Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 57
Se não fosse amor - Cap. 14: Planos para o futuro.


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaa!
O capitulo de hoje, ESPECIALMENTE, para minha linda Melyssa/Vi que tá ficando mais velhinha hoje! Meus parabéns linda, obrigada por continuar sendo fiel aqui, desde o começo você me acompanha e eu sou muito grata por ter conhecido pessoas incríveis, assim como você. Desejo que seu dia seja maravilhoso e muitas felicidades!

Boa leitura meninas,
Beijos,
Suy.



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POV Sophie Trammer

Estava com os olhos fixos na estrada enquanto dirigia a caminho de casa. Como eu vim parar aqui mesmo? Ignorei meus próprios questionamentos e apenas continuei dirigindo por uma estrada que parecia não ter fim. Quando olhei para o retrovisor, percebi dois faróis altos se aproximando cada vez mais, mas mantive minha velocidade constante. Ele não pode passar por cima de mim... Eu já havida lidado com motoristas imprudentes antes e seria só mais um. Mais alguns momentos se passaram, o carro continuava atrás de mim e parecia que a cada vez mais ele se aproximava mais um pouco. O que ele está tentando fazer? Abri a janela e coloquei a mão para fora, fazendo um sinal para que ele ultrapassasse. Eu estou com pressa para chegar em casa, mas quero chegar com vida. Revirei os olhos. O carro não me ultrapassou, pelo contrário, ele reduziu ficando a uma boa distância de mim e eu dei de ombros. Olhei para os lados tentando me localizar melhor de onde estava e comecei a reconhecer o lugar, era o caminho que tinha feito para o chá de baby de Marissa. De repente, ao olhar pelo retrovisor de novo, vi o carro se aproximando de mim com muita velocidade e antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ele bateu em mim com muita força, fazendo com que eu perdesse o controle do meu carro e capotasse com ele. Estava de cabeça para baixo, presa pelo cinto de segurança e toda ensangüentada, ao virar o rosto para o lado, vi os faróis do mesmo carro vindo em minha direção, agora pela minha lateral e eu fechei os olhos, por que essa cena era conhecida... Eu já sabia o que ia acontecer e como isso iria terminar. De novo não...

Sentei de uma vez, com o coração batendo tão forte que parecia que iria sair de dentro de mim. Olhei para os lados e reconheci meu quarto, minha cama, minha vida. Senti uma mão em meu braço e virei assustada, Ethan me olhava preocupado e embora eu quisesse dizer que estava tudo bem, que só tinha sido um sonho, eu estava em completo estado de choque ainda. Ele parecia entender o que estava acontecendo, por que apenas se sentou ao meu lado e me abraçou e beijou meus cabelos.

“Eu já esperava por isso...” Ele disse calmamente. “Minha primeira noite em casa, quando sai do hospital, não foi fácil também.”

“Você ainda está tendo pesadelos?” Perguntei após alguns minutos em silêncio. Ethan tinha dormido algumas vezes comigo no hospital, mas tinham dias que ele não ficava e as únicas formas de ele não ter pesadelos era dormir acompanhado ou tomando remédios... E eu não sabia qual das duas opções era a pior.

“Não como eu tinha antes... Acho que minhas doses diárias de Sophie Trammer estão me ajudando a curar isso.” Ele sorriu e eu esbocei um sorriso também, mas voltei a ficar séria quando lembrei do meu sonho.

“Acho que já é provavelmente a décima vez que sonho com o dia do acidente...”

“Foi traumático, é normal que isso ainda te perturbe... Com o tempo vai ficar mais fácil, você vai ver. Mas acho que a visita do seu pai não ajudou muito a você se recuperar desse trauma.” Ele falou e eu franzi a testa. “Acho que ele teve boa intenção em alertar sobre alguém querendo te fazer mal, mas não era hora para isso, afinal são apenas suposições. Até onde sabemos, o que aconteceu naquela noite foi, de fato, apenas um acidente.”

