Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 52
Se não fosse amor - Cap. 9: Como ser uma boa amiga?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas!!!
Gente que correria, meu Deus! Fim de semestre, como sempre, sendo um pesadelo né?
Mas, consegui postar e é isso que importa! hahaha
Tenho recadinho lá embaixo para vocês lindas,
Boa leitura!!!



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POV Sophie Trammer

Duas semanas depois...

Me sentia animada conforme os dias iam passando. Eu estava visivelmente melhor, graças aos exercícios que Drew tinha feito comigo diariamente. Já conseguia andar, com duas muletas, mas por que Dr. Harper não queria que eu forçasse a minha perna que tinha sido fraturada, ele me explicou que quando eu melhorasse mais, iria fazer fisioterapia somente naquela perna, para recuperar os movimentos, mas no geral, eu estava bem. Já conseguia tomar banho, comer, escrever, falar bem... Só me sentia frustrada por ainda ter que ficar naquele hospital infernal, porém eu tinha esperanças de que isso iria mudar em breve. Quanto aos outros, Luke e Kenny estavam muito bem, obrigada, infelizmente tivemos que adiar o casamento, mas somente por algumas poucas semanas, era o tempo suficiente para que eu conseguisse ao menos ficar em pé durante toda a cerimônia. Eu fiquei triste por eles terem que mudar a data, mas Luke me confortou, dizendo que não se apressava para dividir o resto da vida com Kenny, até por que eles já tinham uma vida de casados, só faltava mesmo o papel comprovando isso. Brian estava surpreendentemente responsável, ele e Matthew assumiram juntos a empresa enquanto eu não podia e até estavam fazendo um bom trabalho, o que me deixou chocada, mas eles não falavam muito sobre trabalho na minha frente, eu estava meio que proibida de pensar nisso por enquanto. Ethan e Matt não tinham mais brigado, pelo menos não que eu soubesse. Megan sempre ia me visitar quando dava, ela vinha mais aos fins de semana quando não tinha aula. Richard nunca tinha sequer me dado um telefonema, o que já era de se esperar, nem me abalava mais... Mentira, abalava, mas eu não demonstrava isso.

Na semana eu ficava bastante tempo sozinha, por que todos tinham que trabalhar e mesmo eles querendo parar suas vidas praticamente para ficar comigo, eu os proibi de fazer isso. Luke e Kenny geralmente estavam mais comigo, por ter um horário mais flexível, Ethan não era uma presença muito constante na boate, mas eu insistia que ele fosse, esperava que ele pegasse mais gosto pelo negócio e desistisse dessa idéia de exercito. Eu entendia que ele não iria mais para alguma missão, apenas treinaria os pobres coitados que iriam, mas mesmo assim... Eu não o conheci quando ele servia, mas em uma das nossas muitas conversas, ele já havia me dito que era uma pessoa agressiva e eu tinha medo, não iria negar, de que o Ethan que eu conhecia agora, sumisse dando espaço pra esse outro cara.

Sentei na cama, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e levantei para beber água. Voltei para a minha cama, passando em frente a um espelho que tinha e parei me analisando. Estava mais magra, com certeza, mas com uma cara melhor do que dos outros dias. Levantei um pouco a blusa do pijama que eu estava usando, os pijamas tinham virado minha farda oficial, vi pequenas marcas de cortes em minha barriga, que vinham pelas costelas até minhas costas. Resultado dos cacos de vidro do meu carro que me cortaram toda. Ouvi uma batida na porta, mas continuei minha atenção em meu reflexo, até que vi Ethan atrás de mim, me olhando receosamente.

“Eu tenho minhas próprias cicatrizes agora...” Abaixei minha blusa e voltei a sentar na cama. “O lado bom é que você é obrigado a aceitar elas, já que eu aceitei as suas.” Esbocei um sorriso e Ethan sorriu sentando de frente para mim.

“Como se isso mudasse alguma coisa...” Ele me beijou rapidamente. “Está se sentindo bem hoje?”

“Estou sim... Mais do que nos outros dias.” Falei animada.

“Isso é ótimo amor...” Ele colocou uma mão em minha perna.

“Quando vão deixar eu tirar esse negócio?” Levantei minha bota ortopédica, ridícula por sinal.

“Ainda deve ficar por mais algumas semanas até poder tirar e começar a fazer fisioterapia...” Ethan disse e eu bufei.

