Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 67
Se não fosse amor - Cap. 24: De volta em seus braços - Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteeeeee (Com muitos 'E' por que tô feliz!)
Nathy Goes, MUITO, mas MUITO, MUITO mesmo obrigada pela recomendação! *-* Amei cada palavra sua e queria conseguir retribuir todo esse carinho!

As fãs do casal #Mophie (Matt e Sophie) vão AMAR o capítulo, eu espero pelo menos... haha
Boa leitura!!!



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POV Sophie Trammer

Os dias estavam passando muito rápido, talvez por eu ter me envolvido em qualquer mínimo projeto que fosse pra conseguir me manter ocupada o suficiente para não pensar em nada que não tivesse a ver com o trabalho. A noite passada havia sido a primeira em que eu realmente dormi sozinha no meu apartamento e não foi tão ruim como eu pensava que seria, acho que é verdade quando dizem que o tempo cura tudo... Então eu não tinha que me preocupar, ele iria me curar também. Kenny já estava sabendo sobre a viagem de Ethan e óbvio, não aprovou em nada a decisão dele e me ligou assim que soube para perguntar como eu estava com tudo isso e para avisar que ele estaria indo embora em alguns dias e no caso, esse dia era hoje. Eu estaria muito pior se não tivesse Matt, Brian e Megan me ajudando, eles estavam sendo incríveis e para a minha tranquilidade, Luke e Ken estavam chegando de viagem no dia seguinte. Incrível como eu tinha me tornado uma pessoa tão diferente em pouco tempo, agora eu sentia necessidade de ter companhia, claro, eu gostava de ficar um pouco sozinha, conseguia pensar na vida, nos problemas, fazer planos e tudo mais, mas não me incomodava mais como antes se tinha alguém em casa e acho que isso era algo bom.

Eu ainda esperava ansiosa por alguma novidade sobre as investigações, até o momento não tínhamos nada de novo e isso era muito desesperador para mim, já que agora eu queria mais do que nunca saber quem estava por detrás daquelas mentiras. Grande parte da minha preocupação no momento é que faltavam cada vez menos dias para a festa e eu tinha receio de que tentassem algo, ou fizessem algo e eu tinha que ter certeza de que tudo iria sair como o planejado.

“Black?” Bati na porta de sua sala e a abri um pouco.

“Olá! Precisa de algo?” Ele estava sentando mexendo no computador e disse educadamente.

“Na verdade, preciso.” Falei entrando na sala. “Lembra que te pedi para fazer um projeto com o esquema de segurança para a festa?”

“Claro.”

“Então, eu sei que pedi para o final dessa semana, mas eu queria saber se você já tem algo pronto. Eu quero ver tudo e me assegurar de que não vai acontecer nenhum imprevisto.”

“Eu já o terminei.” Black se levantou.

“Sério?” Falei incrédula. “Pode me dar uma cópia então?”

“Sem problemas, eu só preciso ir à sala de cópias para imprimir. Está no pen drive e minha impressora daqui está sem tinta. Você espera?”

“Com certeza!” Sorri. “E não precisa se preocupar em colocar em pastas ou algo do tipo, só imprime de qualquer jeito que está bom, só estou ansiosa.”

“Pode deixar.” Ele sorriu para mim também. “Já venho, é rapidinho.” Eu assenti e ele saiu.

Fiquei andando pela sala, observando a decoração. Parei em frente aos porta-retratos que tinham fotos da sua família e me peguei sorrindo olhando para eles. Quem sabe futuramente, eu também tenha fotos de família na minha sala... Ouvi um barulho, vindo do computador de Black, uma janela do chat da empresa subiu com uma mensagem de Laila.

Obrigada pelas informações. Vou verificar tudo e te retorno!

Verificar tudo? Então Black tinha alguma pista nova! Mas então me dei conta de uma coisa: Por que ele não tinha me dito antes de falar com Laila? Eu deveria saber de qualquer pista ou informação antes de qualquer pessoa, ele sempre me mantinha informada sobre tudo e sempre em primeiro lugar. Andei de volta para onde estava quando ele saiu e fiquei esperando o voltar.

“Prontinho.” Black entrou na sala me entregando os papéis e esbocei um sorriso.

“Obrigada!” Os peguei de sua mão e andei até a porta, parando no meio do caminho. “Escuta... Eu estava pensando... Tem alguma novidade sobre aquele nosso probleminha?”

“Nada ainda.” Ele falou sério. “Sinto muito por estar levando mais tempo do que gostaria, é que aquele site tem um sistema bem complexo, ainda estamos tentando invadir para ai sim, conseguir alguma informação. Mas assim que souber de algo, eu te aviso.”

“Certo.” Assenti. “E obrigada de novo!” Saí de sua sala e entrei no elevador, voltando para o meu andar.

Assim que saí, Matthew veio andando em minha direção com as mãos cheias de folhas.

