Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 11
Chapter 11


Notas iniciais do capítulo

Bem, vai ser mais ou menos isso, um por semana e.e Não vai ter música porque escrevi boa parte da aula :X kkkkkkkkkkkkkkkk
Espero que gostem :DD



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O homem foi acordado de súbito por algo muito alto e balançando, ou melhor, sua cama balançando. Não foi surpresa encontrar uma Thea pulando e gritando – o seu nome – para acordá-lo.

– O que faz aqui? – a voz saiu rouca.

– Uau. – se jogou para sentar na cama. – Eu tenho todo o trabalho de vir até aqui, trazer café-da-manhã dos campeões para você e você me trata dessa forma? – fingiu irritação.

Um sorriso genuíno surgiu nos lábios de Oliver, logo se transformando em um malicioso quando ela começou a se levantar.

– Bom dia Speedy. – puxou a irmã para cama, começando a fazer cocegas em sua barriga descoberta.

A menina começou a gargalhar e se debater, até Oliver ter um acesso de risos e cair no chão de tanto rir.

– Cocegas deveriam ser usados como método de tortura! – exclamou. – Todo mundo diria a verdade e ninguém sairia machucado. – bufou, ficando de pé. – Levanta Ollie... – cutucou o irmão com o pé. – Quero falar com você sobre algumas coisas. – confessou, sentindo as bochechas ficarem vermelhas.

– Deixa só eu me molhar. – a menina revirou os olhos.

– Espero você na cozinha.

(...)

Um sorriso de puro alívio invadiu o rosto de Caitlin, era a primeira noite, em muito tempo, que ela conseguia dormir durante toda a noite. As lembranças da noite incrível que ela tivera ainda rodeavam a sua cabeça, ela mal podia acreditar que Ronnie era tão... Perfeito.

– Bom dia... – a voz grave sobrou em sua nuca, fazendo seu corpo se arrepiar.

– Bom dia. – murmurou, virando-se na cama para olhá-lo.

– Dormiu bem? – perguntou afagando os cabelos castanhos e sedosos.

– Muito. – sua voz arrastou preguiçosamente a palavra.

– Posso confessar uma coisa? – sussurrou com o rosto mais próximo, ela assentiu em resposta. – Você fica linda dormindo. – passou os dedos por uma mecha de cabelo, brincando com a mesma. – Eu poderia passar a vida inteira te olhando, sabia? – o sorriso em seus lábios era cheio de amor.

Apesar das palavras serem tudo o que ela queria escutar, isso a incomodou. Queria ir devagar, esse era o seu primeiro relacionamento. Seu primeiro beijo havia sido em um jogo de verdade ou consequência. E, por mais estupido que fosse, ela ainda era virgem... Aos 21 anos, se sentia ridícula.

– Ronnie... – o homem pode notar a expressão em seu rosto, ele sabia o que estava por vir.

– Não se preocupe... – abriu um sorriso divertido. – Eu não vou dizer as três palavras. – piscou. – Mas não deixa de verdade. – levantou os ombros, em rendição, e se jogou na cama.

– Eu quero ir devagar. – afirmou, deitando-se ao lado do homem. – Pensei que você tinha entendido isso. – sussurrou.

– Eu entendi. – soou frustrado. – Cait... – virou o rosto, para pode encarar o rosto da mulher. – Nós estamos juntos a uma semana, mas desde o momento que a gente se beijou, eu sinto que você é a mulher da minha vida, a certa. – afirmou. – Então, é normal é querer ir rápido com tudo. – ela revirou os olhos e virou o rosto para encará-lo.

– Só não quero que seja rápido demais. – sussurrou.

– Tudo bem... – sorriu em desistência. – Vamos fazer do seu jeito. – piscou para a mulher.

Essa era apenas a repetição de uma conversa que tiveram no dia anterior, na qual ele apresentou Caitlin como sua namorada para um amigo e ela não gostou. Não queria apressar as coisas, era tudo novo, sentimentos, gostos, sensações... Tudo uma novidade.

– Ótimo. – o sorriso que se abriu nos lábios da mulher deixou Ronnie completamente encantado. – Eu amo ganhar discussões.

