Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 33
Capitulo 33: Causa debet praecedere effectum




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O corpo de Créos emitiu um brilho para em seguida dividir em vários pedaços juntando-se ao selo, antes onde eram três sombras passou a ser duas.

— Isto está fora da compreensão. – disse Manigold. – não tem como vencermos.

— Kárdia... – Dégel o chamou.

O escorpião o fitou, seus olhos não traziam sentimento algum.

— Quem será o próximo. – o deus do mar parou de sorrir. – minha rainha ou o nobre Céos?

O deus do relâmpago negro passou a frente da deusa. Não havia muito o que fazer. Estava ferido por causa da batalha contra Asmita, além do mais havia o Escorpião e Pontos.

— “Sermos eliminados assim...”

— Muito bem Kárdia, o próximo ataque. - ordenou Pontos.
Mal se recuperaram do primeiro choque, o escorpião mirou a foice.


— Khaos Hyetos. - disse friamente.


Novamente o selo começou a emitir um som, parecendo de sino.


— Não vais fazer nada contra ela. - disse Céos erguendo a sua rapieira.


Mas era tarde...
A deusa sentiu algo transpassar seu peito.


— Céos.... - saiu num gemido.


— TEMIS!! - gritou o deus desesperado ao vê-la desfalecer. - Temis! Fale comigo. Temis!


O Theos Sema brilhou intensamente restando apenas uma sombra.


— Falta apenas um! - gargalhou Pontos.


Os cavaleiros estavam em silencio completamente atônicos com o que viam.


— Temis... foi morta...? - MM estava incrédulo.


Sage não tirava os olhos de Kárdia.


— Meu servo termine o serviço. - disse Pontos.


Céos continuava com o corpo de Temis nos braços, que aos poucos foi desaparecendo, subindo aos céus. Não acreditava que a senhora do julgamento estava morta. Estava completamente alheio ao que acontecia ao redor, tanto que nem notou que o escorpião  prepara-preparava num novo ataque.
— Céos cuidado! - gritou Saga.

O deus ergueu o olhar, apenas vendo um brilho dourado vindo em sua direção.
— Ohm!!!
Houve uma explosão, o impacto das energias fez com que a estrutura da fortaleza balançasse. Uma torre de luz subiu aos céus. Aos poucos Céos foi recuperando a visão ficando surpreso ao ver duas armaduras diante dele.
— Asmita... Shaka....?
— Como? - indagou Pontos surpreso.

Kárdia apenas abaixou a foice arqueando a sobrancelha. Os dois cavaleiros de virgem haviam protegido o titã.

— Eu não compreendo... – murmurou o titã.

— Ambos fomos enganados. – disse Asmita. – não vamos deixar que Pontos o mate.

— Hahaha! Quanta benevolência. – Pontos gargalhou. – estou admirado! Kárdia por que não resolve a tua maneira.

— Será um prazer. – o cavaleiro sorriu maliciosamente, assustando Dégel.

— “Kárdia...”

— Uma vitima pelo titã. – disse o escorpião. – se não o entregarem.... – a unha cresceu. – vão perder um companheiro.

Mal acabou de falar seu cosmo elevou rapidamente. Ele girou o corpo mirando sua agulha num alvo... devido a velocidade não puderem ver o ataque, apenas quando....

Um dos cavaleiros foi de joelhos ao chão. Ele fitou a si vendo um orifício no peito. A dor era fortíssima. Antes que pudesse dizer algo foi ao chão.

— Afrodite?? – Deuteros levou um susto ao vê-lo caído.

Todas as atenções voltaram-se para ele.

— Afrodite! – MM correu ate ele, pegando-o no colo. – Afrodite! Afrodite!

Os demais aproximaram assustados.

— Afrodite. – Saga ajoelhou ao lado dele. – Gustavv.

O pisciano não respondia, seu rosto estava pálido.

— Kárdia seu maldito! – Miro cerrou o punho. – o que fez a ele?

— Antares. Há essa hora já está no inferno. – sorriu. – esse cosmo... – fitou a foice. – deixou o meu golpe mais poderoso e letal.

— Kárdia como pode? – indagou Sage pasmo.

— Da mesma maneira que faço agora.

Novamente um raio de luz vermelha partiu em direção aos cavaleiros que ainda assustados não mostraram reação...

— Ah... – MM soltou um pequeno gemido de dor. – Kanon...

— Mask?!

Kanon o segurou antes que ele fosse ao chão. Assim como Afrodite havia um orifício no peitoral da armadura.

— Giovanni! – Mu aproximou.

— Já foram dois. – Kárdia voltou a atenção para os virginianos. – será preciso matar mais alguém?

— Não imaginava que fosse tão imaturo a ponto de ser dominado. – disse Asmita. – não sei como conseguiu a armadura.

— Você fala demais. – riu de forma debochada. – então...

— Pare Kárdia. – ordenou o grande mestre. – não percebe as suas atitudes?

Cid acompanhava o dialogo temeroso.

— Percebo. – voltou-se para ele. – como percebo.  - Kárdia que o fitava desviou o olhar para alem dele. – mais um...

Disparou seu ataque, desta vez mais perceptíveis os cavaleiros tomaram posição, na tentativa de se defenderem, contudo... Kárdia já havia escolhido seu alvo.

Sage que acompanhava o olhar dele, arregalou os olhos.

— Manigold! – gritou.

Foi com os olhos arregalados que todos assistiram o ataque de Kárdia transpassar o corpo de Sage que pulara na frente de Manigold.

— Mestre.... – murmurou perplexo.

— Mestre Sage. – Shion o segurou. – mestre!

Pontos sorriu. Asmita, Céos e Shaka continuavam estáticos. Principalmente o titã.

— “Ele está matando os próprios companheiros? – o fitou. – o que mais fez a ele Pontos?”

— Já foram três, será necessário uma carnificinas? Hein Shaka? Asmita?

Os dois cavaleiros não se moveram.

— Deixe me ir. – disse Céos. – vão acabar todos sendo mortos.

— Não vamos entregá-lo a Pontos. – disse Shaka.

— Kárdia termine logo com isso. – disse Pontos. – mate a todos. Tens poderes para isso.

Na sala o silêncio prevaleceu, Regulus, Sísifo e companhia não conseguiam acreditar que Kárdia havia matado dois cavaleiros mais o mestre do santuário.

— “ Kárdia... – Kamus tentava permanecer tranqüilo. – no que se transformou?”

— Tem noção do que fez? – a voz de Dégel fez se presente. – como pode matar o mestre? Giovanni e Afrodite?

— Matando. – voltou a atenção para Céos. – e então? Vai se entregar? Ou terei que matar mais um? Eu não me importo. – sorriu. – quanto menos humanos melhor.

O titã estreitou o olhar.

— “Não é só o sangue, o cosmo... Pontos... – fitou o deus do mar. – não me diga que usou as memórias de Mnemôsine.”

— Vou contar até cinco. Um.

Céos levantou, tinha que faze algo, os planos de Pontos estavam passando dos limites e aquela guerra era injusta para os dois lados.

— Dois.

— Eu...

Céos teve o braço retido por Asmita.

— Se você se entregar, perderemos a última chance de derrotar Pontos e trazer aquele inconseqüente de volta.

— Mas…

— Três…

Outro que concordava com a atitude dos virginianos era Saga. Céos era a chave para a destruição de Pontos.

— Quatro...

— Já chega! – o cosmo de Aioria elevou. -  eu vou te derrotar Kárdia!

— Cinco.

O cosmo dele aumentou ofuscando o de Aioria, o cavaleiro de leão estava em posição de defesa, assim como os demais. Mudando de ataque, Kárdia ergueu a Megas e num movimento cortou o ar.