“Até que enfim!” Ele disse me acompanhando. “Eu tenho mil assuntos pra tratar com você, olha só...” Matt começou a falar, mas eu não estava ouvindo nada, minha mente estava muito longe.

“Deixa eu te falar.” Disse para Matt, ficando de frente para ele. “Faz de conta que você é o meu chefe de segurança...” Falei e ele me olhou com uma mistura de diversão e confusão. “Se você estivesse à frente de uma investigação muito, muito importante, onde estão envolvidos o presidente da empresa, o vice-presidente e os advogados e você descobrisse alguma coisa sobre o caso, para quem você informaria primeiro?” Ele ficou sério percebendo que eu não estava brincando.

“Bem...” Matt falou pensativo. “Acredito que primeiro ao presidente da empresa, que é o mais interessado, consequentemente o vice-presidente saberia e por sua vez, marcariam uma reunião onde chamariam os advogados e os informariam.”

“Interessante.” Cerrei os olhos e voltei a andar para a minha sala.

“O que aconteceu?” Matt entrou em minha sala comigo.

“Fecha a porta.” Falei e ele assim o fez. “Eu estava na sala do Black...” Sentei em minha cadeira e Matt sentou de frente para mim. “E eu posso, sem querer, ter visto uma mensagem no chat da empresa para ele de Laila.”

“Laila?” Ele franziu a testa. “Não sabia que mantinham contato direto um com o outro.”

“Pois é, eu também não sabia.” Sorri irônica. “O fato é, ela agradecia a ele pelas informações que ele tinha dado e falou que ia verificar, mas quando ele voltou para sala e eu perguntei se tinham novidades sobre o caso, ele disse que não tinha nada ainda.”

“Isso é muito estranho... Em todo esse tempo que estou aqui, todas as vezes que precisamos, Black informou a nós primeiro.”

“Bom, então não estou ficando doida mesmo... Tem algum sentido eu desconfiar deles.”

“Não Sophie, espera... Desconfiar?” Ele repetiu. “Eu não sei... É estranho sim, mas achei que Black era de nossa confiança.”

“Eu também sempre achei!” Disse. “Mas por que ele não me contaria alguma coisa que ele tenha descoberto, principalmente sabendo o quanto eu quero descobrir quem anda fazendo essas coisas?” Perguntei incrédula.

“Acho que não devemos ter conclusões precipitadas, por que pelo que você disse, não tinha na mensagem falando que era algo desse caso, ou tinha?”

“Não... Não tinha.” Recostei-me. “Então acha que eles podem estar falando de outra coisa? Mas do que seria?”

“Eu não sei Sophie... Mas na pior das hipóteses , se estiverem falando mesmo sobre esse assunto, acho que ele pode ter tido só uma suspeita e talvez queira ter certeza antes de te contar algo, entende?”

“É, acho que prefiro acreditar nisso... Não faria o menor sentido ele trair minha confiança dessa forma, eu o conheço desde que nasci!”

“A não ser que...” Matt se calou e desviou o olhar, pensativo.

“A não ser...?” Perguntei.

“Esquece Sophie, não vou ficar colocando coisas na sua cabeça pra te deixar mais nervosa ainda.”

“Vou ficar nervosa se você não falar o que pensou.” O olhei feio e ele suspirou.

“E se ele tiver avisado a outra pessoa, além de Laila, se descobriu alguma coisa?” Matthew disse e eu parei um momento. “A presidente e o vice-presidente estão envolvidos, mas você esqueceu de uma pessoa um tanto quanto importante que está metido nessa história também.”

“Richard.” Falei e Matthew concordou.

“Que fique claro que isso foi só algo que pensei. Não teria por que o Richard te esconder se soubesse de algo... Vocês dois querem a mesma coisa, isso também não faz sentido.”

“Não Matt, na verdade faz sentido.” Fiquei de pé andando até ele, que me olhou confuso. “Naquele dia que fizemos a coletiva, Richard e eu conversamos antes e perguntamos um para o outro se não tinha feito aquilo que estavam nos acusando, por que temos contatos, se um do dois tivesse desviado dinheiro, poderíamos colocar por debaixo dos panos. Você é advogado, sabe melhor do que eu que poderíamos.” Matt assentiu.

“Mas o que isso tem a ver?”

“Depois dos dois confirmarem que não fizemos isso, perguntei se ele não conseguia pensar em ninguém que estivesse querendo nos prejudicar.” Matt se levantou cruzando os braços. “Ele ficou estranho... Desviou o olhar, meio que desconversou...”

“Você suspeita que ele saiba que pode estar por detrás disso tudo?”

“Honestamente, eu não sei de mais nada!” Sentei em meu sofá. “Eu não quero ser uma lunática que vê coisas onde não existem... Mas eu não posso negar que isso tudo é muito estranho.”

“Vamos ficar de olho em tudo.” Ele se abaixou na minha frente. “Não comente com ninguém sobre essas desconfianças. Pra todos os defeitos, as coisas estão indo bem.”

“Eu concordo.” Assenti. “É melhor não comentar nada com Brian.”

