respondeu dando de ombros. – Afinal de contas o tombo que você levou não foi dos mais simples – realmente ele tinha razão e o pior era que eu já previa alguns roxos espalhados pelo meu corpo. Merda! Eu queria ser um pouquinho mais escura! Se branca cor de leite de vaca é foda!

 

- Me sinto tanta e... – não consegui terminar a frase ao ser tomada por uma forte dor na cabeça e perder o equilíbrio das pernas quase caindo ao chão.

 

É eu disse quase! Mas Deus sempre tem anjos gostosos espalhados por ai, não é?

 

- Sorte a sua eu estar aqui – alegou a “criatura linda” que me segurava fortemente pela cintura. Sério! Agora além de cara de folha de papel ofício eu devia estar com cara de doente mental, porque eu ria bobamente para Edward que ainda me segurava e me apertava mais contra o seu corpo.

 

Oh vidinha mais ou menos!

 

– Não ia ser legal você desmaiar sem ninguém por perto para salvá-la – seu hálito refrescante tocava minha face e sua voz grossa me fez arrepiar. Nossa! Eu me senti no filme do X-Man. Tinha acabado de travar uma batalha contra o monstro de 20 banhas da Kayla e feito um inesperado – até por mim – gol e agora o Wolverine com os seus cabelos desordenas e face de homem – eu – sou – gostoso – pra – caramba vinha me socorrer.

 

- Acho que ser salva por você está virando rotina! – comuniquei e relutante me afastei dele. Já disse que ele cheira bem?

 

- Eu não me incomodo que isso vire rotina – Já pedi para avisar! Meu coração é fraco, pombas! – Duas semanas sem vê-la...

 

- Sim. E o que isso tem haver? – perguntei soando mais curiosa do que queria. Será que estava na cara o meu interesse por ele?

 

- Hum...nada – senti uma pontada de nervosismo na sua voz. Edward levou uma das mãos aos cabelos cor de fogo “ridículo” e desgrenhado dele e eu me senti como uma fã que espera muito ver seu ídolo e treina até o que falar para ele na hora, mas só o que consegue fazer é ficar com cara de tacho, boca aberta, quase babando e seguindo com os olhos cada movimento da pessoa.

 

Idiota! Eu sou uma idiota!

 

- Só que eu ... – mais uma pausa. Eu infarto agora ou depois? Fala logo! -... queria saber se você estava realmente bem, o acidente em Sealtte foi feio e felizmente não foi fatal. Eu queria muito passar na sua casa e...

 

- E? – eu incentivei para que ele prosseguisse.

 

- Ver se você precisava de companhia, mas temi importuná-la – ele suspirou pesado como se tivesse falado besteira.

 

Sinceramente, o que esse garoto tem na cabeça? Titica de galinha? Só pode ser! Desde quando o cara mais gato do colégio iria me importunar? O cara é gostoso até calado! Embora eu o prefira falando sabe... A voz dele é tão...

 

- Bom... – retornei do maravilhoso mundo da imaginação de Bella. – Se você tivesse ido, saberia que uma companhia ia ser de boa valia, tendo em vista que eu fiquei a maior parte dos dias sozinha assistindo TV – tentei soar o mais formal possível, eu acho que não ficaria bem se ele soubesse que estou afim dele!

 

- Se eu soubesse disso levaria a pipoca – Ain Meu Deus, não ri assim que eu gamo!

 

- Ai. Ai – levei à mão a testa sentindo uma pontada e foi ai que senti o líquido quente escorrendo pelo meu nariz.

 

- Levante a cabeça – pediu Edward educadamente vindo ao meu auxílio. – Você deve ter batido com o rosto no chão e ocasionado o rompimento de algum vazo no seu nariz – ele parecia um médio falando daquele jeito e nossa... Mais gostoso do que nunca! Ok! Foco Bella! Foco no rompimento do vazo do seu nariz! - Só preciso de uma toalha ou algo que você possa fazer pressão para estancar o sangue até que eu vá ao refeitório e consiga gelo – informou.

 

- Hum... Toalha? – perguntei mais para mim mesma fitando o teto já que Edward segurava minha cabeça para cima a fim de estancar o sangue. – Está no meu armário e... – bom, estava longo pacas! – Vem me ajude a tirar a minha blusa – pedi e ele me olhou assustado. Será que falei merda? – Eu estou com outra por baixo! – apressei-me em dizer para que ele não pensasse que eu estava me oferecendo.