— Cuidado! – gritou Albafica.

Rapidamente Shion e Mu passaram a frente de todos criando a parede de cristal, o ataque de Kárdia bateu de forma violenta, mas não a despedaçou, o que causou estranheza já que seu poder estava muito maior do que dos arianos. A causa dessa facilidade veio com um grito. Todos os olhares dirigiram para trás. Infelizmente quando a parede foi erguida o ataque principal já tinha encontrado seu alvo.

Kárdia abaixou a foice sorrindo. Deuteros estava em choque, Cid não conseguia formular frase alguma, a mesma perplexidade era vista em todas as faces inclusive de Céos.  Aioria estava com rosto branco, assim como Sísifo que apenas conseguiu dizer...

— Re-gu-lus...

O garoto estava com um grave ferimento no tórax na transversal.

— Regulus...? – Aioria deu um passo, completamente pasmo. Não era possível que... – Regulus...

O primeiro a aproximar foi Albafica, já que Deuteros parecia paralisado. O pisciano tocou no pescoço, soltando um longo suspiro.

— Regulus! – Sísifo ajoelhou ao lado dele. – Regulus! Fala comigo! – os olhos marejaram.

— Regulus. – Aioria aproximou. – Regulus...

O cavaleiro impôs suas mãos sobre o ferimento dele começando a liberar seu cosmo. A cena era vista por todos.

— Regulus acorda. – estava desesperado e ficou ainda mais ao ver um filete de sangue escorrer pela boca dele. – Regulus! – os olhos marejaram.

Dégel aproximou tocando o pescoço, queria certificar que aquilo não passava de um sonho. Fechou os olhos abaixando o rosto.

— O que foi Dégel? – indagou ressabiado.

O cavaleiro não disse nada.

Houve silencio, Deuteros ainda continuava parado, aos poucos voltou a visão para o menino.

— “Regulus...”

Shaka saiu de perto do titã e de Asmita indo para perto dos outros.

— Não pode ser... – Aioria o fitou, voltando a atenção para o pequeno.

Ele o olhava fixamente, a poucos minutos ele estava de pé, cheio de vida e satisfeito por usar a armadura de leão e agora...

— “Regulus.... – a mente de Aioria trazia imagens sem nexos, via-se numa floresta, completamente ensangüentado e com um garotinho ao seu lado. – quando uma estrela fica velha, uma nova estrela surge...— ecoou por sua mente. – sobreviva para o futuro”.... – uma lagrima desceu. -  Pontos... – cerrou o punho, seu cosmo elevou-se bruscamente. – não vou perdoá-lo por isso! – gritou. Seu cosmo Explodiu de maneira violenta. – Relâmpago de Plasma!

Aioria disparou seu ataque que seguiu em direção a Pontos. O impacto causou uma forte explosão.

— Ele conseguiu? – indagou Shion.

Aos poucos a cortina de fumaça foi dissipando...

— Foi um excelente ataque Aioria. – Pontos estava intacto. – mas seu sentimento paternalista mesmo depois de duzentos anos não é suficiente para me derrotar. – sorriu.

— Eu vou acabar com você! – gritou com ódio.

— Serei misericordioso. Vou deixar que faça companhia a ele.

Pontos disparou a “dunamis”, sendo o leonino acertado em cheio. Ele caiu a metros de distancia.

— Aioria! – gritaram Mu e Cid.

— Aioria... – murmurou Sísifo ainda abalado pela perda do sobrinho. – Aioria...

— Aioria. – Dohko correu ate ele, suspirando aliviado, felizmente ele estava vivo.

— Afrodite...Giovanni...Sage...Regulus... – Miro cerrou o punho. – Pontos.... Kárdia não vou perdoá-los.

— E quem disse que preciso de teu perdão. – sorriu. – e se Céos não se entregar vocês vão derramar mais lagrimas.

— Eu estou aqui cavaleiro de Escorpião. – disse Céos passando a frente de Asmita que não o impediu devido ao estado de perplexidade por ver Regulus morto.

— Resolveu se entregar.... – disse Pontos.

— Vais pagar por isso. Estes teus métodos são contestáveis. – o deus ergueu sua rapieira, mas teve seu braço retido por Asmita.

— Não vou permitir que ...

— Escute. – o deus aproximou-se dele, falando baixo. – para salvar seu companheiro tire a Megas das mãos dele, o mesmo para Pontos. Tire a Megas dele e o sele novamente. – o cosmo do deus elevou-se. – vingue-se por Temis, Iapeto, Créos e por mim.

— Céos...

— Sparkle Rapier!

Céos empregou toda sua força nesse ataque contra Pontos. Precisava eliminá-lo antes que ele adquirisse mais poder e matasse mais gente. Sentiu-se um tolo em ter confiado nele novamente.

Os cavaleiros assistiam perplexos. Para proteger o corpo de Regulus, Afrodite, MM e Sage, Sísifo, Cid, Shura e Manigold os afastaram.

— “Vais pagar por tudo Pontos.”

— Interessante. – o deus primordial não se mexeu.

Lentamente Pontos ergueu a Megas Depranon, o selo emitiu um brilho e um som, a fortaleza começou a tremer.

No subsolo...

O garoto estava encolhido num canto, da pequena janela via algo brilhar no céu, a sala onde estava prestes a ruir, tentou varias vezes escapar por algumas fendas da parede, mas parecia que o local estava protegido por uma força oculta. Gritou varias vezes por socorro não sendo ouvido. Resignou apenas em esperar o teto desabar sobre si...

— Ele vai matar todos... – disse Deuteros temendo por seus amigos.

— “O poder de um titã não tem limite?” – Shion fitava o selo.

Pontos disparou seu ataque, as duas forças chocaram-se no centro provocando um forte estrondo, contudo a do deus do mar foi mais forte, Céos não teve tempo de se defender sendo transpassado por um raio de energia.

— Céos! – gritaram Asmita e Saga.

— Céos! – gritou Kanon.

O titã recuou alguns passos, levou a mão a barriga e depois a fitou: estava coberta de sangue. Fraquejou indo de joelhos ao chão.

— O Grande Céos está de joelhos perante mim. – Pontos gargalhou.

— Miserável.. – ele queria levantar, mas estava esgotado. Se não tivesse lutado contra os dois virginianos, poderia ter alguma chance.

— E agora para acabar com tudo... – apontou a mão direita para ele. – um presentinho.

A sala ficou num profundo silencio, Deuteros arregalou os olhos deixando o corpo ir de joelhos ao chão, Dohko piscou varias vezes, pois não acreditava no que via.

— Não... – Albafica deixou escapar totalmente perplexo.

— É um pesadelo... – Dégel apoiou-se num surpreso Kamus. – isso não esta acontecendo...

— Ora... – Kárdia mostrou se surpreso.

Céos trazia a expressão perturbada, fora tão rápido que sequer imaginou que aquilo fosse acontecer. A cena voltou a sua mente mais uma vez...

Pontos mirava para ele e já dava o seu destino como certo quando o deus do mar mudou a direção do ataque. Foi fulminante e tão rápido que sabia que o destinatário não tinha sentido dor e agora estava caído no chão...

Shaka aos poucos ajoelhou completamente anestesiado. Tentou falar alguma coisa, mas simplesmente as palavras não saiam...

— As-mi-ta... – a voz saiu tremida. – Asmita....

Reunindo forças Shaka foi ate ele, erguendo seu corpo.

— Asmita! Asmita!

Não houve resposta, mas Shaka sentiu que ele segurou a sua mão, o indiano a fitou ficando surpreso ao ver o que era: a corrente de Marin.

— Marin... – deixou escapar, voltando a atenção para o companheiro caído. – Asmita!