“Não confia nele?”

“Não é sobre confiar ou não... Eu confio muito em vocês dois, mas eu tenho um certo receio de que ele acabe abrindo a boca perto da Amy e Amy sabendo...”

“Richard sabe.”

“Exatamente.” Suspirei. “Não acho que ele faria algo na maldade e estamos nos dando muito bem agora, mas por via das dúvidas...”

“Tudo bem, eu não vou comentar nada com ele nem com ninguém, essa conversa morreu aqui.” Ele sentou ao meu lado.

“E o que a gente vai fazer?” O olhei séria. “Não vou ficar só sentada esperando a bomba explodir. Se Richard ou Black estão me escondendo alguma coisa, eu quero descobrir o que é.”

“E eu quero te ajudar.” Matt pôs a mão em meu joelho. “Temos acesso as câmeras de segurança?”

“Black tinha me mostrado uma vez o programa que foi desenvolvido para as nossas empresas... Só não sei se lembro muito bem como manipular, sabe que eu sou péssima com tecnologias.”

“Me mostra.” Ele ficou de pé e estendeu a mão para mim, a segurei e levantei.

Liguei meu computador e abri o programa das câmeras, estávamos vendo a recepção principal.

“Aqui está.” Sentei, Matt puxou a outra cadeira e colocou ao meu lado.

“Tem câmeras nos escritórios ou só nas recepções e portarias dos prédios comerciais?”

“Tirando os comerciais, aqui do nosso prédio tem nos corredores, recepção de todos os andares e o salão onde ficam os colaboradores.”

“Nos nossos escritórios não têm?” Ele perguntou meio distraído enquanto fuçava o sistema.

“Não... Richard e eu nunca quisemos colocar, só temos no hall de entrada, onde a Emily fica.”

“E na sala do Black?” Ele virou o rosto em minha direção.

“Está querendo espionar ele no sentido literal da palavra?” Falei chocada.

“Acho que só tem um sentido para a palavra ‘espionar’” Ele esboçou um sorriso. “O quê? Vai me dar uma lição de moral agora e brigar comigo por querer espionar o chefe da segurança?”

“Brigar?” Sorri. “Eu estou orgulhosa, isso sim!” Ele me olhou surpreso e riu. “Tem alguma aba por aqui que dá acesso a essas áreas restritas...” Comecei a mexer no programa.

“Clica aqui.” Fiz o que ele pediu. Uma janela pedindo uma senha apareceu. “Me diz que você sabe a senha...” Matt cerrou os olhos e eu desviei o olhar dele.

“Pode ser que ele tenha me dado a senha e pode ser que eu tenha esquecido de onde coloquei...”

“Bravo!” Ele bateu palmas. “Mas a gente consegue ver o hall de entrada do andar dele.”

“Pelo menos a gente vai poder ver se alguém vier falar com ele.”

“Já é alguma coisa, não é?”

“É melhor que nada...” Dei de ombros. “Mas vou procurar essa senha, deve estar aqui em algum lugar, tem que estar.”

“Eu tenho esse programa instalado no meu computador também? Posso ficar dando uma olhada de vez enquando.”

“Tem sim.” Disse e coloquei a mão em seu braço. “Matt, obrigada por me ajudar.” Sorri. “Nem tenho como te agradecer tudo o que você está fazendo por mim.”

”Você sabe que não precisa me agradecer...” Ele colocou sua mão em cima da minha. “Mas, em todo caso, se você insiste, eu tenho uma sugestão...”

Sua outra mão alisou o meu rosto, gentilmente e desceu até o meu pescoço, seus olhos se mantiveram o tempo todo focados em minha boca e a expressão ‘borboletas no estômago’ fazia todo o sentido agora. Ele levantou os olhos, aqueles terríveis e perfeitos olhos azuis, na altura dos meus, como se pedisse permissão pra me tocar, eu apenas coloquei minha mão em cima da sua e fechei os olhos, esperando ansiosa pelos seus lábios nos meus. Sua respiração ficou mais próxima de mim e ao sentir levemente nossas bocas se tocando, alguém bateu na porta destruindo por completo o momento. Afastei-me bruscamente de Matthew que estava com a mandíbula cerrada de completa frustração e fiquei de pé, andando para o outro lado da sala.

“Pode entrar.” Disse com a voz um pouco falha e permaneci de costas para Matt, na tentativa de recuperar minha calma.

“Eu queria...” Brian falou enquanto entrava e se calou olhando para Matt e eu. “Atrapalhei alguma coisa?” Ele sorriu maliciosamente.

“De forma alguma!” Matt falou e eu ouvi o barulho dele se levantando. “Eu diria que você chegou no momento certo!” Ele disse irônico e Brian nos olhou com diversão, percebendo que de fato, ele não tinha chegado no melhor momento.

“Estávamos só trabalhando, Brian.” Revirei os olhos. “O que você quer?”

“Ah sim... Vim avisar aos dois que vamos sair de noite.”