 

Ele relutou um pouco, mas logo levou suas mãos a minha cintura evitando me tocar – o que foi impossível, porque eu senti seus dedos roçarem sem intenção (ou com, não sei!) no meu abdômen – e segurou a minha blusa larga e a tirou.

 

- Tome, faça pressão – dobrou a blusa e me entregou. – Vou pegar o gelo – saiu apressado me deixando sozinha.

 

Edward demorou muito, para falar a verdade ele demorou tanto que resolvi me levantar e ir até a pia para molhar o rosto e me olhar no espelho. O meu nariz havia parado de sangrar, mas ainda doía muito, levantei a minha regata verde musgo e verifiquei um pequeno hematoma na lateral do meu corpo que ficaria maior, mais roxo e dolorido nos próximos dias. Fora isso eu não estava tão ruim assim, a não ser é claro pela falta de cor no meu rosto que me dava uma aparência de morta-viva!

 

- Será que o médico que me deixou em casa por duas semanas por conta do meu acidente, me deixaria mais duas por conta de um tombo na aula de educação física?

 

- Já arrumando desculpa para ficar mais dias em casa?! – eu devo ter saltado uns dois metros para a esquerda. Edward estava encostado em um dos armários que ficava um tanto distante da pia com um saco de gelo na mão.

 

Ok! Há quanto tempo ele está ali?

 

- Me vigiando? – perguntei irritada.

 

- Não resisti – respondeu sorrindo. – Você fica linda falando sozinha!

 

- Eu não sou uma pessoa normal, você já devia ter percebido isso e a pessoa que ficar perto de mim pode acabar com a saúde danificada! – alertei a fim de afastá-lo, mesmo porque eu sabia que ele tinha namorada que era a chefe das líderes de torcida.

 

- Eu também não sou normal – ele caminhava na minha direção sem desviar os olhos dos meus. – E não me importo de acabar com a saúde danificada! – agora não mais existia espaço entre nós e o calor do seu corpo já insistia em passar para o meu. Ele largou a bolsa de gelo na pia e ficou na minha frente colocando uma mão de cada lodo do meu corpo me prendendo entre elas. Seus olhos encontraram os meus e na mesma hora um frio percorreu a minha espinha. – Se importa que eu demonstre o quanto não sou normal? Ou você ficaria muito chateada se roubasse um beijo seu? – hã?! Como assim?!

 

Eu arqueei uma das sobrancelhas ainda confusa e percebi que ele olhava para os meus lábios que eu mordia com um pouco de força por causa da adrenalina do momento. Seu rosto estava cada vez mais perto do meu, o beijo era inevitável. Fechei meus olhos à espera deste e...

 

- Banho galera! – alguém gritou do corredor nos assustando. Edward agiu rápido pegando a bolsa de gelo na pia, minha blusa que agora estava no chão e me puxou nos trancando dentro de uma sala que tinha ao lado das pias que parecia um almoxarifado. Eu nunca percebi aquela porta! Caramba eu devo ser uma tapada mesmo!

 

- Você é louco? – sussurrei ainda sentido à dor no braço por conta do puxão.

 

- Você quer levar uma detenção? – rebateu no mesmo tom de voz.

 

O ignorei olhando pela fresta da porta e vi as meninas já se despindo para tomar banho, alguns chuveiros já tinham sido abertos e a algazarra era geral. Curioso, Edward se juntou a mim para olhar também.

 

- Você veio aqui para vigiar as garotas? Seu tarado! – o estapeei no braço.

 

- Não...ai...não...pára! – ele se afastava ao sentir minhas tapas. – Só fiquei curioso! – o encarei com o olhar furioso.

 

- Curiosidade matou o gato! – essa frase caiu bem para ele. – E é falta de educação ficar vigiando os outros – informei rispidamente apontando-lhe o dedo indicador. Edward me fitou ainda rindo e segurou a mão que eu o apontava o dedo.

 

- Seria falta de educação eu lhe roubar um beijo?

 

- Ah seu safad... – fui impedida de terminar a frase por Edward que colou com urgência sua boca a minha. Seu beijo era quente, doce e ao mesmo tempo agressivo. Bom, o beijo de Edward era bom de mais e me deixou hiperventilando -... safado! – terminei a frase colocando bem o adjetivo que o descrevia naquele momento.