– Se você sorrir assim... – tocou os lábios da mulher. – toda vida que ganhar uma discussão, você sempre irá ganha-la. – piscou e selou os lábios da mulher. – Vamos tomar café?

Caitlin assentiu, porém, sua vontade de levantar da cama era quase nula, mesmo assim, o fez.

(...)

– Então, sobre o que queria falar? – perguntou o homem, aparecendo com uma toalha enrolada na cabeça.

– Sente-se... – sorriu abertamente. – Tem comida, sabe? Que eu trouxe especialmente para você, meu lindo e maravilhoso irmão mais velho. – apontou para os dois copos de café e as fatias de bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

– Primeiro, eu já entendi que você está amaciando o terreno para soltar a bomba. – encarou a irmã com as sobrancelhas levantadas. – E segundo, eu pensei que você não pudesse comer chocolate, por causa dos treinos. – deu de ombros.

– Certo, eu não deveria comer. – sorriu amarelo. – Mas hoje é uma ocasião especial. – Oliver podia sentir que ela iria fazer alguma coisa e ele não ia gostar.

– Desembucha Speedy... – puxou o copo e tomou o primeiro gole. O café quente desceu pela sua garganta, ajudando-o a manter o calor do corpo.

– Calma. – pediu. – Você quer a notícia estranha ou a normal primeiro? – ele franziu o cenho.

– A estranha. – afirmou. – Deixa só eu pegar... – a menina estendeu o garfo para o irmão que sorriu. – Pronto. – enfiou o garfo no bolo, tirando um pedaço generoso.

– Eu acho que Tommy está namorando escondido. – informou. – Quer dizer, eu o vi com alguém.

Oliver arregalou os olhos, ela só poderia estar de brincadeira. Claro que Tommy nunca esconderia algo assim deles, principalmente dele, e ele até estava com a aquela mulher no bar, ele não estava namorando, nem pensar.

– Speedy, eu acho isso improvável, por que ele namoraria escondido? Sem falar que nós saímos juntos, isso é algo improvável mesmo. – apesar de tentar passar convicção, algo não estava certo. Tommy andava bem distante nos últimos tempos. Eles não eram mais tão próximos.

– Porque ela é diferente, sabe? Ela parece ser o tipo inteligente. Usa óculos de grau e tudo mais. Não estou falando mal dela, não entenda assim, mas eles pareciam bem próximo. Você sabe como a mídia iria reagir. – cruzou os braços.

Aquilo entrou na cabeça de Oliver. Definitivamente tinha algo errado ali.

– Quer saber, vamos deixar isso pra lá e esperar. – deu de ombros. - Se for, uma hora ele vai dizer, ele confia na gente. – Será? Oliver tentou afastar esse pensamento, não queria desconfiar de seu melhor amigo. – Agora, conta a normal.

– Bem... – sorriu divertida. – Lembra do garoto que me emprestou o caderno? – o irmão assentiu. – Nós estamos, hum, saindo. – sua entonação era baixa, não sabia como ele reagiria.

– Thea isso é ótimo! – afirmou com um sorriso. – Mas eu quero conhece-lo. – informou.

– Não acha que é muito cedo...- o olhar reprovador a fez se interromper. – Tá bom, tá bom. Combinamos alguma coisa essa semana, o que acha? – o irmão assentiu rapidamente.

– Espero que seu namorado seja muito educado, responsável e... – a menina o interrompeu.

– Quem precisa esperar alguma coisa sou eu. – afirmou. – Ele está comigo, não com você irmãozinho. Ou a sonífero era tão ruim que fez você trocar de time? – levantou uma sobrancelha, brincando. – E ele não é meu namorado.

– Não está mais aqui quem falou. – levantou as mãos em rendição.

– Engraçadinho. – franziu o cenho. – Tem mais uma coisa. – e agora vinha a bomba, ele sabia disso. Ela mexeu em sua bolsa, que estava pendurada na cadeira, e tirou um papelzinho de lá.

– O que é isso? – perguntou curioso.

Ela apenas o entregou. Era uma carta.

– Abre, é pra você. – o homem levantou as sobrancelhas sem entender, mas abriu.

