Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 18
Montanha Russa


Notas iniciais do capítulo

Hello, Hello! *OO*
Como estão vocês, pessoas lindas?
Cheguei, chegando e já tenho que começar com um pequeno surto.
TOF recebeu uma recomendação da Tsukira KM. Cara, eu fiquei tão feliz com as palavras dela. Poxa, deixando Cau toda vermelhinha e sem jeito para responder. Só que tenho que agradecer. Esse capítulo, dedico a você, Tsukira KM! ♥

AVISO IMPORTANTE

Cau fez uma coisinha que eu acho que vocês vão estranhar. Mudei o nome da Júlia para Loren. Ah gente, desculpa, mas esse nome me incomodava tanto e resolvi mudar. '-'
No começo é difícil, mas vocês vão se acostumar. Força, guerreiras! o/

Vamos ao que importa, né?

Boa Leitura, minha gente.

AGUARDO VOCÊS NAS NOTAS FINAIS



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ANNE

— Bela adormecida, vamos acordar?

Oh se fosse ele, hein?! Mas nananinanão... O calafrio que senti ao escutar aquela voz. Miséria! Estava para virar o bicho.

Abri um olho para bizoiar e ter certeza de quem era a pessoa corajosa a me acordar — o diabo em pessoa! Senti vontade de peidar só em ver a peste. Comecei a rosnar para a criatura em pé.

— Nanica, seu mal humor não me assusta. — Expôs Castiel e sentou-se na cama — Resultado da ressaca?

Permaneci imóvel, na esperança dele pensar que eu tinha voltado a dormir, mas a praga estava em ação. Senti uma coisa macia entrando em um dos buracos do meu nariz e quando abri os dois olhos, vi Castiel com uma pena. Já até imaginam a cena, né?

— Miséria! — Reclamei e me sentei emburrada.

Ele riu, mas pelo menos tirou aquela pena de perto de mim.

Ficamos em silêncio e o ruivo ficou me observando. Eu devia estar uma figura e tanto, contudo a única coisa que me incomodava era a dor infeliz que sentia na cabeça. Não senti vontade de nada, fiquei parada, apenas esperando.

— Pode me explicar o que está acontecendo?

Apertei meus olhos e já fiquei com um bico enorme nos lábios. Iriamos começar: Leão x Leoa.

— Antes que tente bancar a sonsa, saiba que ontem, quando o mauricinho de terno lhe trouxe, ele me contou t-u-d-o. — Alertou.

Quase engasguei com minha saliva. Qual é a desse loiro abusado? Dedo duro! Deixa eu encontrar ele!

— Nanina, fale comigo! — Castiel atrapalhando meus pensamentos. — O que está te incomodando?

Olhei para ele. O ruivo partiu meu coração com aquele olhar de cachorro sem dono. Inferno! Não é justo usar essa expressão. Fiquei relutando, mas não consegui segurar.

— Você escondeu de mim que estava ficando com a Ambre. Fizemos uma promessa, lembra? Nunca esconder nada um do outro.

Castiel suspirou.

— É só isso o motivo desse seu showzinho?

— Só isso uma pinóia! — Exclamei indignada. — É motivo suficiente para esbofetear essa sua cara de sonso! Você sabe que eu levo minhas promessas a sério.

— Leva tanto a sério que nunca cumpriu as suas.

Meu queixo caiu.

— Cumpro sim!

— Será mesmo? — Ironizou — E a promessa em que você disse que nunca se afastaria de mim?

Fiquei sem o que dizer.

— Sei que isso é ciúmes, mas desde que se apaixonou por esse executivo, ele tornou-se a prioridade de seus sentimentos.

Gelei. Minhas sobrancelhas se cravaram num “V” só de imaginar na hipótese do ruivo do capiroto gostar de mim... como se ele lesse os meus pensamentos, falou:

— Se acalma, não pense besteira, garota!

Voltei a respirar, mais tranquila. Castiel suspirou, provavelmente, se controlando para não puxar os meus cabelos.

— Só estou tentando dizer que o mundo não gira em torno do executivo.

Bufei.

— Isso se chama carência, meu caro.

— Carência? — Ele arqueou as sobrancelhas — Se estou sentindo carência da nossa amizade, você também está, afinal era você que estava toda estranha, sua naja!

Fiz meu bico mais sexy — Bico de peixe.

