The First Love escrita por The LiAr


Capítulo 7
Eu sinto sua falta, Pai.


Notas iniciais do capítulo

Eu chorei escrevendo esse capitulo, e seguinte, resolvi postar por que aumentaram nossas visualizações. Mas, além de tudo, pensei poxa: MEU ÚLTIMO CAPÍTULO DESTE ANO. E espero que venha muitos outros, ano que vem.

Eu desejo a todos vocês, uma boa passagem de ano.
Felicidade, paz, saúde e calma.
E muitas histórias, e capítulos para nós, ano que vem



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Flashback on:

Eu tinha acabado de sair da casa do meu tio Cinna, eu tinha uns doze anos, minha irmãzinha Primrose, tinha 2 aninhos...”

Era tão pequeninha, e tão linda. Seu crescimento era constante. Ela aprendia coisas novas, e já estava aprendendo a falar direitinho. Meus pais nos levaram, até o shopping que ficava a uns quilômetros de nossa casa. Aquele pode se dizer, que foi um dos melhores dias com a minha família.

Logo, depois do nosso dia incrível, em família. Meus pais deixaram, depois de muito insistir, eu e minha irmãzinha, na casa do meu tio Cinna. Ele e sua mulher, haviam acabado de ter sua pequena, Rue. Uma neném linda. Negrinha, com olhos castanhos e cabelo preto. Ela era linda. Tio Cinna, era estilista. Tinha 20 anos. Sua mulher, era empresária. Era tão diferente do meu tio. Era loira, branquinha e um lado da cabeça era raspada. Fazendo seu loiro ficar caído, somente de um lado.

– Tio Cinna! – gritei, assim que sai do carro, antes mesmo do meu pai pará-lo. Depois de umas duas horas, conversando e babando em cima de Rue. Meus pais foram embora.

Durante o trajeto deles, mamãe chegou em casa com meu pai. E quando acordou, meu pai já havia saído para trabalhar. Ele saia de casa sempre as 4 da madrugada. E então, com a estrada molhada e o medo de chegar tarde no serviço. Seu carro acabou batendo e virando a pista errada, deixando-o de ponta cabeça. Ainda como se não bastasse, do lado da pista contrária, uma caminhão vinha, e bateu no carro do meu pai, antes mesmo de frear.

– NÃO! – gritei no meu quarto, só era um sonho novamente. Eu estava sonhando com meu pai, o dia de seu maldito acidente. Ninguém me ouviu. Prim, ainda se encontrava deitadinha do meu lado, com a coberta, somente para ela.

Comecei a revirar minha gaveta onde, eu guardava uma carta especial, especial por que era do meu pai. Ele era meu herói, e eu o perdi. Para sempre. Então, lembro que ele disse uma vez:

– Filha, eu escrevi uma carta para você, mas você só pode abrir, quando achar que deve. – a curiosidade no instante me invadiu. Mas, como ele disse, só quando eu achasse que deve. Por mais insistente que fosse minha curiosidade. Eu ainda não o tinha aberto, até o dia do velório. Então antes de ir para aquele dia, ver meu pai, sendo enterrado e ver seu corpo, pela última vez em minha vida. Era triste, me dominava. Eu resolvi abrir.

“ – Filha, vamos, estamos atrasadas! – disse minha mãe, gritando pela escada. Eu não podia descer, eu não era forte para encarar tudo aqui. Eu estava deitada em minha cama, e queria relembrar tudo que já havia passado com meu pai. Então, me lembrei do dia em que ele me deu aquela carta.

– Filha, eu escrevi uma carta para você, mas você só pode abrir, quando achar que deve. – Sua voz ecoava em minha cabeça, fazia 1 ano que ele havia me dado, aquela carta. A curiosidade era muita, mas depois de um tempo, acabei esquecendo-a. Eu sempre segui o que meu pai falava. Era ordem, era lei! Então, revirei minhas coisas, eu sentia, dentro de mim, que deveria abrir aquela carta. Havia chegado a hora de ler aquilo.

“Oi filha, se você está lendo essa carta é por que realmente, chegou a hora. Eu admiro você, e acredito, que deveria ter ficado bem curiosa ao recebê-la. Seus traços me lembram muito. Eu te amo, tanto. E você é tão especial para mim como, Prim é!

Filha, eu sei que posso contar com você, para tudo. Nossa relação, é como eu nunca vi. Estava mexendo nas caixas da lembrança, e lembrei-me de tudo que passamos. Desde o dia que você nasceu, eu criei a minha própria ilusão, dentro de mim, que poderia sempre, caminhar por você. Sempre pronto para levantar você de suas quedas.Por vezes, você me estendeu as suas mãos, em busca de socorro,outras ,mesmo estando estirado ao chão e ferido, sempre insistiu em levantar sozinha por puro orgulho ou para me provar que já era capaz de fazer qualquer coisa sozinha, e curar suas feridas.
Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para conduzi-lá, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés,do que sobre meu coração.
No entanto,já consigo compreender como a vida é sábia.
Percebo,finalmente, que em algum momento você precisa mesmo desbravar teus caminhos independente de mim... Siga teu caminho minha filha, eu terei orgulho e acompanharei cada passo preciso de você e de sua irmã; As coisas mais preciosas da minha vida.

Haymitch Abernathy – “

Acabei aquela carta, por fim. Fechei-a e a guardei, como se fosse minha pedra preciosa, e era. Era coisa de meu pai. E ter um pai, era como um tudo na minha vida. Ele era importante para mim, e eu sentia a falta dele mais do que tudo. Com o passar dos anos, eu simplesmente, guardava as lembranças boas, não me lembrava nem a última vez que ele havia me batido, não me lembrava nem a última briga. Mas, eu me lembrava das inúmeras vezes que dormimos juntos, com medo de trovão. Vendo Prim, na maternidade. Ele chorando quando me formei, no fundamental. Meu pai! Ficará pra sempre. Como dizem:

“O corpo pode não estar, afinal, é só uma pele. Mas, a alma da pessoa fica pra sempre junto a gente”. – Eu

E eu tinha total certeza que ele estava comigo, em tudo. Por tempo inderteminado, não consegui dormir, fiquei pensando na carta, e em tudo. Até que, comecei a perceber Prim, e a sorte que tínhamos em ter pelo menos, nossa mãe conosco. Aquele vazio, era complementado por ela, não por inteiro. Mas, o tanto que havia. Comecei a ter uma ideia, fazer também uma carta pro meu pai, mas, eu não ia fazer aquela hora, era tarde. Uma coisa que iria ficar eterno, e eu só poderia abrir quando casasse. Assim, como a carta dele, não poderia ficar me remoendo para sempre.

– Eu te amo, pai. – balbuciei até dormir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, desejo tudo de bom pra vocês, amores.
Esse capitulo foi bem sentimental né? Pois é, eu chorei escrevendo.
Se tiver algum erro, mil desculpas. Bom, não sei se dará tempo de
escrever mais, tenho o capítulo 8 aqui, mas, não sei se vou postar tão cedo.
Periodo conturbado de final de ano, obrigada gente. Beijooooooooooos " até o ano que vem"



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