O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 18
Ataque de ciúmes, só que dessa vez não foi meu


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Falei que iria postar antes, mas além de probleminhas técnicos ( e de criatividade) eu voltei a ler o último livro que comprei na Bienal (eu havia começado a ler, parei por ser muito ridículo, mas depois de muito tempo voltei a ler, ontem).
Antes de ser "escritora", sou leitora. Então não consigo parar de ler ou pensar em outra coisa , com o livro a mão e o tempo livre.



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Antes que Percy pudesse expressar alguma reação, Piper entrou na sala. Admito que fiquei muito aliviada. Se Percy já estava meio – totalmente – paranoico, pelos seus pesadelos. Imagina agora? Depois de eu ter contado toda a história sobre Érebo. A reação dele era a última coisa que eu queria enfrentar naquele momento.

– Annabeth, a Zöe quando me viu me chamou de madrinha. Depois tentou desconversar como se não tivesse dito nada, mas enfim, essa história procede? – ela perguntou sem reparar na cara que Percy estava fazendo. Na verdade, eu também não queria reparar.

– Não tinha pensado nisso ainda. Nem sei com que idade serei mãe. Mas analisando não vejo o porquê não – respondi imaginando quem seria a do Damásen, já tinha uma leve ideia de quem seria.

– Você quer ficar em pé, quer desfilar até a porta, e voltar! – ela me disse com charme. Simplesmente meu corpo e minha mente agiam como ela queria. Fui até a porta desfilando e voltei para onde estava sentada – o que eu perdi? Você descobriu que é filha de Afrodite? – ela me perguntou gargalhando.

– Piper. Se. Prepare. Para. Morrer.

– Vou usar o charme para você não me matar.

– Como se eu não tivesse imaginado isso – disse revirando os olhos – Zöe e Damásen cuidaram disso para mim.

– Ei! Não precisa apelar também – ela disse revoltada – Não sabe brincar não desce no Play.

– Pensasse nisso antes de me fazer parecer como uma das filhas idiotas de Afrodite – respondi como uma lâmina. Não podia deixar o que ela me fez fazer sem resposta – cadê o Jason?

– Foi colocar a roupa desse acampamento. Parece que ele sempre precisa usar uma capa branca.

– Ele vai fazer o que depois?

– Vim direto para cá.

– Vamos procurar Reyna e o Frank. Precisamos ter uma reunião – falei me levantando. Percy estava quieto demais e eu ainda não queria enfrentá-lo – temos que chamar sua afilhada e o irmão dela também – acrescentei tentando aliviar meu comentário, muito gentil, anterior.

Eu, Percy – que ainda não tinha falado nada – Jason, Piper, Frank, Reyna e os gêmeos. Estávamos sentados à mesa, na sala de Reyna. Para meu alívio o clima estava descontraído. Percy só batia os dedos na mesa. Olhando fixamente para eles, que subiam e desciam. Ele estava com uma cara de poucos amigos.

– Annabeth, desde que fui transformado em um velho e você e Piper em criadas gregas – começou Jason – Vendo você mesmo sem arma, visível, parecendo mortal, com seus olhos tempestuosos examinando tudo. Sempre imaginei que se algum sujeito lhe convidasse para sair, ele ganharia um chute no bifurcum como resposta – ele disse rindo – mas mesmo assim me atrevo a dizer que está muito bonita nesse novo visual.

– Você perdeu o desfile – Piper falou rindo junto com ele.

– Zöe você se importaria de fazer um favorzinho para mim? – perguntei fuzilando os dois com olhar.

– Qual arma quer que eu use? – ela me perguntou dando risada.

– Que desfile? – Frank perguntou meio sem graça. Eu via que ele andava muito triste por não ter notícias de Hazel.

– Uma brincadeira que Piper fez com minha mãe – Damásen o disse com delicadeza e respeito.

– Não acredito que perdi isso! – Reyna falou com uma falsa decepção – Piper, por que você não faz de novo?

– Por que ela tem amor à vida! – respondi um pouquinho irritada.

– Mãe, se isso foi uma ameaça, essa roupa tirou todo o objetivo – Zöe disse chorando de rir ao lado de Damásen, que também ria.

– Vocês estão de que lado? No das Madrinhas de vocês? – perguntei com uma sobrancelha erguida. Na hora eles se endireitaram.

