Em teus braços escrita por Isabella Cullen


Capítulo 13
O reencontro. O recomeço.


Notas iniciais do capítulo

Ando doente meninas, sentar aqui e postar foi um esforço muito grande, desculpa a demora. Obrigada pelas recomendações e Mps carinhoso, eu sei que não posso agradar a todos, Bella tomou duas decisões e achei sensato. No final tudo acaba bem não é mesmo?
Meninas o carinho de vocês me fez postar hoje, tem um epílogo, mas eu não vou conseguir postar antes do dia 1 ou do 2 meus amores. Até lá minhas lindas e que bom que vocês gostaram!



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O carro parou. Eu olhei para o nosso palácio. Eu sabia que a estrutura dele não tinha mudado, eu sabia que aqueles muros ainda guardavam muitas tradições e história. Só que eu não sabia descrever o quê, mas algo tinha mudado.

– Essa é a entrada das mulheres senhora.

Eu sabia, já tinha entrado várias vezes por ela. Ninguém veio nos receber e eu estava grata por isso.

– Marque uma visita para os lugares que me mostrou Afrim, não sei se essa é a sua função...

– Eu estou aqui para servir a família do Sheik Kira. Pode designar uma das mulheres caso se sinta mais a vontade.

– Não Afrim, eu quero que você cuide disso, marque para...

Eu queria tanto ficar com Edward.

– Daqui a uma semana senhora acho um tempo justo para eles se prepararem para receber a senhora como deve ser. Tenho certeza que isso os fará muito feliz.

– Oh... obrigada Afrim.

Eu entrei pelas portas largas, tudo tinha um ar novo e bonito. Deveria ser porque eu não estava mais assustada com meu futuro e nem pensando o que seria de mim, eu queria estar aqui e sabia que Edward queria que eu estivesse aqui com ele.

– Alá seja louvado!

Olhei para o lado vendo Samira e algumas mulheres sentadas no pátio um pouco distante. Logo elas se levantaram e vieram até mim. Sorri para todas reconhecendo alguns rostos.

– Senhora! É tão bom revê-la. O nosso senhor ficará nas nuvens...

Ela começou a ditar ordens rápidas, mas eu a interrompi.

– Quero ver meu marido Samira.

– Vou mandar alguém...

– Onde meu marido está Samira? – perguntei de maneira firme, mas calma e baixa.

– Não quer tomar um banho e se refrescar?

– Não Samira, vou até o escritório dele.

Eu ia continuar a caminhar quando ela falou.

– Ele está com Zara e o pai, ele vai tomar a segunda esposa.

Me virei sorrindo para ela. Eu sabia que ele nunca faria isso, mas acho que todos esses anos fora deram a entender que eu e ele seguiríamos esse caminho.

– Então vou cumprimentar a mais nova noiva dele.

Eu continuei andando sem dar muita atenção tanto aos comentários que agora eu entendia por estarem mais baixos e lentos. Nesses anos eu me empenhei em aprender a língua de Edward comum professor particular e entender seus costumes e tradições. Até mesmo escrevi uma carta para ele, curta, mas foi o suficiente para Edward expressar como estava feliz em outra carta que veio mais rápida que as demais. Veias do meu coração, era assim que ele me chamava, o professor me explicou que isso era algo como minha vida. Quando o homem chamava a mulher assim, era porque ela era o que dava a vida a ele. Sorri encantada mais uma vez, essa lembrança me fazia ter aquela sensação de estar apaixonada pela primeira vez.

Andei calmamente, eu sabia o caminho, apesar de ter feito ele poucas vezes eu sabia o caminho. Os guardas me olhavam surpresos, era como se estivessem vendo um tipo de fantasma. Sorria e então continuava meu caminho. Meu coração acelerou quando eu vi a porta. Ela estava entreaberta, mas eu parei ao ouvir a voz dele.

– Achei que sua filha estava comprometida com meu primo.

A voz dele era um canto aos meus ouvidos.

– Minha filha deseja primeiro saber se será útil para nosso reino. Sendo sua segunda esposa é claro.

O pai de Zara era tão ardiloso quanto ela, eu tinha certeza disso. Esperei para ouvir a resposta de Edward.

– Não tenho a intenção de me fazer desse direito, eu e minha esposa estamos muito bem.

– Mas ela não gera herdeiros, vive longe... não está ficando mais novo a cada ano e o povo espera o herdeiro. Os povos distantes comentam que sua mão firme não se aplica ao seu lar, uma segunda esposa presente pode...

