Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 85
Se não fosse amor - Cap. 42: O primeiro dia do resto das nossas vidas.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas!!!!
Capítulo fofo, espero que gostem.
Beijao!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576815/chapter/85

POV Matthew Davis

4 semanas depois.

Olhei ao redor da minha nova – e enorme – sala. Tudo estava em seu devido lugar agora, ou quase tudo, pelo menos. A mudança tinha começado já tinham algumas semanas, poucos dias após a cirurgia de Sophie e eu comecei a apressar tudo, por que queria que todas as coisas estivessem em ordem para quando ela voltasse.

As últimas semanas vinham sendo um misto de sentimentos. O estado clinico de Sophie era estável, embora ela ainda estivesse inconsciente, o que era um pouco desesperador, mas só em saber que quando ela acordasse estaria curada, era um alivio. Eu passava a maior parte do tempo no hospital com ela, quando não estava lá estava no escritório, ou em casa tentando por um pouco de ordem.

O nosso quarto tinha ficado do jeito que ela queria, já fazia alguns dias que eu estava dormindo lá. Luke e Kenny estavam dormindo em nossa casa também, por que, honestamente, era muito solitário ficar naquela casa tão grande. Foi quando tive a ideia de convidar eles para morar conosco. Tínhamos espaço de sobra e eu sabia que Sophie iria aprovar ter Luke por perto 24hrs por dia grudado nela. Eles aceitaram a ideia, Luke principalmente, por que como Kenny estava viajando bastante, ele também se sentia sozinho.

Baby e Cristal nunca estiveram mais felizes. Eles corriam pela casa toda, principalmente pelo jardim e era notório como eles estavam mais satisfeitos com todo esse espaço livre, do que tendo que ficar trancados em um apartamento.

Fui para meu quarto tomar um banho, iria passar no escritório e de lá para o hospital. Quando sai do banheiro, enrolado na toalha olhei-me no espelho. Havia deixado o cabelo crescer um pouco e dado adeus a barba grande. Vesti uma calça preta e blusa branca de mangas compridas e um pouco depois de por os sapatos, ouvi um barulho e saí para ver o que era. O grande problema foi que esqueci a porta do closet aberta e nesse pequeno espaço de tempo, Baby entrou e destruiu dois pares de sapatos de Sophie.

“Droga Baby! Tá de brincadeira comigo!” Gritei e ele saiu correndo com os restos de um salto na boca.

Abaixei-me avaliando o estrago e não dava para salvar, ele tinha destruído tudo. Os coloquei em uma sacola e joguei no lixo antes de sair de casa.

Cheguei ao escritório e Brian já estava lá, nos reunimos afim de resolver os assuntos mais urgentes e assim que pude, saí indo para o hospital. Quando estava chegando, ouvi meu celular do bolso e o peguei.

“Oi mãe.” Falei distraído, prestando atenção no transito caótico.

“Eu estou esperando você já fazem 20 minutos, você está perto pelo menos?” Ela disse e eu percebi que tinha esquecido que iria almoçar com ela.

Estavam nas férias de fim de ano e ela, meu pai e Megan vieram passar as festas comigo. Marissa ainda viria com o marido e a minha sobrinha preferida – eu sei que era a única sobrinha que eu tinha, mas não deixava de ser a preferida – mas como eles estavam um pouco presos com seus trabalhos, viriam um pouco depois. Mason estava em algum lugar do Hawai com um grupo de amigos, mas por escolha própria. A essa altura eu não tinha mais problemas com ele e nem ele comigo, mas a verdade é que mesmo sendo gêmeos, éramos opostos demais para conseguir viver pacificamente por um período muito longo de tempo.

Minha mãe não estava nada feliz sobre a ideia de Sophie e eu casarmos, ao contrário do meu pai e meus irmãos, que aprovavam totalmente... Acho que no fundo elas só precisavam de um pouco mais de tempo juntas para se conhecerem melhor e conseguir conviver juntas, afinal de contas era a minha mãe e minha futura esposa, não estava disposto a abrir mão de nenhuma delas.

“Pode trazer a conta, por favor?” Pedi ao garçom quando terminamos de almoçar, ele assentiu e quando olhei para minha mãe, ela estava com aquela expressão de: ‘La vem bronca...’

