Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 74
Mudar


Notas iniciais do capítulo

Sempre é corrido pra mim, mas hoje tava demais... Ficou curto, nem pude pensar no que aconteceria hoje. Escrevi isso correndo, não tive tempo de revisar. Ignorem os erros!



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Por João Lucas

Ficar horas conversando com a mesma pessoa e nunca enjoar da sua voz, estar abraçado com ela mesmo estando muito calor, ouvir verdades sobre você mesmo e não ficar chateado porque sabe que quem fala te ama e, diz aquilo pro seu bem. Isso são apenas algumas das coisas que acontecem quando se ama.

Estou sentado no mesmo lugar com Eduarda por horas, mas não me sinto entediado, o tempo passou voando, num piscar de olhos. Aliais, isso é outra coisa que o amor faz: Os ponteiros do relógio giram mais rápido.

Ninguém passa por nós, as ruas estão desertas, só há eu e Du, nossas companhias já são suficientes um pro outro...

É estranho como o tempo transforma as coisas, a minha melhor amiga hoje é o meu maior amor, o adolescente irresponsável e rebelde virou um homem responsável até demais. A garota que nunca pensou em ter uma família hoje a vê prestes a crescer mais um pouco.

A notícia de que uma mulher está gravida sempre causa alvoroço, ficamos felizes, fazemos planos, esperamos 9 meses e então nosso coração se enche de um amor gigantesco, tão imenso que chega a ser inexplicável. Uma pessoinha que não passa de 4 quilos ocupa todo seu ser e sua vida passa a ser em função dela. Eu não poderia estar mais feliz em saber que isso acontecerá de novo comigo...

Conversamos bastante hoje, de um jeito que a muito tempo não fazíamos. Ela me contou todos os seu medos, a escuridão da sua alma e eu prometi ser sua luz. Não há nada pior do que se sentir sozinho mesmo tendo alguém ao lado. Ver que essa pessoa não está e nem faz questão de te de ajudar... E de certa forma, é assim que me comportada. Estava ali, porém nunca me fazia presente. Tudo parecia tão bem, meus filhos saudáveis, a vida estável, Eduarda fazendo sucesso... Acho que relaxei, deixei de estar com ela, de me fazer ser visto!

Mas vou mudar, voltarei a ser eu, a me dedicar por nossa família, por nossa vida... Quem sabe não é esse bebe que me trará de volta?! Não gosto de quem me tornei, não sou feliz sabendo que minha família sente minha falta. Pode ser que demore um pouco pra eu voltar a ser quem era a anos atrás, mas o Lucas que prioriza seus filhos e esposa ainda vive em mim, sei disso.
Du: O que você está pensando? - Eduarda me cutuca, vendo que estou no mundo da lua.
JL: Nada, só em como eu gosto de estar com você! - Ela sorri ao ouvir minhas palavras. - E também em como isso foi bom pra mim... Ouvir tu dizendo que to pisando na bola, que não sou mais o mesmo de antes! As vezes sabemos que erramos, mas ainda assim não fazemos nada, talvez por receio das mudanças! É melhor permanecer de um jeito não tão bom, do que se arriscar e tentar viver de outro modo, que talvez não dê certo! - Du escuta calada, mas me olha como se questionasse algo do que eu disse, acho que percebeu antes de mim uma contradição. - É, eu sei o que você pensou. O Lucas de antes não tinha medo de se arriscar, de saltar rumo ao desconhecido... Mas é que amadureci, não posso me dar ao luxo de tentar qualquer coisa, de deixar meu trabalho pra lá, quero dar o melhor pros nossos filhos, pra você!
Du: O melhor que tu pode dar é a sua companhia, seu amor, sua presença... Tenho certeza que nossos filhos pensam o mesmo! Mas falando neles, é melhor irmos embora, está tarde, eles já devem estar dormindo agora... - Ela se levanta e parece um pouco triste. - Havia prometido contar uma historinha antes deles dormirem, falhei de novo! To farta disso acontecer...
JL: Você é uma ótima mãe, se dedica o máximo que pode, não se culpe só por isso...
Du: Eu amo tanto eles que parece que tudo que faço é pouco!
JL: Mas não é! - Eu pego sua mão e juntos caminhamos até o carro dela. - Du, quando a gente dá a notícia da chegada de um irmãozinho pra eles?
Du: Eu ainda não sei, acho melhor esperar um pouco... Ultimamente a Marta anda tão ciumenta, tenho medo da reação dela!
JL: Acho que não precisa, tu vai ver, nossa filha vai compreender e até gostar da ideia de ter mais alguém pra brincar!

