Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 12
Chapter 12


Notas iniciais do capítulo

Já estou esperando vocês quererem me matar!!!! MAS ME PERDOEM, A FACULDADE NÃO ME PERMITIU D: Estou quase de férias - de novo - então, tentarei postar logo :D Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576603/chapter/12

Oliver saiu, rapidamente, do carro com uma estranha sensação de que algo não estava bem. Pouco depois que entrara no veículo, começou a se sentir assim e a cada minuto que passava, ficava mais agonizante, mais desesperado.

Travou o carro e correu pelos corredores do alojamento feminino. Sabia onde ficava a lavanderia, quando ele e Laurel eram namorados felizes, ele sempre a ajudava com as roupas.

Quando adentrou o local, seus olhos não acreditavam no que viam. Uma mulher de cabelos escuros estava jogada no chão. Assanhada, bagunçada e em pânico. Haviam tantas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, tanto medo ali. Se corpo ainda lutava para conseguir ar e esse queimava a sua garganta seca quando passava, doía.

Oliver correu até a mulher e ajoelhou-se ao seu lado, passando a mão pelos cabelos macios.

– Felicity... – apesar de sua cabeça latejar e parecer que iria explodir – não sabia se pela pancada com a parede ou a falta de ar -, ouvir aquela voz era reconfortante. Precisava sentir seus braços ao seu redor, ela sentir a segurança que ele representava.

Oliver não esperou que ela falasse nada, puxou a mulher, encaixando-a em seu peito, deixando que ela molhasse sua camisa com as lágrimas. Colocou os lábios em sua cabeça, apertando-a contra si, enquanto ela puxava sua camisa, para que ele se aproximasse mais. Seu corpo convulsionou nos braços dele.

A sensação de segurança a invadiu, contudo, isso não era o suficiente para que ela se acalmasse, não naquele momento.

(...)

Várias pessoas passaram pela visão de Caitlin, conversando, sorrindo, apresentando-se, impressionando-se. E ela deveria estar feliz com toda aquela atenção, com a mão firme de Ronnie em sua cintura. O frio continuava ali, o frio que sempre desolava-a quando estava entediada ou desconfortável.

Seus olhos vagavam para longe dali, encarando um recém-chegado.

Barry sorria abertamente com a ruiva incrivelmente feliz com quem estava abraçado. Ela se afastou, ainda mantendo as mãos em seus braços, segurando-o firmemente, para ter certeza de que ele era verdadeiro.

– VOCÊ VEIO! – exclamou feliz. – Não acredito que veio. – segurou o rosto dele em suas mãos.

– Eu disse que vinha após o trabalho. – seu tom era animado. – O Cisco chega já, está preparando uma palestra com o Palmer. – sorriu abertamente e passou o braço pelos ombros da mulher. – Então, pronta para dominar essa festa? – brincou.

– Temos que esperar o Cisco. – afirmou. – Ele terá o melhor plano. – o modo natural como Fiona falou, surpreendeu o homem, eles se conheciam a poucos dias e ela fazia com que ele sentisse que eram amigos a anos. – Mas você pode pegar uma bebida. – completou. – Vem! – puxou o braço dele, levando-o para o barril de cerveja.

Ele vislumbrou ao longe, dois olhos castanhos o encarando, porém, quando virou para ver se era verdade, a mulher estava olhando para seu namorado e ele achou que estava ficando louco.

Assim que os olhos de Caitlin tocaram os de Barry, ela virou o rosto em direção ao Ronnie.

– Então, o que acha? – perguntou Cassie.

– Desculpe, mas eu estava com a cabeça longe. – informou. – Sobre o que falava?

(...)

Era tão confortável tê-la em seus braços, sentir sua respiração, ainda acelerada pelo choro, em seu pescoço. Subiu as escadas devagar, tomando cuidado para não deixar Felicity desconfortável em seus braços. Ele não sabia o que havia acontecido, não fazia a menor ideia e ela parecia estar em pânico quando chegou.

Não conseguirá pronunciar nenhuma palavra e chorava sem parar.

Teve uma certa dificuldade para abrir a porta do apartamento, porém, não deixou transparecer, para que ela não saísse de lá. Queria cuidar dela, saber o que aconteceu e tomar todas as providencias necessárias para que ela ficasse bem.