— Não se preocupe cavaleiro de Virgem. – disse Pontos. – em breve se reuniram no inferno.

— “Saga”... – Céos disse por telepatia pressentindo que seu momento chegava. – “Saga”.

O cavaleiro escutando o chamado foi ate o titã.

— Você esta bem?

— Me escute... eu não tenho muito tempo.... – o titã pegou a sua rapieira e quebrou a num ponto. Com a parte quebrada deixou que algumas gotas de seu sangue acumulasse e com seu cosmo selou a abertura – quando tudo isso acabar, dê a eles. É ikhor...Eles não podem morrer por causa das ambições de Pontos.

— Céos...

— Tome. – o deus o entregou.

— Obrigado.

— Mais uma coisa... – o fitou. – tire a Megas o mais rápido possível das mãos de teu companheiro... Pontos não usou apenas o cosmo e o sangue de Chronos... ele corre risco.

— Risco?

— Sim... – ele queria dizer mais, mas sua voz não saia-  Destruam Pontos...

— É uma promessa.

Céos deu um fino sorriso. Aos poucos foi fechando os olhos tombando o rosto para sempre. Saga pretendia deitá-lo, mas seu corpo se desfez juntando-se ao selo.

O circulo sobre a fortaleza brilhou mais do que nunca. Agora sim ele estava completo.

Shaka pegou Asmita no colo e lentamente o levou ate onde estava Regulus e os outros.

— Asmita, Afrodite, Mestre Sage, Giovanni, Regulus e Céos... isso não vai ficar assim. – disse Shaka colocando o pingente entre as mãos do companheiro de signo.

Aioria que tinha acordado a pouco não acreditou que Asmita também tinha morrido.

Saga caminhou ate o grupo. Os dourados olharam para o grego a espera de uma palavra dele. Os cavaleiros trocaram olhares.

— Já o derrotamos uma vez Pontos. – Saga fitou o titã. – podemos fazer de novo.

— Será? – ironizou. – bom... dois contra dezesseis cavaleiros seria injusto não acha?

— Está com medo? – brincou Miro.

— Devia sentir mesmo. – disse Kanon. – vamos enxotá-lo para o Tártaro.

Mu, Saga, Kanon, Aioria, Shaka, Miro, Kamus e Shura passaram a frente.

— Eu não me importo pelo o que possa acontecer, - iniciou o titã. –mas... vão lutar contra um companheiro? – referia-se a Kárdia.

— Se for para trazer a paz sim.  - a voz de Dégel fez se presente deixando todos surpresos.

— Saga estamos sob seu comando. – disse Albafica.

Deuteros, Manigold, Dohko, Sísifo e Cid tomaram a frente.

— Vamos garantir que o futuro seja salvo. – disse Cid.

— Que divertido! Então vamos esquentar a nossa festa, trazendo novos convidados. – sorriu. – Elektron Teru e Margarites Drakon.

Uma luz negra espalhou-se pelo local, cobrindo a visão de todos.

— Tomem posição! – ordenou o geminiano mais velho.

Esperaram pelo ataque do titã, mas este não veio, ao contrario a sala estava num profundo silêncio. Aos poucos a escuridão foi se dissipando revelando o que tinha acontecido.

— Onde... – Aioria olhava ao redor. – onde estamos?

— Pontos nos separou. – Saga fitava ao redor.

— É o que parece. – disse Sísifo acompanhado por Shaka.

— E que local é esse?

— Estamos no centro da fortaleza. – Shaka apontou para algo a frente.

— A ampulheta de Chronos! – exclamou Aioria 

Talvez era um dos maiores salões da construção, pois a ampulheta era gigante e ficava alguns níveis acima do chão ligada por uma escadaria. Ela era ornamentada com ouro e diamantes.

Em outro cômodo...

— Ele está brincando conosco! – Manigold deu um soco numa parede. – eu vou arrancar a cabeça daquele maldito!

— Tenha calma Manigold. – disse Albafica.

— Fiquem em alerta, pois não sabemos o que se passa naquela mente doentia.

Disse Kanon para calar-se ao sentir um cosmo aproximar. Diante deles apareceu um ser.

— O que é isso? – indagou o canceriano.

— É o Margarites. –disse o ariano. – um gigante que se intitula deus.

Em outra sala...

— Parece que Pontos nos separou. – disse Kamus.

— Estou cansado disso! – Dohko estava irritado.

— Poupe sua energia para o combate chinês. – disse Deuteros atento ao seu redor. – pois vamos precisar.

Ele mal acabou de falar e diante deles apareceu uma criatura.

— Elektron. – disse Shura. – isso vai ficar interessante.

Outra sala...

— Já era de se imaginar que faria isso. – disse Miro.

— Se Kárdia for nosso adversário o que faremos? – indagou Cid, que queria saber os pensamentos principalmente de Dégel.

— Não temos escolha. – disse o aquariano. – Kárdia deixou-se controlar novamente... – suspirou. - a paz no mundo vem em primeiro lugar.

— Dégel? – Shion ficou surpreso.

Miro o fitou, aquela luta seria ainda pior do que a outra.

— Que determinação. – Kárdia fez se presente.

—Kárdia?? – exclamaram os quatro ao verem a aparência dele: trajava a armadura de escorpião contudo na cor negra.

—----- Margatites Drakon x Kanon, Manigold, Albafica e Mu ------

— Gigante? O que é isso?

— Um servo de Chronos para ser mais simples. Mu!

— Sim. – o cavaleiro elevou seu cosmo. – Revolução estelar!

— Explosão Galáctica!

Os dois ataques combinaram atingindo em cheio o gigante de forma de dragão.

— Eles conseguiram. – disse Mani.

— Não. – Albafica trazia o olhar fixo para a zona de impacto.

Mu e Kanon pararam próximos. Logo a cortina de fumaça dissipou revelando o gigante, que estava intacto.

— Vai levar mais tempo. – disse Kanon.

— Deixe isso comigo. – disse Albafica aproximando. – rosas piranhas!

O golpe de Albafica chocou-se contra o Margarites, contudo não lhe causou dano algum.

— Nem um arranhão! – exclamou Mani.

— Lembro que Kamus havia lutado contra ele, parece que ataques físicos não funcionam.

— Está certo humano. – a voz sai estrondosa.

— Isso fala? – Kanon arqueou a sobrancelha.

— Não pensem que podem me derrotar. – seu cosmo elevou. – Dunamis Pneuma!

O dragão abriu a boca expelindo um jato, num misto de água e energia.

— Cuidado! – gritou Kanon.

— Parede de Cristal!

Mu criou para proteger a si e aos outros e estava ate funcionando, mas devido às batalhas anteriores estava um pouco mais fraco. A parede despedaçou e todos levaram a onda de ataque, indo ao chão.

— Essa coisa é forte. – o canceriano limpava a boca suja de sangue.

— Precisamos de uma estratégia. – Albafica levantou.

— Eu vou tentar segura-lo. – disse o ariano. – vocês atacam.

— Tudo bem. – disse Kanon. – vamos tentar.

Os quatro separam. O ariano elevou seu cosmo.

— Rede de Cristal!

Ao redor do dragão surgiu uma rede que paralisou seus movimentos.

— Como...?

— Agora! – gritou Kanon. – Explosão Galáctica!

— Rosas Piranhas!

— Chamas Demoníacas Azuis!

Os três ataques uniram-se partindo em direção ao Margarites.

— É inútil! – gritou o gigante.

Ele concentrou sua força e rapidamente livrou-se da rede criada por Mu, antes que os ataques dos cavaleiros o atingisse usando o rabo rebateu-o jogando contra eles. Os três foram atingidos.

— Não é possível... – murmurou Mu.

