Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 26
Capítulo 26: In varietate concordia




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Créos x Deuteros e Saga

- Hahahaha! – Créos soltou uma gargalhada. – é patético! O terrível matador de deuses não passa de um ser insignificante! E eu que temi esse golpe, ridículo.

Saga ficou em silencio.

- Agora... – o deus deu um sorriso maléfico. – minha vez.

Balançando a cimitarra verticalmente, Créos friccionou o ar. Devido a velocidade Saga não conseguiu desviar sendo acertado diretamente. Ele teve o corpo todo retalhado.

- Saga! – Deuteros escorava na parede.

- Os cavaleiros de Gêmeos não passam de fracos!

Deuteros fitou o deus, não entendia porque ele estava mais forte.

- Ficaste de pé a toa. Agora não vou simplesmente te retaliar, vou sugar sua vida e seu cosmo. Como fiz com os cavaleiros no futuro.

O geminiano mais novo nem esperou a investida do deus, lançou contra ele o "outra dimensão" sendo contudo totalmente inútil. Créos desviou facilmente e avançou contra ele, não disparou o "Aster Correia" a queima roupa, mas atacou-o com a espada.

- Deuteros... – Saga ficou de pé respirando com dificuldade. – Deuteros... – a cada investida do deus, o grego ficava apreensivo.

No campo de visão dele, Deuteros estava de costas o que aumentava sua preocupação, pois apesar da coloração do cabelo ser um tom mais claro, parecia que era Kanon que estava ali." De nós quatro você foi a maior vitima ..."..."como seria se os pares fossem invertidos? – fitou Saga. – Aspros e Kanon, eu e você. A historia seria diferente?"

- "Deuteros..." – cerrou o punho. - " só é mais uma vitima disso tudo."

Uma energia dourada circundava o dourado, o cosmo outrora fraco começava a ganhar grandes proporções. Tanto que fez Créos fita-lo.

- Como...? – percebeu a armadura.

Saga caminhava na direção dele, seu cosmo atingia proporções altíssimas.

- Explosão Galáctica. – disse simplesmente.

Como da primeira vez o ataque de Saga destruía tudo pelo caminho, contudo não esmoreceu como anteriormente, ao contrario acertou com toda força o deus.

Créos sendo atingido foi lançado longe desaparecendo do campo de visão deles. Deuteros ajoelhado olhou espantado para o geminiano.

- "Seu poder supera o de Aspros... força assim só..."

- Você está bem? – Saga estendeu-lhe a mão.

- Estou. – aceitando. – a armadura...

- Parece que recuperei meu cosmo.

- Créos...

- Não está morto, só está caído por aí. Precisamos ir para a vila. Sinto o cosmo de Céos dirigindo para a vila.

- Mas...

- Ele virá atrás de nós.

Deuteros apenas afirmou com a cabeça seguindo com ele.

Kárdia e Miro

Abriu os olhos sentindo uma forte claridade sobre si, virou o rosto, percebendo que estava no chão. Aos poucos foi tomando consciência do que tinha acontecido. Falhara no momento crucial.

- Miro...

O cavaleiro ergueu um pouco o corpo mas sentindo dor na altura do peito voltou a deitar.

- Droga... – fechou os olhos, não sentia o cosmo de Temis, mas sentia do outro escorpião de forma fraca. – Miro. – chamou-o na tentativa de se fazer ouvir. – Miro.

Não obteve resposta.

- "Será que..." – com dificuldades ergueu o rosto e guiando-o para onde sentia o cosmo virou-se, vendo o dourado a pouco dele. – a armadura...?

Miro estava deitado mas usava a armadura de Escorpião.

- Miro. – chamou-o para calar. Novamente a dor voltara. – Mi-ro. – a respiração estava entrecortada – dro-ga.

Apoiando-se nos braços arrastou-se ate ficar próximo o suficiente.

- Miro. – balançou o braço. – Miro.

O dourado não respondeu.

- Seu idiota não vai morrer numa hora dessa. Miro. Ai.

A dor apertou, os sentidos aos poucos foram enfraquecendo, Kárdia fechou os olhos desmaiando.

