Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 32
Ventum seminabunt et turbinem metent




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Sala Mãe dos Deuses ...

O canceriano do passado fechou os olhos, a espera do impacto do vento enquanto caia, contudo...

— Manigold!

O cavaleiro abriu os olhos, o corpo não se mexia, o que era sinal que não estava em queda livre ergueu o rosto deparando-se com Mask.

— Gio-van-ni? – ficou surpreso.

O canceriano do futuro com o corpo deitado na beirada, segurava-o pelo braço.

— O que está fazendo? – Manigold o fitava sem entender.

— Te salvando, idiota. – deu um sorriso de deboche.

Voltando minutos atrás, quando Sage estava prestes a soltar o discípulo, MM surgiu ao  lado do mestre e com força socou-lhe no rosto. Sage caiu de lado.

— Segure, vou te puxar.

— Por que me salvou?

— Não interessa. – virou o rosto.

— É comovente. – a voz de Sage saiu fria.

MM olhou de rabo de olho, o mestre estava parado atrás dele.

— Está se arriscando para salva-lo? Louvável, contudo... – deu um sorriso. – só estará apressando a sua morte.  - Sage colocou o pé sob as costas de Mask. – vou fazê-lo cair.

Com força começou a pisar nele que sem armadura duplicava o impacto.

— Ah!!!!

— Giovanni! – Mani o fitou preocupado. – pare mestre.

— Vão cair juntos no Yomotsu. – alem de pisar esfregava o pé nos ferimentos.- ou... se quer poupar a sua vida, solte-o.

—  O que? – MM o fitou.

— Se solta-lo deixarei-te livre. O que me diz?

Mask voltou a atenção para Manigold.

— Solta-lo....- sorriu cinicamente. – não seria má idéia. Em outras épocas não hesitaria em fazê-lo.

Manigold estreitou o olhar.

— Mas por mais idiota que ele seja não vou deixá-lo morrer.

— Gio-vanni?! – ficou surpreso.

— Como? – Sage arqueou a sobrancelha.

— Não vou permiti que o mate.

— Se é assim...

Sage recomeçou a pisar no canceriano do futuro e não se contentando apenas com isso começou a chutá-lo.

— Ah... – gemeu de dor.

— Mask... – Manigold estava surpreso com a atitude dele.

— Vou esmagar a sua coluna. – voltou a pisar. – vai sentir tanta dor que vai acabar soltando-o.

— Mask me solte. Está sem armadura e desse jeito...

— Não... – o corpo todo doía. – não vou deixar você morrer. Ainda não é a hora.

— Por que...?

— Não me interprete mal, mas... acho que podemos ser amigos.

— Você...

— Morra de uma vez. – Sage aumentou a intensidade do pisar.

— Ah!!!!!

— Me solta MM!

— Você precisa salvar o seu e o meu mestre. – a visão começava a ficar turva. – tem uma boa relação com ele e os titãs não podem acabar com isso.

Tanto Manigold quanto Sage ficaram surpresos.

— Acorde Sage. Você não é um assassino ainda mais de seu discípulo.

O grande mestre recuou, sua mente estava sendo invadida por varias imagens.

— O que... – levou as mãos a cabeça. – que imagens.... – balançou a cabeça negativamente, dispersando as imagens. – vou matá-los agora.

Sage começou a chutar o dourado.

— “Droga...” – Manigold cerrou o punho. – “só há um jeito.” – elevou a mão. – Giovanni.

O italiano o fitou.

— Salve-o. – a mão estava bem no alto.

— O que vai fazer?! – MM estava receoso.

— Faça-o voltar ao normal.

Num golpe rápido, Manigold acertou a mão de Mask que devido ao choque soltou o braço do cavaleiro.

— Manigold!! – gritou.

O cavaleiro caiu.

— Manigold! – o cosmo aumentou rapidamente, a armadura de Câncer vestiu seu corpo. – Manigold!!!!

Sem hesitar MM pulou, Sage olhava tudo com os olhos arregalados.

— Mani-gold...?

As imagens vieram claras, lembrou-se de quando achou o discípulo ainda criança.

— Manigold... – foi de joelhos ao chão.

Enquanto isso, Manigold caia em queda livre, fechou os olhos preparando-se para a morte quando sentiu bater no chão. Abriu os olhos, vendo o céu avermelhado.

— O que... – ergueu o corpo rapidamente, olhando ao redor. – ainda estou... – notou alguém ao seu lado. – Giovanni??

O canceriano estava deitado.

— Giovanni. – foi ate ele. – Giovanni.

— Ai...

— Você esta bem? Como me...

— Possuo um pouco de telecinese. – levantou sentido o corpo todo doer. – ainda bem que funcionou.

— A armadura...

O italiano olhou para si ficando surpreso. Estava tão preocupado em salva-lo que nem notara a armadura.

— Meu cosmo...

— Recuperou os dois. Parabéns. E obrigado por...

— Deixe os agradecimentos para mais tarde. – olhou ao redor. – Sage?

Os dois voltaram a atenção para trás. O grande mestre estava ajoelhado com as mãos na cabeça.

— Mestre...

Ao ouvir o nome ele ergueu o rosto, sua expressão estava normal.

— Manigold... você... ah!!!!! – sentiu uma dor intensa no corpo. Era exatamente igual quando Pontos injetou ikhor.

— Mestre! – sem se importar, Mani correu ate ele ajoelhando na sua frente. – Mestre.

— Não... se aproxime... – a voz saia abafada. – eu ainda...

— Mas...

Giovanni que acompanhava de longe assustou-se.

— Cuidado Manigold!

Antes que ele pudesse reagir, Sage havia acertado-o com uma bola de energia. O canceriano caiu a certa distancia.

— Eu vou matar você... – a expressão do mestre voltou a ficar sombria. – eu vou matá-lo. - ele deu um passo, mas foi de joelhos ao chão. – não...

— Sage! – o dourado foi no intuito de aproximar.

— Não se aproxime... Giovanni você também consegue lançar o Hecatombe. Lance em mim.

— O que?

— Não sei por quanto tempo posso agüentar. – o fitou, os olhos estavam verdes. – rápido!

— Mas...

— Rápido!

— Não vou permitir.

— Manigold? – Sage e MM olharam para o lado.

— Não deixarei ninguém fazer algo a você.

— É mesmo? – a voz voltou a ser fria. – é um fraco.

— Sage...?

— Teve a oportunidade. – levantou, o cosmo queimava ao redor. – dessa vez vou te jogar no Yomotsu e não terá chance alguma de voltar. – o cosmo dele explodiu.

— “Se não há outro jeito... – Mani elevou seu cosmo. – vou arriscar tudo.”

— Prepare-se! – Sage elevou o braço, varias chamas azuis apareceram em torno dele.

— Mestre... farei a minha vida brilhar em virtude de tudo o que me ensinou. – elevou seu cosmo. – nem que eu vire pó de estrela, mas o trarei de volta.

— Manigold... – MM o fitava admirado.

— Vou te mostrar o universo que há em mim. – avançou.

Sage arregalou os olhos.

— “Manigold...” – lembrou-se da conversa que tiveram quando ele era criança.

— Hecatombe dos espíritos! – gritaram os dois.

Os dois ataques se chocaram-se, contudo na hora derradeira, Sage diminui seu cosmo, o que foi percebido na hora pelos dois cavaleiros de ouro. O ataque de Manigold acertou-o em cheio. Sage deu um passo para trás e mais outro. Os olhos outrora escuros ficaram verdes e um fino sorriso estampou em sua face.

— Manigold... você compreendeu.... – sorriu.

Sage recuou mais um, contudo já não havia mais chão.

