Saint Seiya - A Cruz de Prata escrita por JulianHiryu


Capítulo 1
Capítulo 1 - Aquele que Carrega a Cruz




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Capítulo 1 – Aquele que carrega a Cruz

Século XXI, ano de 2017.

O planeta Terra vive uma Era conturbada. Vários países no Oriente Médio vivem em conflito, regiões da África são assoladas por doenças, a corrupção toma conta de governos, países sofrem com a falta de água e todos sentem o efeito estufa elevar as temperaturas do planeta. Entretanto, pode-se dizer que a Terra está em paz, já que há mais de 20 anos nenhum deus ameaça este mundo. A última divindade que Atena, deusa da guerra estratégica e da sabedoria, teve de combater foi Hades, em meados de 1990.

Neste combate o exército da deusa da guerra sofreu diversas baixas, todos os seus cavaleiros de ouro foram mortos, os de prata eram em número tão reduzido que mal cobriam a guarda básica do santuário e dos poucos cavaleiros de bronze ativos, apenas cinco possuíam um cosmo elevado ao ponto de fazer frente a uma divindade.

Os anos passaram e durante esse período, novos cavaleiros foram treinados e outros foram promovidos.

Dos antigos cavaleiros de bronze cinco foram promovidos ao posto de cavaleiros de ouro: Seiya assumiu a armadura de ouro de Sagitário, Hyoga sucedeu Camus como novo cavaleiro de Aquário, Shun herdou a vontade de Shaka e tornou-se guardião da casa de Virgem ao mesmo tempo em que se tornou médico para ajudar a salvar a vida de pessoas em regiões carentes, Ikki recebeu a armadura de ouro de Leão, mas devido sua personalidade agressiva e seu modo de agir individualista quase não é visto no santuário, e por fim Shiryu tornou-se cavaleiro de ouro de Libra e também assumiu o posto de Grande Mestre do Santuário.

Unindo-se a eles novos aspirantes foram condecorados com armaduras douradas.

Vindo de Jamiel o jovem Kiki, agora um homem adulto, assumiu a armadura de ouro de Áries e se tornou guardião da primeira casa.

A casa de Touro recebeu a proteção de Johnson, um jovem rapaz negro de 18 anos vindo da Filadélfia, Estados Unidos. Antes de tornar-se cavaleiro Johson era estudante e praticante de MMA, devido a isto possui o corpo bem desenvolvido e destaca-se entre os cavaleiros quando se trata de uma luta corpo-a-corpo. Sua armadura ainda possui um chifre quebrado, uma referência à luta que seu antecessor teve com Seiya e para Johson um símbolo de respeito para com a geração passada de cavaleiros.

Gêmeos recebeu Seth como seu protetor, um Iraquiano de 33 anos e forte defensor da cultura árabe. Caracterizado por sua pele morena, cabelos negros próximos aos ombros e barba grande, além de sua personalidade firme e ríspida. Ele tornou-se cavaleiro após peregrinar pelo oriente médio por vários anos, lamentando a morte de sua família na guerra causada por grupos extremistas. Depois de quase morrer no deserto de Dasht-e Seth teve uma visão de sua família pedindo para que ele não desistisse de viver e que buscasse ajudar aos que ainda enfrentavam o sofrimento da guerra. Isto fez com que o cosmo adormecido de Seth despertasse e assim ele ouvisse o chamado do cosmo de Atena. Seth é visto com certa desconfiança por alguns dos outros cavaleiros tendo em vista que devido sua crença ele é contra a ideia de servir uma divindade que não seja Alá, ainda assim garante que seus objetivos de lutar pela paz são os mesmos de Atena e por isso lutará ao lado desta deusa.

Myuki, uma jovem garota japonesa recebeu a armadura de ouro de Câncer. Dentre os atuais cavaleiros de ouro é a mais nova, tendo apenas 17 anos; possui uma bela aparência com olhos azuis celestes contrastando com sua pele branca, cabelos negros que vão até sua cintura e corpo atlético. Sua beleza esconde sua verdadeira personalidade, dando-lhe a alcunha de "A Gueixa Sangrenta". Tal apelido deve-se ao fato de Myuki ter atuado como assassina da Yakuza, organização da qual seu pai fora um dos líderes. Desde pequena seu cosmo já se manifestava e vendo o potencial deste poder seu pai a treinou como assassina. Após anos de crimes Myuki conheceu Shiryu e com este teve um breve embate, onde no qual a jovem aprendeu o que de fato significava o poder que possuía e percebeu que havia levado uma vida errada até então, passando então a treinar no Santuário onde foi nomeada amazona de ouro.