Dou um selinho na boca de Eduarda e então a vejo entrando no seu carro. Ela parte em direção a nossa casa e eu a fico vendo ir... Cheguei até aqui com o meu automóvel, por isso não voltamos juntos. Corro até meu veículo e dirijo rumo a meu prédio.

O meu telefone toca, certamente é alguém querendo me perguntar alguma coisa, falar de um evento... Não estou a fim de saber, hoje foi um dia tão bom, não vou estraga-lo com problemas da empresa, ou tendo preocupações atoa! Desligo meu celular e o guardo no porta-luvas, sinto uma paz interior, uma vontade de sorrir, parece que acabei de esconder a minha pior parte ali dentro. Sei que fiz certo!

Chego no nosso prédio e logo estaciono o carro ao lado do de Eduarda, saiu dele e encontro minha esposa me esperando.
Du: Você demorou, já estava com saudades! - Ela sorri.
JL: Tu não vive sem mim em? - Eu a abraço e levo até o elevador. - E eu também não vivo sem você!

Aperto o botão do nosso andar e as portas se fecham atrás de nós.

Beijo apaixonadamente minha esposa e ela corresponde com a mesma paixão. Sinto um fogo subindo por meu corpo, um desejo incontrolável e, percebo que ela também está assim. Nesses últimos anos nunca deixamos de transar, prova disso é o filho que ela carrega, mas não é como antes! Nós não temos muito tempo, eu sempre estou cansado, ela também... Mas hoje é diferente, estou bem disposto e morrendo de vontade de possuí la, de curtir cada momento, de beijar cada parte do seu corpo, de não fazer só sexo e sim amor.

Chegamos no nosso andar e vamos até a porta ainda nos beijando, eu tropeço em alguma coisa e nós dois quase caímos, acho que é um aviso: Olhem por onde andam.

Eduarda ri e eu também não consigo evitar algumas gargalhadas. Me sinto tão leve, parece que um peso que carregava a anos foi tirado de mim. Não preciso me preocupar o tempo todo, nem querer ser o melhor e maior empresário do mundo, tudo isso é tão pouco se comparado ao que eu já tenho! Minha família é meu maior Império, meu diamante cor de rosa, minha fortaleza e segurança.

Abrimos a porta e voltamos a nos beijar. Tudo está silencioso, as crianças já devem ter sido postas pra dormir, Rose já está no quarto dos empregados, a casa agora é só nossa.

Aperto os seios de Du e ela devolve o meu gesto passando a mão por minha bunda, riu daquilo, mas ela pede silêncio.
Du: Fica quieto cara, assim você acorda os gêmeos! - Ela sussurra.

Damos as mãos e caminhamos juntos até nosso quarto. Entramos e Eduarda tranca a porta logo em seguida.
Du: To me sentindo como uma adolescente, levando o namorado pra casa escondido da família... - Ela morde seus lábios e logo vem até mim para mais um beijo.

Minha língua parece dançar dentro da boca de Du, assim como a dela na minha. Sinto as suas mãos passando por meu corpo, seus dedos puxando minha camisa, tudo parece tão desesperado, eufórico... Hoje não precisa ser assim!