“Sabe... Quantos as cicatrizes...” Disse pensativa. “Posso fazer tatuagens pelo corpo todo. O que acha?” Falei brincando, mas me fingindo de séria.

“Tatuagens?” Ele levantou uma sobrancelha.

“Sim! Desenhos por todo corpo... Uns tribais, umas caveiras, um dragão quem sabe...” Disse tentando não rir.

“Diz, por favor, que você só tá me zoando...” Ele falou e eu suspirei.

“Só te zoando.” Dei língua pra ele.

“Graças a Deus.” Ele riu aliviado. “E não fica grilada com essa história de cicatriz, faz de você uma durona.”

“Faz é?”

“Claro que faz. Mostra o seu muque amor.” Ele levantou os braços contraindo os bíceps e eu fiz igual a ele, fazendo uma careta. “Olha só esses músculos...” Ele disse rindo apertando meus braços.

“Fala sério...” Revirei os olhos. “Olha os seus!” Disse levantando a manga da sua blusa. “Seu braço tá mais largo que minha coxa.” Falei com diversão. “Não acha que já tá ficando grande demais não?”

“Achei que você gostava!”

“Gosto, mas também não quero namorar o Hulk...” Falei e ele gargalhou.

“Exagerada...” Ele beijou meu rosto e se levantou.

“Dá uma voltinha então, deixa eu analisar o pacote completo.” Apoiei meus cotovelos na cama e ele deu uma volta rápida. “Assim não né Ethan... Você precisa de aulas urgentes de como sensualizar e seduzir sua namorada.” Ele me olhou ainda rindo e deu uma volta de novo, agora mais lentamente e quando ficou de costas para mim, deu uma reboladinha.

“Assim tá bom?” Ele olhou por cima do ombro.

“Essa última parte foi meio gay, mas a gente tem intimidade, vou relevar isso...” Dei de ombros e ele cruzou os braços. “Agora levanta a blusa.”

“Você tá se aproveitando de mim. E eu cobro pra fazer show!”

“Amor, é puro olhar critico, só pra ter certeza de que você está com tudo em ordem!” Disse me fingindo de ofendida. Ele balançou a cabeça e levantou a blusa, inclinei a cabeça para o lado, o analisando e suspirei. “Deus é bom, meu amigo...” Ethan gargalhou e se jogou na minha cama, me fazendo deitar também, nos beijamos e ele começou a alisar minhas costas por debaixo da blusa. Quase dois meses na seca, literalmente, não está sendo fácil...

Fiquei deitada, com o rosto apoiado em seu peito e ele alisava meus cabelos.

“Essa cama é muito confortável...” Ele disse pensativo.

“Boa né?” Apoiei meu queixo em seu ombro.

“É a que o Luke comprou?”

“Sim. Só mudamos o colchão na verdade, o outro era horrível, já esse aqui...” Deitei na cama me espreguiçando.

“Preciso de um desses pra minha casa.” Ele sorriu e eu sentei.

“Onde está todo mundo?”

“Luke e Kenny foram fazer aquela campanha...”

“Ah, é verdade...” Bati em minha testa. “Esqueci que era hoje de manhã.” Fiquei esperando Ethan falar onde Matthew e Brian estavam, mas ele não disse mais nada. “E o resto do pessoal?”

“Com ‘resto do pessoal’ você quer dizer: Cadê o Matthew?” Ele disse irônico se levantando.

“Não. Com ‘resto do pessoal’ quero dizer, o resto do pessoal que fica aqui comigo.” Revirei os olhos.

“Seu irmão não sei, deve estar na empresa.” Ele disse de má vontade. “E o seu amigo foi levar a namorada para o médico.” Namorada? Médico? Espera... Como é?

“Namorada?” Falei confusa.

“Sim, a ruivinha enjoada.” Lindsay Demônia. Eles voltaram então, é isso?

“Ah...” Falei tentando não demonstrar meu desapontamento. “Ela está doente?” Perguntei para disfarçar meu mau humor repentino, eu realmente não me importava se ela estava doente ou não.

“Está... Um verme na barriga.” Ele falou rindo e sentou ao meu lado.

“Um verme na barriga?!” Repeti sem entender nada. “Então é sério né?”

“Nem tanto... Daqui uns meses ele sai de dentro dela e vai até chamar de mãe.” Ele disse com diversão. O quê?

Levei alguns segundos processando a informação e senti meu coração apertar quando a ficha caiu.

“Ela está grávida?!”

