Pistols. escrita por Blue Cupcake
Notas iniciais do capítulo
oi bebes, resolvi continuar essa fic ♥
— M-mas é claro! -Agatha se adiantou. A moto estava do lado de fora da oficina. Era preta, grande, e de uma marca que ela nunca tinha ouvido falar. O metal reluzia, como se ela tivesse acabado de ser lustrada e os pneus eram mais largos que suas coxas. - Uau.
—Eu sei. - Sirius sorriu, presunçoso. Tinha colocado seus óculos de sol. Agatha simplesmente se limitava a colocar a mão na testa para proteger os olhos da claridade.
—Eu não conheço essa marca. É americana? - Perguntou, virando-se pra ele.
—Hã… Claro. - Sirius deu de ombros. Não podia explicar à garota trouxa que na realidade aquela moto era bruxa, e muito menos podia deixá-la saber que ela voava.
—O que aconteceu então? - Ela colocou as mãos na cintura, virando-se para encará-lo. Sirius não pode deixar de perceber que a pele bronzeada dela reluzia com o sol. Tinha pequenas sardas marrons nas bochechas.
—Eu não sei muito bem. Estava andando com ela em Sussex e do nada o motor começou a soltar uma fumaça preta. Logo depois, o motor simplesmente parou. - Agatha sorriu, divertindo-se. - Está rindo do quê?
—Eu sei exatamente o que aconteceu. - Respondeu. - Superaquecimento. Venha, traga ela até a oficina. - Ela foi buscar suas ferramentas. Sirius pegou o guidão e foi levando a moto consigo até a garagem.
A verdade era, não podia levar a moto numa oficina bruxa. Principalmente porque não tinha autorização para usá-la dentro de território trouxa (que fora o que fizera, e isso apenas para paquerar uma mulher que conheceu num bar em Londres). Toda a burocracia que teria de enfrentar iria lhe trazer uma grande dor de cabeça. Logo, preferiu levá-la ali. Afinal, achava que a função de voar não seria perceptível por olhos trouxas, logo, não haveria com o que se preocupar.
Parou com a moto já dentro da oficina. Agatha já vinha com sua caixa de ferramentas, pronta para abrir aquela belezinha.
Sirius sentia-se entediado enquanto ela trabalhava, então resolveu fazer o que mais gostava de fazer.
— Agatha. - Sorriu, sentado no banco verde de espera dos clientes. - Bonito nome.
—Obrigada. - Ela respondeu, seca. Sirius esperou ela perguntar sobre o seu nome, mas a menina não disse nada.
—Há quanto tempo você faz isso? - Ele olhou-a, com os olhos brincalhões. Ela estava ajoelhada, olhando a parte lateral do motor. - Parece bem habilidosa.
A garota é bonita, pensou ele. Seus longos cabelos negros lisos, presos pro alto… A pele bronzeada com sardas… Os olhos verdes faiscantes… e é claro: Seu corpo.
—Desculpe, não vou poder responder agora, estou um pouco concentrada aqui. - Ela murmurou, sem olhá-lo. Foi como se tivessem jogado um balde de água fria nele. Ele cruzou os braços e esperou ela terminar, tentando ler uma das revistas trouxas que estavam em cima da mesa.
Depois do que pareceram séculos pra ele e minutos pra ela, ela terminou. Fechou o motor e deu um suspiro de satisfação.
—E aí? - Sirius ergueu uma sobrancelha.
—Tudo pronto. Só preciso testar. - Ela subiu na moto.
Sirius levantou-se quase de instantâneo, erguendo a mão.
—Pode deixar que eu testo! Não se preocupe! - Ele entrou na frente da moto.
Agatha ergueu uma sobrancelha.
—Ora, deixe disso, eu só vou andar um pouco com ela e ver se está tudo certo. Tenho um olho bom pra defeitos pós-conserto. - Ela acelerou. Sirius entrou em desespero e pulou em direção da moto.
Mas a moto pulou também.
Passou por cima dele, os pneus roçando em seus fios de cabelo, e saiu voando para a rua. Agatha soltou um grito.
Cada vez ela ia mais e mais alto. Agatha morria de medo de altura, e segurou na moto com toda a força que podia. Ela dava voltas e voltas no céu, e ela sentia que ia cair a qualquer momento. Fechou os olhos e rezou pra todos os deuses que conhecia, sem conseguir conter o grito.
Sirius parecia ter um ataque cardíaco. A menina estava a 10 metros de altura e subindo exponencialmente. Não tinha outra escolha.
Pegou sua varinha.
***
A moto já estava no chão mas Agatha continuou gritando. Sirius correu ao seu encontro e a segurou pelos ombros, sacudindo-a.
— Já desceu! -Gritou. - Já desceu, acalme-se mulher!
Ela finalmente criou coragem para abrir os olhos e sentiu o asfalto em seus pés. Ainda estava tremendo muito e o olhava de olhos arregalados. Parecia um filhote assustado.
—Está tudo bem. - Sirius reforçou. “não está nada bem”, pensou. - Já está mais calma agora?
Ela abaixou os braços, que antes abraçavam seu próprio tronco. Abriu a boca pra falar alguma coisa mas fechou-a de novo e simplesmente desceu da moto.
Acertou- o com um soco rápido, forte, na boca. Sirius foi pego de surpresa.
—Que merda foi essa?! - Ela gritou, exasperada. Sua voz estava muito aguda. - Quem diabos é você?! Por quê a moto fez isso?
Sirius ia tentar se explicar (não sabia como) mas ela o empurrou com força e ele caiu sentado no asfalto.
—Vá embora! - Ela gritou, apontando para a rua. - Vá embora daqui! E nunca mais volte! Seu lunático!
Ela correu aos tropeços até a oficina.
Sirius levantou-se, sentindo gosto de sangue na boca. Ficou olhando a oficina, esperando que ela voltasse, mas ela simplesmente tinha entrado pra trás do balcão e ele não a via mais.
—Droga…. - Ele limpou o sangue do canto da boca e olhou em volta. Não havia ninguém na rua naquela hora, felizmente. Mas aquele pequeno acidente com certeza ia lhe causar muita dor de cabeça. Suspirou e subiu na moto. Escutou o motor rugir e foi embora, não querendo nunca mais voltar.
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REVIEWWWWWWWWWSSSSS???? amaram? odiaram? meh? comentemmm