“Sair?” Matt e eu dissemos ao mesmo tempo.

“Isso mesmo. Abriu uma nova casa noturna, por acaso eu coloquei nossos nomes e da Mabel na lista VIP e vamos aproveitar a noite!” Brian explicou e eu bufei.

“Não estou nenhum pouco afim de sair, Brian. Tenho um monte de coisas para fazer, mais um monte para me preocupar...”

“É exatamente por isso que a gente deve sair.” Ele me interrompeu. “Qual é Matt? Vai dar pra trás também?”

“Se todos forem, eu vou.” Matthew ficou ao meu lado.

“Resumindo...” Brian me encarou. “Se você for ele vai, ou seja, está tudo em suas mãos.” Olhei para o dois impaciente.

“Eu vou buscar o Baby no pet shop.” Disse saindo da sala.

“Isso quer dizer um ‘sim’?” Brian veio me seguindo.

“Quer dizer um ‘vou pensar no seu caso’.” Apertei o botão do elevador.

“Sempre que você diz que vai pensar no caso a resposta é não.”

“Você me conhece muito bem.” Sorri com sarcasmo. A porta do elevador abriu e eu entrei apertando o botão do térreo.

“Você podia ser um pouquinho menos chata sabia?” Ele falou rindo.

“Não tô afim.” Dei de ombros, rindo também e a porta se fechou.

Caramba... Eu quase o beijei! Brian tinha me impedido de fazer algo que eu talvez fosse me arrepender. Faziam dias, apenas poucos dias que eu estava solteira e já estava me atirando nos braços de outro. Tudo bem que não era um outro qualquer, é o Matthew, mas mesmo assim... Parecia algo errado de se fazer, não parecia? Me amaldiçoei todo o caminho até a portaria, depois de ligar para o motorista, ele estacionou em frente ao prédio e eu entrei no carro o informando para onde estávamos indo. Eu deveria ligar para Ethan... Já que ele estava indo embora hoje, me parecia certo me despedir dele, afinal não terminamos nos odiando, mas uma despedida pessoalmente era um pouco demais... Apenas uma ligação desejando uma boa viagem iria bastar. Era pessoal, mas meio distante... Basicamente como Ethan e eu estávamos agora. Peguei meu celular e disquei seu número, depois de chamar por várias vezes, ele finalmente atendeu.

“Olá!” Ethan falou.

“Oi.” Tentei parecer o mais normal possível. “Ken me disse que você está indo viajar hoje, só queria desejar uma boa viagem!”

“Obrigado Sophie.” Ele falou educadamente. “Não esperava que você fosse ligar, já estava sem esperanças.”

“Claro que eu tinha que te ligar. É importante pra mim que você saiba que mesmo que as coisas não tenham saído como a gente esperava, eu estou feliz por você estar fazendo o que gosta.”

“Parece que só você está aceitando isso, Ken e eu brigamos feio...”

“Ele é seu irmão Ethan, vai sentir sua falta, como esperava que ele fosse reagir com o único membro da família que ele tem por perto indo embora por tempo indeterminado?”

“Eu sei, vou sentir falta dele também... Do Luke, de você...” Ele suspirou. “Mas você como está? Continua fazendo a fisioterapia e tomando os remédios?”

“Sim, tudo certinho, inclusive...”

“Só falta mais uma mala, Ethan!” Ouvi uma voz feminina ao fundo gritando.

“Pode deixar que eu a desço!” Ele respondeu e eu fiquei meio sem reação.

“Quem é?” Perguntei tentando disfarçar o receio que estava com a resposta.

“É só... Você sabe... Só uma amiga.” Ele respondeu sem graça.

“É, eu sei.” Falei secamente, sentindo o corriqueiro nó na garganta. Ethan costumava usar o termo ‘amiga’ para descrever qualquer mulher que ele passasse a noite. “Enfim, não quero ocupar seu tempo. Só liguei para desejar boa sorte.”

“Nunca ocupa meu tempo.” Ele falou. “Vou mandar notícias sempre que possível.”

“Faça isso, seu irmão vai gostar.” Disse cordialmente. “Eu preciso ir agora, nos falamos depois Ethan.”

“Até depois, Sophie. E desculpe, por qualquer coisa...” ‘Por qualquer coisa’ ele quis dizer ‘Por já ter uma mulher em casa quando você estava se sentindo péssima só por quase ter beijado outro’.

“Imagina, não tem por que se desculpar. Tchau Ethan.”

“Tchau e se cuida.” Desliguei o celular o jogando no banco.

Mais que filho da mãe! Se bem que... Era o Ethan, o cara mais galinha que eu já tinha conhecido na vida, óbvio que ele não ficaria em casa curtindo a fossa, homens e mulheres têm formas diferentes de lidar com términos. Mulheres tentam se preservar mais e gostam daquele sentimento de dor, a gente tem que sofrer pela pessoa, já homens... Bem, homens só precisam de uma outra mulher pra conseguir superar e eu não tinha direito de questionar ou criticar ele por isso. Não tínhamos mais nada, éramos solteiros, logo, poderíamos fazer o que quiséssemos com quem quiséssemos. Mas ele não deixou de ser um filho da mãe pra mim... Resmunguei mentalmente.