Colocou-a sobre a sua cama e sentou ao seu lado, afagando o rosto molhado da mulher que o aceitou sem pestanejar.

– Obrigada. – sussurrou baixinho. A voz estava embargada e essa era primeira vez que ele a escutava falar.

– O que aconteceu? – Oliver tentava ser carinhoso, alisando os cabelos dela.

– N-Ny-s-ssa. – soou tremula, ainda estava se recuperando do choque e da falta de ar. Respirou fundo antes de voltar a falar. – Ela veio aqui. – começou a explicar, baixinho. – Disse que eu deveria ficar longe de Sara, porque elas ficariam juntas, nem que ela tivesse que se livrar do que ficasse em seu caminho... – os olhos azuis se fecharam fortemente e ela levou as mãos até o pescoço, tocando-o com cuidado. – Ela começou a me asfixiar Oliver, ela iria me ma... – um soluço irrompeu em seus lábios.

– ELA O QUE? - o homem falou alto, assustado com o que acabara de saber. Sabia da natureza perigosa de Nyssa. Ela estava ficando paranoica com Sara e isso foi o motivo da separação. A filha de Ra's Al Ghul, não era de se esperar diferente. Contudo, nunca esperaria tamanha obsessão.

Oliver levou as mãos até as de Felicity e as afastou do pescoço, podendo vislumbrar a vermelhidão que começava a desvanecer, haviam as marcas dos dedos femininos. Uma ira começou a queimar no corpo, ele a faria pagar, tinha certeza.

– Ela irá pagar por isso. – grunhiu, passando as mãos pelo cabelo dela.

– Não vai! – a mulher choramingou, negando com a cabeça. Oliver franziu o cenho. – Ela... – respirou fundo. – É tão difícil... – tocou ar de novo e fechou os olhos. – Ela tentou me matar. – seus olhos se abriram rapidamente. – Ela teria me matado Oliver! – informou. – Eu sou um pedaço de pano nas mãos daquela garota, ela só não me matou porque o celular dela tocou. – as lágrimas voltaram a descer pelo rosto alvo. – Ela vai conseguir o que quer, claramente, eu não sou louca de tentar qualquer coisa contra aquela mulher. – um soluço escapou de seus lábios.

Ouvir aquelas palavras o deixavam ainda mais chocado e mais desesperado para fazer com que ela pagasse por isso e ele daria um jeito.

– Mas eu sou! Pode ter certeza de que ela não vai sair impune dessa. – Felicity arregalou os olhos e cravou as mãos nos braços dele. As lágrimas pararam de descer imediatamente.

– Você não vai fazer nada! – sua voz mal parecia a sua, estava beirando ao desespero. – Oliver, ela é a filha de Ra's Al Ghul, o maior traficante de Starling City. Você enlouqueceu? Se ela não te matar, você será queimado pelo resto de sua vida e acabara morto em um beco qualquer. Você. Acabará. Morto. – sua respiração era acelerada, o homem não conseguia compreender o porquê de tanto alarde, contudo, imagens rondavam a mente brilhante da mulher, imagens que ele não podia ver. – Me prometa, me prometa que não vai atrás dela! – implorou, apertando ainda mais as mãos em seus braços. Seus olhos suplicavam, imploravam, necessitando de que ele a escutasse.

Por essa razão, não teve coragem de negar o seu pedido, precisava fazê-la se sentir bem.

– Calma. – sussurrou. – Não se preocupe, eu não vou... – tentou abraça-la, mas ela se manteve longe de seus braços.

– Prometa. – pediu novamente.

– Eu prometo. – e deixou ser abraçada novamente pelo homem.

(...)

As três mulheres gargalhavam juntas, dançaram juntas por um longo tempo, até decidirem pegar algumas bebidas e sentarem sobre o gramado do campus. Laurel se sentia bem em estar com as amigas, havia tanto que não fazia isso que havia esquecido como era prazeroso.

– Eu preciso confessar uma coisa. – disse Iris, levantando o copo de cerveja. Estava claro que ela não estava em seu estado normal, estava bêbada, ou quase isso.