— Mestre!

Mani correu ate ele e fazendo muito esforço conseguiu segura-lo, porem a beirada onde estava acabou cedendo por causa do ataque, levando-o também a queda livre.

— Manigold! Sage! – gritou MM.

Os dois caíram, mas...

— O que... – Mani olhou para cima, ao sentir algo segurando-o.

— Eu deveria deixá-los cair. – disse MM que segurava o braço de Mani que por sua vez segurava o de Sage. – não gosto de ficar salvando os outros toda hora.

— Giovanni...

— Ei Mestre, use sua telecinese, vocês são muito pesados. Ou vou solta-los.

Sage sorriu. A casa de câncer estava muito bem guardada.

Usando seu poder Sage salvou a si e Manigold.

— O ikhor realmente é poderoso, hein? – MM fitou o mestre. – conseguiu dominá-lo.

— Na verdade... no primeiro momento não senti efeito do ikhor.                      

— Como? – indagaram os dos cancerianos mais jovens.

— Quando estávamos naquela sala logo quando vocês chegaram, eu ainda tinha o domínio sobre mim, mas.... aos poucos fui perdendo a consciência dos meus atos. Minha mente começou a ficar dopada. Realmente a pessoa perde a razão sem perceber.

— Com Kárdia pode acontecer isso?

— Certamente. De qualquer forma...Obrigado. – o mestre agradeceu.

— Não foi nada. – MM virou a cara.

— Não imaginava que fosse tão forte. – Mani alfinetou.

— Deveria tê-lo deixado cair!

— Obrigado.

Surpreendendo o italiano do futuro, Mani estendeu-lhe a mão.

— Não foi nada. – retribuiu encabulado.

— Preciso reparar meu erro. – disse Sage. – temos que ajudar os outros, Kárdia e Shion estão na mesma situação.

— Vamos. – Mani deu um passo mas parou, ao ver algo na fila. – Kár-dia?!

Sage e MM voltaram atenção para a fila.

— O que ele faz aqui... – murmurou MM. – não é possível que...

— Temos que seguir a diante. – disse Sage fitando o escorpião. – e confiar no poder dele.

— Mas...

— Kárdia é forte, tenha fé que ele irá voltar.

— Está bem.

Sage fitou-o mais uma vez.

— “Você ainda não poder morrer Kárdia.”

Estava prestes a andar quando sentiu mais dois cosmos, voltou a atenção para a fila.

— “Deuteros?Dohko?”

— O que foi mestre? – indagou Mani vendo-o parado.

— Não é nada... vamos.

Achou melhor não mostrá-los, que mais companheiros estavam na fila.

Sala do Julgamento...

— “Chronos foi absorvido...?” Qual foi o propósito?

— Não sei te dizer. – disse Afrodite preocupado por ela não ter esse tipo de informação. – Aioria derrotou Pontos antes que ele revelasse seus planos. Apenas lembro que ele dizia que a Terra deveria pertencer a sua legítima dona.

Temis ficou calada. Se naquela época não era o propósito de Pontos seguir Chronos que garantias tinha que ele faria aquilo agora?

— Posso perguntar algo? – indagou Albafica, tão surpreso quanto a deusa. – por que deixaram Iapeto morrer?

A deusa piscou algumas vezes, não que tivesse achado a pergunta de Albafica impertinente era porque fazia sentido. Achara muito estranho Pontos ter deixado o titã morrer e depois dizer que o ressuscitaria, claro que isso era possível, mas ao mesmo tempo dependendo dos propósitos dele era bem pertinente a morte do titã.

— “Isso só pode significar...” Nossa luta ficará para depois.

— O que?!

Sem dar chance de resposta a eles, a deusa sumiu.

— Espere!

— Deixe Albafica.

— Para onde ela foi?

— Eu não sei, mas algo me diz que teremos problemas.

— Como assim?

— Parece que Pontos está tramando algo e que está usando tanto nós quantos os titãs como isca.

— Precisamos chegar rápido ate onde Sísifo está.

— Sim.

Os dois piscianos deram um passo mas pararam ao sentirem o cosmo de Kárdia sumir. Trocaram olhares antes de seguirem em frente.

 

 

Sala do Relâmpago Negro....

Asmita desfez a ilusão, Céos estava apoiado numa das pernas.

— Conseguiu atingi-lo.

— Foi de leve. Nossos ataques têm que ser em conjunto. – Shaka não quis preocupar o companheiro, mas sentia o sangue escorrer pelo ferimento feito por Créos.

— Concordo. – Asmita silenciou-se. – esse cosmo...

— Kárdia também caiu.

— Ele... – o virginiano do passado não acreditava. – ele e Deuteros...

— Dohko também. – conservava  o olhar em Céos.

Asmita voltou o olhar para o titã. Três cavaleiros de ouro haviam caído, aquilo era mal sinal.

— Conseguiram me acertar. – Céos levantou. – realmente os humanos são surpreendentes. – fazendo um movimento o titã mostrou a corrente de Asmita. – não há sentido em ficar com isso. – atirou nele. – vou deixar que morra com esse objeto.

O cavaleiro pegou o objeto passando a observá-lo. Se fosse para Marin ter um futuro, não se importaria de morrer levando o titã junto. Lentamente recolocou o pingente no pescoço.

— Esta pronto Asmita? – indagou para apenas ele escutar.

— Sim. O que quer que eu faça?

— Vou reunir meu cosmo, por isso preciso que o distraia um pouco.

— Como quiser. – deu um passo a frente. – pode me fazer um favor?

Shaka o fitou.

— Se eu não voltar cuide dela por mim.

— Nós vamos voltar. – disse resoluto. – vamos voltar.

O indiano do futuro sentou no chão assumindo a postura de meditação.

— Está na hora de colocar um ponto final nisso. E dessa vez para sempre.

Céos elevou seu cosmo, a luta estava prolongando e precisava urgentemente voltar para perto de Pontos. A ilusão criada por Asmita havia aumentado suas duvidas.

— Morram de uma vez cavaleiros, Ebony Rapier!

O cosmo do deus explodiu de maneira violenta, Asmita fitou o indiano.

— “Preciso protegê-lo a todo custo.” – ascendeu seu cosmo. – Rendição divina!

Asmita disparou, os golpes chocaram no meio provocando uma grande onda de explosão, as energias seguiam equilibradas, contudo a do cavaleiro recuava. Ele despejou mais poder mas não estava sendo suficiente, partes da armadura trincaram e o corpo começou a sofrer com o ataque, tanto que caiu apoiando num joelho.  Mais atrás Shaka acumulava cosmo.

— É inútil Asmita, nunca poderá me vencer. – Céos aumentou seu cosmo.

O cavaleiro respirava com dificuldade, seu cosmo recuava drasticamente e seria fatalmente acertado se...

Tanto ele quanto Céos sentiram um cosmo aumentar drasticamente.

— “Shaka?”

— Como? – Céos o fitava surpreso.

— Ohm! - Shaka abriu os olhos, seu cosmo espalhou pelo local. – rendição divina!

O ataque do dourado partiu na direção de Céos, este tentou se proteger mas acabou sendo acertado, pela primeira o titã foi jogado longe batendo violentamente contra a parede.

— Shaka... – Asmita murmurou.

— Você está bem? – o dourado aproximou lentamente. Respirava ofegante devido ao esforço.

— Estou.... dessa vez conseguimos feri-lo.

— Sim.

Os dois voltaram o olhar para o deus, ele levantava lentamente, estava machucado, tanto que seu sangue pingava no chão.

— “Estou sangrando...” – olhou o liquido no chão.

Os dois trocaram olhares rapidamente, aquela era a oportunidade.

