Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 43
Capítulo 43: Alta




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574885/chapter/43

Por Eduarda.

Quando fiquei sabendo que Lucas havia sofrido um acidente, só pensei no pior.

Me lembro de ter desmaiado e acordado alguns minutos depois. Ana estava ao meu lado, e parecia estar a par do que acontecia. Ela chamou um táxi pra mim, já que eu não estava em condições de dirigir, e deu o endereço do hospital ao motorista.

Cheguei lá arrasada, devastada, completamente temerosa.

Mas tudo passou.

Lucas já está bem, fora de perigo, prestes a receber alta.

Nesses dias em que ele esteve internado, eu me revisava entre o hospital e minha casa. Não podia ficar só aqui, tenho dois filhos que precisam de mim.

Martinha e Dinho, estão nesse momento ao cuidados da baba. Meu sogro também está ajudando. Ele aliais, ficou preocupadíssimo com Lucas. Toda vez que eu chegava do hospital, ele me fazia um questionário: "Como ele está hoje?" "Já melhorou?" "Quando tem alta?"

Estou sentada em um pequeno sofá, no leito de Lucas, enquanto o mesmo dorme.

Minha sogra, que havia descido para comer alguma coisa, entra no quarto e me oferece algo.
MM: Trouxe café pra você...
Du: Obrigada. - Digo pegando o copo quente de suas mãos.

Maria Marta se senta ao meu lado, e enquanto eu assopro meu café, na tentativa de esfria-lo um pouco, ela me diz.
MM: É difícil de admitir, mas até que eu gosto de você...

Olho para ela surpresa, e colocando meu café em uma mesinha ao lado, falo.
Du: Você me deixa um pouco confusa sabia? - Sorriu. - As vezes eu tenho a impressão de que você realmente gosta de mim, mas em outras vezes, fico achando que tu me detesta.
MM: Como por exemplo? - Pergunta.
Du: Tipo quando você decide que seu filho tem que se divorciar de mim, sem nos consultar.

Marta sorri e, pegando na minha mão diz.
MM: Toda vez que eu achar que você está fazendo algum mal pro meu filho, eu vou tentar separar vocês dois. Eu sou mãe, me preocupo com ele. Porém, admito que tu até agora fez mais bem do que mal ao Lucas...
Du: Eu nunca vou fazer mal pro Lucas, eu o amo...
JL: E dai? Eu também amava o José Alfredo e, mesmo assim, já fiz mal a ele... O prejudiquei, tentei derruba-lo da presidência da empresa...
Du: Acho que nós duas temos jeitos diferentes de amar... - Falo fitando seus olhos. - Você sente muita falta dele né? - Pergunto.
MM: Ah Du, você nem imagina o quanto...

Vejo a tristeza no olhar de minha sogra, e sinto vontade de lhe contar a verdade. "José Alfredo está vivo, com uma saúde de ferro, nunca esteve melhor..."

Mas não posso fazer isso. E mesmo que fizesse, não ia adiantar nada. Ele não voltaria pra ela mesmo, meu sogro ama a Ísis...

Pego meu café, que a essa altura não está tão quente, e começo a beber.

Nesse instante, vejo que Lucas está acordando. Ele estava se remexendo muito e, eu fico preocupada de estar sentindo alguma dor.
Du: Ta tudo bem meu amor? - Pergunto deixando o copo novamente de lado, e indo até ele.
JL: Sim... - Diz quando abre os olhos. - Foi só um sonho!
Du: E o que você sonhou? - Falo enquanto faço carinho em sua cabeça.
JL: Que eu estava caindo de um penhasco...
MM: Nossa, mas que sonho sem criatividade meu filho! - Diz sorrindo e vindo até nós dois - Todo mundo já teve um sonho parecido com esse.

João Lucas sorri, e se esforça para se sentar na cama.

Ele não consegue sozinho, então eu e Marta o ajudamos.

Quando Lucas se senta, posso ver sua cara de dor.
JL: Ainda dói muito... - Diz me olhando.
MM: Homem é tudo manhoso mesmo.
JL: Você fala isso porque não é com você!
MM: São só três costelas quebradas, em 6 semanas você já esta pronto pra outra!
JL: Pelo menos eu vou poder ficar me recuperando em casa... E com a melhor enfermeira do mundo cuidando de mim! - Diz pegando em minha mão.
MM: Vai começar a melação? - Diz rindo. - Não vou ficar aqui segurando vela... - Marta vai até o sofá e pega sua bolsa. - Brincadeiras a parte, eu preciso mesmo ir. O Maurílio está a minha espera.
JL: Você devia dá um pé na bunda desse cara...
MM: Você sabe que eu não posso. Quando teu pai morreu, ele que nos ajudou a por a Império de volta ao topo. Agora eu tenho que ir!