"Senhor Queen, recebemos o seu vídeo de candidatura e agradecemos pelo envio. E é com prazer que informamos que o senhor foi um dos selecionamos para o campeonato anual de verão de arco e flecha..."

Oliver parou a leitura abruptamente.

– Mas eu não enviei nenhu... – então, algo estalou em sua cabeça. – THEA!

(...)

Quarta-feira.

– Onde está a Cait? – perguntou Felicity, sentando-se à mesa do refeitório onde Cisco e Barry já se encontravam. – Vocês dois são grudados ou o que? Ou vocês chegam juntos aqui, ou eu chego e vocês já estão. – revirou os olhos e colocou os cotovelos sobre a mesa, apoiando a cabeça nas mãos, esperando as respostas.

– Ela está com o namoradinho dela. – rosnou Barry, seu rosto contorcido

– O que é completamente aceitável, já que é o namorado dela. – lembrou Cisco e Felicity riu. – Eu estou dizendo, o Barry está morrendo de ciúmes. – a mulher respirou fundo.

– Não vou fingir que eu não estou ciúmes. – comentou enquanto arrumava o rabo-de-cavalo. O olhar malicioso de Cisco fez a mulher soltar todo o cabelo para poder se explicar. – Não, não, não! – apontou as mãos para o amigo. – Quero dizer que costumávamos passar muito tempo juntas e sempre pegávamos o ônibus juntas, agora eles veem juntos e isso acaba nos afastando! – explicou.

– Eu não acho que é esse tipo de ciúmes que o broto aqui tem. – colocou a mão no ombro do amigo.

– Um dia você vai me fazer vomitar com esses apelidos. – resmungou Barry. – Eu realmente ainda não entendi o que significa Gacker e Quimitosa. – a gargalhada de Felicity foi alta.

– Eu e a Caitlin? – perguntou, surpresa. Recebeu um aceno afirmativo de cabeça. – Uau, obrigada, eu acho.

– Você entendeu? – perguntou Barry confuso.

– Claro, é bem simples. – deu de ombros. – Acho que passei muito tempo ouvindo os apelidos do Cisco e entendi como esse cérebro funciona. – os olhos verde-azulados se arregalaram.

– Você o conhece a três anos e entendeu? Como assim? O Cisco é o meu melhor amigo desde o ginásio! – exclamou. – E eu ainda não entendi nada do que se passa ai dentro.

Cisco estava pronto para retrucar quando uma voz surpreendeu a todos.

– Bom dia. – a voz grave vinha de trás de Felicity que virou-se rapidamente para encontrar Oliver ali.

– Bom dia. – sorriu abertamente.

Seus olhos se tocaram por poucos segundos, poucos segundos que fizeram toda a diferença. Aquele mesmo olhar intenso estava ali, os sorrisos também. Por um segundo, Felicity pode ver que havia uma expressão diferente dentro daquele olhar. Uma expressão que ela via todos os dias em frente ao seu espelho. Tristeza.

– Bom dia Oliver. – a voz de Cisco e Barry se misturam, tirando-os de seu torpor e a bolha que estavam criando mais uma vez.

Ele apenas acenou com a cabeça e saiu de lá, em direção a mesa que várias pessoas de sua fraternidade se encontravam. Omega Chi Delta, onde Tommy também estava sentado, assim como alguns outros garotos que não faziam futebol americano. Sentou-se ao lado de seu melhor amigo e seguiu o seu olhar.

Dinah Laurel estava logo a frente, algumas mesas de distância com as mulheres da Zeta Beta Zeta. Era estranho sentarem tão longe um do outro. Laurel, Tommy e Oliver haviam sido um trio por muito tempo, e agora não sabiam mais o que eram.

– O que ele tomou? – perguntou Barry, recobrando a atenção de Felicity e Cisco que ainda analisavam Oliver e Laurel separados.

– Ele tomou o chá da liberdade. – informou Cisco. – Ele está solteiro.

– Quem está solteiro?

As três cabeças se viraram rapidamente, assustadas e surpresas, em direção a voz. Encontraram longos cabelos vermelhos trançados e olhos verdes emocionais. A mulher sorria amigavelmente e segurava uma bandeja repleta de comida.