“Senhorita?” O motorista me chamou olhando para trás. O carro já estava parado de frente para o pet shop há anos e eu não tinha notado.

“Essa é a parte em que eu desço...” Falei sem graça.

“Eu acredito que sim.” Ele sorriu. Assenti e desci do carro. Ele com certeza acha que eu tenho problemas mentais...

Entrei no pet shop e paguei a conta, esperei um pouco para trazerem Baby e quando trouxeram, o levei até o carro e fizemos o caminho de volta para o prédio. Subi com ele até meu andar e Brian estava mexendo no celular sorrindo, encostado no balcão de Emily, enquanto ela estava falando ao telefone.

“O cachorro tá mais cheiroso que eu!” Ele se virou e falou rindo quando nos viu. Baby, que é um oferecido, se jogou em cima dele e eu só fiquei os observando. “Olha essa gravata!” Ele me olhou. “Até o Baby tá de gravata!”

“Que sirva de inspiração pra você!” Debochei dele e comecei a ir em direção a minha sala. “A propósito...” Parei ao seu lado. “Vai me buscar 20hrs pra gente sair.”

“O quê?” Ele disse incrédulo. “É sério? Mudou de idéia?”

“Mudei.” Dei de ombros. “Preciso sair um pouco. 20hrs, não se atrasa!” Abri a porta do meu escritório.

“É você quem se atrasa, não eu!” Brian disse e eu ri.

...

“Então é o preto ou o branco.” Disse de dentro do meu closet enquanto mostrava dois macacões longos na frente do computador para Luke pela webcam.

“Branco super combina com sua pele, por ser clarinha...” Ele disse pensativo. “Mas você toda de preto, vai ser tipo mulher fatal sabe?”

“Esse preto tá lindo mesmo...” Disse olhando o macacão. “E ele é longo o suficiente para esconder minha botinha ortopédica nada fashion.” Falei rindo.

“Ah, mas tá tão vestido... Não está muito comportado para uma baladinha?”

“Essa é a graça dele, na frente é descente, porém atrás...” O virei mostrando para Luke.

“Costas nuas heim!”

“Sabe que eu adoro costas nuas.” Sentei em um dos bancos.

“Que bom que você resolveu assumir sua tatuagem com orgulho.” Ele falou rindo.

“Ah... Faz parte de mim, pra quê ficar escondendo? E todo mundo já sabe, então...”

“E toda essa produção toda é só pra chamar a atenção de Matthew? Por que acho que mesmo se você vestisse um saco de lixo ele ia aprovar.”

“Não...” Disse pensativa. “Acho que a produção é pra mim mesmo. Desde o acidente não estava mais me sentindo bonita de verdade sabe?”

“Eu sei bem...” Ele apoiou o queixo na mão. “Espero que agora você possa ver que está linda, maravilhosa e sexy como o inferno.”

“Só que sua opinião não conta, você sim iria me achar bonita mesmo se eu usasse um saco de lixo!” Começamos a rir. “Eu vou me arrumar pra tentar não me atrasar tanto.”

“Está bem. E quero fotos quando estiver pronta!” Concordei ainda rindo. “Ah, o horário amanhã mudou, tiveram que atrasar um pouco o vôo, então vamos chegar por volta de 18hrs.”

“Certo Lu, a gente se vê amanhã então!” Mandei um beijo para ele e ele retribuiu.

Desliguei o computador e fui tomar banho, de muleta, pra não correr o risco de ter câimbra de novo. Quando saí, sequei o cabelo o deixando liso, me maquiei, marcando bem os olhos e um batom bem discreto nos lábios. Coloquei minha roupa, minha bota ridícula e uma sandália com um salto pequeno, após terminar todo esse ritual, tirei as fotos para mandar para o Luke e Brian mandou mensagem dizendo que eles já estavam me aguardando. Peguei uma bolsa pequena, coloquei meu celular e meu cartão, passei perfume e dei uma última conferida no espelho. Olha... Até que não está tão ruim assim... Me despedi de Baby, torcendo muito que ele não destruísse ou comesse algo enquanto eu estivesse fora. Desci e Mabel estava no banco do passageiro, enquanto Brian e Matthew estavam do lado de fora, encostados no carro e rindo de alguma coisa... Provavelmente de algo bem idiota que Brian falou.

“Atrasei muito?” Disse. Brian e Matthew voltaram sua atenção para mim e Matt me olhou de cima a baixo. É... Acho que não estou tão ruim.

“Até que não, estou surpreso!” Brian falou e veio me dar um beijo no rosto, Matt se aproximou e me abraçou rapidamente.

