Were you really surprised? - Cobrade escrita por HJ


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui estou eu novamente! Muito obrigado pelos comentários! Nesse cap eu coloquei uma amizade q eu super shippo, mesmo q não exista... Comentem se gostaram ou não!
Boa leitura!



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– Jade? - Assustou-se Cobra. Ele sabia como a garota podia ser ciumenta, por isso logo soltou a Karina e tentou se explicar. - Não é nada disso que você tá imaginando!

– Desde quando você lê mente, Cobra? - Ela tentava parecer melhor do que realmente estava. - Mas quer saber? Eu não ligo. Podem continuar, não era a minha intenção interromper. - Jade virou-se e começou a andar, fria e lentamente.

– Jade! Espera! - Cobra deu dois passos e desistiu quando percebeu que aquilo não adiantaria. Ela estava magoada. De novo.

– Ué, gente! Vocês não estavam bem? - Karina tinha parado de chorar e tentava entender a situação. - O que aconteceu?

– Aconteceu que eu estraguei tudo. - Ele parecia triste.

– E por que você ainda tá aqui? - Desta vez, quem não entendeu foi o Cobra. - Por que você ainda não foi atrás dela?

– Porque eu conheço a Jade e sei que ela não vai me ouvir agora. A gente só ia brigar. - Após dizer isso, se atirou em um banco da praça.

– Ah, mas eu ela vai ouvir... Olha só, ela nem virou a esquina... Ela só tá esperando que você chame ela de novo. - Cobra ficou pensativo. - Vai, cara! Mostra que você se importa! - Meio receoso, Cobra subiu no tal banco e chamou:

– Jade! - Ela parou. - Não vamo brigar hoje, por favor... Deixa eu te explicar o que aconteceu!

– E eu também! - Se meteu Karina. Jade resolveu botar o orgulho de lado e voltou, a passos lentos, para praça onde Cobra a esperava sorrindo e Karina a esperava chorando. Aquilo deixou a bailarina confusa.

– Que bom que você veio... - Ele tentou fazer um carinho na garota, mas ela recuou.

– É o seguinte, Jade: o Pedro e a Bianca fizeram uma coisa muito ruim pra mim... - A voz da lutadora começou a ficar embargada de novo. - Eles me mentiram, me enganaram e eu fiquei muito mal, sabe?

– Sei... - Olhando para o Cobra, concluiu: - Quanto mais você confia em uma pessoa, mais se machuca quanto descobre uma mentira.

– Exatamente. Mas o fato é quando eu cheguei aqui, eu tava péssima. - Seguiu Karina. - Na verdade, eu ainda tô. E o Cobra viu e veio me consolar, porque ele é meu amigo. Só isso. - Jade não parecia muito certa disso, por isso perguntou:

– É assim para você também, Cobra? Só amizade? - Ele olhou por um momento para Karina. Ela parecia tão frágil que seu coração doeu.

– Não... - As duas o olharam. Karina surpresa e Jade com raiva. Muita raiva. - É bem mais do que isso. - Jade previa que iria estapear o Cobra a qualquer momento e Karina não estava entendendo nada. Onde esse garoto tá com a cabeça?, pensava. Então Cobra prosseguiu: - É como se a gente fosse irmão, entende? Mas gostar mesmo, de verdade, é só de você, minha dama... E isso me assusta um pou...

Jade não o deixou terminar a frase e lhe deu um beijo. Não durou muito porque foram interrompidos pela Karina:

– Legal, vocês voltaram... Mas eu ainda tô na fossa, então, se não fosse pedir muito, vocês poderiam não ficar se beijando na minha frente, né...?

– Ah, é... - Disse Jade, sorrindo, enquanto limpava o batom borrado. - Mas vem cá, o que rolou entre você, o Pedro e a Bianca? - Perguntou, curiosa.

– Ih, Jade, você não vai acreditar... - Começou Cobra. - A Bianca pagou o Pedro pra namorar a Kar...

– Cobra! - Interrompeu Karina.