– O Oliver. – Cisco comentou. – Quer senta Fiona? – perguntou com um meio sorriso.

– Claro, obrigada. – colocou a bandeja sobre a mesa e virou em direção a Barry. – Você não se incomoda, não é? – Ele negou fervorosamente. – E você? – virou em direção a única mulher na mesa.

– Não, claro que não. – estendeu as mãos para que ela sentasse. – Não é como se você estivesse no lugar da Caitlin ou nada assim. – abanou as mãos. – Não que esse lugar seja reservado para a Cait, também não é i... – a mão delicada de Fiona envolveu a da mulher.

– Não se preocupe Felicity. – sorriu gentilmente. – Alguém já te disse que você é fofa? – Certo. Ela é uma garota legal, o fato de não ter nada sobre o seu passado não significa nada e eu não deveria estar procurando por isso...

– Sara. – respondeu por impulso e começou a encarar a sua comida, ao notar o que falara.

– Sara é a namorada dela. – avisou Barry.

– Ah. – Fiona franziu o cenho, não esperava que aquela garota fosse lésbica. – É a Sara Lance? – perguntou curiosa.

– Sim. – informou o homem de olhos escuros.

– Você tem uma namorada muito bonita Felicity. – comentou. – Vocês devem fazer um lindo casal, as duas não muito bonitas. – sussurrou, apertando a mão, que ainda estava sob a sua, antes de retirar.

– Obrigada. – murmurou sem realmente saber o que dizer, suas bochechas ficando avermelhadas.

Dois olhos castanhos encaravam a cena de longe, não gostando nenhum um pouco de Fiona está sentada com seus amigos, na verdade, estava detestando com cada órgão do seu corpo. O ciúme de seus amigos estava começando a queimar no peito de Caitlin e ela não gostou nada daquilo.

(...)

– Você realmente vai fazer isso com o pobre garoto? – levantou uma sobrancelha, surpreso.

– Você não me deu outra opção Ollie. – resmungou, colocando a pizza sobre a mesa de jantar. – Queria conhece-lo... – continuou. – Se eu dissesse que ele iria conhecer meu irmão, acho que ele não aceitaria. – afirmou. – Ele não é muito chegado a gente "rica". – fez as aspas com o dedo.

– E como ele gosta de você Speedy? – murmurou. – Pensei que você fosse gente "rica". – imitou a voz da irmã que jogou um pano-de-prato nele.

– Você é a pessoa mais... – as batidas na porta a fizeram calar e o semblante preocupado se tornou animado. – Ele chegou. – exclamou, correndo até a porta.

A menina respirou fundo, antes de abrir a porta e encontrar um Roy tentando esconder o nervosismo que sentia toda a vez que iria encontrar com a garota. Ele tinha 19 anos e se sentia com 13 anos.

– Oi. – sorriu torto.

– Oi. – os olhos da garota brilharam de animação. Ela estava feliz com tudo que estava acontecendo entre ela e Roy. – Entre... – deu espaço para o menino entrar. – Acho que você vai conhecer meu irmão, ele meio que tá dando um tempo aqui até a hora da festa... – começou a tagarelar enquanto Roy entrava. – Desculpe. – sussurrou, fechando a porta atrás de si.

O corpo do garoto havia entrado em um estado entorpecido que ele desconhecia. Como assim iria conhecer Oliver Queen? Tão rápido e tão... Assustador. Gostava o suficiente de Thea para tentar conseguir a aprovação do irmão dela, porém, não estava pronto para isso.

– Tudo bem. – mentiu, sentindo sua garganta ficar seca.

– Vem, deixa eu te apresentar. – puxou-o pelo braço, levando até a cozinha.

Para surpresa de ambos, Oliver havia tirado os sapatos e meias, elevado as mangas da camisa até os cotovelos, retirado a camisa de dentro das calças e estava, surpreendentemente, lavando a louça que estava sobre a pia, mesmo havendo uma máquina de lavar louça ao seu lado.

Por mais estranho e bizarra que aquela cena fosse, Roy sentiu-se imensamente mais confortável naquela situação. O cara que ele conhecia como um playboy milionário estava lavando a louça da casa da irmã, como uma pessoa qualquer. Um sorriso largo abriu em seus lábios. Os Queen's não eram aquelas pessoas que as revistas mostravam.