— Estou carente da nossa amizade mesmo. — Admiti — Sinto falta das coisas que fazíamos juntos. Era cada bagaceira!

Comecei a rir só de lembrar.

— Também sinto falta, Nanica. — Sorriu — Acho que já sei do que precisamos, assim nenhum de nós ficará com esses chiliques de novo.

— O que está pensando?

— Que tal sairmos? Só nós dois, tipo, fazer as coisas que fazíamos antigamente. Topa?

Fiquei tão animada, aposto que meus olhos brilharam e se eu fosse um cachorro, estaria com o rabinho abanano. Cruzes, olha a comparação da pessoa. Sem comentários, meu povo.

Estava prestes a levantar, mas Castiel me perguntou:

— Sua ressaca já melhorou?

— Minha cabeça ainda está doendo, contudo é só tomar um remédio e BINGO!

Estava muito animada, queria sair com o ruivo e aprontar como antigamente. Seria tão nostálgico. Nada abalaria meu humor. Só que não, baby.

— Você se lembra do que fez enquanto estava bêbada?

Nada a ver essa pergunta, mas respondi:

— Mas é claro que eu lem..

Arriégua! Nem consegui terminar de falar, pois dei um grito.

NATHANIEL

Meia hora se passou enquanto esperava por ele. Para espantar a minha raiva que se acumulava, peguei o meu celular. Vasculhei minhas pastas de vídeos e encontrei a gravação da noite anterior.

— Diz alguma coisa para a câmera? — Dizia Anne no vídeo.

Seus olhos azuis como o oceano me encaravam diretamente. Eles são hipnotizantes e belos também. Adorava me perder enquanto admirava-os.

Fiquei revendo aquele vídeo por alguns minutos e sorria a cada momento, pois me lembrava da maravilhosa sensação de provoca-la.

Resolvi ligar para Ambre, mas sequer a chamada fora completada, pois: “Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens...”.

Desliguei o celular. Queria saber como Anne estava e quem sabe conseguir vê-la na tarde daquele dia. Tentei mais uma vez, porém novamente a mensagem da secretária eletrônica surgira. Estalei a língua. Pensei em ligar para o Kentin, contudo desisti quando escutei:

— Fiz você esperar muito? — Era Louis.

Guardei meu celular no bolso da calça. Tive que me esforçar para oferecer o meu melhor sorriso.

— Não, cheguei há pouco tempo também.

O homem sentou-se na minha frente e permaneceu de bico calado, então resolvi manifestar-me.

— Não vai pedir nada? Os pratos desse restaurante são...

— Serei breve, rapaz. — Me cortou — Não quero permanecer aqui por muito tempo.

— Tudo bem, então vamos direito ao assunto.

— Sua empresa já está sobre aviso. Se você não me apresentar um balançante com números favoráveis, irei tomar o restante das suas ações, Nathaniel.

Procurei me mostrar interessado no assunto, mas sinceramente, não estava.

— Você acha que isso é brincadeira, né? — Ele prosseguiu — Você vai perder tudo!

— Não sei porque dessa cisma, Sr. Louis, mas te garanto que meus negócios estão indo bem. Não irei perder a empresa. — Assegurei.

— Você blefa muito bem, garoto. — Ele sorriu de lado — Eu sei do trabalho sujo que você anda aprontando com aquele seu assistente.

Eu sorri.

— O senhor não sabe de nada. — Rebati

Ele ergueu uma de suas sobrancelhas, tentando me intimidar. Louis levantou-se, após arrumou sua gravata. Eu já estava dando graças por ele estar indo embora, porém ainda pronunciou:

— Estarei lá quando você cair, mas dessa vez não irei oferecer nenhuma ajuda.

— Pode ficar tranquilo, não precisarei dela. — Me levantei também.

— Me apresente o balancete na quarta-feira!

Já estava farto daquele homem, então assenti como modo de despedida e me afastei da mesa. Dei uns três passos, mas para minha tristeza, Louis me fez olha-lo quando falou:

— Mais uma coisa, leve a garota para a sua casa.

Um arrepio percorreu por toda a minha espinha. Olhei ao redor para ver se tinha alguém conhecido, tentei manter o máximo da calma ao me aproximar dele, falei o mais baixo possível:

— Temos um trato! — Lembrei — Você disse que cuidaria da menina enquanto eu...

— Enquanto você se diverti em vez de assumir sua responsabilidade como pai? –- Ele passou a mão nos cabelos — Como seria se todos soubessem que você tem uma filha?