“Você não vai nem sequer passar mais um tempo aqui comigo?” Ela perguntou ironicamente.

“Mãezinha...” Peguei sua mão e a beijei. “Almoçamos, dividimos a sobremesa, conversamos... Mas eu preciso ir ao hospital.”

“Mas para quê? Ela está desacordada de qualquer forma. Que diferença faz você ficar lá ou não?”

“Quer mesmo ter essa conversa outra vez?” Perguntei impaciente e ela bufou. “Eu quero estar lá quando ela acordar, apenas me entenda.”

“Eu tento meu filho, mas ela... É que ela é tão... Não é mulher para você Matthew.” Ela falou e eu sorri.

“Como as coisas são engraçadas...” Disse pensativo. “Não foi a mesma coisa que a vovó disse para você? E ela disse que o seu casamento com meu pai não duraria um ano, no entanto, quantos anos juntos vocês vão fazer mesmo?” Ela desviou o olhar de mim. “Ah, sim... 35 anos juntos.”

“Nós fomos uma exceção...”

“Não, não foram. Meu pai sabia a mulher que queria ao lado dele, da mesma forma que eu sei a mulher que eu quero comigo. E seria muito importante para mim se você a deixasse fazer parte da nossa família.” Ela apenas concordou em silencio e eu sabia que ela não tinha concordado de fato, só não estava querendo começar uma discussão.

A acompanhei até seu carro e depois, finalmente, fui para o hospital. Luke já estava lá, no corredor, conversando com Eleanor. Os cumprimentei e entrei no quarto para ver Sophie. Ela estava na mesma posição que tinha estado nas últimas semanas, mas todos aqueles aparelhos ligados a ela já haviam sido retirados. Dei um beijo em seu rosto e sentei na poltrona ao seu lado, ligando a televisão. Segurei sua mão e fiquei brincando com o anel de noivado em seu dedo. Assim que ela foi transferida para aquele quarto, eu o tinha levado e colocado no lugar onde ele deveria estar: sua mão direita.

“Vai se recuperar com ele aí.” Falei quando o coloquei em seu dedo.

Ela parecia estar mais corada do que antes. Conforme os dias passando, víamos suas melhoras evoluindo, ela tinha sido e vinha sendo muito forte mesmo, eu estava orgulhoso dela e mal via a hora de poder falar isso diretamente para ela.

“Emily foi promovida. De novo.” Falei rindo. “Ela e Black vão vir te visitar no fim de semana. Brian e Ethan vão vir mais tarde e inclusive, Ethan e Lenny assumiram publicamente que estão namorando. Eu sei... Bizarro. Achei que ela tinha um gosto mais refinado para homens, mas como dizem, questão de gosto não se discute.” Parei pensativo por um momento. “Por falar em gosto...” Contive uma risada. “Baby destruiu dois pares de sapatos seus. Eu não sei se você consegue me ouvir, mas eu sei que se puder vai querer me matar por que fui eu quem esqueceu a porta do closet aberta...”

“Olá.” A porta abriu e Richard falou entrando no quarto.

“Oi.” Respondi. Surpreendentemente, Richard e eu estávamos nos dando até bem.

“Novidades?” Ele parou em pé no fim da cama, cruzando os braços.

“Nada por enquanto... Mas achei ela com um aspecto melhor, mais saudável... Não acha?”

“É... Está mais corada. Isso é bom.” Ele falou e eu assenti. “E aquele projeto da construção dos condomínios? Como está o andamento?”

“Bem adiantando, os arquitetos me enviaram algumas plantas hoje.” Levantei, indo até ele, tirei o celular do bolso e abri o arquivo mostrando como seriam os condomínios depois de construídos.

“Muito bom...” Ele disse observando as plantas. “Achei interessante fazerem apartamentos de diferentes tamanhos, abrange vários preços diferentes.”

“Sim e, por experiência própria, um apartamento muito grande para um homem solteiro não é um bom negócio. Mais espaço para bagunçar, o que dá muita dor de cabeça. Com essas diferenças de tamanhos entre os apartamentos, acho que conseguimos arcar com as diferentes necessidades dos futuros moradores.” Disse e Richard concordou, me devolvendo o celular.