“Está... Ele não te contou isso?”

“Não. E por que contaria?” Esbocei um sorriso, fingindo que estava bem com toda essa situação. “Acho que isso não é da minha conta, não é?”

“Não, não é da nossa conta, aliás.” Ele segurou minha mão.

Ouvi umas batidas na porta, depois do meu ‘Entre’, Drew a abriu e entrou em meu quarto.

“Bom dia!” Ele disse sorridente. “Como estamos hoje?” Estamos um lixo...

“Muito bem!” Falei com uma animação que não fazia idéia de onde tinha tirado.

Uma música começou a tocar, Ethan colocou a mão no bolso tirando o celular de dentro.

“É lá da boate... Vou atender ali fora.” Ele falou e eu assenti. Ethan me beijou rapidamente e saiu.

“Então... Podemos começar?” Drew perguntou.

“Claro, podemos sim.”

“Vamos alongar primeiro.”

Permaneci sentada, ele ficou de frente para mim e começou a fazer os exercícios de alongamento em meus braços, que estávamos acostumados a fazer. Depois ele ficou atrás de mim e alongou minhas costas, começando a fazer uma massagem em meu pescoço.

“Eu vou precisar dar um pulo na boate, deu o maior problema com os fornecedores de bebida.” Ethan disse entrando em meu quarto.

“Certo, mas tá tudo bem?” Perguntei preocupada.

“Sim, não foi nada absurdo, só entregaram umas bebidas de outra marca e estão querendo que a gente fique... Mas eu quero o produto pelo qual eu paguei.” Ele explicou calmamente. “Eu vou lá resolver isso, almoço e volto para cá.”

“Tá bem... Nos falamos mais tarde. Eu ia dizer para você me ligar, mas vocês não deixam eu pegar meu celular...”

“Por que se a gente te entregar o celular, você vai querer trabalhar.” Ele cruzou os braços.

“E qual problema de eu trabalhar gente?” Falei incrédula.

“Nada... Só que você fica igual uma louca quando alguma coisa não sai do jeito que você quer e provavelmente iria sair fugida daqui pra conseguir invadir alguma reunião. Tirando isso, não tem nada demais.” Ele disse ironicamente e Drew tentou conter um riso.

“Eu estou sendo injustiçada aqui... Já estou bem melhor, posso fazer praticamente tudo que eu fazia antes do acidente.”

“Só não pode andar sozinha, ou dirigir, ou sair do hospital...”

“Está bem Ethan, já entendi!” O interrompi impaciente.

“Não fica com raiva...” Ele beijou meu rosto. “O próprio médico recomendou que você não voltasse a trabalhar agora Sophie, não sou eu que quero te proibir de alguma coisa.”

“Na verdade, se me permitem...” Drew falou. “O Ethan tem razão Sophie. Qualquer pessoa normal tiraria uma licença do trabalho por algumas semanas, você nem recebeu alta ainda.”

“Eles tão te pagando quanto pra você ficar do lado deles?” Perguntei para Drew, ele e Ethan começaram a rir.

“Eu vou indo, quanto mais rápido eu for, mais rápido eu volto.” Ethan me beijou rapidamente. “Até mais Drew, cuida bem dessa mocinha.”

“Pode deixar.” Drew sorriu e Ethan saiu do quarto.

Fiquei fazendo os exercícios que Drew ministrava, mas ainda estava em choque pela noticia que Ethan me deu. Ela está grávida! E se Lindsay estava grávida dele, é por que eles voltaram. Por que ele não me disse nada? Matthew tinha passado os últimos dias e aliás, semanas, desde que estava internada, ao meu lado sempre e falando que me amava... Então ele dizia isso só da boca pra fora, por que quando saia do hospital ele ia ver ela. Não... Não acredito que as coisas tenham acontecido dessa forma, não acredito que ele seria capaz disso. Eu tentava me convencer de que Matthew jamais iria fazer algo assim comigo, mas ele já havia me traído com Lindsay uma vez e agora ele estava solteiro, ela estava solteira. Ele não iria querer alguma coisa com ela, sabendo que ela e o próprio irmão tiveram um caso... Não é?

“Sophie?” Drew me chamou, me olhando curioso.

“O que?”

“Perguntei se dói quando eu flexiono sua perna dessa forma, mas acredito que não.” Ele sorriu.

“Ah... Não, não dói.”

“Eu percebi, já flexionei umas 15 vezes e você não se manifestou. Aliás, você está calada hoje.”