Passados alguns minutos foi a vez do grego mais velho acordar. Sentia o corpo todo dolorido mas ao ver que estava usando a armadura deu um sorriso.

- Consegui.

Levantou, sentando.

- Kárdia? – o viu deitado ao seu lado. - Kárdia!

Virou o cavaleiro de barriga para cima, seu rosto estava pálido.

- Deve... – levantou e mesmo com dificuldade para andar, entrou no templo e minutos depois voltou com um pote de barro.

Não era água gelada, mas talvez estivesse fria o suficiente para diminuir as batidas do coração. Tirou o peitoral da armadura e despejou o liquido.

- Não pode morrer agora, vamos Kárdia acorde.

- Miro!

O escorpião ergueu o olhar deparando com Shura e Kamus.

- Kamus! – gritou aliviado.

O aquariano nem precisou de explicações, rapidamente levou a mão ao peito do cavaleiro. Shura olhava sem entender.

- Onde estão os titãs? – indagou o grego.

- Temis passou direto por Capricórnio e Aquário e algum tempo depois ela passou por nós. – Kamus ainda liberava ar frio no peito de Kárdia.

- Sinto o cosmo de Céos e dela nos arredores da vila. – disse Shura.

- Então vamos. – Miro levantou. – Kamus cuide de Kárdia.

- Está bem.

- Parabéns. – cumprimentou o capricorniano. – conseguiu a armadura.

- Agora estou em igualdade. – sorriu. – vamos escorraçar esses titãs daqui. Vamos.

Shura concordou e dois partiram. Kamus pegou Kárdia e o levou para dentro.

Albafica x Céos

- Um cavaleiro já se foi. Só falta tu. – disse.

- O Afrodite... – murmurou o pisciano.

- Morto. – Temis sorriu.

Albafica e Athina assustaram-se.

- Mas não te preocupes, logo fará companhia a ele.

- Deixe-o comigo nobre Temis, não sujes tuas mãos com ele.

- Não irei sujar. – a deusa fez um movimento com as mãos, o que separou Athina do cavaleiro.

- Athina! – gritou.

- Primeiro vou matá-la.

- Pare Temis.

Levaram um susto ao ouvirem a voz.

- Afrodite?

Em péssimo estado Afrodite andava lentamente ate o local da batalha.

- Você quer a nós então deixa-a em paz.

- Como quiser. – Temis a lançou longe.

- Athina! – gritou os dois.

- Malditos. – Afrodite cerrou o punho.

- Fico surpresa por estares vivo. – disse Temis.

- Isso mostra o quanto é fraca. – sorriu.

Albafica observava o sueco, o estado de Afrodite era critico, ele não conseguiria lutar contra dois titãs.

- Vamos acabar logo com isso Temis. – Céos a fitou. - O do futuro é meu, tu ficas com outro.

- Sim.

Os dois deuses elevaram seu cosmo.

- Sparkle Rapier!

- Brabeus Blade!

Os dois ataques partiram em direções opostas. O golpe de Céos foi em direção a Afrodite e o de Temis a Albafica. Ambos estavam enfraquecidos o que ocasionou num ataque direto. Afrodite sentiu o corpo todo sendo cortado indo ao chão. Albafica foi atingido em vários lugares também indo ao chão contudo em estado melhor que o sueco.

Athina acabava de acordar quando viu os dois sendo atingidos.

- Albafica! Gustavv! – levantou. – parem por favor.

- Humana insuportável. – Temis a fitou e com um piscar de olhos a jogou no chão. - Brabeus Talanton!

- Athina! – gritou o sueco, a garota iria morrer na hora.

- Aza...

A grega não conseguia se mexer e mesmo que conseguisse não seria pário para um ataque como aquele. Ela arregalou os olhos ao ver uma bola de energia negra sobre si. Fechou-os com medo contudo...ao abri-los novamente...

- Alba-fica...?

O pisciano havia se jogado sobre ela, estava de quatro segurando o ataque de Temis nas costas.

- Você está bem?