— Circulo das seis existências!

Dispararam juntos, os ataques combinaram indo em direção ao deus. Céos colocou sua rapiera na frente na tentativa de parar o ataque, contudo foi atingido dessa vez indo ao chão. Asmita também caiu de joelhos.

— Asmita. – Shaka o amparou, mas também não estava muito melhor do que ele.

— Estou bem...

— Ainda tem cosmo?

— Tenho... o que pretende?

— Tesouro do céu.

— Tudo bem... – reunindo forças levantou. – mas sabe que só teremos uma chance.

— Sim.

Céos levantou, apoiando no muro.

— “Preciso derrotá-los.” – começou a queimar seu cosmo.

Não perdendo tempo os virginianos elevaram seus cosmos.

As paredes da sala foram tomadas por imagens budistas, Céos olhava ao redor.

— O  que é isso?

— Tesouro do céu!

O cosmo dos dois explodiu.

— Não vão me derrotar! Sparke Rapier!

Céos lançou seu ataque, no choque houve uma grande explosão, a claridade tomou conta da sala impossibilitando a visão. Somente minutos depois é que a situação ficou clara. Mesmo aplicando o tesouro do céu, os dois cavaleiros foram acertados, indo ao chão. Céos estava apoiado na parede, a respiração estava ofegante, o ferimento sangrava muito.

— Formidável... – murmurou. Ele tentou se mexer, mas não conseguiu. – “ o que..?” – seu corpo estava paralisado. – o que fizeram comigo?

Shaka abriu os olhos lentamente, o corpo todo doía, com dificuldades conseguiu virar o rosto vendo Asmita ao seu lado. Quase não sentia o cosmo do amigo.

— Asmita...

Minutos atrás... Durante o golpe “tesouro do céu” para proteger Shaka do ataque, Asmita tinha entrado na sua frente.

— Asmita... – cuspiu sangue e o ferimento feito por Créos abrira novamente.

O cavaleiro do passado continuava caído em meio a sangue.

— Asmita. – Shaka aproximou, ficando temeroso pelo ferimento na altura do peito, era um corte profundo. – Asmita...

Para o alivio do indiano, o cavaleiro mexeu os dedos.

— Asmita...

— Sha-ka... nós conseguimos?

O virginiano voltou a atenção para o deus que continuava parado de olhos fixos neles.

— Ele perdeu o sentido do tato.

— Parece que fui util. – deu um meio sorriso.

— Não pense em morrer. – tocou no braço dele no intuito de erguê-lo. – ainda não acabou e vou levá-lo para casa. Marin está te esperando.

— Tola... - Asmita sorriu ao se lembrar da japonesa.

Com a ajuda de Shaka levantou. Os dois estavam em péssimo estado e não agüentariam um próximo ataque.

— O que fizeram a mim?

— Retiramos o sentido do tato. Agora vamos tirar a fala.

Shaka elevou seu cosmo, Asmita fez o mesmo mas sua energia estava bem fraca.

— Tesouro...

Nem acabaram de falar, foram acertados em cheio caindo longe dali, Céos ficou surpreso.

— O que... – murmurou Shaka.

— Não vão encostar nele. – uma figura feminina fez presente.

— Temis? – Céos piscou algumas vezes.

— Não vou deixar que façam algo a ti. – aproximou do titã. – vamos.

— Para onde?

— Pontos. – seu rosto ficou sombrio. – Pontos esta tramando algo.

Céos apenas concordou deixando-se ser guiado por ela, os dois sumiram.

— Esperem...

Shaka perdeu os sentidos.

— Shaka. – Asmita foi ate ele. – Shaka.

O cavaleiro continuava desacordado.

— Shaka. – desviou o “olhar” para o chão, notou que havia sangue. Tocou as costas do dourado, vendo sangue nos seus dedos. – “deve ser o ferimento de Créos” Shaka.

Aos poucos o indiano foi abrindo os olhos.

— Você está bem?

— Sim... E Céos?

— Temis o levou. Consegue continuar?

— Sim.

— É bom mesmo, Hasgard não vai gostar se eu voltar sozinho.

Shaka sorriu.

 

Sala das Galáxias...

 

O ataque de Créos partiu com toda ferocidade para cima de El Cid.

— “Ele vai morrer... – Shura levantou, mas não percebeu que seu cosmo queimava ao redor de maneira constante. – não posso permitir.”

O cavaleiro fechou os olhos a espera do impacto, mas este não veio. Ao abri-los, viu Shura a sua frente, segurando o ataque do titã.

— Shura?? – Cid arregalou os olhos.

— Ainda não é a sua hora. – o dourado com os braços cruzados sobre o corpo segurava o ataque de Créos.

— Desse jeito pode morrer. – ficou preocupado. Shura tinha levado vários ataques do titã e mesmo de posse da armadura corria risco. – Shura afaste-se.

— Todos os cavaleiros vão voltar para o santuário. – seu cosmo aumentava. – todos. Excalibur!

O ataque de Shura partiu em direção a Créos.

— Muito fraco... – o titã deu um pequeno sorriso, pegando sua cimitarra. – Aster Cyclo!

O golpe do deus seguiu em direção ao de Shura. O dourado despejou mais poder.

—Excalibur! – gritou Cid.

Os ataques dos cavaleiros uniram-se partindo em direção a Créos.

— Nunca irão me vencer!

Os golpes chocaram-se, Créos recuou um passo.

— Como...?

Os cosmos dos capricornianos transpassaram o de Créos atingindo-o em cheio. O titã foi lançado longe com alguns ferimentos.

— Shura eu vou atacar, lance a excalibur mais uma vez. – disse sem tirar os olhos do titã e sem comentar sobre a armadura. – Excalibur!

Cid disparou. Créos aos poucos foi levantando.

— Humanos desprezíveis...

Usando a cimitarra parou o ataque, contudo assustou-se ao ver dois novos ataques vindo do lado esquerdo, não tendo tempo de esquivar. Houve uma grande explosão, por alguns segundos Cid e Shura não viram o que aconteceu. No meio dos escombros Créos sangrava.

— Malditos... eu vou acabar com vós.

— Shura. – Cid o chamou contudo... – Shura?

O espanhol estava apoiado num joelho.

— Você esta bem? – aproximou.

— Sim... – deu um meio sorriso. – a armadura voltou a tempo.

— Consegue lançar mais um golpe?

— Acho que sim. – levantou.

Os dois uniram-se novamente, mas antes que o golpe atingisse seu alvo, ele foi desviado.

— Como?

Créos olhou para o lado vendo a figura de Temis materializar juntamente com Céos.

— O que fazem aqui?

— Precisamos deter Pontos. – Temis o ajudou a levantar. – vamos.

— Mas minha luta...

— Terá em outra oportunidade.

Sem deixá-lo dizer nada os três sumiram.

— Esperem! – gritou Shura.

— Deixe-os. Precisamos alcançar os outros o quanto antes.

— Tem razão.

— Parabéns. – Cid estendeu-lhe a mão. – pela armadura.

— Obrigado.

— Vamos.

Sala da Luz e fogo... 

Aioria escorando numa parede levantou.

— “Ele está bem mais forte.” – olhou ao redor a procura de Sísifo. – Sísifo?

— Estou aqui. – o sagitariano estava pouco atrás dele. – quando lutou com ele da primeira vez era forte assim?

— Não. Ele realmente aumentou seus poderes. O que faremos?

— Vamos atacá-lo ate conseguirmos, pelo dará tempo dos outros chegarem.

— Está certo. Vou primeiro.