– Oliver. – chamou a atenção do irmão, que desligou a pia e secou as mãos no pano de prato, que a irmã havia jogado em sua cabeça, mais cedo. – Este é o Roy. – afirmou, quando o irmão virou em sua direção.

– É um prazer conhece-lo Roy. – estendeu a mão até o garoto e sorriu. – Minha irmã passa o tempo todo falando de você, eu estava cansado de não saber qual era o rosto do famoso Roy. – as bochechas de Thea ficaram vermelhas.

– Oliver é um retardado, não liga. – revirou os olhos, enquanto eles apertavam as mãos.

– Ela fala bastante em você. – coçou a cabeça com a mão que não segurava a do seu quase cunhado, sinal de nervosismo, anotou Thea mentalmente. – É um prazer conhece-lo Oliver. – um sorriso se abriu nos lábios da garota. Se ele estava nervoso em conhecer seu irmão, significava que se importava com a opinião dele.

– Quem quer pizza?

(...)

– Felicity, você é um incrível! – exclamou Tommy, surpreso com a melhora que seu computador havia tido. Ela não só concertará como deixara o muito mais rápido, o triplo da velocidade.

– Eu não sou incrível... – afirmou. – Os produtos que eu fiz você comprar que são. – deu de ombros.

– Não importa, você continua sendo a melhor. – piscou para a mulher.

As bochechas de Felicity aqueceram.

– Obrigada. – murmurou. – Agora, acho melhor eu ir, hoje é dia de ativar a super Felicity lavadora de roupa suja. – Tommy gargalhou com a brincadeira da amiga.

– Não vai para festa das fraternidades? – a mulher fez uma careta.

– Eu não curto muito essas coisas. – informou.

– Mesmo que eu não curtisse, eu participo de uma fraternidade, vou estar lá vestido de verde e prata, igual a todos os meus irmãos da...

– Omega Chi Delta. – falaram juntos.

– Conheço as fraternidades. – riu. – Mas vou indo. – disse, ficando de pé.

– Eu até pediria para você ficar mais ou me ofereceria para te deixar em casa, só que estou esperando alguém. – confessou.

– Você sabe que não precisa Tommy. – puxou sua mochila, colocando-a sobre o ombro direito. O homem levantou e a acompanhou até a porta.

– Vejo você depois... – despediu-se. – Para não perder o contato, pode ter certeza que vou aparecer no seu trabalho, qualquer dia.

– Será sempre bem-vindo, principalmente com as suas gorjetas. – segurou o impulso de levar as mãos até a rosto. – Eu não quis dizer isso. – resmungou.

– Sem problemas Felicity. – brincou e abriu a porta. – Até mais Felicity.

Em um movimento rápido, passou os braços ao redor da cintura fina da mulher que, apesar de surpresa, retribuiu o abraço fortemente e recebeu um beijo em sua testa. Um sorriso em seus lábios, ele era um homem legal, alguém que merecia ter uma vida maravilhosa.

– Até mais Tommy. – sussurrou, afastando e saindo do apartamento, o homem fechando a porta logo em seguida.

Assim que olhou para frente, viu os olhos de Laurel Lance queimando de irritação. Quem era aquela garotinha esquisita que estava abraçando o Tommy? Ficou escandalizada ao notar que aquela era Felicity Smoak, a namorada de sua irmã. Elas haviam se encontrado alguns dias atrás, onde ambas deram todo o apoio que a mulher precisava e ela começara a simpatizar com a pequena garota que fazia ciência da computação.

– Laurel. – sorriu gentil. – É um prazer revê-la. – a outra mulher se sentiu obrigada a retribuir o sorriso educado. – Eu e a Sara estávamos querendo combinar de almoçar com você, o que acha?

– Boa noite Felicity. – o sorriso ficou ainda maior. – Claro, eu vou combinar direitinho com a Sara, agora estou um tanto atrasada. – suspirou.

– Oh, claro. – fez uma careta. – Desculpe. – encolheu os ombros. – Até depois. – despediu-se, começando a andar.