– Relaxa, Ka! A Jade não vai fazer nada, não é Jade? - Cobra olhou, sério, para a bailarina.

– Ah, não sei... Eu tava pensando em fazer um vídeo, dizendo o quanto a Bianca é sonsa, falsa, manipuladora... Sei lá, eu podia esparramar o meu veneno e destruir um pouquinho com a vida da tua irmã... Sério, eu não ia ficar nem um pouquinho triste com isso. O que você acha? - Perguntou, sorrindo.

– E eu podia dar uma surra no Pedro! - Se animou Cobra. Aquela dupla era imbatível.

– Não, Jade. Não, Cobra. Não é porque eles ferraram comigo que eu tenho que agir do mesmo jeito. - Jade revirou os olhos e Cobra baixou a cabeça. Jade percebeu a tristeza da Karina e resolveu mudar de assunto.

– Ô lutadora... Por que, mesmo com tudo isso aí acontecendo, você se deu ao trabalho de juntar eu e o Cobra?

– Ah, sei lá... O Cobra é meu amigo, ele tava triste... - Jade ficou feliz ao ouvir aquilo, porque teve a certeza que não era só ela que tinha sofrido. - Todo mundo vê que vocês se gostam e não é justo que duas pessoas que se gostam fiquem separadas...

– Você tá pensando no Pedro, não é? - Perguntou Cobra.

– Eu não gosto do Pedro! - Respondeu Karina, talvez um pouco rápido demais. - O meu namoro acabou e eu não queria que o de vocês acabasse também, ainda mais por minha culpa! - Ela terminou, um pouco triste.

– Ka! - Ouviram alguém gritar. - Ainda bem que você apareceu, minha irmã! Eu nunca ia me perdoar se...

– Sai daqui, Bianca! - Karina correu, se escondendo atrás da Jade e do Cobra. - Eu nunca mais quero olhar na tua cara, sua falsa!

– O que você tá fazendo aqui, garota? - Bianca encarou a Jade. - Garanto que tá enchendo a cabeça da minha irmã contra mim, né? Invejosa!

– Opa! Calma aí, Bianquinha! Me desculpe, mas eu acho que isso você conseguiu fazer muito bem sozinha! - Jade se divertia do desespero da inimiga. - Sinceramente, pagar o guitarrista pra namorar a Karina? Isso significa que você não acredita na capacidade dela de arrumar um namorado por conta própria?

– Você fez isso, Bianca? - Perguntou Gael, que havia chegado junto com a atriz e parecia não saber de nada. Enquanto isso, Karina ainda chorava, escondida atrás da Jade e do Cobra.

– Cala a boca, Jade! - Se enfurecia Bianca.

– Ah, mas não calo! - Continuou a bailarina. - Você sempre me julgou, dizendo que eu era falsa, sem escrúpulos, invejosa. Tudo bem, eu admito: sou um pouco de tudo isso sim, mas pelo menos eu me assumo. E eu faço as coisas ruins para as minhas inimigas, mas em hipótese alguma eu faria para uma irmã! - Olhando para o Cobra, comentou, irônica: - Eu não sei não, Cobrinha, mas eu acho que vou ter que tomar algumas providências, senão eu vou perder meu posto de vilã para a Bianca...

– Você não sabe de nada, Jade! - Bianca já deixava que algumas lágrimas rolassem.

– Parou vocês duas! - Interrompeu Gael, furioso. - Bianca e Karina, já para casa!

– Eu não vou, pai! - Gritou Karina.

– E onde você tá pensando em passar a noite, espertinha? Porque na rua é que eu não vou deixar! - Após uns instantes de silêncio, Jade se pronunciou:

– Se a Karina quiser... Sei lá, ela pode dormir lá em casa. - Todos a olharam, surpresos. - O que foi, gente? A Karina não quer dormir em casa, eu tô morando sozinha, mas o Ed sempre passa lá pra dar um confere... Qual é o problema?

– Tudo bem pra você, pai? - Perguntou a lutadora, surpreendendo todos mais ainda.