O grego do futuro, avançou sobre o deus, iniciando uma seqüência de socos, Pontos com um sorriso nos lábios desviava com destreza. Aproveitando, Sísifo partiu para cima dele. Mesmo sofrendo dois ataques simultâneos Pontos defendia sem problemas.

— São muito lentos.

Pontos deu um soco no estomago de Aioria, antes que Sísifo pudesse fazer algo, o titã o acertou no queixo, indo por trás o socou nas costas. Rapidamente pegou Aioria lançando-o contra o sagitariano, os dois foram lançados contra uma parede.

— Isso vai ser muito divertido.

Templo exterior...

Regulus retirou os escombros de cima de si.

— Que cara forte.

— Desista garoto. – disse Nep. – nunca poderá me vencer.

— Não tenha tanta certeza. – cerrou o punho. – Cápsula do poder!

O deus segurou o ataque com apenas uma mão.

— Ate quando vai me atacar com esse nível de poder? – elevou seu cosmo. – vou te mostrar como se luta.

O ser ergueu os braços formando sobre si uma esfera negra de energia, quando ela atingiu certo tamanho a lançou contra o leão. Regulus recebeu todo o impacto, com a explosão Aioria e Sísifo ficaram preocupados.

— Terminou. – disse o gigante, para... – como?

A sua energia não tinha dissipado ao contrario continuava parada. Mesmo com as mãos nuas, Regulus segurava o ataque.

— Co-mo?

— Não cheguei ate aqui para perder para você. – seu cosmo queimava ao redor. – não antes de conseguir a armadura.

— Pois vai morrer se continuar segurando a minha energia.

— Não mesmo. – a energia aumentava. – Relâmpago de plasma!

Regulus disparou seu ataque, que ao mesmo tempo, consumiu o de Nep partiu para cima dele. O gigante foi atingido em cheio, batendo contra uma parede.

O garoto não se preocupou se o adversário estava caído ou não, sua atenção voltou para a Megas dependurada.

— É a minha chance.

O leão não teve tempo nem de se proteger, foi acertado em cheio por Nep.

Sala da Luz e fogo 

De quatro, Aioria cuspiu sangue.

— “Se continuar assim ele vai nos matar.” – levantou, começando a concentrar seu cosmo. – Relâmpago de Plasma!

O ataque partiu na direção do deus.

— Eu esperava mais de ti Aioria. – com apenas uma mão segurou.

— É mesmo?

Pontos olhou para trás, ficou surpreso ao ver uma flecha vindo em sua direção. Não querendo perder tempo Sísifo levantou depressa e aproveitando o ataque do dourado lançou o dela as costas do inimigo.

— Interessante.

Com um leve erguer de cosmo, Pontos parou a flecha, esta foi ao chão como se fosse de papel.

— Muito interessante.

Um sorriso sádico brotou do rosto do deus, imediatamente partiu para cima do sagitariano iniciando uma seqüência de ataques.

— Sísifo!

Templo exterior...

— “Droga.” – o pequeno tirou uma pedra de cima de si. – me distrai.

— Eu não tenho a intenção de prolongar essa luta garoto. – o gigante aproximou. – pois esta ferindo o meu orgulho de deus, portando vou matá-lo de uma vez.

Nep ficou a pouco de Regulus que ainda estava no chão. O gigante levantou seu martelo.

— Morra. Dunamis Pelekus

Desceu o braço de uma vez, na intenção de esmagar o futuro cavaleiro, contudo....

— O que?! – exclamou o deus.

Regulus segurou o objeto.

— Como?

— Não pense que vai me derrotar. – o cosmo dele aumentava. – não antes de levar a arma para Saga.

— “Como pode ter tanto poder?”

O cosmo do leonino aumentava a cada minuto e essa era a causa da preocupação de Sísifo, ele sabia que o cosmo do sobrinho era grande, mas temia que ele não tivesse o controle dele.

— Relâmpago de Plasma!

O cosmo de Regulus explodiu de uma vez, revelando ser de alto nível.

— Não é possível!

O ataque do leão penetrou pelo martelo espalhando-se pelo corpo do gigante.

— Não acredito! – o gigante recuou sentido o corpo sendo retalhado.

— Desapareça!

Aumentou o cosmo, não apenas o corpo do gigante começou a ser retalhado como todo o local, provocando um forte tremor.

— Nãooooo!!!!!!

O gigante foi feito em pedaços.

— Ufa... – Regulus respirava ofegante. – consegui... mas estou exausto... agora... – fitou a Megas. – é só pegar.

Regulus deu um passo, contudo caiu de joelhos, indo ao chão.

Na fortaleza...

— Sísifo! – gritou Aioria, vendo o sagitariano sendo lançado longe. – droga... – cerrou o punho. – preciso fazer alguma coisa.

Deu um passo, mas parou ao sentir o cosmo de Regulus aumentar bruscamente para em seguida desaparecer. O mesmo foi sentido por Pontos, Sísifo e os cavaleiros que estavam de pé ao longo da fortaleza.

Sísifo dirigiu o olhar para a saída da sala.

— “Como imaginei... tem um cosmo formidável, mas...” – apoiando no arco levantou.

— És resistente. – brincou Pontos.

— Aioria traga o Regulus.

— Eu não vou deixar. – disse Pontos.

— Então não tenho escolha.

O cavaleiro partiu para cima dele, mobilizando-o.

— Rápido Aioria.

— Mas...

— Anda! Vou segura-lo.

— Está certo. – não tinha alternativa, o cosmo de Regulus havia sumido e isso o preocupava. Sem pensar duas vezes correu em direção a saída.

— Não vou permitir. – Pontos ensaiou um passo mas viu-se paralisado. – estou vendo que não vais me soltar.

— Em hipótese alguma.

— Veremos.

Sem hesitar o deus começou a bater no cavaleiro. Sísifo recebia todos os ataques, mas sem soltar o titã.

— “Não vou soltar.”

Aioria correu em direção a saída. Parou na varanda sentindo a brisa tocar o rosto.

— Onde você está... – indagou-se olhando todos os templos. Fixou o olhar num, sentia de leve o cosmo do menino. Sem pensar duas vezes rumou para lá.

Enquanto isso nos andares inferiores....

Mesmo com os ferimentos, Kanon permanecia correndo, já havia dado varias voltas no mesmo lugar, mas tentava se basear pelo cosmo de Pontos.

— Droga, onde... – parou ao sentir um cosmo aproximando. Foi com grande sorriso que viu quem era. – Mu.

— Olá Kanon.

— Você está num estado... – o olhou de cima a baixo.

— Você também não está grandes coisas. – sorriu. – Saga? E Deuteros?

— Deuteros está entre a vida e morte. – disse frio. – Saga nocauteado. E Dohko e Shion?

— Ele voltou a si mas esta desacordado, quanto a Dohko... a situação é a mesma de Deuteros.

— Precisamos continuar. – quis mostrar confiante. – estou me guiando pelo cosmo de Pontos, mas esse labirinto...

— Também dei muitas voltas, mas não podemos desistir. Vamos?

Kanon concordou. Os dois seguiram.

Em outro corredor, Kamus, Miro e Dégel seguiam em silencio, também andavam já algum tempo sem encontrar a saída.

— Sinto alguns cosmos. – disse o francês parando.

Os três tomaram posição, suspirando aliviado ao verem os cancerianos.

— Mestre Sage. – Dégel foi ao seu encontro. – como o senhor está?

— Bem. – fitou-o vendo-o bastante ferido. – e Kárdia?

— Ele... – o aquariano abaixou o rosto. – disparou a Antares contra si mesmo.

— O que?? – exclamaram os três cancerianos.

— É um estúpido. – disse Dégel.