– Até.

(...)

Sara colocou a pilha de caixas de cerveja sobre o balcão, estava morta de cansada. Haviam passado imensos três dias desde que seu maravilhoso chefe havia a colocado com turno duplo pela demissão de Jenny. Precisava de paz.

– Sara! – a voz do seu irritante supervisor a chamou.

– Sim... – virou o seu corpo cansado em direção ao homem que a olhava com certo desejo, ela o odiava por isso.

– Você ficara encarregada de treinar a nova garota. – pelo menos tem uma nova garota e eu não tenho que ficar com turno duplo nessa porra.

– Claro, onde ela está? – sua voz era contida, contudo, se pudesse, dava um belo soco na cara daquele filho da puta.

– Aqui. – aproximou-se a mulher.

Uma mulher vestida em roupas escuras e saltos gigantesco anunciou a sua presença. Seus cabelos escuros balançaram à medida que ela caminhava. Sua era branca feito papel, o que faziam dos seus lábios pigmentados de vermelho muito convidativos. Sensual com um ar perigoso e até mesmo maníaco, exatamente o tipo de Sara. A mulher se pegou, pela primeira vez em muito tempo, se interessando por alguém, até encontrar aqueles olhos.

Olhos que ela conhecia muito bem.

– Essa é Helena Bertinelli.

Ótimo, a vadia do ensino médio.

(...)

Felicity Smoak;

AMIGA! EU ESTOU SURTANDO! A EX DO RONNIE ESTÁ AQUI! O que eu faço?

Seja tudo o que você sempre foi, madura e segura.

Não me sinto nada disso no momento.

Não que eu seja uma expert no assunto, mas tenho certeza que isso é normal e vai ficar tudo bem.

Ela é linda, muito linda mesmo. E É UMA ZBZ.

Essa não é Caitlin que eu conheço e não gosto nada dela. Seja você mesma.

Obrigada. Vou tentar.

Caitlin guardou o celular exatamente na hora que Ronnie voltou com as bebidas.

– Aqui está. – entregou a da mulher e beijou a sua bochecha. – Cait. – sussurrou com os lábios bem próximos aos dela. - Eu tenho uma dúvida. – comentou. – Na verdade, é a primeira vez que eu tenho essa dúvida na minha vida. – riu nervosamente.

– Que dúvida? – entortou o rosto, curiosa.

– O que nós somos? – franziu o cenho. – Por mim, somos namorados, só que você quer levar as coisas devagar e eu estou muito confuso. – a mulher levantou as sobrancelhas, totalmente surpresa.

Caitlin ponderou um pouco, contudo, quando seus olhares tocaram na mulher de roupas de cores marrom e rosa, Louise Lincoln. Só havia uma forma de ela se sentir segura naquele momento, estando fora do seu ambiente, longe dos seus amigos e ao lado de uma cara que foi o namorado de uma mulher linda como aquela.

– Namorados. – afirmou, ainda meio indecisa.

Um largo sorriso surgiu nos lábios do homem, que em um momento de impulso, puxou-a para um beijo longo e inapropriado para um local público na concepção de Caitlin, contudo, era uma festa de fraternidade, as pessoas estavam mais do que acostumadas com aquilo.

(...)

Oliver encarou Laurel e Tommy dançando animadamente. Quer dizer, Tommy dançava animadamente, contudo, algo estava errado, ele estava comportado demais, não estava tentando nada com nenhuma garota, isso o incomodava. Laurel, por outro lado, não tirava os seus olhos de Oliver, secando-o e praticamente pedindo que ele fosse dançar.

Felicity Smoak;

Estou entediado pra caralho, socorro.

Todo mundo decidiu que vir atrás de mim por conselhos?

Caitlin também veio e você não deve saber disso.

E não é da sua conta.

Droga. Até por mensagens eu não sei como dizer as coisas.

Desculpa.

Na verdade, isso é bem divertido e engraçado. Não vem pra festa?

Bebidas, fornicação em público e pessoas suadas? Eu passo.

Não que eu odeie festas, eu só não gosto desse tipo de festa.

Fiz de novo.