A garota não respondeu, os olhos estava vidrados nele. Afrodite suspirou aliviado.

- Você esta bem? – indagou novamente.

- Sim...

- Humanos são surpreendentes. – brincou a deusa. – pena que vão morrer.

Céos que os fitava ficou admirado pela atitude do cavaleiro.

Albafica respirava com dificuldade, os diversos ferimentos só pioram e seu corpo sangrava. O cavaleiro que fitava a grega sentiu um filete de sangue escorrer pelo rosto e viu pingar no cabelo dela algumas gotas. Olhou o corpo dela por completo, Athina estava exatamente abaixo dele e já dava para notar que o sangue que escorria pelo seu corpo caia nas vestes dela.

Usando um pouco de seu cosmo criou uma espécie de parede, como a de Shion, o sangue que antes caia na garota agora manchava o "vidro." Claro que era uma medida imediatista mas que não salvaria nenhum dos dois, já que Albafica já estava enfraquecido por causa batalha, por causa do ataque e ainda usar o cosmo daquela maneira.

- "Ele não vai agüentar." – pensou Dite tentando levantar.

- Idiota. – disse Temis. – achas que podes protegê-la assim? Vais morrer mais rápido.

Athina fitava o rosto do cavaleiro, ele a fitava de maneira séria mas era claro que ele estava sofrendo. Não sabia muito a respeito de cosmo, mas tinha consciência que aquela proteção criada por ele poderia custar-lhe a vida.

- Não se preocupe comigo senhor Albafica...

Ele não respondeu o que a deixou mais tensa. O golpe de Temis aumentou de intensidade, ele já sentia os braços fraquejarem.

- Pare Temis! – Afrodite esforçava-se para levantar. – vai matá-los!

- Essa é a intenção.

- Pare Albafica. – Athina pedia. – não se preocupe comigo.

Ele não respondeu. A garota começou a ficar mais desesperada quando, as então gotas de sangue, começaram a tampar a visão dela. O cavaleiro esforçava-se ao maximo, mas começava a sentir os efeitos: a visão estava ficando turva.

- "Ele não vai agüentar." – Afrodite os fitava. – "ele não vai agüentar."

O sueco tentava levantar mas seu corpo não obedecia.

- "Droga... eu preciso fazer alguma coisa..." – tentava queimar seu cosmo, mas não o sentia. – "eles vão morrer se eu não fizer nada... – cerrou o punho. – no futuro não pude salvar Atena e os outros e agora... " – ele não percebia, mas seu cosmo começava a queimar e de maneira constante. – "... não vou deixar que esses titãs arruínem o futuro dos dois." – Afrodite levantava mas sem perceber que fazia isso, os únicos que viram foram os titãs. – não vai matá-los Temis! Vinha de rosas!

O cosmo de Afrodite explodiu, seu ataque partiu em direção ao Brabeus de Temis envolvendo-o completamente. Logo Albafica e Athina estavam livres.

- Como? – a deusa fitou o sueco. – como ousas?

Ele nem a olhou andando ate onde estavam o casal.

Athina rapidamente saiu debaixo do pisciano para que ele pudesse acabar com a proteção.

- Albafica? – foi para tocá-lo.

- Estou bem. – afastou-se um pouco.

- Vocês estão bem?

Os dois voltaram a atenção ficando surpresos.

- Gustavv... – Athina sorriu.

Albafica o fitou, ele usava a sagrada armadura de Peixes. A poucos dias considerava-o um inimigo, mas agora via que eles não eram diferentes.

- Vamos eliminá-los. - o sueco estendeu a mão para o companheiro.

- Sim. - deu um sorriso aceitando a ajuda.

- Athina afaste-se por favor. – pediu o sueco.

- Sim.

Céos os fitava, mais um cavaleiro havia recuperado a armadura, se isso continuasse seria um problema. O deus teve a atenção chamada por dois cosmos que aproximaram.

- Afrodite! – era Saga na companhia de Deuteros.

- Você conseguiu. – Dite o cumprimentou.

- Parabéns para você também.

