The perks of being a Dark Lord escrita por Kirjailija


Capítulo 1
Capítulo Único




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“De novo não.” Foram os pensamentos que passaram pela minha cabeça quando aquela maldita luz dourada avançou NOVAMENTE em minha direção. Sério?! Por que aquele pirralho apenas não morria e FICAVA morto?! Todos os meus planos devidamente calculados de dominação mundial indo pelo ralo. Tudo por causa de um maldito adolescente com síndrome de herói que não sabia quando desistir!

Tom Marvolo Riddle, AKA Lorde Voldemort ou Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, ainda teve tempo de soltar um bufo indignado, antes que a luz dourada, cortesia do Menino-que-sobreviveu-para-ser-uma-dor-na-sua-bunda, o atingiu em cheio. Seu último pensamento coerente antes do seu mundo desaparecer nas sombras foi que, se ele tivesse a oportunidade de fazer tudo novamente, ele iria se certificar de ser bem mais cuidadoso e eficaz.

~xXx~

“Tom.”

Ele resmungou quando uma voz enjoativamente doce sussurrou em seu ouvido, aumentando o pulsar irritante que havia se estabelecido em sua cabeça. Com esforço, Tom se obrigou a abrir seus olhos, piscando algumas vezes na tentativa de absorver a visão irreal que o cumprimentou: quilômetros e quilômetros de puro... NADA. Santo Merlin! Se aquilo era a morte, ele tinha razão em não querer experimentá-la. Era muito chato!

“Você não está morto, Tom.” A voz enjoativa revelou com uma risadinha.

“Pelo menos não ainda.” Outra voz, mais profunda do que a primeira, secundou com seriedade.

- Quem diabos são vocês?! – o homem rosnou, uma veia pulsando em sua fronte, seu temperamento a ponto de transbordar.

Uma nova risadinha proveniente da primeira voz o fez se contorcer com ira mal reprimida. O que ele não daria para poder lançar um Crucio nessa voz desencarnada!

“Bem que a Morte avisou que você tinha um pavio curto... Mas ela nunca me disse como você era divertido.” Ele apenas rosnou em resposta, sua raiva o levando além das palavras coerentes.

“Para responder a sua pergunta, Lorde das Trevas, eu sou aquela a qual vocês, seres mágicos, se referem como Magia, e meu companheiro aqui é conhecido por todos como Destino, e estamos aqui para fazer um trato.” A voz séria esclareceu.

Aquelas palavras pareceram acalmar ao homem moreno, que olhou para o espaço em branco que o cercava com contemplação.

- Que tipo de trato? – exigiu com cautela.

“É muito simples. Nós vamos lhe dar uma nova chance de conquistar o mundo mágico, levando-o de volta no tempo.” A entidade que se apresentou como Magia explicou.

“Tudo o que você tem que fazer por nós é ser bem sucedido dessa vez.” Destino acrescentou, com riso ecoando em sua voz.

- Por que vocês estão me escolhendo? – Tom pediu desconfiado. Ele sabia que não era a escolha mais sã.

“Porque seus objetivos quando você ainda era Tom Riddle eram benéficos para os meus filhos.” Foi a Magia quem respondeu, sua voz soando cada vez mais amarga. “Eu estou morrendo... Quanto mais as minhas crianças se esquecem dos velhos costumes, mais dano eu sofro. Isso acontece como resultado da falta de preparo dos nascidos Trouxas, que entram nesse novo mundo sem saberem nada sobre sua herança mágica.”

“Seus objetivos iniciais eram para separar o mundo mágico do trouxa, recolhendo as crianças nascidas com magia e tendo-as criadas por famílias mágicas puros-sangues. Lembra-se?” Destino continuou com voz séria. “Você perdeu de vista esses objetivos, juntamente com sua sanidade, quando começou a dividir sua alma a torto e a direito.” Repreendeu.

“Nós lhe daremos uma nova oportunidade de alcançar aquilo que deseja.” Magia finalizou. “Restaure o meu poder, Tom Servolo Riddle, e eu lhe darei a minha benção para governar a todo o mundo mágico. O que você me diz?”

Não havia muito que deliberar, na verdade, e o homem de olhos vermelhos se agarrou àquela oportunidade com avidez. – Eu ficarei mais do que feliz em aceitar a vossa proposta.

“Muito bem então, nós iremos mandá-lo de volta agora.” Destino comentou animado.

- Se não se importar que eu pergunte, quantos anos no passado, exatamente, vocês estão me mandando?

“Ah... Alguns poucos anos.” O Destino desconversou alegremente.

“Boa sorte com sua nova oportunidade, Tom Riddle.” Magia falou, sua voz começando a se desvanecer, enquanto as sombras começavam a se apoderar da sua visão.

“Ah sim! Morte me pediu para lembrá-lo de que você só tem direito a um Horcrux, por isso escolha bem.” Destino pareceu lembrar de última hora.

Só então as sombras o engolfaram por completo, e Tom se sentiu caindo através de um buraco sem fim.

~xXx~

- Mas precisava voltar tanto assim? – Tom resmungou irritado, encarando com olhos aborrecidos ao seu reflexo no espelho.

Checar a sua aparência havia sido o primeiro pensamento que passou pela sua cabeça quando ele acordou em seu antigo dormitório na Sonserina, e ele havia ficado menos do que satisfeito ao se deparar com seu ainda em desenvolvimento corpo de dezesseis anos refletido. Passar pelos seus últimos dois anos de estudo NOVAMENTE seria um martírio! Embora... Ter seu antigo e belo “eu” de volta era um alívio bem vindo.