– Eu acho que sim... Eu preciso mesmo ter uma conversa com a Bianca. - Olhou para a atriz. - Bem séria.

Assim que todos saíram, Karina perguntou:

– E aí, Jade, como que a gente vai para tua casa? Porque, foi mal, mas eu tô sem grana pra rachar um táxi... Só dá pra um ôni...

– Até parece que eu ando em ônibus! - Riu Jade. - Relaxa, o vagabundo nos leva!

– Quem? - Assustou-se Karina.

– O Cobra... Nem tenta entender, é coisa nossa!

– Tá certo... - Incrivelmente, Karina sorriu. Você não é tão ruim quanto parece, Jade, concluiu a lutadora.

***

Chegando no prédio, Cobra se auto-convidou para subir novamente e os três seguiram para o apartamento. Assim que entraram no local, Jade perguntou:

– Alguém com fome?

– Eu! - Respondeu rapidamente Cobra.

– Mas é um folgado! Eu tava dando uma brecha pra Karina, besta! - Eles riram. - E aí Karina, fome?

– Um pouco...

– Ótimo! Eu vou fazer uns sanduíches pra vocês... Espero não ter nenhuma surpresa quando voltar! - Brincou, mas no fundo ela ainda estava um pouco insegura. Depois que ela saiu, Karina comentou:

– Ela é legal... De um jeito meio torto, mas é.

– Verdade... - Cobra sorriu, com o pensamento longe. Na cozinha, talvez.

– Você também. Vocês combinam. - Ela estava sendo sincera. Nisso, Jade chegou com dois sanduíches e entregou um para o Cobra e outro para Karina.

– E você? Não vai comer? - Perguntou a lutadora.

– Ah, não... Eu já me alimentei a pouco tempo e esse tipo de sanduíche é uma bomba! - Os dois fizeram cara de tédio. Após alguns instantes em silêncio, Jade comentou: - Sabe, Karina... Mesmo com toda essa cara de maria-macho, você é bonita...

– Você me chamou de que, garota? - Karina já se arrependia dos elogios a Jade.

– De bonita. - A bailarina respondeu simplesmente. - Eu acho que você se arrumasse um pouco mais...

– Esquece! Eu não vou virar uma bonequinha! - Anunciou a lutadora.

– Ah, vai Karina! Só por hoje!

– É Ka! Não vai te fazer mal, vai? - Incentivou Cobra.

– É... Tá! Tudo bem! - Aceitou a lutadora. Eles terminaram o lanche e as meninas começaram a experimentar combinações. Muitas combinações. E para Cobra aquilo estava um tédio.

Muitas trocas de roupas depois e com uma maquiagem feita, Karina saiu do banheiro um pouco tímida. Jade estava feliz pelo trabalho que tinha realizado e o lutador estava cochilando no sofá. Jade acordou o rapaz e perguntou:

– E aí, o que você tá achando?

– Eu tô achando um saco. Quando termina? - Perguntou Cobra, meio sonolento.

– Quando você disser o que achou do figurino da Karina. - Jade olhou para ele como quem dizia: "Pensa bem no que você vai falar".

– Tá bonita... Ah, sei lá! Não entendo nada de moda!

– Ótimo! Agora esperem eu minutinho! - Ela foi saltitante para o quarto, deixando para trás Cobra e Karina perplexos. Em um record, Jade apareceu novamente, totalmente arruma e extraordinariamente bonita, deixando o lutador com cara de besta.

– Ah, não Jade! Assim não vale! - Reclamou Karina.

– Olha só: se o mundo fosse justo, a Karina colocaria a sua raiva lutando, mas ficaria muito chato vocês dois lutando e eu olhando. Então, vamos fazer do meu jeito. A gente sai, vai pra alguma balada, bebe alguma coisa e dançamos até o dia clarear! Uhul!

– Jade, menos... Sem "uhul". - Se divertiu Cobra.

– Não, não e não. O Cobra nem tá arrumado e você disse que o Edgard aparece por aqui pra dar um confere. - Fez cara feia a Karina.