Lembro de você descer até o chão no verdant, sei que tinha bebida inclusa, mas ninguém faz esse tipo de coisa se não gostar de festas. Tá fazendo o que?

Você sempre vai me lembrar desse dia, não é? Isso não é legal.

Dançando ao ritmo da máquina de lavar roupas.

Parece mais animado do que ver a sua ex-namorada dançando com seu melhor amigo e sem tirar os olhos de você.

Se quiser vir me ajudar, eu não vou me incomodar. LOL.

Eu não recusaria uma proposta dessa por nada nessa vida. Não é toda vida que Felicity Smoak pede a minha ajuda.

Eu não pedi a sua ajuda.

Estava brincando, divirta-se em sua festa.

Estou bem sozinha.

Tarde demais, já estou no carro. Até já.

Você tá brincando, né?

Oliver?

OLIVER!

O homem encarou a mensagem com um sorriso divertido. Enviou um "5 minutos e a gente conversa frente-a-frente." Jogou o celular no banco do passageiro e deu a partida, rumando o prédio de alojamentos.

(...)

A mulher encarou o celular com um sorriso estampado no rosto por alguns segundos, antes de colocá-lo no bolso e começar a retirar as roupas da lavanderia e colocar dentro da secadora. Eram as roupas de duas semanas, então, tinha bastante coisa ali e ainda precisava fazer outra lavagem, as peças brancas.

– Felicity. – uma voz chamou a sua atenção. Aquilo não era Oliver.

Ligou a secadora de roupas antes de virar em direção a uma bela mulher.

– Oi Nyssa. – estava surpresa. – Faz tempo que não te vejo. – sorriu amigavelmente, começando a jogar as roupas brancas no buraco da máquina branca.

– Não faz tempo. – afirmou. – Nós dançamos no Verdant alguns dias atrás. – fingiu dar de ombros, encostando-se na máquina de lavar.

– Eu estava um pouco fora de mim. – riu baixinho com a lembrança e fechou a tampa, começando a colocar os produtos.

– Pois é, você parece bem fora de si. – ralhou. A mulher de olhos azuis vibrantes ligou a máquina e virou em direção a Nyssa com o cenho franzido.

– O que disse? – nesse instante pode observar a mulher.

Nyssa estava com roupas de festas, saltos altos e tudo mais. Não havia qualquer indício de que iria lavar roupas. Sem cestas, produtos de limpeza ou roupas adequadas. Isso deixou Felicity tensa.

– Nada demais. – fingiu dar de ombros, o olhar parecia se divertir com tudo aquilo.

– Está indo para a festa? – apontou para as roupas de Nyssa.

– Estou, mas precisava dar uma passadinha aqui antes. – um sorriso macabro surgiu em seus lábios.

– Por que? – sussurrou, dando um passo para trás.

– Está com medo Felicity? – sua voz exalava sarcasmo.

– Não. – negou rapidamente com a cabeça. – Não que eu não deveria ter, mas você não é uma psicopata ou coisa do tipo, eu te conheço. – contudo, parte de si tinha medo de que isso não fosse verdade.

Em um movimento rápido, Nyssa avançou sobre a mulher, empurrando-a contra a parede e agarrando o seu pescoço com a mãos, com força o suficiente para deixa-la sem folego. A mulher ficou paralisada demais para poder gritar.

– Felicity... – praticamente cuspiu no rosto dela. – Eu quero você longe da minha Sara. - grunhiu. – Ela é minha e se você acha que conseguiu a chance porque a gente terminou, saiba que isso é temporário, ela vai voltar para mim. – Felicity lutava para puxar o ar e começou a debater o corpo para sair daquelas mãos. – Nem que eu tenha que me desfazer de tudo que entrar em nosso caminho.

Observou as lágrimas começarem a descer pelo rosto da mulher, apertou o pescoço com mais força, um sorriso sádico se abrindo ainda mais em seus lábios. Aquilo era divertido, vê a mulher que roubou a sua Sara sofrer como ela sofria.

– Tão inofensiva. – sussurrou, aumentando ainda mais a força sobre o pescoço fino. – Entendeu agora?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? *---* Sejam sinceros e comentem...
Beijooooooooooos ;***