Com um suspiro conformado, o agora adolescente Lorde das Trevas sentou-se na escrivaninha do seu dormitório individual (as maravilhas de ser um prefeito), puxou uma folha de papel e começou a rabiscar os planos para a sua nova e melhorada ascensão:

“1º - Certifique-se de NÃO dividir novamente sua alma em muitas partes (pode resultar em loucura extrema, e a Morte certamente viria assombra-lo);

2º - Fazer aliados poderosos (e mantê-los);

3º - Conseguir o cargo de professor de DCAT ENQUANTO Dippet ainda for diretor;

4º - Matar Dumbledore envenenado com uma de suas malditas gotas de limão!

5º - Assumir Hogwarts, o Ministério e todo o mundo mágico!

6º - Completar a sua coleção de cartões de sapos de chocolate... Nem que para isso tenha que comer todo o chocolate saltitante do mundo.”

Ok. Talvez ele precisasse rever algumas de suas prioridades ao longo do caminho, mas aos seus olhos aquele parecia ser um início promissor.

Com um sorriso que teria assustado até o mais corajoso Gryffindor, Tom enrolou o pergaminho, guardou-o com cuidado dentro de um livro sobre magia negra que ele comprara em sua última visita a Travessa do Tranco, e se dirigiu com passos confiantes até a sala comum em busca do primeiro alvo de sua empreitada. Seu sorriso aumentou ao vislumbrar o pequeno grupo sentado ao redor da única lareira do aposento, composto pelos herdeiros Malfoy, Black, Prince e Lestrange. Era hora de por seus planos aperfeiçoados em andamento.

- Senhores. – ele os cumprimentou após ter escolarizado suas feições para não demonstrar nenhuma de suas emoções. – Eu tenho uma proposta muito tentadora para todos vocês.

E assim teve início a ascensão do mais poderoso Lorde das Trevas de todo o mundo mágico.

~xXx~

Cinquenta anos depois

“Ah, o doce sabor da vitória.” Ele não podia deixar de pensar, enquanto apreciava uma fumegante xícara de chocolate quente, sentado confortavelmente na poltrona que pertencia ao Diretor de Hogwarts. A vida não poderia estar melhor. Todos os seus planos haviam se desenvolvido lindamente dessa vez.

Ele havia se formando novamente com louvor. Conseguira o título de mais jovem professor de Hogwarts, após ter assumido a disciplina de Defesa nem bem ele havia se formado. Ele havia então sorrateiramente trocado as gotas de limão do maldito velho, que ainda era professor de Transfiguração, por doces envenenados, conseguindo, com sucesso, se livrar daquela pedra no seu sapato.

E agora, depois de anos de reformas, ele possuía o Mundo Mágico na palma da sua mão, e poderia desfrutar dessa doce vitória se deliciando com seus adoráveis sapos de chocolate, enquanto seus asseclas se encarregavam de cumprir com suas ordens.

Lucius, seu sempre fiel braço direito, estava fazendo um excelente serviço como o novo Ministro da Magia (obedecendo a todas as suas instruções, obviamente); Severo tinha se casado com a ruiva dos seus sonhos (ambos tendo um filho que NÃO se chamava Harry Potter); e o resto de seus Comensais se divertiam causando o caos e a destruição no mundo dos trouxas ou perseguindo o que restou da Ordem do Frango Frito. No geral, uma doce e bela vitória com gosto de chocolate.

Infelizmente, seus devaneios causados pela alta taxa de metilxantina foram interrompidos por duas batidas suaves na porta do escritório. Com um resmungo aborrecido ele proferiu um curto “Entre” e ajeitou a sua postura, desaparecendo os restos de chocolate em cima da sua mesa com um aceno descuidado de sua mão. Não seria legal se a imprensa descobrisse sobre o seu não tão saudável vício por chocolate.

A porta do escritório se abriu lentamente, e o atual soberano do mundo mágico quase não conseguiu conter o gemido de desespero.

Parada a sua frente, tremendo da cabeça aos pés, estava a figura patética de Sibila Trelawney, com seus óculos anormalmente grande, roupas cheias de penduricalhos e cheiro de incenso doce.

O Lorde das Trevas franziu o cenho com a visão. Por que ele ainda não havia se livrado daquela disciplina inútil?

Retendo um suspiro, o homem fez sinal para que a aspirante a professora (sim, claro) se sentasse e começou a entrevista. Pela metade da mesma, Tom já estava desejando que ele tivesse apenas espantado a mulher com um Crucio bem colocado. Ela era inútil! Uma completa e frustrante perda de tempo. Ele estava para mandá-la se perder no meio da Floresta Proibida quando, sem mais nem menos, todo o corpo dela ficou tenso, seus olhos saindo de foco. Imediatamente Voldemort se pôs em estado de alerta. A mulher então começou a entoar, com uma voz rouca e gaguejante:

- Aquele com o poder para vencer o Lor –

- AVADA KEDAVRA!

E foi assim que o temido Lorde das Trevas pôs fim ao último de seus problemas. E ele governou o mundo mágico com punhos de ferros por anos, e anos, e anos, e mais anos, até que não existisse mais vida na terra. Ele então encontrou um ritual antigo em um de seus vários livros, que lhe permitiu abrir um portal interdimensional, e partiu para a próxima grande aventura.

FIM (ou seria um novo começo?)


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