— Precisamos continuar. – disse Kamus. – parabéns pela armadura. – fitou MM.

— Digo o mesmo.

— Vamos. – Sage tomou a palavra. – precisamos achar Pontos o quanto antes.

Confirmaram seguindo em frente. Próximo dali....

Asmita e Shaka caminhavam em silencio absorvidos nos motivos de Pontos não ter contado toda a verdade para os demais titãs.

— Alguém se aproxima. – Asmita parou.

Ficaram surpresos ao verem os capricornianos.

— É bom ver um rosto conhecido. – disse Shura aproximando de Shaka.

— Digo o mesmo. Parabéns pela armadura.

— Obrigado.

— Vocês lutaram contra quem? – indagou Cid.

— Com Céos, contudo Temis interrompeu. – respondeu Asmita. – e vocês?

— Aconteceu o mesmo. – disse Shura. – estávamos prestes a ganhar de Créos quando Temis apareceu.

— O que eles estão tramando...

— Precisamos achar Pontos o quanto antes. – disse o indiano do futuro. – vamos seguir em frente.

— Sim.

Três corredores culminavam num único ponto: uma porta de madeira e para a surpresa de todos os três grupos se encontraram ali.

— Fico feliz em vê-los. – disse Dégel.

— Mestre. – Cid aproximou. – o senhor está bem?

— Sim. Onde está Shion e os outros.

— Shion esta desacordado, - disse Mu. – quanto aos demais...

— Precisamos prosseguir. – a voz saiu forte. – temos que achar Albafica, Afrodite, Regulus, Aioria e Sísifo.

— Estamos aqui.

Ouviram uma voz por de trás da porta, ela logo se abriu revelando os dois piscianos. Ao final do combate contra Temis voltaram pela mesma escada.

— Vocês estão bem?

— Sim. – respondeu Dite. – Temis nos “poupou”. De certo foi se encontrar com Pontos.

— Não antes de pegar Céos e Créos. – disse Shaka.

— Como assim? – indagou Sage.

— Ela me perguntou como acabou a guerra que travamos contra eles anos atrás, não deu maiores explicações e sumiu.

— O que disse a ela? – Kamus perguntou desconfiado.

— Aioria derrotou Chronos e que Pontos não fez muito para ajudá-lo.

— É isso. – disse Shaka e todos os olhares dirigiram-se para ele. – naquela vez Pontos não tinha a intenção de ajudar Chronos, parece que agora não é diferente. Ele não deve ter contado a Temis e aos outros, o que realmente aconteceu.

— A troco de que? – indagou Manigold.

— Em troca do poder deles. – deduziu Kamus. – Pontos precisava deles.

— Então porque concordaram em ajudar? – Kanon tentava assimilar os fatos.

— É isso que não se encaixa. Se eles são tão leais a Chronos não ajudariam um traidor.

— A menos se não soubessem o final da batalha. – disse Asmita.

— Precisamos chegar a eles o quanto antes. – disse Sage, temeroso pelos verdadeiros propósitos de Pontos.

— Essa escada conduz ate deus. – disse Albafica. – Sísifo seguiu por ela.

— Então vamos!

O grupo seguiu.

Área externa da fortaleza

 

Aioria entrou no templo onde sentira a cosmo de Regulus, ficou assustado a ver a construção toda destruída.

— Regulus! Regulus!

Não houve resposta. O grego caminhou pela área encontrando varias partes do gigante espalhadas.

— É o mesmo ser.... – fitava parte do que antes era um martelo. – Regulus!

Chamou mais uma vez e chamaria outra se não visse algo em meio aos escombros.

— Regulus? – correu ate ele. – Regulus. – agachou perto dele.

Ele não trazia ferimentos graves. Pegou-o no colo e olhou para cima.

— Volto para buscá-la. – as palavras dirigiram-se para a Megas.

Em outro cômodo....

 

— Obrigado Temis. – disse Céos com fino sorriso.

— Vós perdestes muito Ikhor. – disse. – como se sente Créos? Precisa de ikhor.

— Estou bem, não se preocupe. Ainda não entendo por que paraste minha batalha. Duvidaste da minha capacidade?

— Claro que não. Só que...

— Diga Temis. – a voz de Céos saiu fria, já imaginando do que se tratava.

— Pontos.

— O que tem ele? – indagou Créos.

— Não me resta duvidas que ele esta nos fazendo de fantoches.

A deusa contou rapidamente suas suspeitas.

— Se aquele patife estiver mentido, o jogarei pessoalmente no Tártaro! – gritou Créos exaltado. – vamos descobrir a verdade agora.

Temis e Céos apenas trocaram olhares. Os três tomaram  rumo a sala principal.

Sala da Luz e do Fogo....

 

Depois de uma seqüência de socos, Pontos conseguiu dominar o sagitariano e aplicando-lhe um golpe a queima roupa o lançou longe.

— Sísifo! – gritou Aioria com Regulus no colo.

O leonino correu ate ele, deixando o garoto no chão.

— Sísifo. Sísifo.

O sagitariano abriu os olhos, mas antes de olhar para Aioria, desviou o olhar, vendo o sobrinho no chão.

— Como ele está?

— Bem. E você?

— Mais tranqüilo.

— Ai... – Regulus levou a mão a cabeça, começava a despertar. – onde...

— Você está bem?  - Aioria suspirou aliviado.

— Aioria? Sísifo? O que estou fazendo aqui?

— Lutou no templo exterior.

— E a Megas?

— Depois a pegamos. – levantou. – tome conta de Sísifo. – voltou a atenção para Pontos.

— Que cena comovente os três juntos novamente, pena que não será por muito tempo.

— Eu vou acabar com você. – Aioria elevou seu cosmo.

— Não agora. Dunamis.

O cavaleiro arregalou os olhos, mal teve tempo de mexer sentiu algo entrando em seu corpo.

— AH!!! – novamente aquela sensação do corpo está sendo estraçalhado.

Para completar o serviço Pontos, com apenas um movimento das mãos, lançou o cavaleiro longe.

— HAHAHA! Que divertido. – o titã gargalhou. – Ao mesmo tempo decepcionante, não és mais o mesmo Aioria. E agora... – fitou os dois cavaleiros que continuavam no chão. – vou eliminá-los.

O cosmo do titã aumentou bruscamente, preenchendo todo o salão.

— “Droga...” – Sísifo um pouco cambaleante levantou. – fique atrás de mim Regulus.

— O que? Eu vou lutar. – também levantou.

— Fique atrás de mim. – a voz saiu fria o que fez com que o garoto recuasse. – prometi a Ilíada que tomaria conta de você e é o que vou fazer.

— Sísifo...

— Já que quer assim... – Pontos ergueu as mãos, um pouco acima dela formou-se uma bola de energia negra que crescia a cada segundo. – vou mandá-los juntos para o Tártaro. Dunamis!

A bola de energia chegou ao seu auge partindo em direção aos dois cavaleiros, por onde passava provocava uma onda de destruição, a terra tremeu fazendo com que ate os cavaleiros que subiam a escada fossem ao chão, Temis e os outros também sentiram.

— Sísifo... Regulus.... – Aioria tentava se mexer. – droga....

Devido a forte movimento do ar, Regulus tampava o rosto com a mão.

— “Que poder é esse?”

Sísifo parado a sua frente apenas observava a aproximação da energia...

Houve o impacto, as paredes da sala tremeram.

— Humanos estúpidos.

— Regulus! Sísifo! – Aioria estava de pé.

No exato momento do impacto, Sage e os outros alcançaram o recinto, testemunhando o ataque.

— Sísifo! – gritou Cid.

