Human World Observation escrita por Lady Pompom


Capítulo 8
Capítulo 07: Crianças


Notas iniciais do capítulo

Essa história não tem qualquer relação com fatos, pessoas ou lugares da vida real. É uma obra de ficção com fins de entretenimento.



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Após algum tempo num hospital, Eileen finalmente pôde voltar para sua casa. Odiava ainda mais aquela criatura maligna sem qualquer respeito que parasitava seu doce lar. Assim que pôs os pés na residência, ouviu uma discussão, vindo de dentro da casa...

_Não podemos...! –a voz masculina falou-

_Podem. Isso é algo fácil, e já havia dito de antemão que organizaria meus horários de estudo, isto também faz parte da observação. –era a voz do alien que soava calma, como sempre-

Correu até o local onde se originava o som: a sala de estar. E para sua surpresa encontrou sentados no sofá duas figuras, que conversavam.

_Comandante Gilbert...?

_Oh... –ele a viu entrar no cômodo- Hmrrr... –pigarreou- Como eu dizia, não é possível fazer este “estudo programado” que mencionou.

_Por que não? –Siv encarava o homem, aguardando uma explicação plausível, conservando o sorriso cínico-

E quando se diz “plausível”, quer dizer algo bom o suficiente para convencer um alien arrogante de mais de dois metros que poderia refutar sugestões até estar satisfeito com o que lhe fosse apresentado.

_Qual o problema? –se intrometeu a recém-chegada-

_O governo se nega a ceder aos meus pedidos. Mais uma vez.

_E qual foi o seu pedido desta vez?

Ela procurava nas expressões dos dois alguma dica para saber se era algo sério, tentaria intermediar se fosse. Ficou preocupada ao ver a apreensão de Gilbert.

_Eu acabei de explicar sobre meu programa de estudo humano. Decidi que começarei estudando-os desde que nascem, para ter alguma base sobre o porquê do fraco desenvolvimento de vocês. No entanto, -ele lançou um olhar afiado sobre o outro homem- Ele me diz que não posso fazer isso...

_Sr. ? –Eileen também direcionou o olhar para Gilbert-

Bem... Isso só me parece mais uma das exigências egoístas dele... Dessa vez ele disse que quer estudar, não me parece haver um problema... Por que o Comandante está...?

_Não posso permitir que se aproxime de crianças! São inocentes! –disse em tom firme-

_Eu só quero observar os métodos de ensino que vocês usam para o aprendizado de sua espécie. –suspirou- E mesmo eu tendo dito isso tantas vezes, insistem que represento uma ameaça?

_ É arriscado... Crianças não estão prontas para ficarem próximas a um indivíduo como você!

_Como eu? O que tem de diferente entre eu e outro humano, exatamente? –levantou-se com um sorriso sarcástico e deu um giro- Viu? Perfeitamente humano, o propósito do disfarce é este, se misturar sem ser notado, não? Caso contrário eu poderia ter mantido minha forma original todo este tempo...

_... Não... –O Comandante negou-

_Siv, não há o que estudar com crianças... Se quiser tanto saber os métodos, pode perguntar a professores ou algo do tipo, mas não precisa envolvê-los nisso... –a mulher tentava convencê-lo-

_Não adianta. Eu tenho que ver com meus próprios olhos e fazer uma análise sob a perspectiva de minha raça. Se contentaria apenas lendo a narração sobre o sabor de uma comida ou provando-a? O caso é o mesmo.

_Eles não são comida! São pessoas!

E a discussão perdurou até que desistissem de tentar impedi-lo, como o mesmo não voltava atrás na decisão e insistia que não haveria nenhum problema...

...

Não acredito...

A mulher andava raivosa por um corredor cheio de portas, acompanhada de Siv. E atrás deles, um homem jovem, baixo, cabelos pretos e olhos castanhos andava com os braços para trás, tinha uma postura rígida e não desgrudava os olhos dos dois à sua frente.

Isso sempre termina assim... Quando não conseguem resolver... Mas por quê? Por que tinham que jogar nas minhas costas de novo?! Por que eu tenho que ser a babá desse extraterrestre e impedir que ele machuque crianças?!