– Não sabemos do que está falando – os dois disseram juntos.

– Tarde de mais. Se não podiam falar sobre o futuro, já revelaram algumas coisas.

– Por que eles não podem falar sobre o futuro? – perguntou Jason.

– Para não alterar nossas escolhas ou algo do tipo. Mas os linguarudos já soltaram que Reyna e Piper são suas madrinhas.

– Eu sou de qual? – Reyna perguntou feliz. O objetivo de desviar o assunto de mim. Foi alcançado.

– Culpado – Damásen levantou a mão sorrindo.

– Isso explica suas habilidades – ela disse convencida.

– Claro romana, como se ele tivesse puxado seus genes! – Piper exclamou.

– Uma filha de Afrodite sabe o que é genes? Isso é novidade! – Reyna respondeu.

– Cinco dos sete. Só faltam Hazel e o Léo – Frank disse triste. Parecia nem estar prestando atenção no que estávamos falando.

– Verdade – disse, lembrando da nossa viagem no Argo II – se pudéssemos entrar em contato com Hazel ou Nico tudo seria mais fácil.

– Do que está falando Annabeth? – Piper perguntou.

– Érebo foi jogado no fundo do rio Aqueronte. E é lá que ele irá se reergue.

– Bom, isso nós já entendemos – Jason falou.

– Então você já sabe onde teremos que voltar – falei, receosa em pensar em voltar para o mundo inferior.

– Você quer dizer que irá voltar para o mundo inferior? – Reyna perguntou pensativa.

– Sim. Se quisermos derrotar Érebo, é lá que teremos que ir antes que ele se personifique.

– Como faremos para ir para lá sem a Hazel ou o Nico? – perguntou Frank.

– Ainda não tenho certeza dos detalhes – confessei.

– Não tem uma passagem em Los Angeles? – perguntou Zöe.

– Teríamos que convencer Caronte, e eu tenho uma pequena teoria que o mundo inferior está descontrolado, sobre a influência de Érebo. Então é mais provável ele nos entregar ao inimigo.

– No parque Carl Schurz não tem uma passagem também? – perguntou Jason – que o marrento ali passou – ele disse apontando para o Percy, que continuava do mesmo jeito que estava.

– Essa passagem só pode ser aberta com as chaves da morte de Hades. Foi Perséfone que abriu para que ele caísse lá, para fazer uma missão para ela. Thalia e Nico que estavam com ele desta vez.

– Melione também tem sempre uma passagem do submundo para o mundo dos mortais e vice-versa, mas como o Nico fala: é suicídio – disse Damásen.

– Por que precisa ser descendentes do mar para a profecia? – perguntei, para iniciar a explicação de uma estratégia. Era arriscada, mas a única para o momento.

– Por que ele esta no fundo de um rio – respondeu Jason.

– Esse motivo é muito fraco. Se Poseidon quiser qualquer um pode respirar em baixo d’água. Basta ter a sua benção.

– O que você está querendo dizer, Annabeth? – Piper perguntou. Seu olhar estava em busca do que eu queria referir por trás daquilo.

– Os mortais acreditam que rio Aqueronte é um afluente do rio Estige. E eles estão corretos.

– Por que você está fazendo rodeios? – perguntou Reyna um pouco irritada. Ela estava certa, eu era do tipo de ir direto ao ponto.

– A profecia é bem clara no sentido de quem irá cumpri-la. Quem irá para o mundo inferior será eu, Percy e os gêmeos – continuei antes que pudessem me interromper – o rio Aqueronte existe no mundo mortal. É por ele que entraremos no mundo inferior.

– Como assim? – perguntou Jason.

– Para rio existir na superfície e continuar no mundo inferior é por que existe uma passagem para água, certo? – não esperei resposta – Iremos usar essa passagem. Por isso descendentes de Poseidon. Só eles conseguiriam fazer essa travessia. O risco de você atravessar o encontro entre o rio Estige e o Aqueronte é altíssimo, se isso acontecer é morte certa. Esse risco diminui para pessoas que podem sentir a força das águas. Elas poderiam evitar ao máximo chegar perto do Estige.

“E para encontrar Érebo, só teria que seguir o percurso do rio. Pois ele está lá, em algum lugar das profundezas.”

– Onde fica esse rio? – Reyna perguntou concentrada. A única que não tinha a expressão assustada, incrédula. Não falava que era suicídio com o olhar.