— Vai pagar por isso humano.

O cavaleiro não teve tempo de se defender, sendo enlaçado pelo rabo do gigante.

— Vou esmagar seus ossos.

— Mu! – gritou Manigold levantando.

O ariano tentava se soltar, tentou usar sua telecinese, mas parecia que ela era anulada pelo dragão.

— Enquanto eu o esmago. – ele abriu a boca, disparando um novo golpe, desta vez parecendo agulhas feitas de água.

— “Esse ataque... – pensou Albafica. – é isso!”

O golpe partiu principalmente na direção do canceriano.

— Manigold! – gritou Kanon.

O canceriano estava prestes a ser atingido quando o pisciano pulou na frente de empurrando e recebendo todo o ataque sendo lançado longe.

— Albafica! – Manigold correu ate ele. – por que fez isso seu idiota?

— Estou bem obrigado pela consideração. – disse fitando-o com um leve sorriso.

Manigold arqueou a sobrancelha, esse tipo de comportamento...

— Estamos copiando aqueles dois idiotas... – sorriu lembrando-se de Afrodite e MM.

— É contagioso.

— É o que parece. – fez menção de ajudá-lo a levantar.

— Não me toque. Estou sangrando...

— E? – indagou sem entender, só depois se deu conta, que ele tinha sangue venenoso. – tudo bem.

— Vocês estão bem?

Indagou Kanon aproximando, mas antes que os dois pudessem dizer algo escutaram algo chocando-se contra a parede: era Mu, que também havia levado mais um golpe.

— Mu!

— Um humano já foi.

— Droga. – Mani cerrou o punho. – o que vamos fazer?

Kanon ficou calado. Eles estavam em grande desvantagem e se a luta prolongasse

demais eles não agüentariam. Todos estavam feridos depois das batalhas contra

os titãs.

— Mantenham-no ocupado enquanto eu pego o Mu.

— Tudo bem. - Manigold elevou o braço direito. - seikishiki mekai ha.

Enquanto o gigante distraia-se com o ataque do canceriano, Kanon foi ate o ariano

e o pegou trazendo-o para perto de Albafica. No exato momento, Mani recebia um

ataque caindo perto deles.

— Manigold!

— Essa doeu... - levantou cambaleante.

— Eu tenho um plano. - disse Albafica olhando seriamente para o gigante.

— Diga.

— Ataques físicos não adiantam com ele, então vou envenená-lo por dentro. Quando

ele disparar um dos seus ataques, eu ataco.

— Nós vamos te ajudar. - disse Kanon.

— Não. - respondeu seco. - meu sangue é muito venenoso, pode espirrar em vocês.

Mu, será que pode protegê-los?

— Posso, mas...

— Ele também vai te atacar. - disse Manigold.

— Por isso que vou sozinho. - deu um passo. - Fiquem atrás de mim.

— Vai lançar suas rosas nele? - indagou Kanon.

— Não... - deu mais um passo. – Mu.

— Tudo bem. – o cavaleiro elevou seu cosmo, criando a parede de cristal.

— Então resolveram morrer um por um. – disse o deus. – por mim tanto faz, acabarei com todos.

Albafica não respondeu, apenas olhou para seu corpo, ele estava sangrando.

— “Talvez tenha apenas uma chance.” – pensou.

— Acabarei rapidamente com você. – aumentou seu cosmo. – num golpe só.  Dunamis Pneuma!

O deus disparou seu ataque em direção ao pisciano.

— “Ainda não é a hora...” – Albafica deu um salto desviando, mas acabou sendo atingido na perna.

— Albafica! – gritaram os três.

O cavaleiro cai ajoelhado, felizmente nada grave.

— Tenho que reconhecer que você é forte. – o dragão enrolava na sua cauda. – mas não o suficiente para me derrotar.

— Será? – o pisciano lançou um olhar desafiador. – por que não tenta me acertar com aquelas agulhas?

— Ora... ate escolheu a forma de morrer... pois muito bem farei a sua vontade. – o cosmo começou a aumentar. – adeus cavaleiro!

O dragão disparou seu ataque de agulhas.

— “Agora.” – Albafica levantou. – Espinhos carmesim!

Os espinhos partiram em direção ao dragão, alguns se chocavam nas agulhas do deus, mas Albafica havia mirado bem na boca dele, boa parte do veneno entrou em contato com o interior do deus, devido a intensidade e durabilidade do golpe.

— “Muito bem Albafica – pensou Kanon. – isso vai derrubá-lo.”

Mu que o observava ficou preocupado, pelo que conhecia daquele golpe aquela quantidade já era mais que suficiente.

Os ataques cessaram, o cavaleiro foi de joelhos ao chão.

— Isso é tudo? – zombou o deus. – esperava mais de você.

— Golpes físicos não funcionam, mas e veneno? – ele o fitou com um fino sorriso.

— Como? – o deus assustou-se e na mesma hora começou a sentir o corpo paralisar. – o meu corpo... o que esta havendo? O que fez a mim mortal?!

— Meu sangue é venenoso, tudo que fiz foi injetá-lo em você.  – levantou.

— Maldito! Eu vou acabar com você!

O dragão mexeu sua calda na tentativa de pega-lo, Albafica não se mexeu, nem mesmo quando a cauda parou a menos de um metro dele.

— Não pode ser... – o dragão calou-se.

Estava morto. Mu desfez a parede e como o pisciano havia previsto, alguns espinhos tinham se chocado contra ela.

— Vá para o inferno. – Manigold apontou o dedo para o dragão. – Chamas demoníacas!

O golpe ao atingir o deus despedaçou seu corpo em milhares de pedaços.

— Bom trabalho Albafica. – Kanon foi para tocá-lo.

— Não me toque! – apoiou o corpo com as mãos, algumas gotas de sangue pingaram no chão.

— Albafica!

— Sigam em frente, eu irei depois.

— Mas...

— Nossa prioridade é derrotar Pontos, vão!

— Está bem.  – disse o geminiano.

Mu o fitou fazendo um sinal.

— Vamos Manigold.

— Está certo. – ele também havia visto o sinal. – nos encontraremos mais tarde.

Os dois saíram. Achando que estava sozinho, Albafica abaixou o rosto, seus ferimentos não eram tão graves, mas para enfrentar Pontos precisava recuperar.

— Descanse um pouco.

— Mu?! – o fitou assustado. – você não...

— Esperarei por você. – sentou perto dele. – foi uma excelente batalha. Seus golpes foram precisos.

— Meu veneno tem que servir para alguma coisa. – reparou que ele trazia muitos ferimentos. – foi Shion?

— Sim. Por conhecer as técnicas poderia me defender, mas é difícil levantar a mão contra alguém que lhe ensinou tudo.

— Eu sei como é...

Mu respirou profundamente, aos poucos foi tombando o corpo para trás. Albafica apenas continuou a olhá-lo. Não se preocupou, pois ele era forte e não morreria tão fácil, apenas precisava descansar.

— Assim como eu...

Tinha consciência que naquele estado não era de muita ajuda, e talvez seu sangue fosse de grande valia para as próximas batalhas.

—----- Elektron Teru x Kamus, Deuteros, Dohko e Shura -----

— O que é isso? – indagou o libriano.

— Um dos deuses subordinados a Chronos. – disse Kamus. – já o enfrentamos no passado.

— Interessante... – disse o deus de aparência de um leão. – quatro humanos para me enfrentar.

— Tomem cuidado. – Kamus tomou posição.

Os quatro espalharam pela sala.

— Como derrota isso? – indagou Dohko.

— Deveríamos ter perguntado para Shaka, ele o derrotou. – disse Shura.

— Vamos atacar juntos. – Deuteros elevou seu cosmo. – explosão Galáctica!