“Eu... Não acho que tenha sido acidente Ethan.” Falei e ele me olhou com confusão. “Eu não lembrava com clareza do que tinha acontecido aquela noite sabe? Apenas flashs, tudo muito confuso e bagunçado na minha cabeça, mas o sonho que tive agora me ajudou a lembrar de uma coisa.”

“Que coisa?” Ele se virou um pouco, ficando de frente para mim.

“Eu lembro que pouco antes de tudo aquilo acontecer, tinha um carro atrás de mim e ele estava sempre muito próximo, não importava o quanto eu acelerasse para tentar manter uma distância segura dele. E eu lembro que dei sinal para ele me ultrapassar, mas ele não o fez. Então eu senti um impacto muito grande na traseira do meu carro e uma das poucas coisas que ainda lembro, é dele derrapando no asfalto molhado e capotando.” Falei um pouco exaltada, sentindo meu coração que estava quase calmo, bater forte de novo.

“Sophie, você tem certeza? Pode ter sido só um sonho, você ficou com essa idéia fixa sobre o Richard falou e projetou isso enquanto dormia.” Ethan começou a alisar meus braços carinhosamente, tentando me acalmar.

“Não, Ethan... Não foi sonho. Quero dizer, foi um sonho, mas não só um sonho. Eu tenho certeza do que eu vi aquela noite, eu tenho certeza que tem alguém querendo me prejudicar ou pior, me matar.” Falei exasperada. “As lojas, o que aconteceu no ano novo, aquelas fotos que divulgaram como se fosse eu e agora esse acidente...”

“Você não precisa ficar preocupada.” Ele pôs a mão em meu rosto. “Nós já tínhamos combinado entre nós que não vamos deixar você ficar sozinha aqui em casa, pelo menos um de nós vai estar aqui sempre, então nada de ruim vai acontecer com você!”

“Comigo?” O olhei incrédula. “Acha que é comigo que eu estou preocupada?” Disse e Ethan franziu a testa, sem entender. “Me preocupa o quanto de tempo vai levar para, quem quer que esteja fazendo isso, perceber que nada iria me afetar ou me machucar mais do que se acontecesse algo com algum de vocês.” Ethan me olhou surpreso. “O que eu ia fazer se acontecesse algo com você, com o Luke, ou com o...” Me calei e desviei o olhar dele.

“Com o Matthew.” Ele falou com a mandíbula cerrada.

“Eu quis dizer em um modo geral.” O olhei séria. “Só estou me sentindo insegura e assustada, como fazia tempo que não me sentia.”

“Nós já somos grandinhos Sophie, sabemos nos cuidar. Vamos dar um jeito nisso, nós sempre damos um jeito.” Ele beijou meu rosto e eu continuei o olhando.

Puxei sua camisa delicadamente, o trazendo para mais perto de mim e o beijei. Por algum motivo eu o senti receoso com o beijo, talvez toda essa história de Matthew estar cada vez mais presente na minha vida o tenha chateado, mas eu queria que ele soubesse que isso não mudava o que nós tínhamos e eu não sabia como expressar isso em palavras, talvez apenas o mostrando como eu o desejava fosse suficiente. Ele colocou a mão em minha cintura, a apertando e se inclinou em cima de mim cuidadosamente, me fazendo deitar. Ele levantou um pouco meu queixo e começou a beijar meu pescoço lentamente, o que me fez gemer. Eu precisava disso, não do sexo em si, mas do toque, a intimidade. Poucos segundos depois éramos mãos e lábios pelo corpo um do outro. Peguei na barra de sua blusa e a levantei, a jogando no chão, passei as unhas pelas suas costas, sentindo todas as marcas de cicatrizes que ele tinha e que agora não o incomodavam mais, pelo menos na minha frente, ele se sentia a vontade sobre isso, o que me deixava feliz. Ethan gemeu no meu ouvido e voltou a me beijar, parando bruscamente e desviando o olhar de mim, ofegante.

“O que foi?” Falei sem ar também.