E ainda tem esse cara das forças especiais, esse tal de... Blake... Que o comandante mandou para que nos vigiasse, ou melhor, vigiasse o Siv... Se ele podia mandar o pessoal dele, porque me fez vir afinal?! Humph... Deve ser porque iríamos ver crianças... Acho que soldados à paisana não encaixam muito no perfil pra agir nesse tipo de situação. Será que não tinha nenhum soldado mulher pra vir no meu lugar?

_E-então... Isto é uma creche-escola... –explicava, tentando esconder a irritação- Desde a infância as crianças frequentam este lugar para aprender tudo sobre o mundo...

_Sim... Gostaria de começar por os bebês... Onde eles estudam? –olhava ao redor-

_Bebês? Está falando das criancinhas cm menos de 2 anos? Porque se estiver, esta escola não abrange o jardim de infância...

_Não, os bebês, recém-nascidos... –a encarou estranhando-

_Bebês... Não estudam na escola... –parou de andar abismada-

_Como assim não estudam? –ele franziu o cenho confuso-

_Bebês não entendem nada ainda, eles mal falam!

_Não compreendo... Gostaria de uma explicação, humana.

_Bebês não nascem sabendo de nada, eles aprendem a falar aos poucos, e só começam a estudar com dois ou três anos de idade, no caso de famílias que possam pagar, e no caso de creches públicas, só começam a estudar com 4 anos. De onde tirou que recém-nascidos vão à escola?

O cabo Blake assistia à discussão com uma das sobrancelhas arqueadas, era uma cena curiosa que acontecia ali...

_No meu planeta, assim que nascemos recebemos o conhecimento sobre o vocabulário, afinal, comunicação é essencial. Depois, assim que tudo está em nossa mente, estudamos tudo sobre o mundo, e quando atingimos a idade adulta, somos designados para a área mais compatível com nossas habilidades. Por que o estudo de humanos tem eu ser tão mal elaborado e esquisito?

_O seu planeta que é esquisito! –disse com certa repulsa- Coitados dos bebês do seu mundo! Como podem condicionar crianças dessa forma? Você não teve infância?

_É claro que tive, uma infância recheada de pesquisas e descobertas científicas. –disse sorrindo nostálgico, dando um ar sinistro- E não é “condicionamento”, nossa raça é muito evoluída graças a estes esforços!

_Não vou nem comentar... Mas saiba que aqui é muito diferente. Bebês não falam desde que nasce e nem vão à escola antes dos dois anos. A primeira educação que recebemos é a familiar, o contato com os pais ou parentes que educam, e só depois vão ao ambiente escolar. –explicou- Ah! Veja só, é isso que crianças fazem na escola! -apontou para a porta da sala-

Através do vidro da porta, podia-se ver crianças do jardim da infância brincando de pintar, com massas de modelar, entre outras atividades.

_Estão ensinando arte? Para que possam ter uma visão subjetiva e interpretar o mundo de forma abstrata? –olhou um pouco confuso-

_Não, elas estão só brincando. –riu do comentário exagerado-

_Vocês... Retardam suas crianças...? –olhou com reprovação-

_Não! Crianças adoram brincar, não tem como empurrar um monte de informações na cabeça delas e esperar que virem gênios, são crianças! Além disso a brincadeira também gera o aprendizado!

_Humph. Entendo o nível de inteligência de vocês agora... Crianças humanas conseguem ser ainda mais inúteis que os adultos... Que surpresa. –disse irônico-

Eileen suspirou e passou a mão pelo rosto, impaciente com aquele homem de mente fechada.

Aa-ah! Não adianta falar nada, ele sempre despreza todos. Pobres crianças... Já posso imaginá-las chorando quando ele começar a enchê-las de perguntas... Ah, espera, eu estou aqui pra impedir isso, não é?

Ah... Eu mereço...

_De qualquer forma, -disse Eileen- Vamos à diretoria, temos horário marcado, a diretora disse que nos explicará tudo sobre a escola...

...

_É um prazer, diretora. –Eileen cumprimentou-

_O prazer é meu. –sorriu a outra-

Era uma mulher já de meia idade, de presença, e com um sorriso no rosto.

_Fico feliz em participar deste programa do governo. É bom saber que fazem tantos esforços a ponto de estudar a fundo a educação infantil.