— Excalibur!

— Cólera do Dragão!

— Pó de diamante!

Os quatro golpes combinaram partindo em direção ao deus.

— Seus idiotas! – o cosmo do deus elevou. – Dunamis Odous!

Uma grande bola de energia saiu em linha reta da boca do leão, os golpes dos cavaleiros foram absorvidos e foram atingidos em cheio.

— Precisamos de uma estratégia. – Shura levantou.

— Atena Exclamation. – Dohko não tirou os olhos do deus.

— Como? – Deuteros o fitou surpreso.

— Não temos tempo a perder. – rebateu o libriano.

— Mas alguém precisa mante-lo ocupado ate que conseguiam energia suficiente. – disse Shura.

— Eu farei isso. – prontificou o aquariano

— Esta certo disso? – indagou Deuteros.

— Sim.

— O que estão tramando mortais? – o deus desdenhou. – resolveram se entregar?

— Eu serei seu adversário. – Kamus deu alguns passos a frente.

— Um único homem? – riu. – interessante.

O deus assumiu a postura ofensiva. Enquanto isso Shura, Dohko e Deuteros faziam a postura da Atena Exclamation. O capricorniano ficou no meio, Dohko à esquerda e Deuteros a direita.

— “Eu estou ferido, Deuteros e Dohko também, só teremos uma chance.”

Seus cosmos começaram a elevar. Sentindo o cosmo dos companheiros Kamus também elevou o seu.

— Pó de diamante!

O francês lançou seu ataque.

— Esses ataques não me atingem! – o deus mirou em Kamus. – Dunamis Odus!

Seu cosmo explodiu, Kamus preparou-se para proteger, contudo não contava que a intensidade do golpe fosse forte e a direção que ele havia tomado.

— Cuidado! – gritou para os companheiros.

O ataque do deus atingiu-os em cheio, jogando os longe.

— Shura!

— Háháhá! Vocês humanos não passam de seres insignificantes!

Kamus o olhou friamente, lembrava da luta que Shaka tivera contra ele, foi preciso o virginiano abrir os olhos para derrotá-lo.

— “Terei que superá-lo.” - Kamus começou a elevar seu cosmo. – pó de diamante!

O ataque do cavaleiro partiu em direção ao deus, ele por sua vez lançou um de seus golpes, os dois chocaram-se.

A partir daí o francês começou uma seqüência de ataque e defesa, com o cavaleiro em desvantagem por causa da luta contra Kárdia. Enquanto isso... Shura levantava.

— Deuteros...? – foi ate ele. – Deuteros.

— Shura... – sentou-se. – cadê o Dohko?

— Estou aqui... – o cavaleiro aproximou bastante ferido.

Shura estava prestes a dizer algo quando sentiram o cosmo de Elektron explodir em cima de Kamus.

— Kamus!

— Precisamos fazer a Atena Exclamation. – disse Dohko preocupado com o aquariano. – ele não vai agüentar.

— Está certo.

Os três tomaram posição começando a elevar seus cosmos.  Mais a frente, Kamus apoiava num joelho, estava muito ferido.

— “Não vou agüentar.” – sua respiração estava ofegante.

Discretamente ele olhou para trás percebendo os cosmos dos amigos.

— “Ele não pode perceber.” – referia-se ao deus. - trovão aurora!

— Ainda consegue lutar? – desdenhou. – vou te derrubar de forma que não vai se levantar mais. Dunamis... – parou de falar ao sentir uma forte cosmo energia. – de quem é esse cosmo?

Preocupado com o grandioso cosmo que surgia não se importou de ser atingindo pelo ataque de Kamus.

— Humanos.... Dunamis Odus!

O deus disparou, Kamus olhou para os companheiros que seriam acertados diretamente.

— Pó de diamante!

— Atena Exclamation!

Os cosmos dos três explodiram, uma poderosa energia foi em direção ao ataque de Elektron, chocando-se. Com o impacto do ar, o ataque de Kamus e ele próprio foram arremessados.

— Jamais vão me vencer! – o deus aumentou a potencia.

Shura e os demais sentiram-se pressionados para trás, a força do ataque do deus assemelhava a uma Atena Exclamation.

— “Ate parece daquela vez.” – Shura se lembrou de quando enfrentou Aioria e os outros. Dohko e Deuteros permaneciam firmes, mas não agüentariam muito tempo.

— “Não há duvidas que Saga, Shaka e Mu são fortes. – pensou Dohko. – é preciso um enorme poder.”

A dunamis começava a pressionar a exclamação contra os cavaleiros. Kamus saiu do meio dos escombros, limpando o rosto de sangue mirou os companheiros.

— “Eles vão ser acertados....” - cambaleante levantou e escorando nas paredes caminhou ate certa distancia do grupo dourado.

Afastou da parede abrindo um pouco as pernas para permanecer de pé. Lentamente elevou os braços formando com as mãos uma ânfora. Respirava lentamente. Ascendeu seu cosmo, gastaria toda a sua energia se fosse preciso.

— Execução Aurora!

O grupo sentia os efeitos do poder da dunamis, enquanto o deus despejava mais poder. A vitoria dele estava certa quando a exclamação recebeu mais energia.

— Kamus?? – exclamaram os três.

— Concentrem-se! – não tirou o olhar da bola de energia.

— Mesmo que tentem não vão conseguir. – o deus despejou mais poder.

— Vamos sim. – disse Dohko aumentando ainda mais sua energia.

Shura e Deuteros fizeram o mesmo apostando tudo nesse ataque. Kamus concentrou-se elevando ainda mais seu cosmo. A exclamação aumentou de tamanho e de recuada passou a empurrar a dunamis.

— Não é possível!

A exclamação ligeiramente mais forte arrastou a dunamis acertando o deus em cheio. Houve uma forte explosão com o deus sendo destruído em vários pedaços.

— Nãoooooo.....

Fez silencio, aos poucos os três desfaziam a formação.

— Conseguimos? – Dohko fitou os companheiros.

— Parece que sim. – Shura sorriu. – foi por pouco.

— Se não fosse a ajuda de Kamus não teríamos conseguido. – disse Deuteros.

— E por falar nele... Kamus! – gritou ao vê-lo indo de joelhos ao chão. – Kamus! – foi ate ele. – Kamus.

— Estou... bem.... – a voz quase não saia. – sigam em frente... vou logo em seguida...

— Mas...

— Vão...

— Dohko e Deuteros sigam, depois alcançamos vocês.

Dohko abriu a boca, mas parou a ver o olhar de Deuteros.

— Está bem. Não demorem.

Deram as costas saindo.

— Deveria ir com eles. – Kamus estava com o rosto baixo.

— E quem te carregaria? – riu.

Kamus o fitou arqueando a sobrancelha.

— Brincadeira. – Shura defendeu-se. – descanse um pouco, depois seguiremos.

—---- Kárdia x Miro, Dégel, Shion e Cid ------

— Kárdia? – indagaram os quatro ao vê-lo.

— Vamos continuar a nossa luta? – trazia a Megas na mão.

Shion e Cid trocaram olhares, teriam que usar a força contra Kárdia mesmo que isso fosse a vontade de Dégel. O escorpião naquele estado era um perigo a todos.

— Bem.... – Miro deu alguns passos, passando a frente dos três. – não tenho escolha não é? – fitou o companheiro de signo.

— Em lutar contra mim? – indagou debochado.

— Não... em usar força contra um amigo.

Miro virou de costas para Kárdia, olhando fixamente para Dégel.

— Sinto muito Dégel. – apontou-lhe o dedo indicador.

— Miro? – o aquariano se assustou.

— O que vai fazer? – indagou Shion sem entender.