Os cumprimentos foram interrompidos por um cosmo grandioso que aproximava. O cosmo transbordava ódio. A intensidade era tanta que foi sentida por Marin e Lara.

- Mais um titã Lara. – a japonesa a fitou.

- É melhor irmos ver. – virou-se para as meninas. – fiquem aqui. Peça a Athina que continue com os moradores.

- Ela não está lá. – disse Lithos.

- Como não? – Selinsa assustou-se.

- Na certa foi... – a grega lembrou-se de algo. – ela foi para o local da luta.

- Então vamos. – Sel tomou a frente preocupada com sua prima.

Um pouco distante dali, Saga, Dite, Deuteros e Albafica esperavam o dono do cosmo aparecer o que não tardou. Créos apareceu permanecendo ao lado dos outros dois titãs.

- Demoraste. – disse Céos.

- Eu vou reduzi-los a pó. – disse bufando. – não me atrapalhem. – ergueu sua cimitarra. – Aster Correia!

O cosmo do titã das galáxias explodiu acertando-os. Miro e Shura que estavam a caminho sentiram.

- Esse cosmo é do Créos. – disse Shura.

- Vamos nos apressar.

Eles apertaram o passo e depois de um rochedo deparam com os quatro cavaleiros no chão.

- Saga!

Foram ate ele.

- Saga você está bem? – indagou Miro.

- Sim. – o fitou surpreso. – recuperou a armadura.

- Consegui. – sorriu. – assim como você.

- As coisas parecem que estão melhorando. – Shura aproximou. – Miro, você e Dite.

- Pois isso não significa nada! – o cosmo de Créos aumentou. – vou destrui-los.

- Esse santuário acaba agora.

Temis também elevou sua energia. Tanto ela quanto Créos dispararam contra os seis. Shura foi para perto de Athina para protegê-la, os demais rapidamente tomaram posição e usando seus cosmos seguraram a energia.

- Mesmo recuperando nossas armaduras eles continuam forte. – disse Dite.

- Precisamos derrotá-los agora. – o cosmo deles permaneciam elevados, contudo os corpos, já feridos, davam sinais de esgotamento.

- Que tal uma ajudinha?

- Aldebaran! Mu! – os dois haviam se recuperado do ataque sofrido horas antes.

- Voces estão bem? – indagou Saga.

- Não somos tão fracos assim. – brincou o brasileiro.

- Vermes. – Temis e Créos ficaram mais irritados com a postura deles. – nós somos deuses!

Surpreendendo-os a energia dos dois aumentaram ainda mais, acabando atingindo os sete, no exato momento Lara e as meninas chegavam ao local.

- Deuteros! – gritou Lara.

- Athina. – Selinsa correu ate ela. – você esta bem?

- Sim.

- Shura. – Áurea, Lithos e Marin aproximaram. – esta bem?

- Nada grave. – disse para tranqüilizá-las. – meninas fiquem atrás de mim.

- Eu te ajudo. – a japonesa prontificou-se.

- Deuteros. – Lara agachou ao lado dele.

- Não devia está aqui.

- Vocês estão bem? – olhou para os demais, ignorando o comentário.

- Eu não entendo. – disse Miro. – sete cavaleiros de ouro e não conseguimos segurar.

- Eles estão mais fortes Miro. – Saga os fitava.

O cosmo de Temis e Créos ainda queimava.

- Vamos terminar com isso. – Céos pronunciou pela primeira vez. – vamos derrubá-los de uma vez.

- Será um prazer. – o deus das galáxias ergueu sua cimitarra.

Assustando a todos o céu escureceu, três poderosos cosmos começaram a elevar.

- Como? – Albafica os fitou.

- Shura, Lara e Marin, levem as meninas daqui! – gritou Dite.

Os poderes dos titãs espalharam pelo local, provocando uma grande onda de destruição. A energia era sentida ate no templo de Atena.

- Eles vão destruir tudo. – disse Miro.

- Rapazes. – Deuteros tomou a frente. – chegou a nossa hora.

Eles concordaram, sabiam que tinham que parar aquele ataque.