“Não posso...” Ele disse e olhou para mim.

“Não pode? Não pode o quê?” Disse confusa e entendi o que ele quis dizer. “Você não quer?” Falei decepcionada, por que eu me sentia um pouco insegura sobre ter relações com ele, afinal, na última vez que isso aconteceu eu estava em perfeito estado físico e agora eu tinha uma perna imobilizada e várias marcas de hematomas pelo corpo.

“O quê?!” Ele falou perplexo. “É claro que eu quero, está louca? É que nós literalmente não podemos.”

“Eu não estou entendendo mais nada...” O empurrei de cima de mim e sentei na cama. “Eu sei que ia ser novidade, por que com a perna desse jeito a gente fica um pouco limitado sobre posições e eu sei também que perdi muito peso, provavelmente não estou no meu melhor momento agora e...”

“Acha que eu parei por que, de alguma forma, não te acho mais atraente ou sensual?” Ele me olhou como se eu tivesse o ofendido e desviei o olhar dele sem graça.

“É só olhar pra mim Ethan!” Falei e avaliei minha roupa, shorts de pijama rosa e camiseta branca, nada das belas e sexys camisolas que eu costumava usar com ele, eu sequer estava usando lingerie.

“Sophie...” Ele sorriu e ficou de frente a mim. “Eu quis dizer que não podemos, por que realmente não podemos. Seu médico disse que era melhor esperarmos uns 15 dias para termos relações, principalmente por causa da sua perna, ele ficou receoso que poderíamos machucar de alguma forma e se você tivesse tipo uma recaída teria que voltar a se internar, afinal você teve hemorragia e por muito pouco não tiveram que amputá-la quando te operaram na noite do acidente.” O olhei mais sem graça ainda.

“Como sabe disso? Ele não me falou nada sobre.” Dr. Harper não tinha me dado nenhuma instrução sobre minha vida sexual.

“Por que eu perguntei a ele.” Ele mordeu o lábio tentando conter o riso.

“Foi perguntar para o meu médico quanto tempo iria levar pra gente poder transar?” Disse com diversão.

“É um assunto que muito me interessa, eu tinha que perguntar!” Ele falou inocentemente e eu gargalhei tentando imaginar essa cena, voltei a deitar colocando a mão em minha barriga, por que estava começando a doer de tanto rir e ele deitou ao meu lado rindo também. “Por que achou que eu não queria?” Ele pegou minha mão e disse ficando sério.

“Por que eu sei que não estou tão bonita ou tão sensual como eu era antes de tudo isso.” O olhei. “Não sei como você ainda não desistiu de mim.”

“Eu tenho algum motivo para desistir?”

“Me diga você.” Falei e ele respirou pesado.

“Você é linda. E eu sinto muito por não conversado com você sobre essas recomendações do médico, mas nunca imaginei que você iria entender dessa forma. Você sempre foi tão confiante e tão nem ai para o que acham ou deixam de achar sobre você que não me toquei que esse acidente poderia te abalar dessa forma.”

“Eu só quero que isso tudo acabe logo, sabe?” Fechei meus olhos. “Quero minha vida de volta, do jeito que ela era.”

“Vem cá...” Ele me puxou para cima do seu peito e ficou alisando minhas costas. “Vai ter sua vida de volta, eu prometo. Só tenha um pouco mais de paciência, eu sei que é fácil para mim apenas te pedir isso, mas é o que podemos fazer no momento, você entende?” Fiz que sim com a cabeça e ele beijou minha testa. “E eu vou estar aqui do seu lado pra ajudar com o que você quiser e desejando que esses 15 dias passem o mais rápido possível, embora eu ache que vá levar uma eternidade.” Ele lamentou e eu ri, levantei o rosto, apoiando meu queixo em seu peito.

“Você é incrível.” Falei sorrindo.