— Eliminar um obstáculo. – disse o grego.

— Como?! – exclamaram os três.

— Ora... – Kárdia sorriu. – estou vendo uma traição?

— Chame como quiser. – a voz de Miro saiu fria. – se o que vou fazer é traição ou não depende do ponto de vista. – deu um sorriso malicioso. – Restrição.

Dégel foi atingido em cheio, indo de joelhos ao chão.

— Dégel! – gritou Cid. – Miro o que você fez?

O aquariano sentia os membros paralisarem. Sabia que não tinha recebido a Antares, mas a sensação era a mesma, não podia se mexer.

— Miro como pode? – indagou Shion perplexo.

— Podendo. – deu as costas aos três. – agora podemos lutar.

— Como? – Kárdia arqueou a sobrancelha.

— Não queria que Dégel passasse pela dor de ter que lutar contra você. Então, Shion, Cid e eu vamos acabar com você.  – sorriu.

Os quatro ficaram surpresos, principalmente Dégel.

— “Miro...”

— Vão acabar comigo? – Kárdia gargalhou. – esse milagre não vai acontecer, porque sou um deus! – o cosmo aumentou. – serão vóis que vão desaparecer.

— Apesar do método foi uma boa idéia. – disse Cid aproximando do escorpião do futuro. – essa luta seria muito penosa para Dégel.

— Pensou que fosse traí-los... – riu.

— Pensamos mesmo. – Shion aproximou do outro lado.

— Fazem mau juízo de mim.

— Não vai ser fácil lutar contra ele. – disse Cid não tirando o olhar de Kárdia. – Miro e eu vamos atacar com tudo. Shion, quero que use seu teletransporte e o ataque de surpresa. Precisamos ganhar tempo.

— Tudo bem. – disse o ariano.

— Eu vou exterminá-los.

Kárdia ergueu a Megas, seu cosmo começou a espalhar-se pela sala.

— Agora! – gritou Cid.

O cavaleiro de capricórnio avançou sobre o cavaleiro, no meio do caminho soltou a “Excalibur”, Miro veio logo atrás disparando a “Agulha Escarlate”.

— Inúteis. – apenas colocou a Megas na frente, parando os ataques.

— Extinção Estelar!

Shion surgiu ao lado de Kárdia disparando o cosmo a queima roupa, contudo o escorpião foi mais ágil repelindo o ataque. Kárdia foi para acertar o ariano, mas ele se esquivou, nesse meio tempo Cid disparou duas “excalibur”. Kárdia segurou- as, estava prestes a golpea-lo quando sentiu o cosmo de Miro atrás de si. Rapidamente mexeu com a Megas, mas desviou a atenção para a sua esquerda, Shion preparava-se para acertá-lo.

— Não brinquem comigo! – berrou. 

Kárdia apareceu diante de Miro dando lhe um soco no estomago, em alta velocidade apareceu na frente de Shion dando-lhe no queixo. Indo por trás socou-lhe as costas, antes de ir ao chão o pegou pelo braço jogando-o contra Cid. Os dois cavaleiros chocaram-se e antes que batessem contra uma parede, Kárdia surgiu por baixo e socando Shion lançou-os para cima. Os dois bateram contra o teto para caírem violentamente no chão.

— Shion.. Cid...

— Idiota.

Kárdia apareceu diante dele e pegando-o pelo braço lançou-o contra os companheiros.

— Miro... – murmurou Dégel.

Apesar do impacto, os três levantaram.

— Vamos tentar novamente. – disse Cid.

— Isso só vai deixá-lo mais nervoso. – disse Miro limpando um filete de sangue.

— Consegue paralisá-lo? – indagou Shion ao escorpião.

— Acho que sim.

— Faça isso. – disse o futuro mestre. – enquanto o segura, Cid e eu o atacamos de frente.

— Tudo bem.

— O que estão tramando... – Kárdia os fitava.

— Nada de mais.

Miro partiu para cima dele, quando chegou a uma distancia considerada...

— Restrição.

— O que? – Kárdia sentiu o corpo paralisar.

— Excalibur!

— Revolução Estelar!

Os ataques de Shion e Cid uniram-se partindo para cima do Escorpião, que sem poder se mexer recebeu todo o impacto. Acabou sendo arremessado contra uma parede.

— Kárdia! – Dégel ficou preocupado.

— Conseguimos? – Miro aproximou dos dois.

— Talvez... – Shion não estava muito certo.

O estado de calmaria acabou quando o cosmo de Kárdia começou a preencher o local. Ele parecia maior e mais agressivo.

— Humanos insolentes!

Uma onda de energia explodiu jogando-os contra as paredes.

— Eu vou exterminá-los!

Poucos segundos depois que havia dito, Kárdia surgiu diante de Cid. Ele golpeou-o a queima roupa, logo em seguida apareceu diante de Shion aplicando-lhe também a queima roupa. Para completar parou na frente de Miro.

— Cavaleiro de ouro de escorpião. – pegou-o pelos cabelos erguendo-o.

— Kárdia você é desprezível.

— Sou? – indagou ironizando, com um fino sorriso.

— Não precisava ter matado o Regulus, nem os outros.

— Realmente não precisava, fiz por necessidade e também por gosto.

— Miserável.

Miro tentou socá-lo, mas Kárdia segurou seu punho pressionando-o.

— Não levante a mão contra um deus.

— Você? – ironizou. - deus? Não passa de um cretino que se deixou influenciar.

— Achas mesmo?

Tanto Miro quanto Dégel o fitaram sem entender.

— Acham que Pontos realmente enganou o deus do tempo?

— O que quer dizer? – indagou Cid que mesmo machucado escutava atentamente.

— Pontos pensa que esta no comando. – riu. – tenho dó dele.

— Kárdia não estou entendendo. – disse Dégel. – então não esta sendo controlado?

— Kárdia esta sendo controlado. Por mim. – sorriu. – ele esta se saindo um ótimo hospedeiro.

— Do que está falando? – Miro tentava se soltar, mas ainda estava preso pelo cabelo.

— Simples. Estão diante do deus do tempo.

— Como? – exclamaram os quatro.

— Pontos me libertou dizendo se tratar de Hades, eu desconfiei por isso antes de ficar preso novamente, transferir parte das minhas memórias e do meu cosmo para a Megas que estava abaixo da estatua de Atena. Era uma garantia e uma maneira de voltar a vida, só precisava de um corpo hospedeiro e o momento certo. Por pouco meu plano não foi descoberto. Não tive opção a não ser trazer aquela amazona para o passado.

— Marin! – disse Cid. – então essa é a razão dela ter vindo.

— Isso mesmo. Ela viu meu cosmo deixar a sala onde estava a minha arma.

— E o que mais? – indagou Shion. – conte tudo!

— A outra parte de meu cosmo voltou para a prisão, para que Pontos não desconfiasse e enquanto isso aguardei, ate o momento em que ele veio para o passado. Com a minha arma nas mãos dele não foi difícil descobrir seus reais propósitos, eu só precisava esperar e a hora está quase chegando... – sorriu.

— Deixou seus subordinados morrerem? – indagou Cid. – Créos... Iapeto...

— Quando eu assumir meu corpo definitivo, eles voltaram comigo e Pontos ficará eternamente no Tártaro.

— Corpo definitivo?

— Sim. – fitou Dégel. – Pontos não pode empunhar duas Megas Depranon, ele precisa de alguém que seja forte suficiente. Por isso ele pegou o pequeno matador de deuses, mas ate ele atingir a fase adulta levará tempo, então está usando esse mortal que tem um grande poder.

— De quem está falando? – indagou Miro. – há mais alguém aqui? Do futuro?

— A criança que ele mantém presa no subsolo. 

