Um Sonho a Dois escrita por Mary Andrade


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gentee eu vou dedicar esse capitulo a Nathy que Recomendou a fIc *-*
Obrigadaa! :*
Boa Leitura!



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Suspirei desolada e fui tirar a bagunça do quarto, ou melhor, transferir a bagunça do quarto para sala e dormir o sono dos justos.

Mais uma vez, meu dia recomeçava exatamente igual a todos, acordava, tomava meu café com leite e ia trabalhar, aquela manhã estava especialmente mais fria do que as outras e não quis ir andando para a delegacia nesse frio então tirei meu carro da garagem e fui escutando música até o trabalho, tinha esquecido o quanto amava dirigir.

Quando estacionei em frente a delegacia pude ver Ruby e Killian de mãos dadas,então desci do carro e cumprimentei sem demora e fui para minha sala onde Regina já colocava uma pilha de papéis na minha mesa.

– Bom dia Regina! - Falei olhando para os envelopes.

– Bom dia e desculpe-me pela bagunça - ela falou sem graça.

– Tudo bem, eu lido bem com isso - notei que tratava-se de registro de ocorrências.

– Emma,me ajuda eu preciso enviar isto até amanhã e tem muita coisa pra organizar.

– Okay,mas vamos precisar virar a noite por aqui - sorri e comecei a ajudá-la.

Passamos a manhã inteira trancadas na sala tentando por em dia, e só demos conta da hora quando a fome nos alertou sobre o almoço, Regina sempre almoçava com o Graham e quando eles saíram eu pedi uma comida japonesa e almocei por ali mesmo, achava que não tinha ninguém na delegacia além de mim, quando vi uma pessoa abrir a porta da minha sala.

– Posso falar com você? - Era Ruby

– Claro - um medo se apoderou de mim, na certa ela descobriu que o Killian tinha ido me visitar noite passada.

– Emma, eu sei da sua história, sei o quanto te magoa falar sobre isso e...

– Você prometeu nunca tocar nesse assunto - interrompi a fala dela.

– Prometi, e eu cumpro minhas promessas só que neste caso especialmente é diferente.

– Diferente como? - Fui até a porta e verifiquei se não havia ninguém por perto ouvindo.

– Isso está interferindo no seu trabalho, na sua vida social - ela chegou mais perto de mim.

– No que atrapalhou? - Perguntei séria.

– Killian me contou sobre o desaparecimento do garoto e da forma como você reagiu - ela segurou minha mão e percebeu meu nervosismo.

– Desculpe eu me descontrolei, foi só isso

– Nós duas sabemos que não foi só isso Emma, sabemos o que há por trás dessa reação,porque você não procura por...

– Não, eu não vou procurar ninguém. Eu tomei minha decisão há três anos.

– Okay Emma sua vida, seus problemas eu só não posso e não vou deixar que isso interfira aqui dentro - ela saiu da sala e eu olhei para meu almoço esfriando,mas meu apetite foi embora então fui até a praça em frente e dei a um morador de rua.

Aproveitei os minutos que restavam da hora do almoço e fui dar uma volta por lá respirar um pouco de ar puro, estava sentada em um balanço quando ouvi uma voz desconhecida do meu lado.

– Conheço o pesar desses olhos - me virei e vi uma mulher jovem, devia ter seus vinte anos no máximo, com um vestido longo florido e cabelos soltos.

– Desculpe, nós nos conhecemos? - Perguntei intrigada

– Meu nome é Alicía, sou sua irmã - ela falou sorrindo.

– Irmã? Não, você está me confundindo moça, eu não tenho irmãos - falei me levantando do balanço.

– Todos nós temos, todos somos irmãos e isso nos torna indiretamente responsável por zelar e cuidar do próximo.

Na certa essa doida tinha fumado alguma coisa e tava viajando.

– Alicía, é bonito seu pensamento mas... Não funciona na vida real.

– Viu? Você aprendeu meu nome rápido, tem um bom raciocínio.

– Obrigada, a conversa está boa, mas tenho que voltar ao trabalho

– Tome - ela me entregou um panfleto dobrado - me procure.

– Tudo bem - peguei o panfleto dobrado e coloquei no bolso,voltei para delegacia fui até o banheiro, lavei meu rosto, e ajeitei o rabo de cavalo do meu cabelo.

Já estava de volta ao meu serviço quando Killian veio até minha sala.

– Boa tarde, a quanto tempo - ele entrou e sentou na ponta da minha mesa.

– Boa tarde - respondi seca.

– Vai ficar com raiva de mim por muito tempo?

– Não, você fez seu trabalho de namorado dedicado e fofoqueiro, está tudo certo - falei irônica.

– Qual é? Vou pagar de vilão agora? - Ele se irritou

– O que você ganhou falando isso para ela? - Perguntei séria

– Eu não tive intenção de atingir, minha intenção era...

– De boas intenções o inferno está cheio, é por isso que não acredito nas pessoas, porque elas nos enganam facilmente - respirei fundo e voltei aos papéis.

– Eu te enganei? Tem certeza Swan? Por que a única pessoa que está se enganando é você.

– Pare de falar como se me conhecesse, pare de agir como se fosse melhores amigos, porque não somos - olhei irritada para ele .

– Eu sou um cara do bem, detesto brigas e isso já está virando uma - ele saiu batendo a porta.

Levantei, bebi um copo de água e peguei o panfleto que recebi da mulher esquisita na praça, revirei os olhos quando li,não acreditava que era a cigana,já ia rasgando o papel mas mudei de ideia e guardei na bolsa,do jeito que as coisas estavam uma fézinha não faria mal.

Regina voltou e continuamos nosso trabalho, eu notei que ao cair da tarde ela já estava cansada demais e como eu não tinha nada melhor pra fazer, a mandei ir para casa que eu faria hora extra para dar conta dos registros.

– Faria isso por mim? - Ela perguntou massageando a testa devido a dor de cabeça.

– Claro, pode ir - ela me deu as chaves da delegacia, e como todos já tinham saído eu tranquei a porta, fiz um café e voltei a trabalhar. Coloquei uma música bem baixinho no meu celular e senti uma paz me envolver subitamente quando a música "Just the way you are" começou, então fechei meus olhos aproveitando aquela sensação, enquanto cantava junto com a música

"Don't go changing, to try and please me

You never let me down before

Don't imagine you're too familiar

And I don't see you anymore

I would not leave you in times of trouble

We never could have come this far

I took the good times, I'll take the bad times

I'll take you just the way you are"

Ai como eu queria que alguém me quisesse do jeito que eu sou, me aceitasse com todos meus defeitos e inseguranças, algumas lágrimas brotaram no meu rosto e pela primeira vez eu não resisti deixei que elas lavassem toda dor que estava em mim e ainda levada pelo ritmo da música continuei a cantar.

"I said I love you and that's forever

And this I promise from the heart

I couldn't love you any better

I love you just the way you are

Right"

Quando senti uma presença na sala e abri meus olhos devagar, era só o que faltava a delegacia ser mal assombrada, não acreditei no que vi, preferi ter visto um fantasma mesmo.

– Killian?

– Você tem uma voz bonita Swan, se não der certo na carreira policial, já tem empresário - ele piscou sorrindo para mim.

– O que diabos você faz aqui?


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Notas finais do capítulo

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