“Você que é.” Ele beijou minha mão. “Então... Eu ia falar com você de manhã, mas já que, aparentemente, você perdeu o sono...” Ele me olhou receoso. “Eu queria saber se tudo bem pra você trazer algumas coisas minhas para cá, nada demais, só umas calças, umas blusas... Eu realmente moro longe e eu quero me fazer mais presente na boate.”

“É sério?” Sentei o encarando.

“Sim, é que me adiantaria muito se eu não tivesse que passar em casa para trocar de roupa antes de ir trabalhar e...”

“Não estou falando disso.” Revirei os olhos. “Vai trabalhar tipo tempo integral na boate?”

“Ér... Sim... São os planos.” Ele disse e eu me joguei em cima dele o abraçando. Ethan indo para boate significava que ele não tinha aceitado a proposta para o exército. “Nossa, quanta animação!” Ele falou rindo.

“Muita animação!” Apoiei sua testa na minha. “Significa muito para mim.” Sorri, mas ele permaneceu sério. “Quanto as roupas, pode trazer, mas no meu closet não cabe.”

“Como não cabe?” Ele levantou uma sobrancelha. “É enorme!”

“Eu sei, mas pode ser que eu seja uma pessoa um pouco consumista...” Falei piscando inocentemente. “Mas ainda tem um quarto de hóspedes livre, você pode usar o armário de lá.”

“Está bem, eu vou pegar umas coisas em casa mais tarde.”

“Certo.” Coloquei os braços ao redor do seu pescoço. “Acho que essa nossa brincadeira tá ficando séria.”

“E quem é que tá brincando aqui?” Ele puxou meus braços me fazendo deitar em cima dele.

“É, parece que alguém aqui está falando muito sério...”

“Muito sério.” Ethan colocou as mãos em meu rosto, me fazendo manter meu olhar fixo nele. “Eu te amo Sophie.” Engoli em seco o que eu tinha acabado de ouvir, por que não me sentia nada confortável em ouvir essa frase.

“Eu... Eu... Bem... Eu...” Gaguejei por que percebi o olhar esperançoso de Ethan que eu iria responder o mesmo que ele, mas isso não aconteceu. O que há de errado comigo? Tinha esse homem maravilhoso na minha vida e eu sequer conseguia expressar o que sentia com palavras, isso era frustrante.

“Não precisa dizer nada...” Ele beijou minha testa e eu fechei os olhos.

Ethan beijou meu rosto, de um lado e de outro, meu nariz e eu sorri, meu queixo e finalmente, minha boca. Chupei sua língua lentamente e ele mordeu meu lábio, comecei a sentir sua ereção por debaixo de mim e sorri triunfante. Ainda podemos ser sexy Sophie! Ele deitou-me de lado, de frente para ele e sua mão passeava por todo meu corpo, me fazendo arrepiar em todos os lugares que ele me tocava.

“15 dias...” Ele sussurrou e eu assenti. Óbvio que a essa altura eu já estava morrendo de vontade de matar a saudade de Ethan em todos os sentidos, mas se Dr. Harper havia pedido esse tempo até termos relações, era melhor obedecer.

“Só 15 dias, podemos agüentar... Podemos não é?” Falei com diversão.

“Não se você ficar me beijando desse jeito...”

“Foi você quem me agarrou a força.” Disse me fingindo de ofendida.

“Ah claro, eu sou o maníaco sexual dessa relação!” Ele disse tentando não rir e se levantou da cama.

“Aonde vai?” Franzi a testa.

“Aonde acha que eu vou? Tomar um banho gelado... Bem gelado!” Ele entrou no banheiro e eu comecei a rir.

Era muito bom saber que mesmo eu não me achando muito atraente ou sexy no momento, ele não tinha perdido o interesse ou o desejo por mim, isso tornava as coisas um pouco menos piores. Sentei acomodando minha perna de uma forma que não doesse tanto, mesmo tomando os remédios, eu sentia leves pontadas. Era suportável, não era uma dor que iria me fazer ficar de cama e não levantar, mas incomodava. Ouvi o barulho do chuveiro e voltei a deitar, Baby estava dormindo próximo à minha cama, como sempre e comecei a alisar seu pelo devagar, para não acordá-lo. Meus olhos começaram a pesar e antes que eu pudesse notar, já tinha dormido. Não sei quanto tempo se passou até eu sentir a cama se mover um pouco e um braço se colocar ao redor de mim, me puxando para mais próximo dele.