Nessa hora eu entrei. Zara e o pai ficaram brancos ao me ver, mas eu não estava ali. Estava mergulhada naqueles olhos verdes e lindos. Estava sentindo a emoção da reaproximação e então Edward se levantou sorridente, veio até mim e me beijou. Naquela hora não havia tradições, regulamentos ou até mesmo educação. Éramos só nós dois naquele lugar e nada mais. Nenhuma lembrança minha fazia jus aos beijos reais de Edward, era doce e exigente. Era amor e fogo. Quando ele parou de me beijar sorrimos um para o outro emocionados, algumas lágrimas caíram e ele limpou delicamente.

– Ya chrayin l alb. Eu senti tanto a sua falta... – ele disse emocionado.

– Albi maak.

Edward sorriu, era a primeira vez que falava algo para ele em sua língua.

– Meu coração está com você também Kira, vamos...

E então sem muitas explicações nós fomos em direção ao jardim de rosas, ele estava mais bonito do que antes. As rosas estavam seu esplendor, abertas e perfumadas. Edward e eu entramos no meu quarto e nos beijamos, como na primeira vez em que fomos para cama eu e ele não tivemos pressa, matamos a saudade de cada parte dos nossos corpos. Me sentia mais mulher, mais amada e mais completa.

– Você é minha vida...

Ele sussurrou em meu ouvido enquanto me penetrava. Não conseguia dizer nada, eu precisava dele, precisava de muito mais.

Um mês depois...

– Já receberam os estoques para as ambulâncias? – perguntei a uma enfermeira que estava na minha sala.

– Sim, e já conferimos, as ambulâncias novas estão já equipadas e as equipes estão recebendo treinamento. Um instrutor inglês de resgate e salvamento está ajudando aos nossos médicos.

– Isso é excelente, vou pedir a Afrim que organize algo para o recebimento dos diplomas. – ela sorriu para mim satisfeita. – Peça para ele entrar por favor.

Ela somente abriu a porta e ficou dentro da sala educadamente. Afrim entrou com sua túnica branca. Foi ótimo Edward ter me deixado ficar com ele, nos dávamos bem e ele não se intrometia nas minhas decisões.

– Quero uma pequena cerimônia na entrega dos diplomas para a equipe que está em treinamento.

– Com as famílias presentes?

– Sim, isso será ótimo. Também preciso que contrate uma equipe para montar tendas e fazer a comida, podemos fazer no pátio externo do palácio.

– Como fez com os professores?

– Isso Afrim! Muita música e dança!

Ele e a enfermeira sorriram com minha empolgação.

– Nosso senhor pediu para avisar que tudo está pronto para a viagem.

– Sim, acho que Samira já fez uma pequena mala. Ele já chegou?

– Está no carro esperando a senhora.

Levantei rapidamente ajeitando o véu e pegando minha bolsa.

– Cuide de tudo e qualquer coisa ligue para Afrim, estarei fora com o sheik esses dias.

Eu e Edward depois de muita festa para me receber com tudo que ele achava necessário iríamos nos retirar para o nosso oásis, nosso lugar especial. Assim que me viu o motorista abriu a porta da garagem e eu me despedi de Afrim com um pequeno aceno.

– Como foi seu dia Kira?

Sorri vendo Edward sentado com um copo de água nas suas mãos. Assim que me viu ele me entregou e eu bebi.

– Cansativo, como foi a inauguração do novo orfanato?

– Elas queriam você. – ele disse rindo. – Todos que estavam lá ficaram desapontados, mas entenderam que a administração do nosso mais novo hospital é algo primordial. Prometi a nova ala pediátrica com especialidade em doenças crônicas como combinamos.

– Oh Edward! – eu o abracei e ele gargalhou quando a água derramou em nós. O carro se movia pelas ruas e nos beijamos, um beijo quente e desejoso.

– Seu pai ligou e eu prometi que a levaria no natal, está próximo não?

– Sim, eu ainda fico perdida por não ver o tempo frio quando estamos próximo ao natal...

– Trarei neve se quiser... é só pedir...

– Não, eu só quero você.

Ainda tínhamos muitos desafios. Muitas barreiras religiosas, só que lutar ao lado do Edward pela modernidade era excelente, trazer alegria as pessoas e esperanças de dias melhores compensava qualquer ameaça que vínhamos recebendo. Segundo Edward, o deserto era cura para qualquer coisa que vinha nos preocupando e lá estávamos mais uma vez em nosso lugar seguro vendo o por do sol no deserto e esperando as estrelas nos presentear com sua luz.


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