Marta dá um beijo na testa de Lucas, e um abraço em mim. Quando ela sai do quarto, Lucas sorri e fala.
JL: Agora você já pode me beijar a vontade...
Du: Ué? Mas quem disse que eu quero?
JL: Os seus olhos estão dizendo!

Sorriu, e vou com minha boca em direção a dele. Nossos lábios se tocam, e começamos um beijo. Rápido, quente, cheio de amor.

Ouço a porta se abrindo, e me afasto de Lucas rapidamente. Olho para ver quem é, e vejo uma enfermeira nos encarando.
E: Desculpe por atrapalhar...
Du: Não, tudo bem! - Digo abaixando o rosto. Devo estar corada agora.
JL: Sabe como é enfermeira... Minha mulher não resisti a mim.
Du: Fica quieto Lucas. - Falo lhe dando um tapinha no braço quebrado.
JL: AI Eduarda. - Grita.
Du: Foi mal, esqueci... - Digo preocupada.

A enfermeira que via toda a cena em silêncio, começou a rir de nós dois.

Ela deu o remédio de Lucas, um justamente para tirar as dores, e logo nos deixou a sós novamente.
JL: A gente já pode recomeçar de onde paramos... - Fala mordendo os lábios.
Du: Depois sou eu que não resisto a você... Acho que é ao contrário- Digo me aproximando.
JL: Pois é, eu também não resisto!

Nos beijamos novamente, dessa vez sem interrupções, e quando o folego nos falta, paramos para respirar.

Lucas se deita na maca novamente, e me dá um espaço para que eu me deite a seu lado.

Com muito cuidado, para não machuca-lo, me deito lentamente na cama.
JL: Além de ter você de volta, esse acidente tem outro lado bom.
Du: Qual?
JL: Vou ficar um bom tempo sem trabalhar...
Du: Desse jeito os funcionários não vão mais nem reconhecer o patrão. Você nunca ta lá!
JL: Gostei disso. - Diz rindo. - "Reconhecer o patrão."
Du: Não é isso que você é? A empresa é sua...
JL: Eu sei, mas é que a palavra "patrão" fica muito sexy na sua voz!
Du: Não é nada sexy, você que é tarado.
JL: Tarado por você!

Meu marido aproxima seu rosto do meu e nós nos beijamos novamente.

Ficamos assim por um bom tempo. Trocando beijos, carícias, e palavras de afeto... Até que o sono chega e, adormecemos juntos.

(no outro dia de manha)

Acordo toda dolorida.

Acabei dormindo encolhida no cantinho da maca de Lucas e isso não fez nada bem para minhas costas.

Me levanto com cuidado, para não acordar meu esposo, e vou até o banheiro.

Lavo meu rosto, escovo os dentes, e volto para perto de meu marido.

Ele ainda dorme. Está fazendo biquinho com os lábios. Nunca vou parar de achar isso fofo.

Me sento no sofá, e espero para que o médico venha examina-lo logo. Na ultima vez, ele disse que se tudo estivesse bem, Lucas teria alta hoje mesmo.

Quase uma hora se passa, quando o Doutor entra no quarto.
Dr: E então, como ele está?
Du: Bem... Dormiu a noite inteira! Ta dormindo até agora... - Digo sorrindo.
Dr: E ele reclamou de dor, ou alguma coisa do tipo?
Du: Reclamou. Quando ele se senta, dói um pouco!
Dr: Bem, isso é normal!
JL: Então eu posso ir embora já? - Pergunta Lucas. Ele acordou - Não aguento mais ficar aqui, to com saudade dos meus filhos, saudades da minha casa...
Dr: Eu vou libera-lo para fazer o tratamento em casa. Mas olhe lá, nada de carregar peso ou fazer exercícios físicos. Tente descansar e tomar todos os remédios na hora certa!
Du: Pode deixar comigo! - Digo sorrindo - Ele vai seguir o tratamento certinho!
Dr: Então você terá alta daqui a pouco rapaz... Ah, o gesso do braço vai ser tirado daqui 3 semanas! - O médico ia saindo do quarto, quando Lucas lhe diz.
JL: Só mais uma coisa doutor...
Dr: Pois não?
JL: Eu e a minha esposa, a gente pode trans...
Du: LUCAS - Digo.- Que vergonha né... - Falo, tentando não olhar pro médico.
Dr: Eu sempre escuto essa pergunta! - Fala rindo - Vocês até podem... Desde que você não faça muito esforço. Até porque dificilmente vai conseguir. Recomendo que vocês encontrem uma posição em que o senhor não precise fazer força, nem movimentos bruscos.