“Mas você não vai ser mais um homem solteiro por mais muito tempo.” Ele falou e eu ri, olhando para Sophie.

“É, são os planos.”

“Deu tudo certo na mudança?”

“Mudanças sempre dão dor de cabeça, mas no geral, foi mais tranquilo do que eu achei que seria. O que deu mais trabalho foi a cozinha, vieram coisas com medidas erradas, tive que mandar trocar tudo... Foi um pesadelo.”

“Um conselho...” Richard pôs a mão em meu ombro. “Tenha certeza que é a casa certa para não precisar mais se mudar, mudanças são um pesadelo sempre. Por isso moro na mesma casa há anos!”

“Vou me lembrar disso.” Falei e ele apertou minha mão, dando uma última olhada em Sophie.

Ele se aproximou dela e eu fiquei apenas observando suas reações. Eu realmente esperava que eles se resolvessem em algum momento, eu sabia que era difícil para ambas as partes, foram anos de mágoas um do outro, mas o que eu tinha aprendido com toda essa história é que era preciso aproveitar cada minuto que temos com quem amamos, parar de perder tempo com coisas pequenas e viver a vida da melhor forma possível.

Acho que falar com Beatriz fez com que Richard tivesse um choque de realidade e percebesse que, mesmo sem ser filha de sangue, Sophie sempre foi a sua filha legitima. Uma legitima Trammer, como eles gostavam de dizer. Ela nunca quis dar o braço a torcer, mas só queria ser aceita por ele, o que parecia estar acontecendo agora.

“A luz dos meus olhos...” Richard pôs sua mão sobre a dela e ficou apenas a olhando e depois virou o rosto em minha direção. “Era como meu pai a chamava.”

“Ele parecia a amar muito, apesar de tudo.”

“É...” Ele disse pensativo. “Ela sempre foi uma criança boa, amorosa... Acho que isso me irritava mais, era muito difícil ter raiva dela.”

“Vocês não precisam ter raiva um do outro Richard. Ela precisa do pai, sempre precisou e acho que você, de alguma forma, também precisa dela.” Falei e ele voltou a olhar para ela.

“Eu errei muito com ela, mas não vamos fazer ela de santa também...” O vi rindo. “Acredite, ela pode fazer da sua vida um inferno quando quer.”

“Eu sei bem disso...” Falei rindo também.

“Quando comecei a sair com Amy, ela aterrorizava qualquer tentativa de jantar que eu fizesse na nossa casa. Amy ficava uma fera, mas Brian se divertia com ela.”

“Passei boa parte da minha infância com Brian, fiquei bastante contente quando eles começaram a se dar bem...” Aproximei-me da cama. “Então ela era uma criança muito levada?” Perguntei com diversão.

“Levada? Eu diria encapetada.” Ele se virou para mim, mas manteve sua mão na da Sophie. “Toda semana era um membro diferente engessado por que ela caia demais, aprontava demais, não podia parar quieta por cinco minutos que fosse e...” Ele parou de falar e olhou para ela.

“O que foi?” Franzi a testa.

“Sophie?” Ele falou e me olhou perplexo, me deixando mais aflito ainda. “Ela apertou minha mão.”

“São apenas alguns espasmos, o médico já tinha falado sobre...”

“Eu tenho certeza que ela apertou minha mão!” Ele falou convicto. “Sophie? Pode me ouvir?” Olhei atentamente para sua mão que não se moveu. Era apenas um alarme falso.

“Richard é normal que isso aconteça, já aconteceu antes, comigo mesmo.” Expliquei e ele me olhou confuso.

“É que foi tão... Tão...” Ele suspirou.

“Eu sei que é decepcionante, mas...” Parei de falar quando olhei para seu rosto e vi Sophie piscar. “Ela piscou.” Disse e Richard soltou sua mão.

“Eu vou chamar o médico.” Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele saiu do quarto.

“Sophie?” Coloquei a mão em seu rosto e a vi tentando abrir os olhos.

“Matt...” Ela sussurrou e abriu um pouco os olhos com dificuldade.

“Oi, oi meu amor, eu estou aqui.” Disse sem conseguir conter a emoção. “Mas não fala nada, fica calma, o seu pai foi chamar o médico.”