Iris, Laurel e Louise faziam aula de defesa pessoal juntas, Iris e Louise eram grandes amigas, desde então, agora que havia terminado o namoro, essa era a primeira vez que Laurel começava se aproximar delas.

– Confesse. – as outras duas mulheres levantaram os copos, em sinal de que ela prosseguisse.

– Eu estou saindo com o nosso professor de auto-defesa e ele era parceiro do meu pai. – gargalhou alto e tomou um gole longo de seu copo.

– MENTIRA? – perguntou Laurel, um risinho divertido saiu de seus lábios. – Ele é maravilhoso.

– Aqueles braços... – brincou Louise, balançando a mão sobre o rosto. – Eu poderia me perder ali.

– Eu também! – comentou Laurel. – Você já deu uma bela olhada na bunda dele? – entrou na brincadeira.

– Oh com cert...

– MENINAS! – repreendeu Iris, gargalhando.

– Vocês foram um casal fofinho. – Dinah colocou a mão sobre a dela e continuou. – Fico feliz por você.

– Minha vez de confessar! – empolgou-se Louise, levantando o seu copo. As outras levantaram os seus. – Eu estou morrendo de ciúmes dessa garotinha sem graça que está saindo com meu ex. – cruzou os braços, irritada.

– Seu ex? – perguntou Laurel. - Ronnie? Vocês terminaram? – estava completamente surpresa.

– Faz uns quatro meses, dã. – gargalhou.

– Espera, você está falando da Caitlin? – Iris perguntou confusa.

– Isso! – afirmou Louise. – Ela é tão sem graça. – apesar de não gostar de Caitlin, preferiu não falar nada, ela era uma grande amiga de seu melhor amigo. – Sua vez Laurel. – piscou, a ZBZ antes de tomar um gole de sua cerveja.

– Certo. – respirou fundo, já havia escondido isso por muito tempo. – Eu confesso... – levantou seu copo e as meninas os dela. – Que eu e Oliver terminamos. – sua voz saiu quase em um sussurro.

Isso foi uma surpresa para ambas as garotas. Iris e Louise se entreolharam e seguiram para abraçar Laurel. E aquilo parecia certo, ela precisa de um abraço, precisava de amigas, coisa que a cerca de um ano estava completamente afastada e a prova disso era o fim do relacionamento de Louise e Ronnie sem que ela sequer imaginasse.

(...)

Felicity saiu do banheiro usando uma camiseta cinco números maiores que o seu, com o brasão do MIT. Seus cabelos presos em um coque alto e completamente bagunçado, estava mais calma, bem mais calma, contudo, seu corpo ainda tremia um pouco.

– Como você está? – perguntou Oliver que estava encostado no balcão da cozinha.

– Melhor, obrigada. – sussurrou.

Seus olhos finalmente encontraram o homem e ela prendeu a respiração. Por causa de toda a situação, não havia notado como ele estava bonito. Seus músculos tensionados sob a manga verde da camiseta eram claro e isso era sexy demais para sua sanidade mental. As calças jeans cinza a fizeram esquecer completamente do que havia acontecido mais cedo.

– Não por isso. – deu de ombros, afastando-se do balcão e aproximando-se.

E só a forma como ele andava em sua direção era quente como o inferno, talvez por estar com a guarda baixa, Oliver estava tendo um efeito puramente sexual sobre si. Os seus movimentos já eram um pecado.

Ele teve que se esforçar muito para tirar os olhos das pernas desnudas da mulher. Apesar de não fazer sentido ela ter uma grande camiseta do MIT, fato esse que ele ignorou completamente, ela estava incrivelmente sedutora com apenas aquela peça de roupa, mostrando mais do que ele costumava ver dela.

– Eu... – sua linha raciocínio foi voltando ao normal a medida que seus olhos se mantinham sobre os olhos azuis. – Peguei suas roupas lá embaixo e trouxe o material de limpeza. Deixei o material na cozinha e as roupas no seu quarto. – seus olhos arregalaram.

Não basta exalar a palavra sexo, o cara tem que ser prestativo?

– Não precisava. – deu de ombros. – Mas, obrigada. Apesar de que eu vou ter que descer, eu deixei umas roupas na máquina. – mordeu o lábio com força quando um sorriso divertido surgiu nos lábios dele.