A bola de energia continuavam estável... Sísifo de olhos fechados apenas acumulava cosmo para que o impacto não os atingisse, estava quase cedendo quando sentiu um cosmo perto de si inflamar.

— Re-gulus? – exclamou surpreso.

O garoto estava a frente dele e usando as mãos segurava o golpe do titã.

— O que pensa que está fazendo?

— Não vou permitir que Pontos ganhe. – a energia dele só aumentava. – prometi a Lithos que cuidaria de você e o levaria de volta. Alem do mais sou um cavaleiro de Atena. – ele não percebia, mas seu corpo brilhava em dourado.

— Regulus....

As pessoas de fora não conseguiam ver o que ocorria, mas sentiam o poderoso cosmo que contrabalanceava a energia de Pontos. Sage, talvez fosse o único a perceber, que em meio ao caos, algo brilhante passara pela janela.

— Vou derrotar Pontos e levar a Megas ate Saga. Não importa como.

O cosmo dele aumentou ainda mais deixando o sagitariano surpreso e ele ficou ainda mais ao ver a armadura de leão cobrir o corpo do discípulo.

— Invocação de Fótons!

— “Como??? – o sagitariano arregalou os olhos. - Mas esse golpe é do Aioria!!”

A esfera de energia de Pontos foi envolvida por pontos luminosos, vistos por todo o ambiente.

— Mas isso... – murmurou Aioria. – é o meu.... Regu-lus?

— “Esse garoto...” – Pontos estava surpreso.

— Aceleração de fótons!

O cosmo dele aumentou ainda mais conseqüentemente os pontos luminosos começaram a circular em alta velocidade a esfera negra.

— Esse não é o ataque... – MM fitou Mu.

Para a surpresa de todos, Regulus lançou o “explosão de fótons”, a bola de energia de Pontos explodiu de dentro para fora. Devido a isso  ficaram por um tempo sem enxergar.  Quando puderam ver, o ataque de Pontos havia desaparecido.

— Cápsula do poder!

Regulus não deu tempo a Pontos de recuperar a visão, lançou o seu ataque que o atingiu em cheio. Ele bateu contra uma parede.

Ainda com o punho erguido Regulus respirava ofegante. Sísifo o fitava pasmo. Sabia que o pupilo tinha um grande poder, mas não imaginava que fosse tanto, ao ponto de aprender e conseguir lançar uma técnica como aquela.

— Regulus... – chamou-o.

— Está bem?

— Estou... – fitava-o com a armadura de leão. – parabéns. A armadura te aceitou.

— Do que... – olhou para si. – a armadura?? – indagou surpreso, no ápice nem tinha reparado que usava  a armadura. – eu...

— Parabéns Regulus. – Sísifo tocou lhe no ombro. – agora você é um cavaleiro de Atena.

— Obrigado. – sorriu satisfeito.

— Regulus! – Sage e os outros aproximaram.

— Mestre?? Como o senhor está?

— Felizmente bem. Parabéns pela armadura.

Os demais cavaleiros do passado aproximaram-se do pequeno leonino para parabenizá-lo. Aioria caminhava em sua direção.

— Aioria. – Mu foi de encontro a ele. – você está bem?

— Estou. E Shion?

— Está desacordado.

O grego voltou a atenção para o garoto. Estava satisfeito, o maior desejo de Regulus era conseguir a armadura e agora ele estava de posse dela, alem do mais não imaginou que ele pudesse aprender um ataque com tanta facilidade.

O clima estava de descontração, contudo....

Um poderoso cosmo começou a elevar. Os cavaleiros voltaram a atenção assustados.

— Pontos...

Uma grande quantidade de energia provinha da área onde Pontos havia caído.

— Cavaleiros preparem! – ordenou o mestre.

Manigold, MM e Albafica cercaram o mestre para protegê-lo.

— Interessante! – a voz de Pontos ecoou pelo salão. – a nova e a velha geração dos defensores de Atena reunidos num só lugar.

— Desista Pontos. – disse Aioria. – não tem chance contra nós.

— É mesmo? – gargalhou.

O cosmo aumentou bruscamente, tomando proporções gigantescas, para o desespero deles apareceu diante de todos um ponto negro que foi tomando forma de uma foice.

— A Megas Depranon! – gritaram.

A energia que provinha daquele objeto era descomunal. Do meio das sombras Pontos surgiu trazendo um sorriso sádico nos lábios. Com gestos lentos ergueu o braço direito, a arma de Chronos foi ate ele. Ao contato, o cosmo de Pontos aumentou ainda mais, a energia espalhou-se de tal maneira que lançou todos contra as paredes.

— HAHAHAHA! Essa é a elite de Atena? – gargalhou.

Da porta que ligava a sala ate a escada, quatro figuras apareceram. Shion amparava um machucado libriano enquanto Saga e Deuteros apoiavam-se um no outro.

— Como ele consegue ter tanto poder... – murmurou o geminiano do passado.

— E apenas está usando uma das megas. – disse Shion que escutara o comentário.

Minutos atrás, Shion tinha acordado, ao ver o companheiro deitado ao seu lado imaginou que ele estivesse morto, contudo Dohko deu sinais de consciência e não querendo deixá-lo para trás Shion o carregou ate que ele despertasse. Com Saga ocorreu a mesma coisa. As duplas encontraram na sala das escadas e sentindo o forte cosmo de Regulus guiaram-se por ele, chegando no exato momento do impacto da energia de Pontos contra os cavaleiros.

— Não fazem idéia da dimensão do meu poder! – seu cosmo canalizou numa torre negra que subiu ate os céus. – o meu império vai começar.

A fortaleza começou a tremer.

Santuário....                

 

Selinsa, sentada na porta do templo, olhava distraída para o que tinha restado da vila.

— “Ficar sentada não vai trazê-lo mais rápido.” – levantou. – vou ajudar. – disse decidida.

Estava prestes a dar o primeiro passo quando sentiu a terra tremer, seguido de um grande brilho. Arregalou os olhos ao ver um circulo amarelo sendo formado no céu próximo a região onde se encontrava a fortaleza.

— O que é aquilo???

Dentro do templo, Hakurei e Lara sentiram, correndo para a porta. Lithos, Áurea e Athina suspeitaram que algo estava acontecendo indo atrás deles. Foi com perplexidade que viram algo nos céus.

— O que é aquilo...? – indagou Athina assustada.

— É o selo... – murmurou Lithos. – tenho certeza é o selo de Chronos.

— O que?? – Hakurei a fitou. – selo?

— É o sinal de Chronos... o que será que está acontecendo?

Lara ouvia a conversa sem tirar os olhos do céu.

— “Kanon... Deuteros...”

Selinsa sentiu a garganta ficar seca. Assim como Áurea que temeu por seu cavaleiro.

Da casa de touro...

— É o selo... – murmurou Aldebaran.

Hasgard não disse nada mas a julgar pela expressão do amigo percebeu que não era boa coisa.

Fortaleza....

Aos poucos os cavaleiros foram despertando...

— Essa foi forte... – disse Miro retirando pedras de cima de si. – foi por pouco... – parou de falar. Os olhos abriram ainda mais, olhando assustado para a imagem no céu através da janela. – não é possível...

A atenção de todos voltou-se para onde Miro olhava, os cavaleiros não entenderam o que era aquilo, mas os dourados sabiam muito bem do que se tratava.

— Theos sema... – escapou da boca de Saga.

Bem acima da fortaleza o selo de Chronos havia se formado.

— O que é isso Shura? – indagou Cid.

— É o sinal de Chronos... mas por que Pontos conseguiu invocá-lo? – respondeu sem fitar o companheiro. – o que isso significa?