Ah! De novo isso de “programa do governo”? Será que eles não podiam ser mais criativos não? Sinto que muitos outros programas falsos serão criados se continuarem dando essa mesma desculpa...

_Haha... –riu sem graça- Claro! Por isso mesmo o Sr. Borghild, o sociólogo veio hoje. –a mulher apresentou o alien-

_Bem, por onde gostariam de começar?

_Bebês. –respondeu o alienígena sem interesse-

Um arrepio percorreu a espinha de Eileen, não gostava da ideia de uma criatura perigosa perto de criancinhas indefesas. E pior ainda, a forma como ele introduziu o assunto de seu interesse sem pensar em palavras melhores.

_Ah! Sim, acho que deve ter ouvido falar, mas nossa escola possui uma creche anexada ao prédio principal, muitas das crianças que ficam na creche acabam virando alunos regulares da escola quando chega à idade... –disse a diretora sorridente-

_Então, poderíamos começar por lá? –Siv pôs o sorriso propaganda de sempre em seu rosto-

_Claro!

...

Na creche...

...

_Aqui estão os bebês, o mais novo tem apenas 6 meses, a mãe trabalha e não pode cuidar dele, já os outros 10 tem idades entre 10 meses e três anos. –explicava a diretora-

A cena era de um bando de bebês andando, alguns se desequilibravam, uns brincavam com algumas pecinhas de montar, outros só ficavam batendo no chão e fazendo sons, uns choravam e outros conversavam entre si, com as poucas palavras que conheciam.

_Vou deixá-los aqui, a professora da creche explicará tudo que precisarem. –despediu-se e saiu-

_Isso... É a raça humana? –o alienígena encarou Eileen com um ar de descrença-

_São crianças, ainda estão em fase de desenvolvimento. Todos ainda usam fraldas, o que espera?

A professora brincava com alguns, distraída. Siv se aproximou do pequeno berço onde ficava o bebê, que estava sentado e tentava colocar os pés na boca.

_Ga...

_Hum... –o alien pegou o bebê e o levantou alto, pra poder analisá-lo-

_N-não toque nele!-Eileen sussurrou suprimindo um grito para evitar atenção desnecessária-

_O que há? Só quero ver... Ele é minúsculo... Como vocês humanos podem nascer deste tamanho? –dizia perplexo-

_Na verdade são ainda menores quando nascem, mas coloque-o de volta no berço, vai assustá-lo!

_Da! –o bebê tentava pegar no rosto do alien-

_Ha... Admita, humana, meu disfarce é perfeito. -dizia num tom convencido enquanto o bebê batia no rosto dele- Até esta criatura se convenceu!

_... Ele não sabe nem o próprio nome, claro que não sabe a diferença entre você e um humano comum! –disse irritada-

_Não entendo...

O alienígena fitou o bebe por alguns segundos e apertou o corpinho dele, como se estivesse perplexo com algo.

_Por que este humano tem um corpo mole? Não tem ossos? –aperta-

_Não o aperte! –bronqueou discretamente-

_É algum tipo de má formação? Ele parece só ter fluídos no corpo... E já é tão pequeno, com um corpo mole desses...

_Bebês tem mais água no corpo do que adultos, além disso, os ossos são mais frágeis, ainda estão se fortificando! –explicou rápido, tentando tirar o bebê das mãos do homem-

Não posso deixar um inocente nas mãos dele!

_Hum... –disse sem interesse, colocando o bebê de volta no berço- O quê? –disse ao notar o olhar perplexo da mulher sobre ele- Ah...

Ele suspirou e voltou-se para ela, com um olhar sério no rosto.

_Não responda, sei o que está pensando... Vocês insistem mesmo na ideia de que eu posso deliberadamente feri-los, não é? Me diga, por que pensa que eu machucaria um humano, ainda mais um que consegue ser ainda mais frágil do que o resto de vocês? Isso não me traria honra ou benefício algum. –franziu levemente o cenho- Os únicos que estão criando um monstro à minha imagem são vocês...

Siv saiu da sala, seguido por o cabo Blake, que ousou lançar um olhar por sobre os ombros, para encarar a mulher estática. Depois ela os seguiu, calada. Enquanto andavam pelos corredores, um sinal tocou, era a hora do intervalo das criancinhas. Uma horda de pequenos humanos saiu correndo de cada sala, felizes ziguezagueando pelos corredores, quase chegando a trombar nos três adultos.