- Pensam que vão nos vencer. – Créos gargalhou. - Aster Ciclo!

- Brabeus Blade!

- Ebony Gale!

Os cavaleiros tomaram posições, contudo não imaginaram que a intensidade do ataque fosse tão grande. Prevendo o poder de destruição, Lara com a ajuda de Shura tirou Athina e as demais o mais rápido possível de perto.

- É agora. Explosão Galactica! – disseram praticamente ao mesmo tempo Deuteros e Saga.

- Grande Chifre!

- Agulha Escarlate!

- Extinção Estelar!

- Rosas Piranhas – gritaram os piscianos.

Os sete ataques uniram-se partindo para cima dos três, contudo...

- Idiotas. – Créos envergou sua espada. – Aster Correia.

Dentro do golpe disparado anteriormente pelos titãs, abriu-se uma fenda que com uma força estrondosa sugava a energia dos cavaleiros.

- Ele está sugando nossa energia!

Em fração de segundos todo o ataque dos sete desapareceu em meio ao golpe dos titãs que continuava indo na direção deles. Tentando evitar um impacto direto Mu passou a frente deles criando a parede de cristal.

O impacto seria estrondoso, mas...

- Kahn!

Um oitavo cosmo apareceu entre o ataque dos titãs e a parede de Mu. Selinsa que protegia a prima olhou assustada.

- "Esse cosmo..."

- Quem se atreve? – Créos abaixou a cimitarra.

Os cavaleiros ficaram surpresos ao verem Shaka.

- Explosão Galáctica!

Aproveitando que o virginiano estava em ligeira vantagem Saga lançou seu ataque em direção aos titãs, não era para acertá-los, mas pelo menos fazê-los distrair a fim perderem a concentração, o que funcionou. Aproveitando disso Deuteros e Mu dispararam seus ataques. A grande massa de energia titânica foi deslocada para o alto provocando uma grande explosão no céu.

Shaka de joelhos respirava ofegante, mais alguns segundos e seria atingido.

- Shaka. – Aldebaran o ajudou. – você esta bem?

- Estou.

- "Esse homem..." – Céos o fitava. – "tem um enorme poder."

Selinsa respirava aliviada.

- Shaka. – Miro e Dite aproximaram.

- Recuperaram a armadura.

- Sim.

- Bom trabalho Shaka. – Saga aproximou na companhia do ariano.

Deuteros e Albafica observavam-os pensando a mesma coisa.

- "Eles sempre estão juntos."

Instintivamente trocaram olhares.

- Estou surpreso. – Créos abaixou sua espada. – não são tão insignificantes assim, mas não terão a mesma sorte. O que podem fazer míseros cavaleiros.

- Em maior quantidade?

A atenção de todos dirigiram-se para o lado, não muito melhor que o grupo que já estava lá, surgiu o grupo que tinha ido ate a fortaleza. Dohko e Shion se ajudavam, assim como Sísifo e Aioria. Dégel e Cid se apoiavam. Asmita estava sozinho assim como Kanon. Hasgard e Manigold estava juntos.

Lithos suspirou aliviada ao ver o marido e o irmãos juntos e bem. Áurea ficou preocupada pelo estado de Shion. Lara deu um sorriso ao ver Kanon, não passando despercebido por Deuteros. Marin olhava ora para Cid, ora para Asmita.

- Kanon. – Saga aproximou. – você esta bem?

- Estou. – olhou para Lara. – a armadura voltou. – fitou o irmão.

- Sim. Como está Aioria?

- De pé. – sorriu.

- Vocês também. – Kanon fitou os demais companheiros.

- Estou vendo que tudo não passou de uma armadilha. – Sísifo dirigiu-se para Saga, voltando o olhar para os titãs.

- Sim.

Shion fitou o grupo de "traidores" que havia ficado, alguns tinham recuperado as armaduras mas seus estados denotavam que a batalha não tinha sido fácil.

- Como está Albafica?

- Vivo.

- Onde está o Kárdia? – indagou Dégel a Miro.

- Kamus está cuidando dele. – o fitou seriamente.

- Entendo.