“Perfeita.” Ele sussurrou para mim, o que me fez ficar arrepiada. Vai ser uma noite e tanto. Sorri meio sem graça e reparei como ele estava bonito também. Apenas um jeans escuro, blusa branca com as mangas dobradas e ele conseguia ficar incrivelmente lindo.

“Boa noite, cunhada!” Disse rindo, andando em direção ao carro e Mabel que começou a rir também.

“Boa noite, Sophie.” Ela respondeu enfatizando o meu nome.

“Tente não me constranger muito, está bem?” Brian suplicou para mim.

“Não prometo nada.” Sorri docemente e entrei no banco detrás, seguida por Matthew.

Eles negociaram com Mabel para ela ir dirigindo o carro na volta, para que os dois pudessem beber já que ela não podia, no dia seguinte ela tinha vários pacientes para atender, inclusive eu mesma. Chegamos e tinha uma fila enorme de pessoas querendo entrar, mas Brian tomou a frente indo falar com o segurança que autorizou que entrássemos. No exato momento em que coloquei os pés lá dentro, eu lembrei por que não gostava muito de sair à noite. O barulho, o cheiro de álcool, a multidão... Argh! Matthew segurou minha mão e foi me guiando pelo mar de gente até chegarmos em uma escada que dava para a área VIP.

“Vai subir nas minhas costas de novo?” Ele gritou para que eu conseguisse o ouvir.

“Vou recusar dessa vez!” Respondi rindo. Eram apenas alguns degraus, eu conseguia devagarzinho.

Brian e Mabel subiram na nossa frente e Matt foi subindo ao meu lado, sem soltar minha mão. Lá, definitivamente, era bem mais tranqüilo. Tinham mais pessoas além de nós, alguns conhecidos de Brian e era decorado com sofás, cadeiras e um bar privativo. Mabel e eu pegamos alguns drinks sem álcool, enquanto os rapazes curtiam as suas bebidas. Estava encostada em uma coluna olhando ao redor, era um lugar enorme e mesmo com a música estando tão alta que era até difícil de ouvir o que eu estava pensando, mas ainda sim, consegui ficar divagando por tudo que aconteceu nos últimos meses.

“Um dólar pelos seus pensamentos.” Matthew se aproximou de mim sorrindo.

“Sei lá, só... Fazendo uma retrospectiva de tudo que aconteceu nesse último ano.” Virei ficando de frente para ele.

“Não tem nada de errado em recordar o que já passou, mas por que você não se dá essa folga hoje?” Ele sorriu e continuou. “Vamos fazer o seguinte... Hoje, só por hoje, vamos recomeçar do zero e esquecer tudo o que já passou.”

“Como assim?” Falei confusa.

“Eu estava te olhando ali de longe e não podia perder a oportunidade de vir me apresentar.” Ele estendeu a mão para mim. “Matthew Davis, muito prazer.” Comecei a rir e entendi o que ele estava propondo.

“Prazer Matthew, Sophie Trammer.” Apertei sua mão.

“E o que você faz da vida, Sophie?”

“Doutora em comércio exterior, milionária e dona de uma empresa multinacional.” Dei de ombros. “O básico.” Ele gargalhou. “E você, Matthew?”

“Bom...” Ele cruzou os braços. “Sou advogado, nascido na Califórnia, mas joguei tudo para o ar pra vir para Nova Iorque.”

“E valeu a pena?”

“Não foi tudo um mar de rosas, com certeza, porém não me arrependo. Mas o negócio é que eu estou com um problema muito, muito sério.”

“Problema?” Franzi a tenta. “Que problema?”

“É que eu acabei me apaixonando pela minha chefe...” Tentei conter o riso.

“E isso é um problema?” Perguntei.

“Se apaixonar sempre é um problema.”

“Acho que só é um problema quando não é recíproco... E você só vai saber se perguntar para ela.”

“Eu não preciso perguntar, eu vejo o jeito que ela me olha.” Ele sorriu triunfante. “Tá caidinha por mim.”

“Você é muito convencido, Matthew Davis.” Falei debochando. “Já que tem tanta certeza disso, qual é o grande problema que você tem então?”

“Ela admitir isso pra si mesma.”

“Matthew...” Suspirei. “Tem certeza que quer entrar nessa? Nosso passado não é dos melhores.”

“Não faço idéia do que você está falando, acabamos de nos conhecer, não temos um passado ainda, só um futuro.” Ele piscou e saiu.

Terminei de tomar o meu drink e Mabel se aproximou de mim, me levando para buscar outro. Confesso que não estava muito afim, mas ela me convenceu a dançar e dançamos, dançamos muito, aliás. Ela era uma mulher divertida, no fundo eu estava torcendo que ela e Brian dessem certo, por que eu conseguia ver eles dois dando certo. Só esperava que ele tivesse essa consciência e fizesse o favor de não estragar as coisas com ela.

“Ai, chega!” Falei rindo. “Não estou mais me agüentando em pé!”

“Ah... É muito chato dançar sozinha!”