“Espera, é importante.” Ela falou se esforçando.

“Tudo bem, mas sem pressa, fala devagar, respira... Faça as coisas no seu tempo.” Falei ainda rindo igual um imbecil. Ela respirou fundo e piscou mais algumas vezes, agora conseguindo abrir os olhos totalmente e colocou a mão em meu braço, já me deixando preocupado com o que ela precisava dizer de tão importante.

“Como pôde deixar o Baby destruir meus sapatos?” Ela me olhou séria, mas eu cai na gargalhada e beijei sua testa.

“Eu vou comprar mais dois pares para você. Mais dois, três, quatro pares... Quantos pares você quiser.” Disse e ouvi a porta abrindo.

Richard, Luke, Eleanor e Dr. Hayden entraram no quarto. Luke correu para seu lado, animado por vê-la acordada e ela esboçou um sorriso fraco. Dr. Hayden pediu que nos afastássemos para que ele pudesse examiná-la e mesmo sem ser um especialista no assunto, eu sabia que ela estava bem. Quando ele terminou, ela pediu um pouco de água e ele a ajudou a tomar. Todos nós estávamos na expectativa de saber quais as conclusões sobre o estado de Sophie.

“Aparentemente, está tudo em ordem.” O médico falou e não só eu, mas todos que estavam naquele quarto, respiraram aliviados. “Mas vamos fazer alguns exames para ter certeza, apenas para confirmar.”

“Com ‘Está tudo em ordem’, você quer dizer que...?” Sophie falou com a voz ainda um pouco falha.

“Quero dizer que a cirurgia que fizemos foi um sucesso, assim como sua recuperação.” Dr. Hayden falou e Sophie olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas.

“Você está curada meu amor.” Andei até seu lado e ela ainda estava em choque por ter ouvido as noticias.

“A vadia voltou e de vez!” Luke disse animado se aproximando dela também.

O resto do dia foi bem cheio para Sophie. Várias visitas chegaram e ela queria receber todos, mesmo estando cansada. Mas ela estava feliz em ver todos e claro, nós estávamos mais felizes ainda. Ela ficou um pouco desconfortável quando viu Richard e eu percebi que ele também ficou. Eu sabia que o relacionamento deles dois estava longe de se resolver, mas o fato de Richard ter ido visitá-la sempre e se mostrado preocupado, já era um grande avanço.

“Acho que não aguento mais nada.” Sophie falou enquanto engolia a colherada de sopa que eu havia acabado de dar em sua boca.

“Só mais uma...” Pedi e ela assentiu sorrindo enquanto eu levava a colher para sua boca de novo. Retirei a bandeja de cima da cama.

“Então, quer dizer que vocês vão morar com a gente?” Ela perguntou para Luke e Kenny, que estavam sentados ao seu lado.

“Se você não se opor...” Kenny sorriu.

“É claro que ela não se opõe!” Luke falou e olhou para Sophie e ela olhou para mim.

“É óbvio que não oponho!” Ela disse e eu me senti aliviado por não ter cruzado nenhum limite os convidando para morar conosco. “Vai ser ótimo com vocês lá!” Ela falou e eu entreguei um copo com água. Quando ela o pegou, ficou encarando sua mão por um longo período de tempo. A mão em que o anel de noivado estava. “Ai. Meu. Deus.” Ela disse perplexa e olhou para mim. “Ai. Meu. Deus! A gente vai casar! Quero dizer, a gente vai casar mesmo? Pra valer? Tipo... Vestido branco, flores, véu e tudo mais?”

“Se você não der para trás...” Dei de ombros rindo e ela esticou os braços para me abraçar.

“Vamos deixar os pombinhos terem um pouco de privacidade...” Ouvi Kenny dizer antes de sair do quarto com Luke, deixando Sophie e eu a sós.

“Eu estava tão assustada sobre tudo...” Ela falou me soltando e colocou a mão em meu rosto. “Com tanto medo de não ver mais vocês.”

“Eu sei, nós estávamos apavorados também.” Beijei sua mão. “Mas você está bem agora, está viva e mais do que nunca, quero aproveitar cada segundo que eu tiver ao seu lado.”