– Grécia, mais precisamente em Épiro uma das 13 periferias.

– Como vocês pretendem ir para lá? Cavalos alados são fortes, porém precisaria de escalas. O perigo é enorme que vocês vão enfrentar. Mesmo com toda a força e paradas, no final viria o sacrifício – entendi que ela estava lembrando do seu cavalo alado. Ela teve que sacrificá-lo para ele não sofrer.

– Ninguém vai sacrificar o Blackjack! – falaram os gêmeos juntos ressaltados.

– Não podemos entrar em um avião. Porém já fomos para Grécia antes.

– Só que o Léo não está mais aqui – Piper disse com olhos marejando.

– Léo está vivo, só precisamos encontrá-lo – disse. Todos me encararam na mesma hora com os olhos arregalados. Só o Percy que manteve a cara de poucos amigos – Eu falei que os linguarudos revelaram algumas coisinhas.

– Mas isso é impossível... – Piper tentava pronunciar.

– Estamos falando do Léo. Impossível não existe em seu vocabulário.

– Como se encontra ele? – pela primeira vez Percy falou algo.

– Acredito que seja só mandar uma mensagem de Íris para ele. Acreditávamos que ele estava morto, por isso nunca fizemos. Mas se ele está vivo, não tem como dar errado.

– Quando iremos fazer isso? Amo o tio Léo, mas ele só vai emprestar o Festus, né? Não suportaria viajar com... – Damásen deu uma cotovelada e Zöe parou de falar.

– Antes de discutir como vamos, temos que achá-lo primeiro – respondi intrigada com a ação do Damásen.

– Na verdade, temos deixar claro, que você não vai – Percy me disse olhando nos olhos. Podia sentir sua raiva, frustação e sei lá mais o que o atormentava.

– Eu vou sim! – disse irritada e frustrada. Como ele pensava que iria resolver as coisas sem mim?

– Não!

– Vou!

– Você não vai!

– Você quer derrotá-lo ou não? – perguntei brava alterando minha voz para um tom mais alto. Pude ver que Reyna tentava esconder um pequeno sorriso.

– Eu não quero. Eu vou! – ele disse irritado. Com a expressão de raiva.

– Como você vai conseguir sem a minha ajuda? Para com ciuminho besta! Enxerga a realidade! – todos estavam constrangidos assistindo a nossa briga. Reyna estava com a mão na boca.

– Eu com ciuminho besta?! E você que mesmo não aguentando ficar em pé, saí batendo nas pessoas só por que estavam falando comigo?!

– Eu só me defendi – em todos os sentidos, completei mentalmente – E mãos dadas para mim não é só falar! Principalmente com as intenções que elas tinham! Ou seja – disse em um tom um pouco mais alto – Eu não fico andando de mãos dadas com duas ruivas por aí!

– Não da nem para competir! Um deus primordial! Pode ter a forma que quiser e lhe oferece o mundo para reconstruir como você desejar! – ele simplesmente saiu da sala batendo a porta.

– Pelo visto ele já sabe da concorrência – Reyna disse quebrando a tensão com uma risada. Todos me encararam curiosos. Até o Frank.

– Que concorrência? – Damásen perguntou começando a ficar irritado. Mas Zöe o puxou.

– Vamos procurar o papai! Pois dependendo com quem ele for se desabafar, Atena irá tatuar uma águia no pescoço da mamãe. Isso se não for duas! – ela dizia antes dele fazer qualquer objeção – pelo jeito irá tatuar no meu também! Corre co... moleque! – os dois saíram da sala apressadamente.

– Vou precisar usar o charme? – Piper me perguntou.

– Só na Reyna, para ela parar de rir – disse apoiando minha cabeça nas mãos.

– Se não fosse com você também estaria rindo! – Reyna se defendeu.

Contei para todos, que ainda estavam na sala, sobre meu “encontro” com Érebo. E sobre Atena também. Talvez alguém pudesse me ajudar entender minha própria mãe.


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Notas finais do capítulo

Fiquem tranquilos pois não tenho nenhum livro pendente para ler. E estou proibida de entrar na submarino pois na última vez que estive lá, comprei dez livros.
Não consegui deixar o capítulo maior, me desculpe! Mas sempre terá mais de 1000 palavras.
Sem opinião sem direito de reclamação no final!



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