Sinto meu rosto queimando. Devo estar tão vermelha quando um tomate.

Eu sei que ele é meu marido, que somos casados e, que todo mundo sabe que um casal faz isso. Mas não consigo evitar de ficar envergonhada ao falar desses assuntos com outras pessoas. A intimidade de um casal, fica na intimidade.
Du: Que mico! - Falo, assim que o médico sai.
JL: Você ta toda corada... - Diz sorrindo.- A gente é casado, para com essa vergonha boba! Precisávamos saber... Ou você não quer ficar comigo?
Du: É claro que eu quero... Só que, sei lá.
JL: Para de bobeira. - Diz. - Vem cá me dar um beijo e me ajudar a levantar.
Du: Levantar pra que? - Falo indo até ele - Você tem que ficar de repouso.
JL: Du, eu preciso ir no banheiro... - Diz rindo. - E não orna eu usar fraldas né? Falando em fraldas, to morrendo de saudades dos Lekinhos.
Du: Hoje você vê eles!

Dou um beijinho em meu marido, e o ajudo a ir até o banheiro.

Espero na porta por alguns minutos, até que Lucas sai, completamente nu, e me diz.
JL: Você me ajuda a tomar banho? Já quero chegar em casa limpo... E eu não queria chamar as enfermeiras, acho que fico com um pouco de vergonha quando elas me ajudam!
Du: Ajudo... - Digo sorrindo.

Lucas coloca um plástico em seu gesso, e eu ligo o chuveiro.

Com a mão que está boa, ele se segura para não escorregar.

Meu marido está com alguns machucados pelo corpo, mas mesmo assim continua sexy como sempre.

Enquanto eu passo a esponja por seu peitoral, sinto um calor me subir! Sei que ele está tão animado quanto eu, isso é visível!

Porém, não podemos. Não aqui, não desse jeito. Lucas não está em condições.

Desligo o chuveiro, assim que ele já está limpo, e o ajudo a se enxugar.
JL: To me sentindo um bebe... Você tendo que me dar banho!
Du: Pois eu adorei! Posso te dar banho quantas vezes tu quiser.
JL: Desse jeito eu vou querer sempre em... - Diz sorrindo maliciosamente.- Até depois deu melhorar!
Du: E eu vou amar...

Dou um beijo nele, e logo lhe ajudo a se vestir.

Quando ele fica pronto, passo seu braço por cima de meu ombro, e o levo até a cama, onde ele se senta para esperar...

Passados alguns minutos, que pra nós mais pareciam horas, ele finalmente recebe sua alta.

Uma enfermeira vem buscar Lucas com uma cadeira de rodas e, o leva até meu carro.

Ele se senta no banco do carona, e eu coloco seu cinto.
JL: E o meu carro em? Ficou muito destruído?
Du: Completamente!
JL: Pelo jeito eu vou andar de carona por um bom tempo...
Du: E eu vou ser a motorista mais feliz do mundo!

Dou um beijo em Lucas, e ele segura minha nuca com a mão boa. Quando nos afastamos, estamos os dois com um sorriso no rosto.
JL: Eu te amo...
Du: Eu também te amo! - Falo fazendo carinho em seu rosto. - Olha aqui, nunca mais se atreva a dar um susto desses em mim! Nem pense em sofrer outro acidente...
JL: Pode deixar!

Ligo o carro e vou rumo a nossa casa.

No caminho, não tiro o sorriso de meu rosto. Estou muito feliz, esperei por esse momento desde que Lucas deu entrada no hospital.

Mal posso esperar pra chegar em casa, e ter meus 3 amores comigo.

No caminho, passo por onde Lucas sofreu o acidente. O local ainda tem estilhaços do carro espalhados pela rua.

Observo aquele lugar e um frio sobe por minha espinha. Lucas podia ter morrido ali!

Sigo o caminho, e depois de alguns minutos, avisto a rua da nossa casa.

Nunca pensei que um lugar me traria tanta segurança.

Ali não é apenas um imóvel! É onde residem as pessoas que mais amo. Onde fica minhas melhores lembranças.

É o lugar em que eu sou mais feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Deixe seu comentário! :)