“Pensando aqui em mil e uma coisas...” Sorri sem graça.

“Deixa eu adivinhar...” Ele sentou na poltrona de frente para mim. “Problemas amorosos.”

“Não, imagina... Ethan e eu estamos bem!”

“Não me referi ao Ethan.” Drew sorriu. “Faz tempo que você e o Matthew se conhecem?”

“Faz um tempinho já. Mas o que tem a ver?”

“Acho que todo mundo nesse hospital já percebeu que rola alguma coisa entre vocês dois.” Drew falou e eu desviei o olhar dele, envergonhada. “Desculpe, não quis parecer intrometido.”

“Não, imagina.” Esbocei um sorriso. “É só que, eu e o Matthew... Nada a ver, somos amigos.”

“Você pode até ser amiga dele, mas ele quer mais que ser amigo, com certeza.” Drew se levantou e me ofereceu suas mãos como apoio, para eu ficar de pé, assim o fiz.

“Nós tentamos há um tempo, mas não deu certo entre nós dois.” Dei de ombros. “Não era pra ser.”

“Entendi. E depois você conheceu o Ethan.” Ele se virou e me entregou dois halteres. “Três séries de cinco repetições, esses são um pouco mais pesados do que estávamos usando, pesam 500g, faça até seu limite.” Eu assenti e comecei a levantar os halteres devagar.

“Eu conheci o Ethan antes de terminar com o Matthew, ele meio que me ajudou a superar tudo isso... Nós dois tínhamos problema em nos relacionar com outras pessoas, acabamos ajudando um ao outro com isso. Acho que faz sentido que fiquemos juntos... Faz né?” O olhei e ele riu.

“Se você gosta dele pra valer, claro que faz.” Drew falou e eu voltei a fazer meus exercícios.

“E você? Algum caso dramático de vida amorosa?” Perguntei com diversão.

“Dramático é eufemismo.” Ele disse, com o sorriso desaparecendo de seu rosto. “Eu era casado.”

“Você? Casado?”

“Qual a surpresa?”

“É que você parece ser tão novo pra quem já foi casado...” Sorri sem graça.

“Eu e a minha mulher, quero dizer, minha ex mulher, casamos com 18 anos.”

“Nossa... E o que aconteceu? Vocês terminaram por quê?”

“Não terminamos.” Ele respondeu e eu franzi a testa confusa. “Depois de dois anos juntos, descobrimos que ela estava com leucemia.” Ele falou com pesar e se apoiou em minha mesa. “Lutamos juntos por um pouco mais de dois anos, até que ela não aguentou mais...” Parei de fazer o exercício e o olhei perplexa.

“Faz quanto tempo?” Perguntei receosa.

“Um ano, três meses e 18 dias, mas quem está contando não é?” Ele esboçou um sorriso.

“Eu sinto muito ter tocado no assunto Drew, mesmo.”

“Não tem problema... Eu aprendi que não tem dor nenhuma que dure para sempre. Se você me perguntar se eu sinto falta dela, a resposta é com certeza. Mas, com o tempo, aquela falta desesperada que eu sentia dela, a ponto de doer de uma forma que eu nunca achei que poderia sentir dor, vai sendo substituído por uma saudade gostosa de sentir sabe? Eu me lembro das brigas, das risadas, das dificuldades...” Ele falou pensativo. “A gente percebe que a vida é isso, passa num piscar de olhos e ai cabe a nós viver ou apenas existir.” Sentei na cama e coloquei os halteres em cima da mesa, Drew os pegou e guardou na bolsa que ele trazia com equipamento para mim. “E então eu te pergunto, você está vivendo...” Ele parou de frente a mim. “Ou está só desperdiçando seu tempo?” Desviei o olhar dele, por que não sabia a resposta pra essa pergunta. “Não precisa responder agora e nem precisa responder para mim.” Ele pôs a mão em meu ombro. “A única pessoa que merece essa resposta, é você mesma.” Drew piscou para mim e saiu.

Deitei na cama, olhando para cima pensativa sobre tudo, mas principalmente sobre essa história da gravidez da Lindsay Demônia e a história que Drew tinha me contado. A gente nunca sabe o que se passa na vida das pessoas mesmo... Ele tinha 25 anos e já tinha sofrido tanto, não conseguia imaginar como foi para ele perder a esposa assim tão novo e ainda mais por uma doença tão horrível.