Asmita aproximou de Shaka, sem antes lançar um rápido olhar a Marin.

- Você está bem Asmita? – Shaka preocupou-se ao vê-lo ferido.

- Não foi nada.

Cid discretamente aproximou-se de Lara.

- Vocês estão bem? – indagou a todas, mas olhando para Marin.

- Estamos Cid. – respondeu a amazona de Taça.

- Pelo estado de vós,- iniciou Céos. – Pontos e Iapeto levaram a luta a sério.

- E não terminaram o serviço. – Créos elevou seu cosmo. – já esta na hora de por um fim nisso. Aster Blade!

O titã disparou, mas o ataque não foi em direção a eles e sim num alvo que estava muito atrás dos cavaleiros. Os dourados seguiram com olhar a direção do ataque. Lara tomou posição as pressas.

- Athina! – gritou Afrodite.

- Lithos! – gritaram Aioria e Sísifo.

Rapidamente os cavaleiros esboçaram reação, contudo...

- Não vão interferir! – Temis disparou uma grande bola de energia neles.

Eles não sabiam se defendiam ou se preocupavam com as meninas. Cid, Shura, Lara e Marin postaram-se na frente e elevando seus cosmos tentaram parar o ataque sendo totalmente inútil, ao mesmo tempo que alguns cavaleiros correram ate elas e os outros levaram o golpe de Temis.

Todos caíram espalhados pelo chão.

- Está terminado. – Créos sorriu. – o santuário de Atena está no chão.

Sísifo que tinha corrido ate Lithos estavam caídos um do lado do outro. Afrodite foi mais rápido que Albafica e protegeu Athina os dois caíram próximos.

- Vamos embora. – disse Céos dando as costas.

- Ainda não. – disse Créos olhando as doze casas. – Pontos encarregou-me de uma missão.

- Missão? – o deus do relâmpago o fitou desconfiado.

- Sim. Tenho que pegar uma peça para ele.

- Que peça? – indagou Temis estranhando.

- Algo que ele pretende usar em nossa luta. Não entendo o plano dele, mas me pareceu interessante.

Enquanto os três conversavam entre si, a primeira que deu sinal de consciência foi Selinsa. Aos poucos ela foi levantando.

- Se tens que executa-lo que seja agora. – Céos fitou a garota.

- Ela pode me servir de escudo. – Créos balançava a cimitarra. – não que eu precise mas torna as coisas mais divertidas.

O titã apontou o dedo para ela, Selinsa apenas sentiu uma força puxando-a.

- Há!

Hasgard que estava acordando escutou o grito da pupila.

- Selinsa!

- Se fizer algo ela morre. – o deus encostou a lamina no pescoço dela.

- Solte-a patife.

Aos poucos foram acordando, Shaka quando a viu em poder do titã estreitou o olhar.

- Seus métodos estão cada vez mais baixos Créos. – disse Aioria.

- Fiquem bem quietinhos enquanto vamos embora.

- Solte-a Créos! – gritou Dohko.

- Kanon, Miro e eu vamos atacar. – disse Saga. – Hasgard, Aioria e Dégel façam o mesmo. Mu pegue-a.

- Sim. – os seis concordaram.

Estavam prestes a executarem o plano quando um grandioso cosmo começou a preencher o local. Hasgard olhou assustado para trás.

- "Shaka?"

Sísifo, Lithos e quem mais sabia sobre os dois temiam uma possível reação.

- O cosmo do Shaka... – Miro estava impressionado.

Céos que observava-o ficou temeroso.

- "Está mais forte." Não há necessidade disso Créos, solte a humana e pegue o que tens que pegar. Temos que ir embora.

- Agora que está divertido, não é menina? – roçou a espada no pescoço da aspirante arrancando as primeiras gotas de sangue.

- Patife solta ela! – gritou Aldebaran.

- Desgraçado... – Hasgard cerrou o punho e estava prestes a atacar.

- Se não solta-la agora não terei compaixão. – a voz de Shaka saiu gélida. Seu cosmo não parava de crescer.

- E vais fazer o que? – o deus deu um sorriso cínico.