_O que vai fazer agora...? –a mulher perguntou-

_Onde eles costumam se reunir?

_Hum... Acho que no pátio... –apontou para o lado de fora por uma das janelas-

E lá estavam as crianças, reunidas no pátio que possuía brinquedos infantis, árvores e terra para o bel prazer dos pequeninos. Corriam e um lado a outro, escorregavam pelo escorregador, brincavam com a areia, se escondiam pelo terreno.

_... –o alienígena os encarava entediado- Entendo porque ficam tão burros quando crescem... Tudo que fazem se resume ao lazer...

_Como eu disse, são somente crianças, elas são puras e inocentes, não entendem a realidade do mundo ainda. –dizia emburrada- E nem pense em dizê-las que é um alien, se disser isso vão te atazanar com perguntas o resto do dia ou chorar... –suou frio com a última opção-

_Por quê? Me considerariam perigoso?

_Não, alguns devem ter como “legal” e outras vão ficar com medo de você, mas esse não é o ponto. Quero dizer, se falar para elas que é um alien, elas acreditarão, se disser que é mau, acreditarão, elas acreditam em tudo que disser.

_... Não são espertas então... Se nem sabem discernir quando lhes contam algo verossímil ou enganoso...

_Elas não têm malícia para isso... –suspirou sem vontade de tentar explicar de forma clara sobre os pequeninos-

Uma menininha, que mal batia no joelho de Siv, veio correndo, e quase caiu, se apoiando na perna do homem.

_Moço bonito. –ela disse com a vozinha fina e infantil- O senhor é do gorverno?

_Hum? –fitou a de cima, inexpressivo-

_Você tá de terno... É do governo?

_Ah, quantos anos você tem menininha? –Eileen sorriu-

_Três. –tentava fazer com os dedos, com certa dificuldade- O moço é do governo? Meu papai é do governo também... –disse se equilibrando sozinha- ele disse que homem do governo usa terno...

_...

O alienígena a encarava sem emoção e Eileen assistia a menininha com um sorriso no rosto.

_Papai tá trabalhando... –começou a riscar o chão com um pedaço de giz que tirou do bolso do vestidinho- Ele falo que tinha que trabalhar mais pra proteger a cidade...

Ela riscava e riscava fazendo os desenhos contidos em sua imaginação, depois olhou de soslaio para o alien.

_Tem muito monstro malvado sabia? Papai expulsa os monstros pra mim. Se vê meu papai fala pra ele volta cedo pra casa. Eu quero brinca com meu papai...

Siv agachou-se para olhar a garotinha mais de perto, ficando quase da altura dela e sorriu maldosamente.

_... E se seu pai não conseguir expulsar esses “monstros malvados” algum dia?

_Não, não. –gesticulou com o indicador, confiante- Papai é forte, monstro malvado vai embora.

_... É mesmo...?

_U-hum... –dizia distraída com a arte que fazia no chão-

Depois de terminar o desenho no chão, a menina saiu correndo, satisfeita com sua pintura infantil de um dinossauro e um homem de terno o enfrentando.

_Heh. Desenhou o tipo de “monstro” errado... –comentou o alien pondo-se de pé propriamente-

_Siv...?

_Entendo, então quando menores vocês são desprovidos de raciocínio científico e acreditam na imaginação... De quando nascem até se tornarem adultos vocês são “deseducados” sobre tudo. Não treinam a capacidade total que seus cérebros poderiam ter se fossem utilizados, desestimulam a atividade crítica, e são ensinados a viver num sistema incapaz de garantir sua segurança. Deseducados sobre o que importa e “educados” para se tornarem bons cidadãos inconscientes da realidade total de seu mundo... E tem tanta capacidade quando nascem... Pena que se tornem terrivelmente agressivos e burros quando crescem... –suspirou sem esperanças- Criatividade é um elemento importante afinal... Mas vocês desperdiçam tão facilmente...

E-Eu não vi isso... Siv Borghild, ou melhor, aquele alien que se gaba por ser sempre o melhor, se agachou para se igualar em tamanho a uma garotinha, e mais ainda, cumprimentou-a pela criatividade? E fez um elogio às crianças?! É um sonho? Estou delirando?

