BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 17
A história de Wendy.




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Passou resto do horário no banheiro. Seu pai havia lhe mandado uma mensagem no dia anterior, só que ela não queria ver. Ela queria que ele tivesse ligado, no enano ela só tinha uma mensagem no WhatsApp dele. Ela não iria abrir, pois ele saberia que ela leu, por isso deixou lá a mensagem. Havia uma de Gabriel. " Desculpe por não ter te ajudado naquela hora, o velho passou um tempão enchendo o saco sobre má conduta na escola. De verdade me desculpe. Não e ajudei porque achei que você saberia se defender, mas eu me arrependi." Marina sentiu seu pulso acelerar, ele parecia realmente arrependido. Isso a deixou feliz, mas lembrou que a sua avó ficaria uma fera com ela. Passou o reso do horário fuçando o facebook, seus amigos, lhe mandaram mensagens dizendo que sentiam a sua falta. Pra não ter que dizer a mesma coisa pra tudo mundo, ela foi no Triângulo negro e disse que sentia a falta deles e que era pra eles visitarem ela a qualquer hora, e que as férias estavam chegando aí pra isso.
Cansada de ficar no banheiro, resolve ir pra outro lugar, quando sai, tem um belo vislumbre de seu primo André dando uns amassos na loira de cachos rebeldes. Isso a chocou. Ela parecia bem irritada com a presença de Marina no intervalo, talvez tenha sido por ciúmes de Marina. Agora era Marina que sentia uma pontada de ciúmes. Marina se sentia louca por estar com ciúmes do primo naquela situação. Ela ficou lá parada observando cada detalhe. Ele tinha a mão esquerda debaixo da bunda dela pressionando a mão, a língua e ouras partes imaginou, enquanto Naomi se afogava nos lábios dele puxando sua cabeça para mais perto. O sinal tocou e os dois se desgrudaram na hora, e então os olhos de André foram atraídos pra Mar. Ele ficou branco quando a viu, parecia um defunto, sem a cor que indicava vitalidade. Marina foi pega no flagra e André também. Ela saiu de lá o mais rápido que pode. Naomi notou que havia alguma coisa errada com ele e olhou para a direção da qual ele estava atraído. Só havia uma pessoa em especial naquele rio de alunos e professores, Marina. No entanto ela não compreendia a reação dele. "A não ser que...", pensou Naomi, mas deixou o pensamento de lado por ser um tanto absurdo.
Marina foi até a sala de aula pegar a sua mochila extremamente chateada. Primeiro com aquele velho com um umbigo estranho, depois a cena de exibição de afeto em público do seu primo e a loira chata. Passou o segundo intervalo na sala, Wendy ficou com ela.
– Sabe, acho que nunca teria coragem de dizer algo assim pra um professor.
– É, mas essa coragem toda só me trás problemas, e problemas é o que eu menos necessito nesse momento. -
– Como será que a sua avó reagirá?
– De verdade... Não sei. - Ela deu uma pausa. - Não sei mesmo.
– Tomara que ocorra tudo bem.
– Tomara. - Ambas olharam uma pra outra bebendo suco de caixinha e riram. -Então, o que tá rolando entre você e o Liam? - Mar mordia o canudo enquanto observava as reações de Wendy que ficou pálida e depois vermelha.
– O... O quê?
– Meu primo aparentemente têm uma queda por você. E quando você apareceu lá em casa aquele dia em que a gente se conheceu você parecia assustada com algo, sei lá.
– Me desculpe sobre isso, mas o que eu sinto pelo seu primo é totalmente o contrário do que você está imaginando. - Sua voz era firma e exalava ódio, Marina podia sentir isso e ela queria descobrir o motivo. O fia em que ela foi em sua casa, parecia assustada e nervosa. Ela não sabia distinguir direito.
– Tudo bem. Não que eu queria me intrometer, mas o que rolou que e fez odiar o Liam?
Wendy ficou inexpressiva por um tempo, Marina sabia que seus primos as vezes eram muito babacas. André sempre foi o cabeça das idiotices, Liam era mais quieto em relação ao seu gêmeo, mas era tão terrível quanto ele. Da última vez que eles foram para a Disney, os gêmeos compraram um monte de chiclete e saíram pregando por odas as coisas de Marina, inclusive no cabelo dela. Ela teve que cortar o cabelo na altura da orelha naquela época, e foi mais ou menos na mesma época em que começou a brigar pra caramba, liderando o triângulo negro e os outro caras que os seguiam.
– Eu estudei na mesma escola no fundamental com os gêmeos. Na época eu era obesa, eu comia sem parar, sempre tinha alguma coisa na minha boca. - Mar tentou imaginá-la gorda, mas era difícil. Essa garota não parecia ter um pingo de gordura no corpo. - Então seus primos passavam grande parte da aula praticando bullying. Eu não era o único alvo deles, tinha um garoto que usava óculos, e outro que era magro de mais e outro garoto que era negro. Eles não perdoavam ninguém, nem seus próprios amigos. Teve um dia em que eu caí em cima do cocô de um cachorro, depois disso todas as crianças começaram a me evitar, todas mesmo. Quando eu tinha doze anos eu tentei suicídio. Eu estava muito infeliz, eu não suportava mais aquilo. - Marina se amaldiçoou por não ter prestado atenção no desconforto de Wendy em relação aos gêmeos. Ela devia ter percebido desde o início que ela não estava nervosa por estar perto do seus primos super gatos e sim pelo fato de que odiava estar perto deles. Uma lágrima desceu do rosto de Wendy, Marina franziu o cenho, ela estava preocupada com Wendy, agora faria de udo pra deixar Liam longe da nova e doce amiga. - Eu peguei os remédios de pressão alta d minha avó, e eu realmente quase morri, a minha sorte ou azar, ainda não decidi. - Ela deu um sorriso de dor. - Foi que a minha empregada estava impando o quarto da minha avó na hora em que eu comecei a passar mal. Fizeram lavagem estomacal em mim, não foi muito agradável pode apostar.
–Imagino.
– Depois disso a minha mãe me mudou de escola, as minhas notas haviam caído muito por causa da depressão. Ela queria processar os seus primos e a sua família, mas eu consegui convencer ela de que não queria saber mais nada sobre eles, e que se um dia eu me arrependesse eu os faria pagar pelo que fizeram comigo. Aí ela me mandou morar com a minha tia em Nova York. Lá eu comecei a fazer ginástica, e acabou que eu era muito boa, e resultando disso emagreci bastante. Morei lá por seis anos, foi quando eu recebi uma proposta de fazer parte da equipe brasileira de ginástica. Eu teria uma bolsa nesse colégio, aí acabei aqui. Voltei ano passado, eles não me reconheceram, e agradeci a Deus por isso, mas sofri uma lesão ano passado, e acabou que eu perdi o ano por causa disso. Eu voltei a ativa no começo do ano, mas eu não estava nos meus melhores dias, aí a minha lesão piorou. E o resto você sabe.


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