— O QUE?!

— Pontos foi sábio ao escolhê-lo. – sorriu. – enquanto ele não cresce vou ficando com esse daqui. – apontou para si. – e fingindo está sendo controlado por Pontos e no momento certo...

— Não acha que ele sentiu seu cosmo? – zombou o escorpião.

— Claro que está sentido, afinal estou com isso. – balançou a Megas. – é natural que arma tenha o cosmo de seu senhor...

Os quatro cavaleiros ficaram sem palavras, era imaginável que todo esse tempo Chronos estava por trás de tudo e que na verdade eles, os titãs e Pontos não passavam de fantoches nas mãos dele.

— Miserável.... – Shion cerrou os punhos. – como pode brincar assim conosco?

— Não passam de mortais, mestre Shion. – disse essas ultimas palavras com ironia. – pena que morreste antes do primeiro confronto. Realmente o geminiano foi muito sagaz ao matá-lo. 

— O que...? – Shion recuou.

— Chronos cala a boca! – gritou Miro.

— Eles não sabem? – fingiu-se surpreso. – não tiveram coragem de contar que o grande Shion de Áries fora cruelmente assassinado por um dos cavaleiros de ouro?

Dégel, Cid e o próprio ficaram receosos, que historia era aquela?

— Fui morto?

— Não dê ouvidos Shion. – disse Miro desesperado. – ele está dizendo isso apenas para perturbá-lo.

— Não deveriam encobrir a verdade sobre o futuro dele, mas se querem assim. – Kárdia/Chronos ergueu a Megas. – por mim. (n/a: Chronos: quando se tratar do deus. – Kárdia: quando realmente for a fala do cavaleiro) Já são uma ameaça aos meus planos precisam morrer. Khaos Hyetos.

O cosmo explodiu, Shion e Cid foram acertados em cheio batendo violentamente contra uma parede.

— Agora... – a atenção dele voltou-se para Miro. – como prefere morrer? – encostou a Megas no pescoço dele, os primeiros pingos de sangue começaram a correr. – deixarei que escolha.

— Não vou morrer aqui. – ergueu o punho. – não agora que sei que Kárdia não matou os companheiros.

— Quanto sentimentalismo. Por que não guarda tua energias para consolá-lo mais tarde? Quando ele souber o que fez... ficará muito sentido.

— Maldito. - Miro tentou novamente socá-lo.

— Vou ensiná-lo a não levantar a mão contra mim.

Chronos disparou a queima roupa, Miro foi lançado longe.

— E agora... – o titã apontou para o escorpião caído.

— Espere.

Dégel estava de pé. Por causa do ataque sofrido, Miro tinha perdido a concentração do “restrição.”

— Cavaleiro de Aquário.

— Eu serei seu adversário.

— Vai lutar contra teu companheiro?

— Com todas as forças. Vou livrar Kárdia de seu domínio.

— Será uma luta interessante.

Dégel fitava o amigo. Mesmo conhecendo todos os ataques de Kárdia precisava traçar uma estratégia. O sucesso de parar o deus do tempo e recuperar o cavaleiro de escorpião dependia disso.

— Não vamos perder tempo.

Chronos não esperou reação do aquariano partindo para cima dele. Rapidamente Dégel tomou posição e uma luta corporal teve inicio. Os golpes de ambos eram precisos, o que fazia o combate seguir empatados.

— És forte cavaleiro. – o deus trazia um sorriso.

Dégel ficou calado.

— Quero ver se agüenta isso.

O deus afastou-se saltando para trás e com a foice cortou o ar. Uma grande bola de energia partiu em direção ao cavaleiro.

— Pó de diamante!

O aquariano contra atacou. Os dois golpes chocaram, explodindo. Dégel observava a cortina de poeira, conseguira evitar o golpe, mas seu poder não seria suficiente para deter um deus, precisava fazer alguma coisa.

— Agulha Escarlate!

Dégel escutou a voz em meio a poeira, mas antes que pudesse reagir viu atravessando a cortina cinco raios vermelhos. Acabou sendo atingido nos braços, pernas e no ombro direito, indo ao chão.

— Esse cavaleiro possuiu algumas técnicas interessantes apesar do coração fraco. – Chronos surgiu do meio do meio da poeira que havia dissipado.  Estava prestes a disparar novamente, quando sentiu dois cosmos atrás de si.

— Extinção Estelar!

— Excalibur!

Os dois ataques acertaram em cheio o deus.

— Conseguimos. – comemorou Shion.

— Sois irritantes!

Do meio da energia Chronos partiu em direção a Cid, acertando-o, em seguida acertou Shion, os dois caíram perto de Miro.

— Shion! Cid! – gritou Dégel.

— Chronos... – Miro apoiou em uma das pernas para ficar de joelhos. – vou destrui-lo. – seu cosmo começava a aumentar. – tempestade escarlate!

O cosmo de Miro explodiu partindo em direção a Chronos.

— São tão infantis. – posicionou a Megas na sua frente, parando o ataque. – isso nunca irá me atingir.

— Droga. – Miro cessou o ataque. – não me resta alternativa...

— Não Miro. – com dificuldade Dégel levantou. – eu que vou lutar contra ele.

— Mas Dégel...

— Por favor.... – o aquariano o fitou.

— Tudo... bem.... – recuou. – faça como quiser.

— Obrigado.

— Deveria deixá-lo lutar, quem sabe teria alguma chance. – gargalhou.

O aquariano não disse nada apenas deu dois passos a frente.

— Pois muito bem. – ergueu a Megas. – se queres assim... terás a morte que tanto quer.

Dégel tomou posição, mas algo chamou a atenção dele. Apesar do cosmo do deus está aumentando, viu que ele respirava ofegante. Aquilo só poderia significar que o coração de Kárdia estava batendo descompassado.

— “Tenho que ser rápido....” – pensou.

— “O rosto de Kárdia está pálido. – Miro o fitava. – será que...”

— Khaos Hyetos!

O cosmo do deus explodiu.

— Dégel! – gritou o grego.

O aquariano elevou seu cosmo, disparando seu “pó de diamante”, contudo ele não esperava que em meio ao “khaos hyetos” viria também mais cinco “agulhas escarlates”, sendo acertado na mão direita, na coxa e antebraço esquerdo, acima do peito e na barriga. Acabou recebendo o ataque do deus indo ao chão.

— Dégel! - Miro correu ate ele. – Dégel!

Seu estado não era bom.

— Dégel.

Aos poucos o aquariano foi abrindo os olhos.

— Miro...

— Você está bem?

— Estou...

— Pena que Kárdia não verá a destruição dos amigos. – Chronos sorriu. – seria uma cena divertida, mas uma cena ele irá ver, a destruição de Pontos.

Miro e Dégel voltaram a atenção para o deus.

— Acha mesmo que Pontos não vai descobrir? – Miro indagou com escárnio. – Pontos não é tão burro assim.

— Quando ele descobrir será tarde demais, cavaleiro.

— Quem... é o prisioneiro? – indagou o aquariano, tinha que descobrir isso o quanto antes.

— Digamos que é uma peça fundamental da história. O qual sem ele nada disso existira...

Miro pensava em que poderia ser. Era criança e pelo jeito do sexo masculino.

— “Alguém capaz de matar um deus, só pode ser um deus... será que... Shun? Ele carrega o espírito de Hades, ou Julian... ambos poderiam ser pegos quando crianças.”

— É uma informação que para vós é irrelevante já que serão mortos. Primeiro mandarei os quatro para o inferno, depois apenas esperarei teus companheiros acabarem com Pontos e depois...  - sorriu.

— O que fará com Kárdia? – indagou Dégel.