A casa de Escorpião também recebeu uma amazona como guardiã, Scarlet. Uma bela mulher de origem Inglesa, com pele branca, olhos verdes e cabelo ruivo. Seu corpo tinha tanta beleza quanto sua face rivalizando com a das próprias ninfas da mitologia, no auge de seus 22 anos era uma mulher cobiçada por diversos cavaleiros, mas que buscava honrar seu dever de amazona acima de tudo.

Arthur, um homem de 21 anos de origem Escocesa recebeu a armadura de Capricórnio que anteriormente pertenceu a Shura. Arthur tinha uma estatura elevada, aproximando-se dos 2 metros de altura, pele branca, olhos azuis e cabelos loiros compridos. Pouco se sabe de seu temperamento ou de onde foi realizado seu treinamento, mas sabe-se que recebeu lições do próprio mestre do Santuário e assim recebeu o legado de Excalibur. Também é dito que sua família descende de uma linhagem de cavaleiros medievais.

Por fim, a casa de Peixes recebeu Amell, um belo homem de origem canadense, como seu guardião. Diferente de Afrodite, Amell não tinha traços afeminados, possuía cabelos loiros curtos, olhos verdes, barba cerrada e o corpo marcado pelos exercícios que realizava em seus treinamentos. Sua beleza própria no auge de seus 24 anos era comparada a de astros do cinema por algumas aspirantes.

Mas não só cavaleiros de ouro foram treinados nesta nova era do santuário de Atena, novos cavaleiros de prata e de bronze trouxeram reforços para o exército da deusa.

Entre eles havia um jovem vindo do Brasil que estava predestinado a grandes feitos. Rafael era um rapaz de 16 anos de idade, nascido e criado no Brasil. Possuía a pele branca, cabelos castanhos escuros levemente ondulados e curtos, olhos castanhos escuros e 1 metro e 70 de altura.

Quatro anos antes...

Durante sua infância Rafael viveu junto de seus pais na cidade de São Paulo, mas ao completar 10 anos de idade seus pais morreram em um terrível acidente de avião, onde a aeronave em que se encontravam apresentou falha mecânica e caiu na encosta de uma montanha.

O garoto também se encontrava neste avião e teria morrido se não fosse por um verdadeiro milagre. Durante a queda da aeronave o cosmo latente de Rafael despertou por uma fração de segundos e o protegeu de ter o mesmo triste fim de seus pais.

Nos dois anos seguintes o garoto viveu em um orfanato, sempre isolado por ser o mais velho e também porque as demais pessoas não conseguiam entender o tipo de poder que ele possuía. Assim ele passou a acreditar que o que o salvou da morte não foi um milagre, mas um terrível fardo de carregar a cruz de ter sobrevivido ao invés de morrer junto com seus pais.

O garoto tinha em mente que não seria adotado por família nenhuma, até o dia em que o orfanato recebeu a visita de um médico vindo do Japão que estava viajando pelo Brasil visitando comunidades carentes. Durante um dia inteiro o médico atendeu as crianças do orfanato e dos bairros vizinhos, mas sempre observando pelo canto do olho para o garoto que se isolava dos demais sentado sob a sombra de uma árvore.

Ao final do dia, quando a noite chegou e as poucas estrelas que superavam a poluição urbana brilhavam, o médico aproximou-se de Rafael e tentou puxar assunto com ele:

— Aqui não existem muitas estrelas para se observar, não é? – Disse o homem com certa dificuldade de pronunciar corretamente a língua portuguesa.

— Sim. O céu nesta cidade é tão sujo que poucas são as estrelas que consigo ver. – Respondeu Rafael.

— De onde eu venho é diferente, o céu é repleto de estrelas e todas as noites é possível ver o seu brilho, além do de dezenas de estrelas cadentes.

— O senhor fala do Japão? - Perguntou Rafael.

— Na verdade não. – Respondeu o médico – Embora nesta viagem eu tenha vindo do Japão, que é minha terra natal, eu passei muito tempo de minha vida na Grécia, na cidade de Atenas. Lá sim você pode contemplar todas as estrelas e suas constelações.

— Constelações?!