Oliver desejou que seus lábios estivessem entre os dentes dela.

– Acho que você não tem noção de como demorou, não é? – brincou. – Eu coloquei na secadora e já trouxe também. – ela estava completamente excitada e surpresa.

– Agora entendo o que as mulheres veem em você... – fez uma careta, tentando evitar as sensações em seu ventre. – Não que você não tenha nada de interessante além do fato de ser, provavelmente, bem convincente em levar uma garota para cama. – bufou.

– Não estou tentando te levar para cama. – e era verdade, isso não significava que ele não quisesse. Ele queria e naquele momento, queria mais ainda, as poucas roupas estavam deixando-o louco, mas estava um pouco ofendido.

Porém, toda a tensão sexual sobre o corpo da mulher esfriou no momento que ouviu aquelas palavras. Ele não a desejava, não como ela o desejava naquele momento.

– Eu disse provavelmente. – Oliver sorriu torto.

Respira Felicity, ele não quer te levar para a cama.

Ao vê-la prender a respiração, Oliver lembrou dos acontecimentos anteriores e imediatamente ficou preocupado, mudando completamente de postura.

– Está realmente bem? – a mão dele foi de encontro ao seu rosto. As lembranças a invadiram novamente e aquilo tencionou o seu corpo. – Não deveria ter falado sobre isso. – ela negou.

– Claro que deveria. – um suspiro pesado saiu de seus lábios. – Vou ter que conversar com a Sara. – murmurou. A mão que estava em seu rosto começou a alisá-lo. – Você está sendo um maravilhoso e não tem ideia. – sussurrou baixinho.

O corpo de Oliver se aproximou de seu, ela podia sentir a respiração dele sobre a sua bochecha e seus olhos imediatamente se focaram aos dele.

– Vai dar tudo certo, vocês vão encontrar um jeito. – era tão estranho ouvir essas palavras saírem da boca de Oliver, para ambos. Ele por estar extremamente interessado nela e ela por estar próxima o bastante para beijá-lo.

E ela tinha certeza de que era isso que ele iria fazer quando seus lábios se aproximaram dos seus e ela não recuou, seu coração acelerou e pareciam que um bando de borboletas estava dando uma festa de fraternidade em sua barriga. Ela queria sentir aqueles lábios sobre o seus, como a anos não sentia nenhum.

Foi extremamente frustrante senti-los sobre a sua bochecha. E foi uma surpresa para Oliver conseguir se controlar, nem ele mesmo sabia se iria beijá-la ali ou nos lábios.

– Eu vejo você amanhã. – ele começou a se afastar, contudo, ela segurou a sua mão.

– Não... – pediu. – Poderia, hum... – sentiu as bochechas ficarem escarlates. – Ficar? Eu realmente não quero ficar sozinha. – sussurrou baixinho, abaixando a cabeça.

As mãos levantaram o seu rosto.

– Sempre que precisar.

(...)

Fiona estava completamente insana e bêbada! Pulava de um lado para o outro, berrando ao som da música alta. Para sua surpresa, Cisco e Barry faziam o mesmo. Estavam se divertindo como a muito. A última vez que haviam se divertido assim, havia sido no show de Eve 6 que foram no último ano de Cisco no ensino médio.

Caitlin ficara bêbada e tiveram que coloca-la para dentro de casa pela janela do seu quarto no segundo andar, ou o pai a degolaria viva.

– Ron.. – chamou o namorado. – Eu vou falar com uns amigos... – sussurrou para o namorado. – Quer vir?

– Deixa só eu terminar essa conversa com o Victor e encontro você lá, ok?

A mulher caminha com uma sensação esquisita em seu corpo ao notar os braços de Fiona sobre os ombros de Cisco e Barry. Precisa respirar fundo várias vezes antes de se fazer presente.

– Que amigos bons vocês são... – grita para poderem escutá-la com aquele barulho.

Os corpos se viram em sua direção e os três gritam em uníssono.

– CAITLIN! – e é puxada para um abraço grupal.

Ela mal percebe quando começa a berrar a música junto com os três, pular dançar e se divertir. Aquela frieza foi substituída no momento que um dos braços de Barry circularam a sua cintura.