 

Ele afastou nossos lábios por um momento ainda me abraçando fortemente e me lançou um sorriso torto e voltou a me beijar. Uma de suas mãos já percorria a lateral do meu corpo me fazendo arquear de dor por ele tocar justamente no hematoma que havia adquirido no jogo de futebol e de prazer. Seus beijos molhados desciam pelo meu pescoço até parar no meu colo. Sua mão subia rapidamente com malícia pousando bem em um dos meus seios. Isso me assustou e eu o afastei.

 

- Seu pervertido – não me preocupei com o meu tom de voz que soou um pouco mais alto, mesmo porque a falatório no vestiário ainda era intenso. – Seu plano era me prender no almoxarifado e me usar como objeto sexual?! – eu bufava de raiva.

 

- Desse jeito vão nos descobrir aqui! – me alertou e olhou novamente pela fresta da porta para ver se alguém nos escutara. – E não... – tragou o ar com necessidade e passou uma das mãos pelos cabelos. –...era meu plano fazer isso, mas você me deixa louco com esse seu jeito...

 

- Virgem de ser?! – fui grossa ao interrompê-lo. Encostei-me na parede respirando pesado e virei o rosto para não encará-lo.

 

- Com esse seu jeito doce, meigo e atrapalhado – voltei a encará-lo.

 

- Conta outra?! – disparei rispidamente.

 

- Eu não tenho outra para contar, caso contrário eu contaria – não me contive e dei uma forte tapa no seu braço.

 

- Ow! Agressão é crime! – o idiota ainda fazia piada!

 

- E se aproveitar de meninas inocentes também! – rebati trincando os dentes.

 

- Essa menina não me pareceu tão inocente assim - virei o rosto novamente olhando agora pela fresta da porta e vi que o vestiário estava livre.

 

- Passar bem Cullen – disse entre dentes o empurrando. Ele quase - eu disse quase - caiu, mas os seus reflexos rápidos de jogador de futebol o permitiram se escorar na parede a tempo.

 

 

(...)

 

 

Minhas costas reclamavam tanto por estar naquela posição desconfortável no banco do carro quanto às lembranças que ribombavam na minha cabeça que já queimava de dor.

 

Afastei-me de Edward sentando reta no banco a fim de esticar a coluna. Percebi que ele queria falar algo, mas se conteve só se ajeitando no banco também. Fitei um ponto fixo fora do carro e levei minhas mãos aos cabelos molhados pela chuva e suor e os prendi num falso coque. Voltei a encostar ao banco e suspirei baixinho.

 

- Precisamos voltar! Tenho que ir a escola pegar minha bolsa, meu carro, tomar banho e...

 

- Eu sei... Não quero te atrapalhar – Edward só me encarou sem expressão. – Não quero atrapalhar em nada!

 

- Você não vai atrapalhar – fiquei chocada com a naturalidade que a frase saiu da minha boca.

 

- Tem certeza?

 

- Tenho!

 

Fui sincera outra vez. Por que mentir ou omitir se tudo parecia estar se encaixando?

 


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Notas finais do capítulo

N/a: Próximo capítulo sem falta é o POV DO JACOB.Esse capítulo acabou saindo grande de mais e espero que tenham gostado de mais uma lembrança da nossa Bella e esta do 1° beijo deles, não é? Hum... Queria eu um beijo desses!
 
Não deixem de comentar isso se faz muito importante pra mim!!! *----*
 
Para quem ler outras FICS minha informo por esta FIC que a próxima atualização será NADA SERÁ COMO ANTES, estou na metade do capítulo e bom eu acho que a nossa Bella vai conhecer o agente especial gostosão do FBI Edward. (ushushushus Oh Z-uissssss!!!) E quanto a FIC TRÊS MULHERES UM DESTINO, sinto informar que estou sem inspiração para esta (o que me dá vontade de me jogar da ponte, em baixo de um carro ou algo de gênero! Affê odeio demorar a postar capítulos e ficar sem inspiração! PEÇO MIL DESCULPAS PARA OS LEITORES QUE ACOMPANHAM ESSA FIC!)
 
Beijos de Nina Alves
 
Ps: Nada contra as gordinhas heim gente?! Eu sou uma delas, não assim igual a Kayla, mas estou acima do peso, fato este que está mudando por estou numa dieta rigorosa (ushushushus).