Ouvi a porta abrindo e eu sabia quem tinha entrado, sem precisar olhar para porta. Eu só conhecia uma pessoa que tinha um terrível distúrbio de não bater nas portas.

“Oi?” Matthew parou em pé, no fim da minha cama.

“Oi...” Disse sem olhar para ele.

“Tão quieta... Tá planejando algum assassinato?” Ele falou rindo.

“Só pensativa mesmo.”

“E no que você está pensando?” Matt disse e eu me apoiei nos cotovelos, levantando um pouco meu corpo.

“Por que não me disse que você vai ser pai?” Perguntei na cara dura mesmo e ele arregalou os olhos em surpresa.

“Quem te disse isso?”

“Bem... Não foi você que me contou, isso é o que importa.” Voltei a deitar.

Vi ele mexendo no cabelo, como ele sempre fazia quando estava nervoso e sentou na beirada da minha cama.

“É complicado Sophie.”

“Você poderia ter ao menos me dito que voltou com a Demônia...” Cruzei os braços.

“Eu não disse que voltei com a Lindsay, por que eu e a Lindsay não voltamos.”

“E esse filho foi feito como? Uma graça divina levou seu esperma até ela?” Sentei o encarando.

“Eu só fiquei com ela uma vez, desde que terminamos...” Ele disse sério e eu entendi como tinha acontecido isso.

“No natal...”

“Sim, no natal.”

“Isso não ameniza sua barra comigo, eu merecia saber disso por você.”

“Eu sei, mas não tive essa oportunidade, não é assim tão fácil falar isso!” Ele falou exasperado.

“Não sei por que não é fácil, vai ter o que sempre quis. Família, filhos...” Desviei o olhar dele.

“Você melhor do que ninguém sabe, que se eu pudesse escolher, não era com a Lindsay que isso ia acontecer.”

“É, mas eu não nunca ia poder te dar um filho. Por isso não demos certo, você sempre quis mais de mim do que eu tinha pra oferecer.” Disse aumentando meu tom de voz.

“Não. Não demos certo por que um erro meu apagou tudo de bom que eu fiz.” Ele falou com raiva.

“Um erro seu gerou um filho!”

“Eu nem sei se o filho é meu!” Ele gritou.

“O quê?” Gritei também e ele se levantou indo para a janela do quarto. “Você não sabe se o filho é seu?”

“Você viu as fotos, aliás, você comandou uma investigação sobre ela, sabe muito bem que esse filho pode ser do Mason.”

“Mas ela diz que o filho seu!”

“E nós sabemos como a Lindsay é uma pessoa confiável, que nunca mente, nunca engana e jamais trairia a mim.” Ele se virou para mim falando sarcástico.

Respirei fundo e o olhei com mais atenção. O quão egoísta eu estou sendo nesse momento? Isso não era sobre mim, era sobre Matthew. A ex noiva dele estava grávida e ele sequer sabia se era o pai mesmo ou se era o irmão. Eu andava o classificando como ‘meu amigo’, mas eu não estava agindo como amiga, estava sendo uma vadia e não no bom sentido da palavra... Se é que existe um bom sentido pra essa palavra.

“O que você vai fazer?” Perguntei mais calma.

“O que mais eu posso fazer?” Ele falou sentando de frente para mim. “Não posso deixar ela desamparada, por que o filho pode ser meu. Vamos fazer um teste quando ele nascer, só assim para ter certeza.”

“Então, vocês vão ficar juntos...”

“Não da maneira que você está pensando.” Ele se aproximou mais de mim. “Eu vou ser um pai descente pra essa criança e não preciso ter algum relacionamento com a Lindsay pra fazer isso acontecer. É um bebezinho Sophie, você tinha que ver... Tem um pezinho e deu pra ver as mãos dele, deu pra ouvir até o coração batendo.” Ele encheu os olhos de lágrimas.

Eu o puxei e o abracei. Era notório que, querendo ou não, ele já tinha se apegado a esse bebê sem ele sequer ter nascido ainda. Deus... Se ele acabar descobrindo depois que esse filho é do Mason, isso iria acabar com ele.


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Notas finais do capítulo

Meninas, vamos ser mais próximas? kkk
Deixem nos comentários as redes sociais para eu seguir vocês!!!!
Quem quiser as minhas, meu instagram e snapchat é suyandrade
Espero o de vocês pra eu poder adicionar tá?
Beijo grande,
Suy.