(...)

– Tem Quebrando a Banca, já assistiu? – perguntou a mulher vasculhando sua pasta de filmes.

– É o das cartas? – ela apenas assentiu.

Felicity estava fazendo todo o esforço possível para não virar na direção no homem que estava sentado ao seu lado na cama, a tensão era mais forte do que ela acreditava ser o seu autocontrole. Ela sentia o calor que o homem emanava e isso a desconcentrava completamente.

– Parece legal, nunca assisti. – o homem estava começando a notar que algo estava errado.

– Ótimo, vai ser esse. – levantou-se em um pulo e um suspirou aliviada, podendo finalmente se afastar.

Oliver se encostou sobre os travesseiros, observando-a instalar o computador à televisão, passando mais tempo do que deveria em suas pernas levemente torneadas. Ela ficava minúscula dentro daquele suéter gigantesco, porém, muito mais bonita do que com todas aquelas roupas que sempre usava. Mais bonita do que com o pijama de girafa e aquela imagem foi inesquecivelmente fofa.

Quando terminou, Felicity apagou a Luz e caminhou até a cama, que por ser um solteirão, deixou o espaço entre eles quase inexistente. Seu braço tocava o dele, assim como sua perna e ela tinha certeza que os arrepios que aquele toque insignificante a provocavam, iriam deixa-la insana.

(...)

A porta do carro foi fechada em um baque alto, e logo os saltos caros começaram a bater trôpegos contra o asfalto. Mudando para calçada e em seguida para piso liso e lustroso da boate Verdant.

Observou ao longe Sara explicar algumas coisas a uma mulher desconhecida, ou pelo menos era o que lembrava.

A mulher seguiu o seu caminho e se sentou em frente ao balcão, esperando ser atendida.

– Aqui não é muito diferente da última boate que trabalhei. – comentou Helena. – Mesmos drinks, mesmo tipo de cliente, o espaço é quase o mesmo. O que realmente muda são os locais de cada coisa. – informou.

– Quem diria Helena Bertinelli como Bartender. – comentou sarcástica, finalizando o drink com um limão e entregando. – Aproveite a noite. – sorriu gentilmente.

– Sara... – a mulher de cabelos loiros virou e encarou a outra. – Eu não sou mais a cretina idiota do ensino médio, acredite em mim. – piscou um dos olhos e sorriu divertida.

Algo estava realmente diferente em Helena, ela tinha que admitir. Seus olhos possuíam mais profundidade e suas roupas não eram da capitã-filha-da-puta-das-lideres-de-torcida, sua antiga capitã.

E ela era definitivamente o tipo de Sara.

Sara engoliu em seco.

– Sara! – uma voz ébria a chamou e ela a reconheceu rapidamente.

– Laurel... – virou em direção a irmã e pode ver o efeito da bebida em seu corpo. – Me diga, por favor, que você não veio dirigindo. – arregalou os olhos.

– Eu dirigi sim, só que não é isso. – abanou as mãos em frente ao rosto da irmã. – Eu queria te pedir desculpas. – Sara estava pegando o celular, pronta para chamar um táxi e parou bruscamente ao ouvir isso.

– O que? – jogou o celular sobre o balcão e encarou os olhos nublados da irmã.

– Eu pedi desculpas. – murmurou Laurel.

– Eu entendi. – assentiu rapidamente. – Pelo o que? – a irmã mais velha levantou as sobrancelhas.

– Por não ter contado sobre Oliver, por ter ficado com Oliver e por ser tão dura com você. – a voz estava embargada, o que significava que ela estava emotiva. – A verdade é que eu preciso de.. – soluçou. – de você e sinto falta das irmãs Lance. – mordeu o lábio com força.

Um sorriso gigantesco se abriu nos lábios de Sara, ela colocou uma das mãos sobre a da irmã e apertou-a.

– Também sinto falta. – sussurrou.

– Sara... – a voz de Helena a tirou do momento.

– Oi? – perguntou irritada.

– Vai, leva sua irmã para casa. – sorriu delicadamente. – Eu me viro. – toda a irritação de Sara se dissipou.

– Muito obrigada. – sussurrou para Helena e virou para Laurel. – Vem, o que acha de passarmos a noite no papai?