— Problemas. – disse Kanon. – temos que... – olhou para a direção da porta vendo o irmão. – Saga?

Saga e os outros três aproximaram do grupo. Shion e Dohko foram cercados, Mu soltou um grande suspiro aliviado ao ver os dois bem.

— Minha platéia aumentou. – disse Pontos. – isso será interessante.

— Pontos como conseguiu invocar o selo? – indagou Saga.

— Devo responder? – retrucou debochado.

— Deve.

Tanto Pontos quanto os cavaleiros olharam para onde ouviram a voz.

— Vocês... – murmurou Afrodite.

— Deve-nos uma explicação Pontos. – disse Temis ignorando totalmente a presença dos cavaleiros.

— Sempre tão decidida minha cara rainha. – o deus sorriu.

— Como conseguiste invocar o selo Pontos? – Créos apontou sua espada para ele.

— Está tudo ocorrendo de forma tão perfeita. – exclamou sem se intimidar. – de um lado os servos leais a Chronos, de outro os de Atena. E numa jogada só vou eliminar a todos.

— COMO?? – exclamaram todos.

Pontos soltou uma risada baixa.

— Explique-se Pontos! – Créos não queria transparecer, mas estava receoso.

— Pois muito bem. Primeiro começarei com o desfecho da primeira guerra, há alguns anos. – olhou para os titãs. – vós morrestes pelas mãos dos cavaleiros, muito antes do teu senhor que foi trancafiado por Aioria de Leão.

O grego lembrou-se daquele tempo.

— O meu objetivo naquela época era trazer Gaia a vida.

— O que? – exclamaram os três titãs.

— E com a morte de vós tinha conseguido, faltava apenas a vida de Chronos, mas o cavaleiro de Virgem conseguiu sê-la antes disso usando um selo de Athena e eu fui morto pelo cavaleiro de leão.

Céos fitou Shaka.

— “Ele selou a mãe Gaia?”

— Por muitos anos fiquei trancafiado no subterrâneo do Tártaro apenas remoendo a minha  vingança, meu cosmo estava selado e pouco pude fazer ate que... conseguir escapar refugiando-se num templo próximo ao santuário. A guerra contra Hades estava prestes a começar então esperei...

Apenas a voz de Pontos era ouvida.

— Ao final de um ano havia recuperado parte dos meus poderes então fui ate Chronos propor-lhe um acordo.

—----FB----

— Deseja o mesmo que eu, não é rei dos titãs?

— Quem es tu?

— Um amigo. – uma figura vestida com um manto negro se fez presente. – posso libertá-lo por algumas horas.

— E por que me ajudaria?

— Desejo tanto quanto você a extinção dos servos de Atena.

— Feito.

A pessoa tocou a fronte do deus, ao mesmo tempo às amarras que o prendiam foram soltas.

— Infelizmente não consigo restabelecer teu cosmo.

— Não faz mal. – o deus sorriu de maneira vil. – tenho cosmo suficiente para meu propósito.

— Espero que não se esqueça desse favor. – a pessoa fez uma reverencia.

— Diga-me teu nome para que eu possa me lembrar.

A pessoa sussurrou seu nome. Cronos ficou surpreso.

— Lembrarei de ti.

— Como disse não posso mantê-lo solto por muito tempo. Logo que meu poder passar voltarás a ficar preso.

— Já disse, não há problema. O estrago que provocarei será recompensador.

—---FFB-----

— Precisavam ver a expressão de Chronos – gargalhou. – foi digno de pena.

— Por quem se passou?

— Por Hades. É inacreditável que o senhor do tempo, que o filho de Urano tenha acreditado que um olimpiano o ajudaria a se vingar.

— Pontos seu maldito. – Céos cerrou o punho. – como pode enganá-lo?

— Não tome as dores caro Céos, tu também padeceu do mesmo mal.

— O que aconteceu depois? – indagou Aioria.

— Chronos lançou-os no passado. A principio pensei que seria todos, mas parece que ele usou outros critérios.

— Isso não explica o fato de eu estar aqui... – disse Kanon baixinho.

— O que dificultou um pouco os meus planos então não tive escolha de selecionar alguns titãs para a missão. – sorriu. – Céos, Créos, Temis e Iapeto.

— Cretino.... – Créos cerrou o punho. – fomos fantoches!

— Muito bons por sinal. Mataram Atena e o grupo restante facilmente.

— Então por que veio para o passado? – perguntou Afrodite.

— Simplesmente porque queria começar meu reinado um pouco mais cedo. De posse da Megas e de parte do cosmo do deus do tempo preso na ampulheta, poderia transcender o tempo a qualquer hora.

— Como pode mentir. – disse Temis. – disse nos que se lutássemos no passado seria mais rápido e mais fácil trazer Chronos de volta.

— É eu menti. – respondeu cinicamente.

— A morte de Iapeto. – disse Céos. – foi proposital.

— Sim. Precisava dos poderes dele para abrir o selo.Como preciso dos teus para ampliá-lo e levar os meus planos ate onde eu quero. – a expressão de Pontos era cínica. – vós não sois mais necessários.

— Magnífico! – uma forte voz fez-se presente. - E eu que pensei que o amigo da Carbella era doido. – cruzou os braços com uma cara debochada. – você é muito mais.

A atenção voltou para o dono da voz. Dégel arregalou os olhos.

— Kár-dia?

O escorpião trazia um fino sorriso e sem ligar para os companheiros caminhou lentamente ate bem próximo de Pontos.

— Estás vivo. – Pontos também sorriu.

— Não morreria tão fácil.

Créos o fitou impressionado.

— “Ele sobreviveu ao Ikhor?” – desviou a atenção para Pontos, o deus trazia uma expressão interessada. – “ o que realmente pretende com ele Pontos?” – ficou preocupado. - Shura tire esse garoto daqui.

— Como? – o capricorniano o olhou sem entender.

Créos não respondeu apenas trocou olhares com Céos e Temis que haviam pensado a mesma coisa.

— Não vai sair sem punição Pontos. – Céos ergueu sua rapieira. – Shaka tire esse garoto daqui.

Os cavaleiros não entendiam o motivo da preocupação dos titãs para com Kárdia. Pontos apenas sorriu.

— Tarde demais para qualquer tentativa. 

O cosmo dele aumentou, um ponto negro surgiu acima dele.

— Não pode ser... – murmurou Dohko.

— A segunda Megas. – disse Asmita.

A arma surgiu diante deles, os titãs ficaram temerosos.

— Não podemos deixá-lo prosseguir.... Se ele der a arma para.... – Temis fitava a arma.

— Jamais. – Créos ergueu sua cimitarra. – ele não vai nos fazer de idiotas!

— É inútil.

Usando seu cosmo Pontos paralisou os três titãs.

— Ele os paralisou? – indagou Manigold surpreso.

— Pontos seu maldito. – Créos tentava se mexer.

— Já cumpriu vossa missão. Agora... – voltou o olhar para Kárdia. – tu sobreviveste ao meu ikhor.

— Aquilo não foi nada. – sorriu.

— Kárdia. – Dégel aproximou. – você esta bem?

— Estou. Desculpe pelos transtornos.

— É um inconseqüente. – disse, mas bastante aliviado.

— Não me atrapalhem.

O deus do mar expandiu seu cosmo, jogando não só Dégel como a todos os cavaleiros ao chão.

— Dégel! – gritou Kárdia.

— Não se preocupes com ele. Se não o matou daquela vez....

— Faço questão de te perfurar bem lentamente. – a unha do escorpião cresceu.

— Vais me enfrentar?

— Por que duvida? – a expressão era bem irônica. – ainda tenho ikhor nas veias. O suficiente para te mandar para o inferno.