Velho estupido. Trinquei os dentes.

— Eu já lhe dei metade das minhas ações... o que mais você quer para permanecer de bico fechado?

— O que eu mais quero não tem como você trazer de volta, desgraçado! — Ele respondeu com os punhos cerrados. — A única coisa quero ver é você apodrecer no inferno. É o que merece por ter matado minha filha!

Fiquei olhando para ele, incrédulo.

Louis estava com os olhos vermelhos, cheios de ódio, mas o que me chamava atenção era as lágrimas contidas. Sempre que o via, nossa conversava pegava esse rumo.

— Você sabe que sua vida está em minhas mãos, não sabe? — O sorriso que ele me mostrou era demoníaco — A partir de agora, eu quem irei decidir o seu destino.

Quando se foi, fiquei parado com meus punhos cerrados que tremiam com minha força reprimida. Um nó se formava na minha garganta, meu peito se apertava e não aguentei... uma lágrima escorreu por meu rosto.

~x~

Sequer sabia quantas horas haviam se passado, mas já era final de tarde. Fiquei vagando pela cidade com o meu carro; até que estacionei em uma praça próxima ao setor onde ficava minha casa.

Permaneci no automóvel. Passei as mãos em meu rosto para tirar qualquer vestígio do meu orgulho ferido. Respirei fundo. O único som que se emitia daquela praça, era a canção dos pássaros. Fechei meus olhos e me deixei levar pela repleta escuridão que ainda preenchia meu coração.

FLASHBACK

O quarto branco era preenchido por um cheiro doce; um odor que me lembrava rosas e eu amava aquele aroma. Adorava desfrutar de seu canto íntimo e feminino, ela agia como uma menina em meus braços naquele lugar. Ah como eu conhecia cada canto daquele cômodo.

Eu e Loren (Júlia), tínhamos acabado de fazer amor. Suas pernas nuas estavam enroscadas na minha, enquanto eu acariciava suas costas com as pontas dos meus dedos. Sua pele bronzeada, era macia como uma pena que minha mão deslizava com leveza.

— O que você acha de uma criança? — Sua voz suave conseguia reter toda a minha atenção.

Arqueei minhas sobrancelhas. Fora uma pergunta que me pegou desprevenido, pensei em não responder, porém seus olhos verdes olhavam para mim com tamanha curiosidade. Sabia que ela apreciava a companhia dos pequeninos, mas eu tinha um pensamento diferente a respeito das pestinhas, então precisei pensar com cuidado nas palavras para responde-la.

— Amor, não sou muito chegado em crianças. — Sorri, sem jeito, mas Loren fez biquinho, querendo uma resposta mais completa — Vou ser sincero, detesto crianças! São barulhentas, encrenqueiras e só sabem irritar!

— Não é verdade! — Argumentou — Eles são fofinhos, inocentes e contagiantes.

— Continuo achando eles irritantes.

Detestava crianças, sempre deixara óbvio esse fato para todos que me conheciam. Nunca soube lidar com elas, então cheguei à conclusão que era melhor manter o máximo de distância dos pequenos.

— Você... — Ela abaixou o seu tom de voz — Você não pensa em ter filhos?

Fiquei alguns segundos em silêncio. O peso de sua pergunta pairou sobre mim.

— Amor, nunca parei para pensar se pretendo ter filhos. — Disse a verdade — Além disso, somos jovens, não estamos preparados psicologicamente para enfrentar tamanha responsabilidade. E outra, temos outras prioridades, uma delas: construir nossas vidas profissionalmente.

Tinha uma mente estupidamente formada por causa dos conselhos do meu pai. Ele sempre me dizia que era melhor crescer na categoria profissional, depois pensar em formar uma família; estava seguindo exatamente as suas palavras — era minha desculpa.

— Hipoteticamente, se a gente acabasse tendo um filho esse ano, Nathan?

Achei que era brincadeira (na verdade, queria que fosse) da parte dela por vim com essas suposições. Era a primeira vez que conversávamos sobre isso, e sei que fiquei muito desconfortável. Não queria nem imaginar; e para acabar com o assunto, acabei dizendo uma das piores besteiras de toda minha vida:

Hipoteticamente, se a gente tivesse uma criança, eu acho que preferia a morte.