Afasto meu corpo do de Eduarda e dou alguns passos para trás. Minha esposa me olha assustada, aparentando não entender porque fiz aquilo, então eu lhe explico:
JL: Vamos com calma, sem pressa! - Falo pausadamente, preciso respirar. O beijo me tirou o folego. - Quero curtir cada segundo, cada momento com você... Faz tanto tempo que a gente não faz amor!
Du: Nem tanto assim, nós sempre...
JL: Não, eu sei! - A interrompo. - O que eu digo é que a gente sempre faz sexo, mas tudo é só por prazer, por desejo! Quero te beijar, sentir seu corpo suado no meu, te ouvir pedindo mais, porém tudo isso devagar, sem desespero. Você é minha, eu sou seu, isso nunca vai mudar! Pra que querer tudo rápido?
Du: Ual, como meu marido é romântico...
JL: Verdade... E ele te ama mais que a si próprio! - Sorriu. - O coração dele nem bate, só faz: Du, Du, Du... - Minha esposa ri e depois fica me encarando em silencio, sei o que ela quer, é o mesmo que eu!

Me aproximo novamente e beijo sua boca, dessa vez com mais calma. Tiro sua blusa e começo a beijar seu colo. Sua pele branca e macia, seu cheiro doce e suave, tudo é tão perfeito aos meus olhos, não encontro um defeito sequer.

Me ajoelho a seus pés e fico de frente para sua barriga. Ali cresce a minha mais nova razão de viver. Dou um suave e demorado beijo e falo para meu filho:
JL: Papai já te ama muito tá?!

Me levanto e vejo Eduarda sorrindo, apesar disso há uma lágrima descendo por seu rosto, sei que é de alegria! Eu a enxugo e então volto a beija-la.

Caminhamos até a cama e Du se senta de costas pra mim, eu afasto seu cabelo e beijo gentilmente sua nuca. Vejo seu corpo todo arrepiado e sussurro em seu ouvido.
JL: Minha mulher, só minha!

Abro seu sutiã e então ela se vira pra mim, a deito lentamente na cama, ficando por cima, e começo a beija-la novamente.

Sinto seus dedos passando por debaixo da minha camisa e então eu a tiro. Nada é tão bom quanto tê-la comigo. Estou sedento de desejo, louco para entrar dentro dela, mas mesmo assim continuo com calma, não quero que isso acabe.

Ficamos só trocando carícias por alguns minutos, até que não aguentamos mais e nos livramos de toda nossa roupa, tudo aquilo que ainda impedia nossos corpos de se encontrarem totalmente, e então finalmente me introduzo dentro dela.

Percebo que Du se controla para não gemer alto, o quarto não tem isolamento acústico e nós não queremos acordar ninguém. Nossos lábios não se desgrudam, eu abafo os barulhos que saem de sua boca com beijos, a sinto arranhando minhas costas, o meu suor começando a escorrer, e ainda assim só quero mais e mais.

Nos amamos por horas e quando infelizmente paramos, sinto todo meu corpo cansado, as minhas costas ardendo onde a unha de Eduarda passou e a respiração totalmente ofegante.

Ela se deita sobre meu peito suado, beija novamente minha boca, e diz:
Du: As vezes a gente complica tando, o fácil vira difícil... Por que tu não tentou começar a mudar antes? Por que eu não te pedi mais atenção com nossa família? É tudo tão simples! - Ela desliza a mão por meu peitoral e sinto que seu ouvido está bem sobre meu coração, escutando os barulhos que ele faz. - Não vamos deixar o tempo estragar nossa relação! Não quero me perder de você nunca...

Eu a aperto mais forte contra meu peito, também não quero me perder dela, mas nem sinto medo disso. Acho que é impossível, ninguém simplesmente deixa cair a sua metade ou esquece em um canto qualquer o que é essencial para a própria sobrevivência... O amor possessivo é um perigo, achar que você é dono da pessoa e das suas atitudes é horrível, mas eu posso dizer isso sem sentir medo de ser rude: Eduarda me pertence, tanto quanto eu pertenço a ela. Ninguém mudará isso!


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Notas finais do capítulo

Olha, eu não tenho jeito, não gosto da mesmice! Já cansei dessa fase ( na vdd detestei desde que criei. ) Amanha vou tentar mudar algumas coisas, pensar em algo diferente. O problema é que quase não tenho tempo pra pensar, geralmente é domingo que crio tudo que ocorrerá na semana, mas no último não pude fazer isso, tinha alguns compromissos que precisavam da minha atenção ali. Vamos ver a ideia que uma noite de sono me trás... Mas sei lá, to perdendo a prática de escrever, outro capitulo ruim! kkk



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