(...)

Perguntar a Oliver Queen qualquer coisa sobre o filme que ele acabara de assistir era um erro. Ele não conseguira prestar atenção em nada, nem mesmo quem era o personagem principal, ter o corpo de Felicity tão perto mexia com cada musculo do seu corpo, fazendo-o deseja-la, deslizar suas mãos por toda a pele macia de seu corpo e pegou-se várias vezes imaginando como seria, o que era uma imagem desejosa demais e ele fazia esforço para manter esses pensamentos longe de sua mente.

A ideia de ter Felicity em seus braços era irreal, ele sabia bem disso, estavam se dando bem e não queria estragar o que eles tinham, mesmo que isso se resumisse a uma simples amizade, principalmente pelo fato dela ser apaixonada pela sua ex-cunhada.

As letras brancas subiam pela tela negra, quando um dos braços da mulher invadiu a curta distância que os separavam e abraçou o homem, repousando seu rosto sobre o peito de Oliver.

O homem enrijeceu o corpo, sentindo a sensação desejosa aumentar ainda mais, seu corpo inteiro pedindo pela mulher. Seus olhos voltaram-se para o rosto delicado dela e todo o desejo se tornou uma sensação que ele desconhecia, uma sensação abrasadora que tomou conta de cada molécula de seu corpo ao vê-la ressonando tão delicadamente.

Felicity não soube quando adormeceu, a sensação acolhedora de segurança a proporcionaram a sonolência e ela acabou caindo nas garras de Morfeu. Seu corpo inteiro relaxado em um momento tão agradável, tinha tudo para ser enlouquecedor, tinha tudo para ser uma noite terrível após a ameaça que recebera, porém, só a presença de Oliver a fizera esquecer tudo.

Oliver passou o braço pelos ombros dela, afagando-o sobre a camiseta. Ela sorriu, sorriu enquanto dormia, mesmo após tudo o que passou. Ele não podia resistir ao sorriso apaixonado que surgiu em seus lábios.

(...)

Caitlin estava totalmente fora do seu comportamento padrão. Pulava de um lado para o outro, estava assanhada, um pouco suja com a bebida que derramaram em si, porém, ela ignorava tudo isso, estava se divertindo.

Uma das mãos de Barry estava em sua cintura, deixando seus corpos próximos. Havia uma união ali, uma amizade muito maior do que os dois viam. Fiona estava logo a frente, gritando a letra da música com toda a força dos seus pulmões, Cisco fazia o mesmo.

Uma corrente elétrica atravessou o corpo de Caitlin quando a mão do homem fez uma caricia gentil em sua cintura. Esse movimento fez a mulher virar na direção dele e perceber que ele estava completamente parado, encarando-a.

– O que foi? – falou em seu tom normal, porém, teve que aproximar o rosto para que ele pudesse ouvi-la.

– Você. – o melhor sorriso de Barry estava ali, Caitlin o conhecerá alguns anos atrás, por causa da faixa azul que o seu vulcão realista perdeu por derreter um pedaço da mesa.

– Eu merecia aquela faixa azul. – sussurrou.

– O que disse? – perguntou o homem, aproximando o rosto ainda mais, para ouvi-la.

Agora ela podia sentir a respiração dele se fundir com a sua e não foi a única, pois os olhos deles focalizavam os seus e sua mão fez uma pressão em sua cintura. Ela entreabriu os lábios para falar, contudo, parou ali quando os olhos dele mudaram para os seus lábios.

Ela queria, desejava. Ele estava pronto para concede-la.

Mãos atacaram a cintura de Caitlin, puxando-a para colar as costas no peito definido do seu namorado jogador de futebol americano.

– Estava atrás de você. – sussurrou em sua orelha, antes de lançar um olhar irritado para Barry. – Queria lhe mostrar um lugar, você vai amar.

Ainda entorpecida pelo que quase acabara de acontecer, Caitlin seguiu seu rumo com o namorado, sequer se despediu, apenas se foi. Barry pode sentir, que naquele momento, ela estava indo embora para nunca mais voltar, para sempre, escapando de seus dedos, uma de suas melhores amigas estava deixando o espaço enorme em seu peito e ele não entendia o porquê.