FLASHBACK OFF

Encostei minha testa no volante. Cerrei meus dentes e me segurei para não liberar aquela montanha de sentimentos que só aumentavam em meu peito. Aquela dor, aquele vazio....

— O que estou fazendo? — Murmurei ao pensar no caminho em que trilhava a minha vida.

ANNE

Já era quase noite quando eu e o Castiel paramos em uma praça para descansar as pernas. Aproveitamos o dia de Domingo a nossa maneira doida.

Agoniada, resolvi dizer o babado da vez para o ruivo. Desembuchei sobre o que aconteceu na empresa ontem. E ele, por sua vez, perguntou em voz alta:

— O cara tentou te beijar? — Castiel me entregou a casquinha de sorvete de baunilha e sentou-se ao meu lado, demonstrando interesse na fofoca.

— Meu filho, ele começou a me filmar e eu virei uma macaca chita. — Lambi a bola do sorvete — Eu subi no colo dele, toda revoltada porque sou tímida na frente da câmera, só sei que fiquei toda sonsa quando o Boy veio para cima de mim com aquele jeito abusado e charmoso dele.

Castiel tomava o seu sorvete de chocolate em silêncio. Ele estava com uma cara estranha, parecia que estava segurando o que só deus sabe, mas ignorei e falei como um papagaio.

— Daí né, no final, ele disse que me amava!

Pronto. Estava com um sorriso do tamanho do mundo. Parecia uma doida varrida. Cadê os fogos para soltar e comemorar minha vitória? Quando olhei para o Castiel, adivinha? Pois é, ele começou a rir.

— Qual a graça, Orangotango?

— Você aí toda excitada por causa do mauricinho. — Ele deu de ombros — Tem certeza que você não estava sonhando?

— Que sonhando o quê, mermão! Eu lembro de tudinho em seu mínimo detalhe.

— Ok, ok, você não estava sonhando. — Castiel ficou sério — Mas e agora, como as coisas ficam?

— Ué, vou me declarar mais uma vez para ele! Aí, vamos ficar juntos!

O ruivo revirou os olhos e começou a morder sua casquinha, como se aquilo fosse mais interessante que a minha conversa. Indignada, taquei a mão na casquinha dele e como resultado ela caiu no chão.

— Não vai dizer nada sobre o que falei? — Perguntei.

— Anne, a boca é tua. Se declare se acha que isso vai te fazer melhor. — Castiel pegou a casquinha da minha mão e começou a tomar o meu sorvete, mas nem liguei.

— Você acha que estou inventando tudo isso, né?

— Acredito em você, Nanica. No entanto, você age por impulso e não pensa. Pare de achar que a vida é um conto de fadas. Por que você tem que agir? Se esse sujeito disse que te ama, então espere que ele vai agir de acordo com a sua expectativa doida aí.

Não aguentei, tive que perguntar:

— Ele vai querer meu corpo nu?

Castiel me olhou dos pés à cabeça e respondeu na tranquilidade:

— Até que você não é de se jogar fora.

— Eu sei disso, benhê.

— Você é uma figura, Anne.

— Você acha que o Nath vai me mandar flores todas noites em que estivemos distantes, quando a gente tiver namorando?

Comecei a atormentar o pobre do Castiel com minhas perguntas loucas. Ele estava prestes a perder a paciência e me mandar cala a boa, mas não conseguia evitar. Acho que é coisa de menina essa afobação; e ainda comecei a criar várias expectativas.

Só sei que antes de retornarmos, o último conselho de meu amigo foi:

— Não sonhe tanto. Você pode acabar se machucando, Anne.

Sonhar é bom, ainda mais quando está prestes a se realizar. Eu sinto que algo grandioso está por vir. Será que meu pessimismo vai acertar?


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Notas finais do capítulo

~dançando Michael Jackson enquanto espera as tchucas terminarem de ler~
Opa, já está aqui? ~arruma cabelo~
~Toque de suspende~

Que capítulo foi esse? G_G'
Se eu tiver deixado vocês confusa, a respeito do que aconteceu no capítulo, me perguntem! Dependendo, se a pergunta der para responder sem soltar spoiler, Cau responderá com amor e carinho ♥

Mistério básico e alguns segredos começando a ser revelado. Eita, Nathaniel que fria é essa que esse loiro se meteu? O que acharam, minha gente? O que acham que isso pode resultar? Vamos pensar, pois Cau adora ver a cabecinha de vocês funcionando e os palpites que dão