POV Matthew Davis

“Quanto tempo leva pra uma menina se vestir?” Brian disse impacientemente.

Estávamos dentro do carro, em frente à casa dos meus pais, esperando que Megan resolva descer para podermos ir para a casa de Sophie.

“Eu não sei qual é a dificuldade também...” Bufei.

“Tem certeza que não quer entrar? Você só vem aqui para buscar Meg e deixar ela de volta.”

“Tenho.” Disse firmemente. “Mason pode estar ai e não quero encontrá-lo.”

“Sabe que uma hora ou outra isso vai acabar acontecendo.”

“Mas eu prefiro evitar isso o máximo que eu puder.”

“Clarice já aceitou mais essa história de bebê?”

“Continua dizendo que isso vai acabar com a minha vida.”

“Não acho que vá acabar com sua vida, claro que não veio em uma hora muito boa e muito menos foi planejado... Mas você vai dar conta cara.” Brian pôs a mão em meu ombro.

“Valeu.” Esbocei um sorriso. “Definitivamente não veio na hora certa, mas sabe que até estou começando a me acostumar com a idéia? Estou esvaziando um quarto do meu apartamento, quero fazer um quarto pro bebê lá pra quando ele ficar comigo.”

“Só cuidado para a Lindsay não querer um quarto para ela também e pior, querer dividir o seu quarto.” Ele riu.

“Eu preciso conversar com ela sobre certos limites quando o bebê nascer... Mas não quero me precipitar, ainda tem a possibilidade de não ser meu filho. Tenho um certo receio de me envolver demais e se descobrir que na verdade Mason ou outro cara qualquer é o pai, não sei como vai ser.”

“O problema é que você já se envolveu meu amigo.” Brian tinha razão. Eu tinha planejado me manter um pouco afastado, pelo menos emocionalmente, mas não tinha como não se envolver. Por que só conseguia imaginar essa criança como uma vitima da situação, ele não tinha pedido pra vir ao mundo, nem tinha escolhido nós dois como seus pais. “Até que enfim!” Brian disse, olhei para o lado e vi Megan vindo em direção ao carro.

“Custa muito estar pronta na hora que eu peço?” Falei. Ela entrou no carro, sentando no banco de trás e fez careta para mim.

“Custa ser menos chato?” Ela disse cruzando os braços e eu ri.

“Mais respeito mocinha!” Brian a repreendeu tentando se manter sério.

“Vá à merda Brian...”

“Olha a boca Megan.” A olhei feio pelo retrovisor.

“Por que só você pode falar palavrão?” Ela falou inconformada.

“Por que eu sou homem, mais velho e por que sim.” Liguei o carro e saímos a caminho do nosso destino.

Quando enfim chegamos, estacionei o carro, descemos e entramos na portaria do condomínio.

“Bom dia!” Um rapaz da portaria falou educadamente.

“Bom dia.” Respondemos juntos.

“Pode avisar a Sophie que estamos aqui embaixo, por favor?” Falei.

“Ah, não precisa Sr. Davis. A entrada de vocês já está liberada pela Srta. Trammer.” Ele disse calmamente, sorri o agradecendo e fomos para os elevadores.

“Pra quem não podia subir, entrada liberada já é um grande um avanço heim?” Brian falou debochando e eu o empurrei com o cotovelo.

“Nem acredito que ela já está em casa!” Meg falou animada.

“Sim, até que foi uma recuperação rápida.” Disse e entramos no elevador.