“Não seja por isso...” Brian a abraçou por trás. “Me concede a honra desta dança?” Ele disse tentando ser sério, sem muito sucesso. Mabel virou de frente para ele sorrindo e eles se afastaram um pouco dançando juntos.

Vi Matthew sentado no sofá mexendo no celular e sentei ao seu lado.

“Não vá me dizer que está conversando com a sua chefe, que eu acredito que seja um mulher muito linda e gostosa, por que eu não vou acreditar.” Falei com diversão.

“Nossa, mas isso tudo é ciúmes mesmo?” Ele me olhou rindo e mostrou a tela do celular. “Marissa acabou de mandar.” Vi uma foto dela com o barrigão de fora.

“Ela tá linda grávida!” Disse ainda olhando para a foto. “E você só não tá babando mais por que é impossível né?” O devolvi o celular.

“Mais uma Davis no mundo pra me dar dor de cabeça!” Ele disse de forma dramática.

“Para com isso...” Bati em seu ombro. “Não adianta me enganar, tá doido pra ver o rostinho dela, pegar no colo, mimar tão quanto ou pior que você mima a Megan...”

“Eu vou ganhar o prêmio de irmão/tio babão do ano, já entendi!”

“Tipo isso mesmo! E ela já escolheu o nome?”

“Ainda não, ela disse que vão esperar até o bebê nascer para decidir.”

“Não sei se eu ia conseguir agüentar isso tudo... Da Annie eu escolhi assim que soube que era menina.”

“E de onde tirou esse nome? Viu em algum lugar?” Ele perguntou e eu virei de lado apoiando a cabeça em minha mão.

“Foi de uma história que eu li, antes mesmo de ficar grávida, tinha uma princesa chamada Annelise. Fiquei apaixonada por esse nome! Decidi que se tivesse uma filha um dia, ia se chamar Annelise.”

“É nome de princesa mesmo.” Ele sorriu.

Levantei um pouco minha perna, tentando tirar a sandália que agora estava machucando, mas não estava tendo muito sucesso.

“Meu Deus, quanta dificuldade!” Falei com diversão tentando, com as duas mãos agora, soltar uma das tiras para conseguir tirá-la.

“Deixa eu tentar...” Ele pegou minha perna, a colocando por cima da sua, depois de uns poucos momentos ele conseguiu tirá-la.

“Liberdade!” Falei quando senti meu pé livre das terríveis amarras daquela maldita sandália, Matthew começou a massageá-lo e eu vi Brian e Mabel se beijando. “Ah... O amor é lindo.” Apontei discretamente para Matt ver sobre quem eu estava falando.

“Que morra aqui...” Ele me olhou. “Acho que ele está afim dela mesmo.”

“Sério?” Falei surpresa. “Nem lembro a última vez que ele namorou pra valer... E ela é legal, espero que dêem certo.”

“Se ele não aprontar nenhuma, tem tudo pra dar certo.”

“O problema é ele não aprontar...”

“Sei bem disso.” Matt riu.

Ficamos em silêncio e uma de suas mãos começou a alisar, sutilmente, as minhas costas e eu fingi que não estava notando, até que ele disse algo que eu não entendi graças ao barulho infernal e virei o rosto em sua direção.

“O quê?” Perguntei e seu rosto estava a apenas centímetros de mim.

Dessa vez ele não tentou pedir minha permissão de alguma forma, ele simplesmente puxou mais o meu rosto para o seu e me beijou, nossos lábios apenas se encostaram e ele se afastou um pouco, procurando por algum sinal de reprovação que viesse de mim, mas quando abri a boca para tentar formular uma frase ele me impediu.

“Não fala nada, Sophie. Só deixa acontecer...” Ele disse, aliás, pediu e eu me permitir perder a cabeça. Coloquei a mão em seu pescoço e o beijei.

E era incrível. Tudo estava ali, todas as sensações que eu queria poder sentir com alguém e que eu tentei sentir por Ethan, mas não consegui estavam ali. Era Matthew. Sempre foi e sempre iria ser ele, desde a primeira vez que eu o vi e depois de desejar poder esganar a Demônia por não largar ele, nós finalmente estávamos um com o outro, sem empecilhos. Eu estava perdendo tempo, preocupada com o que poderiam pensar de mim por ter terminado um namoro a tão pouco tempo... E naquele momento, enquanto ele me beijava da forma mais doce e ao mesmo tempo com tanta paixão e desejo eu só conseguia pensar: Que se danem todo o mundo! Que se dane o que Ethan iria pensar, o que Kenny e Luke iriam pensar e o que o resto do universo iria pensar... Apenas me deixem beijar esse homem em paz.

“Já era bom assim antes ou agora está muito melhor?” Matt falou sorrindo com a sua testa encostada na minha.

“É melhor agora.” Disse e ele concordou, ainda sorrindo e voltou a beijar.

“Não creio!” Ouvi a voz de Brian e escondi meu rosto no pescoço de Matthew. “Ah sua safada, não adianta se esconder, estamos de olho em você!”