— Se o corpo agüentar, talvez o faça de escravo, mas acho que não irá acontecer. Este coração. –apontou para o peito. – é fraco.

— “Eu serei cavaleiro sim e se meu coração é fraco pouco me importo.”— a frase de Kárdia veio na mente do aquariano. – não sabe de nada Chronos.

Miro e o deus o fitaram.

— O coração de Kárdia nunca foi fraco, ao contrario, é forte, corajoso e determinado. Não vou deixar que brinque com ele. – o cosmo começou a aumentar.

— “Dégel...” – Miro sorriu.

— Bobagem! Vou mostrá-los o quanto são fracos perante a grandeza de um deus.

— Miro.

— Sim.

— Pode me fazer um favor?

— Diga.

— Acerte o maximo de agulhas que puder na mão direita de Kárdia. Quero que Chronos solte a arma. Talvez seja o modo de pará-lo. Enquanto isso vou distraí-lo.

— Tudo bem. – queria perguntar qual era o plano dele, mas preferiu ficar calado.

— Quando ele soltar, quero que o distrai-a.

— Está certo.

Os dois levantaram. Dégel tinha dificuldades em permanecer de pé, devido aos ferimentos, mas estava decidido a por um ponto final nisso, mesmo que custasse todo o seu cosmo tiraria Kárdia das mãos do deus.

— Pó de diamante!

Disparou.

— Novamente essa brisa? – o deus sorriu.

Chronos ergueu a Megas e estava prestes a contra atacar quando sentiu sua mão ser transpassada cinco vezes. Chronos soltou a arma sem perceber, pois rapidamente olhou para onde tinha vindo o ataque, direcionando toda sua energia para Miro.

— Miro! – gritou Dégel.

O dourado recebeu todo o ataque indo ao chão, mas lembrando do plano de Dégel, levantou disparando a “agulha escarlate”.

— Mortal miserável. – Chronos voltou a atenção para ele.

Aproveitando, Dégel correu ate onde estava a arma e tocando-a, a congelou. Nessa hora Miro recebia o ataque de Chronos.

— Miro!

Chronos olhou para o aquariano e ao ver sua arma congelada seus olhos brilharam.

— Humano.... – seu cosmo aumentou violentamente. – vou eliminá-lo!

O cosmo de Chronos explodiu, provocando um forte estrondo. Aos poucos Miro, Cid e Shion despertaram.

— Dégel... – murmurou Miro preocupado.

— Dégel! – gritou Shion.

— Vou exterminar todos! – berrou o deus enfurecido.

Dégel apenas fitava-o. Lentamente ergueu os braços, pois estavam bastante doloridos e fechar a mão direita para formar a ânfora foi um martírio.

— KHAOS HYETOS!

— EXECUÇÃO AURORA!

Os dois cosmos explodiram a ponto de fazer os três cavaleiros serem lançados longe. No centro da sala as duas energias seguiam equilibradas, mas por mais forte que Dégel fosse estava enfrentando um deus. Em poucos segundos a energia de Chronos começou a empurrar a do aquariano.

— “Só me resta...”

Numa tentativa suicida, Dégel correu em direção a bola de energia, saltou sobre ela e com o punho direito cerrado avançou sobre Chronos.

— Execução Aurora!

O deus cruzou os braços sobre o peito criando uma barreira de energia. Com o impacto o ar ao redor deles expandiu provocando um forte estrondo.

— És um idiota se pensa que pode me derrotar!

A resposta de Dégel foi o aumento de cosmo, mesmo assim sua armadura começava a trincar, o corpo, onde não estava protegido sofria com cortes.

— Idiota... vai morrer. – Chronos sorriu. – e vai levar Kárdia junto. Não se importa de matar um companheiro?

— Não... – a voz saiu fraca.

— Pois saiba que tudo será em vão. Kárdia vai morrer e eu continuarei a viver e no fim teu esforço não servirá de nada.

— Não será... – um filete de sangue desceu pela boca dele. – seu reinado vai terminar aqui.

— Achas mesmo? Já estou de posse do corpo e da mente dele, só sairei daqui se assim eu desejar, portando Kárdia não passa de uma casca vazia.

— Eu sei... e é por isso que só resta uma coisa a fazer. E tenho certeza que Kárdia concordaria comigo.

O “execução aurora” foi aumentando de intensidade, o chão da sala, as paredes começaram a congelar...

— O que ele está fazendo? – indagou Shion preocupado.

— Crie a parede de cristal. – a voz de Cid saiu fria.

— Por que...?

— Crie.

Shion não foi contra, rapidamente criou uma barreira para proteger a si e aos dois. Miro não tirou o olhar do aquariano.

— “Tem certeza disso Dégel...?”

Dégel continuava a despejar seu poder, mas mostrava sinais de esgotamento.

— “Preciso agüentar.”

— Estás perdendo as forças cavaleiro? – zombou. – esforçou-se tanto para acabar assim? Não se preocupe te darei uma morte honrosa.

O deus erguia o punho, mas parou.

— O que?

— Nevasca Congelante...

A energia de Dégel transformava-se em gelo, rapidamente Chronos congelava.

— O que estas fazendo?! – tentava se mexer. – solte-me!! Solte-me!! Ordeno que solte!

— Adeus Chronos.

Não apenas Chronos estava congelando, toda área atrás dele também congelava. Dégel já tinha partes do corpo começando a congelar.

— Desgraçado! – começou a gargalhar. – vais ficar congelado também! Idiota! – gargalhou.

O gelo subiu em direção ao peito de Kárdia, chegando ao rosto.

— Dé...gel... – a voz saiu fraca, os olhos azuis brilhavam, aos poucos o cabelo também foi ficando azul.

— Kár-dia...? Você... – Dégel tentou parar seu ataque, mas era tarde.

— Sobreviva... – sorriu.

Num ultimo esforço, utilizando seu cosmo Kárdia empurrou de leve o aquariano para que ele não congelasse junto.

— Kárdia... – foi ao chão.

A área ao redor de Kárdia congelou por completo. O gelo subiu até o teto, o cavaleiro de Escorpião estava preso, numa montanha de gelo.

— Kárdia! – Shion correu ate ele. – Kárdia!

— Dégel!

O grito de Miro assustou o ariano. Os três foram ate ele.

— Dégel!Dégel!

Mesmo com a tentativa de Kárdia, devido ao estado de congelamento do entorno do escorpião, Dégel acabou sendo congelando do pescoço para baixo.

 - Dégel. – Shion ajoelhou ao lado dele. – Cid me ajude a tirá-lo daqui.

O cavaleiro de capricórnio não ouviu começando a andar em direção a algo atrás de Kárdia. A certa distancia parou e erguendo a mão, cortou o ar varias vezes. A Megas que também estava congelada se desfez em mil pedaços.

— Shion. – Miro o chamou, mas sem tirar os olhos do corpo de Kárdia congelado. Reparou na expressão suave do rosto dele. – você e Cid sigam em frente.

— Não vamos deixar Dégel e vamos tirar Kárdia desse gelo.

— Eu farei isso. – o fitou. – agora vá, não podemos perder tempo.

— Mas...

— Vamos Shion. – Cid o fitou. – eles seguiram mais tarde.

Sem concordar muito Shion aceitou.

— Não demorem. – olhou para Dégel em seguida para Kárdia. – vamos.

Ele e Cid seguiram.

Miro voltou o olhar para o aquariano. Tocou o pescoço dele, não sentindo os batimentos cardíacos. Teria que agir depressa e talvez conseguisse tira-lo daquele estado, mas em relação a Kárdia....

— “Salvarei Dégel, tenha a certeza disso.”


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Notas finais do capítulo

Não há efeito sem causa. — Causa debet praecedere effectum



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