— Sim. Todas as estrelas do céu se unem de maneira a formarem imagens, desenhos. A essa união damos o nome de constelações. São ao todo 88 constelações brilhando no céu noturno, 27 delas no céu do hemisfério norte, 49 no céu do hemisfério sul e 12 na elíptica, a rota do Sol.

— Isso é fascinante. Seria bom poder ver todas estas constelações, mas daqui à única que consigo ver é aquela que parece formar uma cruz. – Disse Rafael apontando para a constelação do Cruzeiro do Sul.

— Aquela é a constelação de Cruzeiro do Sul. Ela é uma das mais bonitas que existe no céu deste país. E se não estou enganado está estampada na bandeira do Brasil. – Comentou o médico. – A propósito, qual o seu nome rapaz?

— Meu nome é Rafael, e o seu?

— O meu nome é Shun. – Respondeu o jovem médico estendendo o braço para cumprimentar Rafael. Ao apertarem as mãos os dois sentiram os cosmos vindos um do outro. Rafael mostrou-se assustado e Shun ficou surpreso com o acontecido.

— Diga-me Rafael, alguma vez na sua vida você sentiu o universo dentro de você?

— Universo?!

—Sim. Alguma vez sentiu que podia fazer algo que ninguém mais conseguiria? Que possuía tanto poder que seria invencível?

— Bem.... Não sei exatamente, mas.... Houve uma vez... – Rafael então contou para Shun sobre o acidente que matou seus pais e sobre tudo que tinha passado. Shun ouviu atentamente e ao término da história explicou:

—Rafael, eu não tenho dúvida de que o que te salvou no acidente foi o seu cosmo.

— Cosmo?!

— Sim. O cosmo é a energia da vida que está no interior de cada pessoa. Com ela é possível realizar verdadeiros milagres e realizar feitos que nenhuma outra pessoa seria capaz de conseguir. Seu cosmo ainda é fraco, mas com o devido treinamento tenho certeza de que seria capaz de se tornar um dos mais fortes cavaleiros de Atena.

— Cavaleiro de Atena?! O que é isso?!

Shun então explicou para Rafael o que era um cavaleiro, seus deveres e sobre as lutas que travavam. Embora um pouco assustado Rafael prestou atenção a cada palavra que Shun dizia buscando assim compreender sobre o poder que tinha dentro de si.

— Senhor Shun, o senhor também é um cavaleiro?

— Sim eu sou. Sou um dos chamados cavaleiros de ouro, o cavaleiro de ouro de Virgem.

— E como eu poderia me tornar um cavaleiro?

— Bem. Se tornar um cavaleiro não é fácil. Você teria de passar por um treinamento severo para despertar por completo o seu cosmo e aprender a usar esse poder, mas poderia acabar morrendo durante esse período.

— Morrer?!

—Sim. Infelizmente em alguns momentos os aspirantes a cavaleiros não conseguem superar as provações que lhes são impostas e isso lhes causa a morte.

Rafael ficou pensativo por um momento. Lembrou-se de seus pais, de todo o sofrimento que passou com a morte deles, lembrou-se dos momentos que viveu até ali no orfanato e chegou à conclusão de que se morresse ao menos encontraria seus pais e que se vivesse como um cavaleiro, ao menos protegeria outras pessoas e lhes daria apoio quando perdessem seus entes queridos.

— Senhor Shun. Eu gostaria de me tornar um cavaleiro. Gostaria de aprender a usar meu cosmo e a proteger outras pessoas. - Shun esboçou um sorriso de simpatia para com o garoto. Sabia que Rafael demonstraria um futuro promissor como cavaleiro.

— Fico feliz com sua atitude Rafael. Vou te levar ao santuário de Atena e lá cuidarei pessoalmente de seu treinamento.

— Antes de irmos, será que eu poderia fazer um pedido?

— Claro. O que é?

—Já que o senhor é um cavaleiro de ouro, e pelo que disse sua classe é a mais alta, poderia me mostrar o ponto mais alto do seu cosmo? Quero sentir o poder máximo de um cavaleiro e assim saber qual o limite que tenho de superar. Shun ficou surpreso com o pedido de Rafael, mas concordou.

—Tudo bem, mas não poderei mostrar todo o meu poder, isso seria perigoso. Mas preste atenção que vou lhe mostrar uma parcela da força de um cavaleiro.

Shun concentrou-se, fechou os olhos e respirou lentamente. Ao seu redor surgiu a imagem de uma galáxia, uma nebulosa e aos poucos o vento começou a se agitar ao redor dele e de Rafael.