_Sr. –O cabo Blake se dirigiu ao Alien- Não terminou seu “estudo” ainda?

_... Eu irei observar um pouco mais.

E assim foi. A mulher não tirou os olhos do extraterrestre que sentou-se e ficou ali, parado, observando aquelas crianças. Ele refletia sobre algo, mas ao mesmo tempo, parecia desfrutar de sua observação. Um sentimento que ela conseguia compreender bem o que era.

Ao fim da tarde, quando as crianças estavam indo embora, Eileen e os dois homens se dirigiram à sala da diretora, agradeceram pelo acolhimento da escola, e foram embora.

_Não me diga que vai escrever mais depreciações a raça humana em seu relatório... –a mulher dizia decepcionada-

_Hum... –ele demorou alguns segundos para dar uma resposta conclusiva- Sim.

_Ah! Sabia! De novo?! O que há de errado desta vez? –suspirou emburrada-

_Vocês humanos quando nascem tem uma capacidade impressionante de evoluir e armazenar conhecimento, mas ao longo do tempo, os mais velhos degeneram esta capacidade, atrofiam o conhecimento que poderiam adquirir por conta de uma ordem inválida e indigna de reconhecimento. Vocês retardam criaturas que poderiam ser muito mais inteligentes e evoluídas do que vocês mesmos, por puro capricho. –disse sério, com certo desdém na fala- Em vista de uma corrupção educacional destas, não confie que terei boas explicações a relatar para meus superiores.

_...

E de novo ele vem com seus discursos sobre o modo como a sociedade educa... Será que ele não poderia ao menos ver um ponto positivo? Somos uma raça evoluída também!(quero dizer, até certo ponto)

Ele encarou a mulher e sorriu, achando graça do pensamento dela.

_Siv Borghild... –disse irritada- Poderia parar de ler meus pensamentos?

_Força do hábito.

_Nem ouse usar esses ditados daqui contra mim!

E passaram o resto da viagem de carro discutindo, ou melhor, Eileen continuou discutindo. O cabo Blake, que dirigia o carro, vez ou outra olhava pelo espelho da frente o monólogo da mulher. Não conseguia entender a casualidade com que os dois no banco de trás se comunicavam. Aquela mulher tinha mesmo noção de que estava falando com um ser de alta periculosidade vindo de outro planeta?

Deu de ombros. O trabalho dele não era analisar ninguém. Só estava ali para garantir que tudo ocorresse em segurança, sem que ninguém fosse ferido e sem que a identidade do E.T. fosse revelada.

...

Num escritório, num andar alto de um dos arranha-céus da cidade, o cabo Blake entrou numa sala e fez continência.

_Estou aqui para fazer meu relato Sr.!

_Sim...

Disse um homem que estava escondido pela alta poltrona de acolchoado preto, que estava virada de costas para o soldado.

_Ele demonstrou comportamento normal, no entanto, em diversos momentos se referiu à sociedade e à raça humana em si com críticas altamente ofensivas e agressivas. Não machucou nenhum civil, nem revelou sua verdadeira forma em frente aos cidadãos.

_Suponho que sim... –a voz masculina soou de trás da poltrona- Ele é um ser altamente inteligente, não levantaria críticas sem cabimento, muito menos se mostraria em frente aos civis...

_Ele pareceu ter interesse nas crianças. Observou-as o suficiente para conseguir informações no período matutino, ainda assim, quis continuar a observação no período vespertino também.

_Hum... Curioso... O Alien que gosta de crianças... –riu-se-

_Devo pontuar que a proprietária da casa na qual ele vive parece estar em termos relativamente amistosos com a criatura. Apta para negociar.

_... Uma informação muito interessante, devo dizer... –seu sorriso foi visto- Tudo bem... Está dispensado Cabo.

_Sim, Sr. Ministro!

E o soldado deixou a sala, abandonando o ministro ali sozinho, que iniciou um monólogo solitário.

_Então ele não e tão impressionante como parece... Algumas fraquezas já estão aparecendo... Interesse em crianças hum? Com certeza algo aproveitável... Então... Por onde devo começar o plano para eliminá-lo da terra? Huhuh...

Um sorriso maléfico surgiu na face do homem, oculto em suas conspirações. Que tipo de planos tem em mente? Para onde levará esta ambição?


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