– Sim, sim e sim. O Cobra não tem nada melhor do isso que ele chama de roupa e eu já mandei uma mensagem para o Ed que inocentemente dizia que eu tinha ensaiado demais hoje e dormiria mais cedo, dispensando então a sua visita. Ele acabou de me responder com um "tudo bem, querida. Durma com os anjos". Mais algum argumento? Porque se tiver eu rebato!

– O meu pai! - De pronto, rebateu a lutadora.

– Não precisa ficar sabendo! - - A dançarina estava fazendo de tudo animar a Karina, por isso ficou feliz quando ouviu:

– Tá. Vamo bora!

Pegaram o táxi e foram para uma balada.

***

Já dentro da boate, Karina se afastou do casal e eles foram dançar. Jade começou a beber, mas foi surpreendida quando Cobra falou:

– Pega leve, garota! Você não comeu nada, não é acostumada a beber e é menor de idade!

– Nossa! Mas como ele é protetor! - Riu Jade, já um pouco alterada.

– Só com quem eu me importo... - Confessou ao pé do ouvido da menina, enquanto a puxava mais para perto.

– Hum... Assim eu me apaixono! - Riu de novo Jade. - Tudo bem, eu acho que eu não tô legal mesmo, é melhor eu parar, mas... - Fez suspense. Devolvendo na mesma moeda, cochichou no ouvido de Cobra, fazendo o mesmo arrepiar-se: - Só se você me der um beijo.

– Um? Acho que não! - Brincou Cobra, beijando-a logo em seguida.

***

Dentro do táxi, voltando para casa, Karina estava meio dormindo no banco e Cobra e Jade conversavam:

– A Karina... - Disse Cobra. - Ela tava meio louca!

– E daí? A gente também tava! - Rebateu Jade, rindo e fazendo com que Cobra fizesse o mesmo.

– Ela gosta do Pedro. - Comentou Cobra, ficando sério de repente.

– Por que você diz isso?

– Porque mesmo traída, machucada e decepcionada, ela ficou com um cara com cabelos um pouco compridos, mais alto que ela, magro e que quando sorria praticamente escondia os olhos. Te lembra alguém?

– Isso te incomoda? - Perguntou, enciumada, a Jade.

– Não. Eu quero que ela seja feliz... E quero fazer uma pessoa, que por sinal tá aqui do meu lado, muito feliz também. - Ele sorriu.

– Pessoa de sorte... - Comentou, antes de beijá-lo novamente.

O táxi parou e os três saíram. Cobra estava prestes a seguir para o seu carro parado ali perto quando ouviu:

– Pensei que você queria fazer uma pessoa feliz... - Cobra olhou para Jade e a viu fazendo uma cara de triste.

– E o que eu tenho que fazer para deixar essa pessoa feliz?

– Passa essa noite aqui? - Cobra apenas a beijou novamente, deixando clara a sua resposta.

– Ei casal! Muito bonito o amor de vocês, mas eu ainda tô aqui! A gente podia subir, né? - Comentou Karina, enrolada com as palavras, fazendo os dois rirem, antes de entrarem no elevador.

***

Os dias, apresentações da Ribalta e campeonatos de Muay Thai passaram sem novidades. Depois da noite que saíram, Jade e Karina não se tornaram melhores amigas, mas a dançarina, aos poucos, diminuía seu ciúme em relação da amizade do Cobra e da Karina.

Certo manhã, depois do campeonato estadual de Muay Thai, onde Karina, Wallace, Duca e Cobra participaram, o Mestre Gael chegou na Academia acompanhado de dois senhores engravatados. Juntou todo mundo e, de dentro do ringue, começou a falar:

– Bom pessoal, esses dois são grandes investidores em novos talentos do Muay Thai. Eles assistiram aos campeonatos regional e estadual e ficaram muito interessados em lutadores da nossa Academia. Preparem-se, a vida daqueles que eles resolverem ajudar vai mudar completamente!


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Notas finais do capítulo

Comentem! Shippam Jarina? E quem serão os lutadores escolhidos?



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