“Nós vamos.” Ela encostou sua testa na minha. “Principalmente agora que você desistiu do visual mendigo contemporâneo.” Ela disse rindo, me fazendo rir também.

“Só por que agora eu estou parecendo um garotão de 20 anos!”

“20 anos? Tem certeza?” Ela disse com diversão. “Uns 29 e no máximo!”

“Muito engraçadinha...”

“Dr. Hayden disse algo sobre minha alta? Não vejo a hora de voltar para o meu apartamento...”

“Ainda não... Ele só falou que precisava fazer todos aqueles exames. Mas você não vai pro seu apartamento quando sair daqui.” Disse e ela me olhou confusa. “Vai para a nossa casa.”

“Sério?” Ela falou surpresa. “Já acabou a mudança?” Assenti e seus olhos brilharam de animação.

“Poxa, perdi todo o trabalho duro e as dores de cabeça... Que pena!” Ela disse com ironia.

“Ah, você iria ter amado, com toda certeza!” Falei.

“Agora mais do que nunca quero sair daqui, preciso ver como ficou tudo, se você arrumou tudo certinho ou está tudo uma zona e eu vou ter que começar do zero...”

“Ei!” A repreendi. “Eu sou um ótimo decorador!”

“Eu não tenho dúvidas!” Ela falou.

“Baby e Cristal estão aproveitando aquele jardim, você precisa ver. Eles não param quietos um minuto!” Disse, ela riu e ficou pensativa por um momento. “O que foi?”

“Nada, é que... Eu lembrei de um sonho que eu tive. Eu acho que era um sonho, por que era muito bizarro...” Ela falou e começou a me contar sobre ter visto Annie e conversado com ela sobre a vida, sobre mim, sobre Richard... “Eu sei que pode ser viagem minha, mas acho que isso que eu tive, esse sonho ou visão ou seja lá o que tenha sido, me ajudou a não pensar só em mim e tentar entender o outro lado da história.”

“Está se referindo ao seu pai?”

“Não, ao Richard.”

“Que é seu pai.”

“Não é.” Ela me olhou impaciente e eu achei melhor não prolongar mais essa conversa.

“Enfim, isso não importa muito agora.” Disse e ela concordou em silêncio. “Só importa no momento você se cuidar e melhorar para a gente poder ir para casa o mais rápido possível.” Ela sorriu e eu a beijei rapidamente.

“Eu vou me cuidar direitinho, eu prometo. E vou melhorar rápido.” Ela falou.

E quer saber? Ela melhorou. Ian disse que foi a recuperação mais rápida para esse tipo de cirurgia que ele já tinha visto – sim, a essa altura todos nos tratávamos pelo primeiro nome. Ela se cuidou e seguiu a risca tudo o que lhe era receitado. A recompensa não demorou para chegar, ela finalmente teve alta.

Todos os exames foram feitos, não restava nada do tumor, não havia nenhuma sequela e ela estava mais saudável do que nunca. E após o pequeno surto que ela deu quando viu uma parte do cabelo que havia sido cortada para a cirurgia, deixamos o hospital. Mabel lhe ajudou a disfarçar a falha que tinha agora, isso fez com que ela ficasse menos louca por ter tido que cortar o cabelo.

Nós finalmente chegamos em casa e eu estava um pouco nervoso sobre o que ela iria achar de tudo. Eu confiava nos meus conhecimentos sobre os seus gostos, mas eu também tinha deixado a casa com a minha cara, então eu só esperava que a junção de nós dois naquele ambiente a deixasse feliz.

Ela entrou com o pé direito pela porta da frente e olhou tudo ao redor admirando o nosso novo lar. Ela não precisava dizer que tinha gostado, eu sabia só pelo seu olhar.

“Você me deixou muito, muito orgulhosa bonitão.” Ela falou distraidamente enquanto observava todos os detalhes. Aproximei-me dela e segurei sua mão, ela me olhou e ficou de frente a mim, me puxando para mais perto.

“Pronta para os próximos 50 anos juntos?” Disse sorrindo e ela riu também.

“Como nunca estive.” Ela falou e nos beijamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por você mil vezes - Se não fosse amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.