— Tua confiança me impressiona. Assim como teu poder.

Assustando a todos a energia de Pontos aumentou bruscamente preenchendo a sala. Ela parecia bem maior do que anterior ao selo.

— “Não posso deixá-lo que ele use aquele garoto.” – Céos firmava na sua rapieira.

Outro também que se mostrava preocupado era Saga. Havia mais intenções no ato de Pontos.

— Alguém consegue se mexer?

— Não... – disse Mu. – o cosmo dele nos paralisou.

— É a luta que eu tanto esperava. – murmurou Kárdia.

— Digo o mesmo.

Pontos estendeu a mão direita formando sob a palma dela uma pequena bola dourada e negra.

— Kárdia, primeiro te testei com o meu ikhor, se sobrevivesse a ele seria premiado com isso. – elevou um pouco a mão. – o poder de controlar o poder.

— Não dou a mínima para o que disse. – tomou posição. – meu único desejo é te matar.

Sem esperar mais Kárdia avançou sobre o titã, contudo Pontos disparou a pequena bola. O cavaleiro sorriu debochado achando ser capaz de segura-la ou rebatê-la, mas foi pego de surpresa e quando deu por si, a viu entrando no peito.

— Não! – gritou Temis.

— O que foi isso...? – o grego sentiu o corpo queimar. – o que.... Haaaaaa! – soltou um grito de dor.

— Kárdia! – gritaram Sage e Dégel.

— Haaaaaaa! – foi ao chão sentindo o corpo todo queimar. Era ainda mais forte de quando recebeu ikhor.

O cavaleiro se contorcia perante o olhar assustado de Regulus.

— Mestre.... – fitou Sage.

— Seu maldito o que fez a ele? – indagou Miro.

— Pontos como pode fazer isso? – indagou Temis. – como pode usar o sangue do meu senhor.

— COMO? -  exclamaram os demais cavaleiros.

— Do que esta falando Temis? – perguntou Afrodite.

— Pontos misturou ikhor com o cosmo de Chronos. – voltou a atenção para o deus do mar. – como ousou?

— Para derrotar um titã nada melhor do que um. – sorriu. – mesmo que seja fabricado.

Enquanto isso Kárdia ardia em febre, seu coração batia descompassado.

— Kárdia.... – murmurou Albafica temendo o pior.

— Já chega de tuas brincadeiras Pontos! – com dificuldades e mesmo ferido Créos levantou. – o que fez a nós, a Iapeto e ao nosso senhor não tem perdão. – ergueu a cimitarra, seu cosmo começou a elevar-se.

— Ainda quer lutar? – Pontos voltou-se para ele. – mesmo sabendo que será inútil?

— Não subestime a força de um titã. Aster Cyclo!

Créos colocou toda sua energia nesse ataque dirigindo-a a Pontos.

O choque foi inevitável provocando uma grande explosão. A claridade cegou a todos momentaneamente. Uma torre de luz subiu aos céus atravessando o selo de Chronos.

— Ele conseguiu... – disse Cid abrindo um pouco os olhos.

— Vocês estão bem? – indagou Sísifo a todos.

— O quão forte pode ser esses titãs? – Deuteros fitou a abertura no teto.

— O QUE?!

O grito de Dohko chamou a atenção de todos, que arregalaram os olhos ao verem a cena. Pontos estava intacto, ele havia sido protegido.

— Kár-dia? – gaguejou Kamus.

O escorpião de posse da Megas Depranon, havia protegido o titã. Kárdia alem de uma expressao fria, trazia o físico um pouco diferente: seus cabelos estavam mais lisos e negros, assim como seus os olhos.

— “Ele vai servir, ate o meu prisioneiro chegar a idade adulta.” – Pontos sorriu. – estou impressionado Kárdia. Assimilou bem o poder de Chronos.

Ele não disse nada, com os olhos fixos nos três titãs.

— Kárdia....? – Dégel não acreditava no que via. – “você rendeu-se novamente?”

— Pontos... – Shion cerrou o punho. – vai pagar por isso.

— Cuidaremos de vós mais tarde. – disse o titã voltando a atenção para os três deuses. – Kárdia elimine o deus das galáxias.

Acatando a ordem Kárdia ergueu a foice. Seu cosmo estava misturado ao cosmo de Chronos e apresentava grandes proporções.

— Pare Kárdia. – pediu Sage.

— É inútil – Pontos o fitou. – se dá primeira vez Kárdia aceitou o meu sangue, agora sou eu quem o controlo.

— Quais as suas verdadeiras intenções? – indagou Shaka.

— As melhores. Preciso de um braço direito e ele se mostrou capaz.

Céos observava-o atentamente.

— “Ele tem poder para nos destruir.... mas não pode resistir por muito tempo os efeitos do sangue e do cosmo de Chronos, apesar de ter mudado a aparência.... o que está tramando Pontos?”

— Mostre teu poder meu novo servo. Comece por Créos.

Kárdia  sorriu. Ele elevou seu cosmo provocando uma onda de destruição.

— Como ele consegue tanto poder. – disse Kanon. – precisamos fazer alguma coisa.

— Ou ele vai destruir tudo. – Aioria levantou.

A energia ao redor do escorpião não parava de crescer.

—Precisamos eliminá-lo. – disse Temis. – ou vamos perder.

—Fique atrás de mim Temis. – pediu Céos. – eu e Créos cuidamos dele.

Os dois tomaram posição, contudo o cosmo de Kárdia explodiu. O selo logo acima brilhou intensamente e um circulo de luz dourado começou a propagar a partir dele. Alem da luz podia se ouvir um som, vindo dessa propagação.

— Kárdia!

— Não Dégel. – Asmita o segurou. – se chegar perto dele...

— Mas... – voltou o olhar para o amigo.

— O cosmo dele está tão forte quanto o de Chronos. – murmurou Aioria.

— Estou com mal pressentimento. – disse Albafica.

O cavaleiro de escorpião ergueu um pouco mais a foice e com um movimento rápido transpassou o ar...

A fortaleza tremeu, uma poderosa rajada de energia partiu em direção aos titãs.

— Céos tire Temis daqui. – o titã cravou sua cimitarra no chão. – rápido.

— Mas… - Temis o fitou imediatamente.

Céos obedeceu, pegou a titã no colo e se afastaram-se.

— “Pontos maldito.” – só conseguiu dizer isso, já que não tinha força suficiente para revidar.

 Houve o impacto que produziu um som ensurdecedor.

— Créos!!

Uma torre de luz subiu ao céu, a priori não puderam ver o estrago, mas sentiram o cosmo de Créos diminuir drasticamente. Quando a nuvem de poeira abaixou...

— Créos… - murmurou Shura sem acreditar.

O titã estava ajoelhado firmando apenas na sua arma, o corpo estava coberto de ferimentos e sangrava. Apesar da posição...

— Kárdia matou o Créos? – Regulus trazia os olhos arregalados.

Shaka trazia os olhos abertos, a Atena Exclamation usada contra Iapeto não era nada perto daquele ataque. Simplesmente Kárdia estava com um poder alem dos limites.

— Créos... – Céos piscou algumas vezes não acreditando.

— Ha! Ha! Ha! – Pontos gargalhava. – mais um titã se foi e com isso.... – olhou para cima. – o Theos Sema está quase pronto. – gargalhou.

O corpo de Créos emitiu um brilho para em seguida dividir em vários pedaços juntando-se ao selo, antes onde eram três sombras passou a ser duas.


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Notas finais do capítulo

Ventum seminabunt et turbinem metent - Quem semeia ventos, colhe tempestades.



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