(...)

Felicity enxugou os cabelos com a toalha úmida e estendeu sobre o gancho. Já estava vestida e pronta para ir para a faculdade. Antes de abrir a porta, estranhou o silencio de seu apartamento, contudo, tentou ignorar, talvez Sara tivesse passado a noite fora... Ela tinha que falar com Sara, tinha esquecido completamente disso.

Ao pôr os pés fora do banheiro, sentiu-os submergir em algo quente e molhado, imediatamente olhou para o chão e pode perceber um liquido vermelho escuro. Com o cenho franzido, sem compreender porque o chão inteiro estava daquela forma, abaixou-se e tomou o líquido com as mãos, analisando-o.

Um grito rouco ecoou pelo ambiente no momento em que ela percebeu, era sangue, muito sangue.

Seus olhos vasculharam o corredor, nas paredes brancas, os respingos vermelhos se destacavam. Seu coração estava disparado em seu peito, o medo tomou posse de seu corpo, impedindo até mesmo que ela andasse.

Uma sombra aproximou-se da porta da sala, vindo do espaço em que a parede cobria a visão da mulher. Logo ela se tornou uma mulher de cabelos negros em um longo e amplo vestido negro, seus passos espirravam gotículas do sangue.

Parecia que ela não havia sido vista, ou era isso que Felicity acreditava.

A mulher virou o corpo, deixando que ela pudesse ver suas feições, era Nyssa e seu rosto estava todo manchado, um sorriso de escarnio estava ali. Ela levou o dedo até os lábios pintados de sangue, como se pedisse silêncio e correu porta a fora.

Apesar de não estar mais ali, ela escutava uma risada em sua cabeça, uma risada macabra que fez todo o seu corpo se arrepiar.

Felicity correu o mais rápido que seu corpo permitia, contudo, o sangue grudava em seu corpo, dificultando a sua passagem. Ela não desistiu, correu até a sala, e ao vê-los, todos esquartejados, todos mortos.

Seus joelhos cederam, gritos irromperam de seus pulmões.

"Isso é pela Sara"

Estava escrito em sangue na parede lateral.

As lágrimas desciam de seu rosto, seu corpo tremia como a anos não acontecia. Fechou os olhos, contudo, as imagens estavam ali. Barry, Caitlin, Cisco, Tommy e Oliver. Todos mortos, ela estava se banhado no sangue deles.

Gritou.

A porta foi aberta abruptamente e a mulher abriu os olhos. Tudo havia sumido, estava em seu quarto e a única pessoa além dela que estava ali era Oliver e estava viva.

– Você está...

Ele foi cortado pelo choro dela, encolhendo-se sobre a cama, respondendo a pergunta que nem havia sido feita.

– Você morreu... – sua voz saiu sôfrega. Ela apertou os joelhos contra o corpo. – Eu vi o seu corpo, morto. – ela estava em pânico.

Ele a observou por um tempo, sentindo seu coração apertador por vê-la em tal estado. Estava pronto para ir para sua casa, contudo, a deixara sozinha por alguns segundos e ela entrara naquele estado. Felicity precisava dele e ele não iria deixá-la sozinha, principalmente quando ele fazia parte de seu pesadelo, mostrando que ela realmente se importa.

Oliver sentou-se ao seu lado e passou os braços pelos seus ombros.

– Estou vivo, estou bem. – sussurrou em seu ouvido. – Foi só um pesadelo.

Ele deitou-se sobre a cama e puxou o corpo feminino para sobre o seu, abraçando-a fortemente.

– Está tudo bem. – sussurrou, passando o braço pela sua coluna, tentando acalma-la. – Volte a dormir, está tudo bem.

Com o tom gentil e as caricias, passou segurança, acalmando-a, aos poucos ela foi ficando mais calma e caindo na inconsciência novamente e ele, dessa vez, observou o rosto delicado até entrar no mundo dos sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sinceridade, por favor, quero saber a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade! Conte-me, o que acharam?? Ficou forçado? Confuso? Bonitinho? Estarei tentando postar logo, porém, vou a postar na minha fic de HP, então, vou dividir o tempo para as duas.
Beijoooooooooos ;**