Pistols. escrita por Blue Cupcake


Capítulo 2
A moto.


Notas iniciais do capítulo

oi bebes, resolvi continuar essa fic ♥



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— M-mas é claro! -Agatha se adiantou. A moto estava do lado de fora da oficina. Era preta, grande, e de uma marca que ela nunca tinha ouvido falar. O metal reluzia, como se ela tivesse acabado de ser lustrada e os pneus eram mais largos que suas coxas. - Uau.

—Eu sei. - Sirius sorriu, presunçoso. Tinha colocado seus óculos de sol. Agatha simplesmente se limitava a colocar a mão na testa para proteger os olhos da claridade.

—Eu não conheço essa marca. É americana? - Perguntou, virando-se pra ele.

—Hã… Claro. - Sirius deu de ombros. Não podia explicar à garota trouxa que na realidade aquela moto era bruxa, e muito menos podia deixá-la saber que ela voava.

—O que aconteceu então? - Ela colocou as mãos na cintura, virando-se para encará-lo. Sirius não pode deixar de perceber que a pele bronzeada dela reluzia com o sol. Tinha pequenas sardas marrons nas bochechas.

—Eu não sei muito bem. Estava andando com ela em Sussex e do nada o motor começou a soltar uma fumaça preta. Logo depois, o motor simplesmente parou. - Agatha sorriu, divertindo-se. - Está rindo do quê?

—Eu sei exatamente o que aconteceu. - Respondeu. - Superaquecimento. Venha, traga ela até a oficina. - Ela foi buscar suas ferramentas. Sirius pegou o guidão e foi levando a moto consigo até a garagem.

A verdade era, não podia levar a moto numa oficina bruxa. Principalmente porque não tinha autorização para usá-la dentro de território trouxa (que fora o que fizera, e isso apenas para paquerar uma mulher que conheceu num bar em Londres). Toda a burocracia que teria de enfrentar iria lhe trazer uma grande dor de cabeça. Logo, preferiu levá-la ali. Afinal, achava que a função de voar não seria perceptível por olhos trouxas, logo, não haveria com o que se preocupar.

Parou com a moto já dentro da oficina. Agatha já vinha com sua caixa de ferramentas, pronta para abrir aquela belezinha.

Sirius sentia-se entediado enquanto ela trabalhava, então resolveu fazer o que mais gostava de fazer.

— Agatha. - Sorriu, sentado no banco verde de espera dos clientes. - Bonito nome.

—Obrigada. - Ela respondeu, seca. Sirius esperou ela perguntar sobre o seu nome, mas a menina não disse nada.

—Há quanto tempo você faz isso? - Ele olhou-a, com os olhos brincalhões. Ela estava ajoelhada, olhando a parte lateral do motor. - Parece bem habilidosa.

A garota é bonita, pensou ele. Seus longos cabelos negros lisos, presos pro alto… A pele bronzeada com sardas… Os olhos verdes faiscantes… e é claro: Seu corpo.

—Desculpe, não vou poder responder agora, estou um pouco concentrada aqui. - Ela murmurou, sem olhá-lo. Foi como se tivessem jogado um balde de água fria nele. Ele cruzou os braços e esperou ela terminar, tentando ler uma das revistas trouxas que estavam em cima da mesa.

Depois do que pareceram séculos pra ele e minutos pra ela, ela terminou. Fechou o motor e deu um suspiro de satisfação.

—E aí? - Sirius ergueu uma sobrancelha.

—Tudo pronto. Só preciso testar. - Ela subiu na moto.

Sirius levantou-se quase de instantâneo, erguendo a mão.

—Pode deixar que eu testo! Não se preocupe! - Ele entrou na frente da moto.

Agatha ergueu uma sobrancelha.

—Ora, deixe disso, eu só vou andar um pouco com ela e ver se está tudo certo. Tenho um olho bom pra defeitos pós-conserto. - Ela acelerou. Sirius entrou em desespero e pulou em direção da moto.

Mas a moto pulou também.

Passou por cima dele, os pneus roçando em seus fios de cabelo, e saiu voando para a rua. Agatha soltou um grito.

Cada vez ela ia mais e mais alto. Agatha morria de medo de altura, e segurou na moto com toda a força que podia. Ela dava voltas e voltas no céu, e ela sentia que ia cair a qualquer momento. Fechou os olhos e rezou pra todos os deuses que conhecia, sem conseguir conter o grito.

Sirius parecia ter um ataque cardíaco. A menina estava a 10 metros de altura e subindo exponencialmente. Não tinha outra escolha.

Pegou sua varinha.

***

A moto já estava no chão mas Agatha continuou gritando. Sirius correu ao seu encontro e a segurou pelos ombros, sacudindo-a.

— Já desceu! -Gritou. - Já desceu, acalme-se mulher!

Ela finalmente criou coragem para abrir os olhos e sentiu o asfalto em seus pés. Ainda estava tremendo muito e o olhava de olhos arregalados. Parecia um filhote assustado.

—Está tudo bem. - Sirius reforçou. “não está nada bem”, pensou. - Já está mais calma agora?

Ela abaixou os braços, que antes abraçavam seu próprio tronco. Abriu a boca pra falar alguma coisa mas fechou-a de novo e simplesmente desceu da moto.

Acertou- o com um soco rápido, forte, na boca. Sirius foi pego de surpresa.

—Que merda foi essa?! - Ela gritou, exasperada. Sua voz estava muito aguda. - Quem diabos é você?! Por quê a moto fez isso?

Sirius ia tentar se explicar (não sabia como) mas ela o empurrou com força e ele caiu sentado no asfalto.

—Vá embora! - Ela gritou, apontando para a rua. - Vá embora daqui! E nunca mais volte! Seu lunático!

Ela correu aos tropeços até a oficina.

Sirius levantou-se, sentindo gosto de sangue na boca. Ficou olhando a oficina, esperando que ela voltasse, mas ela simplesmente tinha entrado pra trás do balcão e ele não a via mais.

—Droga…. - Ele limpou o sangue do canto da boca e olhou em volta. Não havia ninguém na rua naquela hora, felizmente. Mas aquele pequeno acidente com certeza ia lhe causar muita dor de cabeça. Suspirou e subiu na moto. Escutou o motor rugir e foi embora, não querendo nunca mais voltar.


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Notas finais do capítulo

REVIEWWWWWWWWWSSSSS???? amaram? odiaram? meh? comentemmm



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