Saímos no andar de seu apartamento, quando abri a porta vi Sophie, Drew e uma outra mulher, toda de branco, que eu não sabia quem era. Ela era um pouco mais baixa que Sophie, morena e muito bonita, deduzi que era a médica que Dr. Harper tinha nos falado sobre.

“Megan!” Sophie abriu um sorriso e Megan correu até ela e as duas se abraçaram. “Bom dia rapazes!” Ela olhou para Brian e eu ainda sorrindo, com aquele sorriso perfeito.

“Bom dia!” Disse e Brian permaneceu calado. “Cadê todo mundo?”

“O Luke tinha uma sessão de fotos agora de manhã, o Ken foi ao mercantil e o Ethan está na boate.” Ela voltou sua atenção para Drew e a outra moça. “Gente essa é a Mabel, ela vai ser minha fisioterapeuta quando o Drew não puder vir.” Andei até ela e apertei sua mão.

“Prazer Mabel, sou Matthew e essa é minha irmã Megan.”

“O prazer é meu!” Ela falou educadamente. “E você é...?” Mabel olhou para Brian.

“Brian?!” O chamei e ele voltou a realidade.

“O quê? Ah, sim...” Ele disse e se aproximou de nós. “Tudo bom Drew?”

“Tudo ótimo.” Drew sorriu.

“E você... Mabel.” Brian falou com um tom de voz diferente, eu conhecia esse tom, era o tom de ‘Brian ir à caça’.

“Isso, muito prazer.” Mabel falou educadamente. “Drew está me mostrando os exercícios que ele faz com a Sophie.”

“Talvez depois você possa me mostrar alguns exercícios também...” Ele riu maliciosamente. Sophie e eu nos olhamos chocados por ter ouvido o que tínhamos acabado de ouvir, Megan e Drew tentaram abafar um riso.

“Desculpe, o quê?” Mabel falou um pouco constrangida.

“Bom é que já que você vai cuidar da minha irmãzinha aqui, pensei que você poderia estender os cuidados para mim também.” Ele cruzou os braços e eu escondi o rosto de pura vergonha alheia.

“Olha só Mabel...” Sophie disse. “Não é por que é meu irmão que você não pode dar um fora que o faça sentir um merda, por favor, fique à vontade.” Brian a olhou feio e Mabel sorriu sem graça.

“Eu não estou interessada no momento, mas obrigada pelo convite.” Ela respondeu para Brian.

“Ah qual é... Eu preciso muito de uma fisioterapeuta como você e vocês não fazem tipo um juramento de prestar serviços de saúde sempre para quem precisa?”

“Sabe que te olhando bem...” Mabel olhou Brian de cima a baixo. “Acho que você precisa de fisioterapia realmente.”

“Preciso é?” Brian riu vitorioso.

“Sim, seus ombros estão tortos, sua coluna envergada... Você percebeu que tem um peito maior que o outro? É preciso malhar os dois, igualmente.” Mabel disse e todos nós começamos a gargalhar, Brian ficou vermelho de constrangimento.

“Quem mandou tentar pagar de gostosão?” Sophie o empurrou. “Mabel, acho que vamos ser ótimas amigas!” Ela sorriu para Mabel que sorriu de volta.

“Eu não achei graça...” Brian falou emburrado.

“Eu vou te ensinar umas técnicas de sedução meu amigo, pode deixar.” Coloquei a mão em seu ombro.

“Ah você vai?” Meggie me olhou com diversão. “Você é o rei da sedução agora?”

“Talvez eu seja.”

“É, vocês dois são os machões... Agora eu posso voltar aos meus exercícios?” Sophie falou com divertimento.

“Por favor...” Brian disse irônico e fomos para cozinha, enquanto Sophie continuava com a fisioterapia.

Drew mostrava para Mabel onde Sophie sentia mais dor e incomodo, me senti mal ao vê-la fazer tanto esforço simplesmente pra conseguir dar um passo sem as muletas. Mas ela iria conseguir passar por tudo isso, eu tinha fé que ela ia se recuperar. E tinha mais fé ainda que ela iria voltar para mim.


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