BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 16
Suspensão no primeiro dia!




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Marina passou o primeiro intervalo contando pra Héctor e o resto do grupo - Gabriel, Shin, Wendy e Liam - sobre a briga e a expulsão, enquanto Naomi conversava com André que parecia não dar muita bola para o que ela estava falando. Shin parecia impressionado sobre o Marina conseguiu fazer. Notou muitos olhares curiosos. E muito quer dizer a escola inteira. Marina estava acostumada a receber atenção já que ela era motivo de fofoca quase todos os dias desde que controlou a situação com os baderneiros do bairro e passou a comandar eles. Muitos temiam ela. E também os seus amigos inseparáveis, o famoso triângulo negro. O sinal bateu. Todos se levantaram e foram para as suas respectivas sala. - Até o segundo intervalo. - Gritou Héctor, fazendo resto da pessoas que ainda estavam lá ficar olhando pra eles por um bom tempo.
– Sim, Cap. - Marina juntou as pernas e os braços e levou a mão em frete a testa, um movimento de soldado. Eles sempre brincavam disso quando eram menores. Algo haver com o fato de que o pai de Héctor ser um dos cabeças no exército. O pai dele era realmente muito influente. Tão influente que os levou uma vez para um campo de treinamento quando tinham onze anos. O homem havia conseguido armas de paintball e levou as crianças até lá. Foi assim que Marina teve o seu primeiro contato com armas. Ela e o reso dos garotos. Aquele dia todo mundo voltou pra casa roxo e sujo de tinta.
Gabriel fica com as duas e diz: - Vou passar o horário pra vocês, e também vou precisar do número de celular de vocês para adicionar no grupo da sala do WhatsApp. - Ele pega o celular do bolso do casaco, um IPhone 6 Plus, Marina levanta as sobrancelhas parecendo impressionada, era a primeira vez que ela havia visto um. Wendy nem ligava mais pra aquilo tudo. Estava cansada daquilo tudo, o que a deixava mais confortável com Mar por perto.
– O meu é 99279887. -Diz Wendy.
– Pera que eu também vou pegar número de vocês dois. - Disse Marina pegando o celular da mochila. O celular da Marina era bem modesto em relação ao dos dois. Marinha havia gostado dele porque os sons do alto falante eram altos, Moto G azul. - Vou te dar o meu número e você compartilha o da Wendy no WhatsApp. 021 99721221.
Gabriel compartilha o número de Wendy antes de voltar para a sala. Agora eles teria aula de geometria. O celular de Marina vibra, vê então que recebeu uma mensagem de Gabriel, um sinal de mãos de paz e amor ao lado de um "Olá" Mariana olha pra ele e sorri que esta voltado para a sua carteira. Ela responde a mensagem com " Ei gato!", ele sorri com a mensagem.
– Gabriel, pode nos dizer o motivo de estar tão alegre? -Perguntou o velho de cabelo grisalho e com uma grande protuberância na barriga, ou como as pessoas normais chamam aquela protuberância de umbigo. Um umbigo estufado pra frente. Marina nunca havia visto um como aquele. Marina se sentiu orgulhosa de ser o motivo da alegria daquele garoto super alto.
– Apenas uma piada interna. - Respondeu Gabriel um tanto apreensivo.
– E gostaria de compartilhar essa piada interna para nós? - Disse o professor com cara de cínico levantando levemente as sobrancelhas
– É claro que ele não gostaria, já que é interna. - Ressaltou Marina, o que fez todo mundo olhar pra ela com a cara que dizia: " Minha filha, você não devia ter feioto isso. Não mesmo." E ela se arrependeu de ter dito aquilo no minuto em que olho para os colegas de classe. "Merda!" Vociferou em sua mente. Ela havia achado um absurdo aquele professor que tinha o umbigo mais esquisito que ela já viu ficar humilhando o pobre, ele só havia sorrido. O que há de mais em alguém sorrir, se perguntou. O professor olhou pra ela com cara de "você está ferrada na minha mão".
– E porque a senhorita está respondendo por ele?
– É só que eu não aguento ver alguém sendo humilhado na minha frente.
– Então a senhorita está sugerindo que eu estava humilhando seu colega?
– Não estou sugerindo, estou apontando um fato.
– Turma, vocês concordam com a sua colega? - Todos olharam pra ela, mas nenhuma alma viva quis discutir com o professor. Nem mesmo Gabriel. - Então com isso concluímos que eu não estava humilhando seu colega. E você novata, levará uma advertência por isso. - Gabriel lança um olhar arrependido por não ter ajudado Marina. - Vá até a coordenação e fique esperado por mim lá.
– Com o maior prazer. - Murmurou Mar baixo o suficiente para somente uma pessoa escutar. Somente Gabriel escutou. Ela sai da sala pisando duro, irradiando raiva querendo bater em algo ou alguém em especial.
Marina pergunta para algumas pessoas onde fica a coordenação e caminha o banheira fica ao lado, decida fazer então uma parada antes. Duas garotas estão no banheiro, ambas loiras tingidas, retocavam a maquiagem. "Parecem Drag Queens com essa grande quantidade de maquiagem", pensou Mar. As garotas olharam pra ela com cara de poucas amizades, obviamente a antipatia era mútua, no entanto, não havia um motivo certo pra eles esnobarem Marina, já que ela nunca havia visto as duas. Mar faz suas necessidades e as duas ainda estavam lá a olhando com a maior cara de cu.
– Eu sei que eu sou bonita mas não precisam ficar me secando, deixem um pouco pra alguém mais poder apreciar a minha beleza. - As garotas ficam de boca aberta quando Marina termina de falar. Ele chegou mais perto delas quando foi lavar as mãos e disse: - Eu sei que é difícil, mas vocês conseguem. - Terminou com o seu sorriso triunfante indo em direção à saída do banheiro.
Quando sai do banheiro o professor a fuzila com os olhos. O velho era insuportável, já estava querendo dar uma suspensão pra ela, por ela ter ido ao banheiro sem sua permissão.
– Eu não sei se você sabe, mas esse país é livre. E eu só acho que eu no mínimo tenho o direito de ir ao banheiro pra descarregar a minha diarréia naquele maldito vaso sanitário! - Ela vociferou com o professor. Suspensão de um dia. Foi isso que ela ganhou após tudo isso. Pelo menos ela estava mais calma e aliviada depois de tudo. Resolveu não voltar pra sala com aquele velho ridículo e deu a desculpa de que tinha outro ataque de dor de barriga.


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