Uma massa de ar dourada começou a cerca-los e a se mover cada vez mais rapidamente. Shun ergueu seu braço direito na direção de Rafael apontando seu dedo indicador para um morro que havia próximo ao orfanato.

Abriu seus olhos e da ponta de seu dedo saiu uma pequena, porém poderosa, rajada de cosmo dourado rompendo o ar em direção ao morro. Em um curto espaço de tempo o brilho do cosmo de Shun se apagou, ouviu-se então um enorme estrondo acompanhado do rompimento de diversas rochas.

O golpe de Shun por mais simples que fosse causou uma enorme perfuração no morro.

—Que tristeza, era uma vista até bonita, acho que deveria ter usado menos força. – Comentou o cavaleiro.

Rafael ficou estarrecido, não imaginava que aquele homem com jeito simples e corpo esguio tivesse tanto poder, na verdade não imaginava nem a extensão que tais poderes poderiam alcançar.

—Então vamos? – Perguntou Shun.

—S... Sim.... Vamos.

Shun conversou com a madre responsável pelo orfanato, explicou a ela sobre a situação de Rafael e seu interesse em levar o garoto consigo.

A madre sabia da origem de Shun uma vez que todas as organizações de alto poder no mundo tinham conhecimento sobre o santuário, isso incluía a igreja Católica, autoridades árabes, o governo das nações unidas e o Dalai Lama, todos sabiam da existência de tal organização, mas mantinham segredo de sua existência a fim de não causar pavor na população em geral. Sendo assim, a madre consentiu que Rafael acompanhasse Shun até o santuário.

Durante os quatro anos seguintes, Rafael treinou sob a custódia de Shun no Santuário de Atena. Apesar de seu mestre ser gentil ele também era exigente e em alguns momentos severo.

Por muitos momentos Rafael pensou que morreria, mas sempre buscou manter a fé de que se sagraria cavaleiro e assim teria um objetivo pelo qual viver. Ao final do treinamento Rafael teve de enfrentar o seu pior desafio até então...

Na arena do santuário encontravam-se Rafael e seu mestre, além do Grande Mestre e alguns cavaleiros de bronze, prata e guardas do santuário. Shun então começou a falar com seu pupilo:

—Rafael, após estes anos de treinamento finalmente chegou o momento de sua prova final. – Disse Shun - Você deverá resistir a um de meus ataques e....

— Um momento! – Gritou uma voz grave ecoando pela arena.

Todos então se viraram para a escadaria de acesso e viram um homem alto, de pele bronzeada, cabelos curtos de cor escura e olhos fixos em Rafael. Esse homem trajava uma das armaduras de ouro das doze casas e lentamente foi caminhando em direção ao mestre e discípulo que se encontravam na arena.

— Mestre Shun.... Quem é esse homem?! – Questionou Rafael.

— Esse homem é o meu irmão, Ikki. O cavaleiro de ouro de Leão e antigo cavaleiro de bronze de Fênix.

— Ikki... – murmurou Rafael. Ele já havia ouvido falar sobre o irmão de seu mestre. Sabia que o santo de Leão era um homem de grande força e agressividade, que diferente de Shun preferia bater antes de falar.

— Ikki, o que faz aqui?! – Perguntou Shun surpreso.

— Shun não me leve a mal. Sei que se dedicou intensamente ao treino desse moleque, mas não tenho confiança de que ele será um verdadeiro cavaleiro. O cosmo dele para mim é igual ao de um rato.

— O quê disse?! – Rafael retrucou irritado.

— Ikki você está errado. Sei que Rafael se tornará um cavaleiro e certamente terá poder para cumprir sua missão. – Falou Shun em defesa do pupilo.

— Se pensa assim então quero uma prova. Quero que me deixe lutar contra seu aprendiz e testar a força que você criou nos últimos anos. A não ser que o Grande Mestre tenha algo contra. O que me diz?! Shiryu de Libra?! – Gritou Ikki ao encarar o mestre do santuário.

— Eu concordo. – Shiryu assentiu calmamente.

— Mas Ikki! – Retrucou Shun.

— Está decidido Shun! Embora eu tenha confiança em seu julgamento, quero ver como o rapaz se sai em luta contra um oponente que não tenha piedade como você. – Disse Shiryu colocando um ponto final na discussão.