“Vaza Brian!” Matthew falou rindo. Virei o resto com cautela e vi que Brian tinha ido mesmo.

“Sabe que ele vai zoar a gente até a morte, não sabe?” Disse com diversão.

“A gente pode zoar e muito ele com a Mabel.”

“Que pensamento maléfico! Estou orgulhosa, de novo.” Sorri alisando sua barba mal feita, que eu adorava e ele ficou sério, sentando direito no sofá.

“Eu não quero te pressionar ou algo do tipo, mas já passamos por isso uma vez e eu preciso saber agora, antes de criar expectativas. Isso aqui...” Ele apontou para nós dois. “É só mais um passatempo, ainda tem essa aversão a ter um relacionamento comigo?”

“Não é lugar pra se conversar isso...” Falei já sentindo minha garganta arder de tanto ter que ficar gritando. “Mas não é só um passatempo. Definitivamente não é.” Sua expressão suavizou e ele respirou aliviado.

“É tudo o que eu precisava saber.” Ele assentiu e me beijou de novo.

Passamos o resto da noite assim, como deveria ter sido sempre, juntos. Decidimos que já estava passando da hora de ir embora, afinal todos ali tinham que trabalhar cedo de manhã. Matt me ajudou a descer as escadas e fomos de mãos dadas todo o caminho até o carro. Como o combinado, Mabel foi dirigindo. Eu não sabia se Matthew ia para o meu apartamento... Eu não tinha o convidado, mas se ele fosse eu também não iria expulsá-lo. Estávamos só Deus sabe por onde, estava ocupada demais recebendo e dando carinho para Matt, ele tirou o celular do bolso e fez uma cara de preocupação quando viu quem era.

“Meu pai...” Ele disse e atendeu. “Oi pai! Ela o quê? Mas está tudo bem? Sim, mas onde vocês estão? Não pai, fica tranqüilo eu vou para aí agora. Certo, até já.”

“O que aconteceu?” Disse e Brian se virou olhando para trás, preocupado também.

“Minha mãe discutiu com meu irmão e acabou passando mal...” Ele falou guardando o celular de volta do bolso. “Mabel, eles estão naquele hospital do centro da cidade, tem como me dar uma carona até lá?”

“É claro que tem, Matthew!” Brian falou.

“Sim, sem problema algum. Mas já estamos perto da casa da Sophie, então deixamos ela e te levo até lá.” Mabel disse e Matthew concordou.

“Não quer que eu vá com você? Posso ficar lá se quiser.” Segurei sua mão e ele beijou minha testa.

“Não precisa, parece que o pior já passou. Eu só quero dar uma força pro meu pai, ele parecia muito nervoso no telefone e você precisa descansar.”

“Eu só não vou questionar, por que realmente estou morrendo de sono.” Sorri sem graça. “Mas você me manda notícias né?”

“Mando sim, pode deixar.” Ele respondeu.

“Chegamos!” Mabel falou parando o carro.

“Você precisa de ajuda pra subir?” Brian perguntou.

“Não, não. O segurança sempre me ajuda, não precisa se preocupar. Boa noite pra vocês, casal!” Disse rindo para Mabel e Brian. “E boa noite pra você.” Beijei Matthew e ouvi palmas. Mabel e Brian estavam nos aplaudindo, obviamente debochando de nós dois.

“Muito engraçadinhos vocês...” Matt disse. “Tchau linda, quando chegar lá eu falo com você.” Sorri concordando e o beijei de novo, mais rápido dessa vez.

Desci do carro e eles ficaram lá parados até que eu entrasse no condomínio. Quando entrei em meu apartamento, Baby acordou um pouco com o barulho, mas apenas deitou de lado e voltou a dormir. Entrei em meu quarto e tomei um banho rápido, tirei a maquiagem, coloquei meu pijama e quando por fim, deitei em minha cama, me dei conta de que não tinha tirado um ridículo e patético sorriso do meu rosto, desde que desci do carro. Meu celular vibrou e quando sentei para pegá-lo do fim da cama, para minha alegria e para dar mais motivos ainda para sorrir igual uma adolescente que tinha acabado de dar o seu primeiro beijo, era Matthew.

Minha mãe está tomando um medicamento e vamos poder levá-la para casa! Graças a Deus, não foi nada sério, apenas uma queda de pressão, mas meu pai ficou muito assustado, então foi bom ter vindo já que Mason não teve a decência de ficar aqui. A propósito, já estou com saudades e obrigado pela noite incrivelmente maravilhosa. Durma bem!

Eu não sabia muito bem o porquê, mas tinha a impressão de que hoje eu iria conseguir melhor do que nunca.


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Notas finais do capítulo

Para quem não reparou, tem um link que mostra o modelo da roupa da Sophie quando ela está conversando com o Luke, então se não viu, pode voltar lá e ir ver ou se tiver com preguiça, esse é o link: http://tesouroencantado.com/wp-content/uploads/2015/06/macacaolongo1.jpg

BEIJUU