— Shiryu... – Shun pareceu desconsolado, então apenas caminhou para fora da arena desejando boa sorte ao seu pupilo. Rafael não sabia o que esperar de um combate direto contra um cavaleiro, ainda mais um de ouro, mas sabia que seria o mais difícil que teve até então.

— Muito bem. Mostre do que é capaz. – Disse Ikki.

— Aaaaaagh!!! – Rafael avançou em direção ao cavaleiro de ouro desferindo uma sequência de socos e chutes, mas nenhum de seus golpes parecia surtir efeito em seu oponente.

*Não pode ser.... Nenhum de meus golpes parece sequer atingir a armadura dele* - Pensou Rafael.

— Isso é tudo? Se essa é sua força não está nem perto de merecer ser um cavaleiro. Se quiser se tornar um guerreiro protetor de Atena seus golpes devem ser como este!

O cosmo de Ikki se elevou exibindo uma aura de fogo ao seu redor. Ele apontou o dedo indicador de sua mão direita em direção ao pupilo de seu irmão e pronunciou seu ataque:

— Golpe Fantasma de Fênix!! Um raio de cosmo alaranjado cruzou o ar e atingiu Rafael em sua testa.

O rapaz permaneceu imóvel onde estava apenas exibindo um olhar vazio. Em sua mente, porém, terríveis alucinações o assombravam relembrando o dia em que perdeu seus pais, o avião caindo, seus corpos despedaçados, a mata em chamas e os olhares de quem foi resgatar os destroços da aeronave e o encontraram com vida.

— Humpf. Como imaginei. Apenas um fracote que se quer é digno de uma armadura de bronze. – Comentou Ikki. – Vou mostrar um pouco de misericórdia e acabar com sua vida, assim não sofrerá mais. Tudo bem para você? Shun?!

Shun apenas fechou os olhos abaixando a cabeça.

— Morra! Ikki desferiu um golpe na direção do pescoço de Rafael, mas ao se aproximar sentiu a cosmo energia do rapaz. - O quê?! Como isso é possível?!

Os olhos de Rafael voltaram a brilhar e seu foco encarou os olhos de Ikki. O cavaleiro de Leão então recuou por um momento.

— Ikki! Reconheço sua força, mas me fazer relembrar do inferno que passei quando criança só para me atormentar é uma afronta! Você pode ser irmão de meu mestre, mas não te perdoarei!

O cosmo de Rafael aumentou intensamente. Por detrás do aspirante a cavaleiro uma aura tomou forma, a imagem de uma cruz prateada brilhou na ligação de cinco estrelas.

— Essa aura.... É a cruz do Sul! – Comentou Shiryu.

—BRILHE MEU COSMO!!! – Gritou Rafael. Seu punho brilhou com uma intensa luz dourada. Ele avançou em direção a Ikki e disparou seu primeiro ataque:

— Punho de Acrux!!! – Uma intensa rajada de luz com a forma da estrela alfa da constelação de Cruzeiro do Sul partiu em direção a Ikki.

O cavaleiro de ouro ergueu sua mão direita contendo o ataque de Rafael. Ainda assim a força do aspirante foi o suficiente para rachar o punho da armadura de Leão.

— Humpf. Tenho que admitir que eu estava errado. – Disse Ikki dando as costas.

Exausto, Rafael ainda falou:

— Espere Ikki... Ainda não terminamos a luta.

— Desculpe, mas não é de meu costume enfrentar aliados. Rafael de Crux.

Ikki passou por seu irmão sem dizer nada, apenas trocaram olhares e Shun então entendeu as intenções de seu irmão.

— Fez um belo trabalho treinando este jovem, Shun. – Disse Shiryu aproximando-se do cavaleiro de Virgem.

— O mérito é dele próprio Shiryu. Apenas o instiguei a alcançar o destino que já lhe pertencia.

— Não seja modesto Shun. É verdade que quando chegou aqui Rafael já demonstrava ter um pequeno cosmo, mas agora ele verdadeiramente é digno de ser chamado de cavaleiro.

Rafael caiu exausto no chão diante dos aplausos dos soldados e cavaleiros de prata e bronze.


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Notas finais do capítulo

Rafael de Crux (Cruzeiro do Sul)

Idade: 16 anos
Nascimento: 03 de Janeiro
Patente: Cavaleiro de Prata
Golpes especiais: Punho de Acrux (Acrux Fist); Crucificação Celestial (Celestial Crucification); Lanças do Destino (Lances of Destiny).



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