- Não o provoque Créos. – advertiu Céos.

- Podes ter um alto nível de cosmo, mas não passas de um misero humano. Assim como ela.

Créos não pensou duas vez ferindo a garota ainda mais no pescoço. Mal terminou de fazer isso sentiu uma energia perto de si. Surpreendendo a todos Shaka postou-se a frente de Créos.

- Tesouro do Céu.

O cosmo do indiano explodiu de uma vez, o deus recebeu o golpe a queima roupa sendo lançado longe.

Os cavaleiros olharam assustados a cena, não imaginavam que o poder do virginiano pudesse ser ainda maior.

Shaka trazia Selinsa nos braços e de forma delicada a deitou no chão.

- Sel... – sussurrou.

Aos poucos a aspirante foi abrindo os olhos, para o alivio do virginiano e de Hasgard.

- Sha-ka...

- Que alivio... – sem se importar com os demais, o indiano acariciou o rosto da garota.

Hasgard arqueou a sobrancelha, vira bem ou foi só imaginação o gesto do herege? Fitou a pupila, Selinsa não parecia se importar por está sem a mascara e a expressão dela para ele dizia muitas coisas.

- "Não é possível que... – percebeu que detalhes antes bobos, ganhavam significados quando analisados mais delicadamente. Antes de partir a fortaleza notou que a pupila usava um bracelete dourado, ela jamais usara tal objeto e quando o viu pensou em apenas ser coisa de garota, mas agora observando bem, viu que Shaka usava objeto semelhante contudo no pulso. Por mais que existisse dois objetos iguais era no mínimo suspeito os dois usarem. - ...eles...

Antes que pudesse dizer alguma coisa ou pular no pescoço do indiano Hasgard arregalou os olhos.

Shaka continuava a acariciar o rosto.

- Vou te levar... – a frase não foi terminada, subitamente o rosto do indiano contorceu-se de dor dois filetes de sangue desceram pela boca.

Os olhos de Selinsa arregalaram, e ainda mais por ver uma espada transpassada na barriga do indiano.

- Créos! – gritou Aioria.

- Um presentinho... – deu um sorriso e com um gesto da mão fez com que sua cimitarra saísse do corpo do cavaleiro. – adeus.

- Shaka. Shaka. – esquecendo dos ferimentos, Selinsa o amparou nos braços, deitando-o. – Shaka fala comigo.

Ele não respondeu.

- Shaka. – os olhos marejaram, novamente ele se machucara por sua causa, porque era a causa de tanto sofrimento para ele? – Shaka...

- Shaka! – Saga aproximou. – Kanon me ajude a levá-lo.

Levaram-no as pressas. Lara foi atrás. Lithos tentava acalmar uma nervosa Selinsa.

- É tudo minha culpa, ele sempre se fere por minha causa.

- Ele vai ficar bom. – disse a grega de modo sério. – Shaka é forte. Não se preocupe, confie nisso. – apontou para o bracelete.

Hasgard estava atônico, primeiro pela descoberta, depois pelo ataque inesperado do titã e agora por ver o estado da pupila. Era gritante que os dois tinham algo.

X.x.X.x.X.x.X

Depois da luta contra Aioria, Pontos retirou-se para a ala subterrânea da fortaleza. Não iria ate onde estava seu prisioneiro, mas sim no local que guardava um precioso tesouro. Com o cosmo abriu a porta, dando um leve sorriso. No centro da sala preso por correntes erguia a certa altura a arma de Chronos: Megas Depranon. Contudo não era a arma que ele resgatara do santuário dias atrás e sim a arma que ele pegara no futuro. Não que precisasse dela, ate já tinha pensado em destrui-la, pois duas armas na mesma Era poderia ocorrer problemas, entretanto resolveu deixá-la intacta por mais algum tempo, caso precisasse. Ficaria mais algum tempo admirando a arma se não tivesse sentido os cosmos de Temis, Céos e Créos aproximando-se. Rapidamente voltou para a sala que servia de trono, em hipótese alguma eles deveriam descobrir sobre a localização da arma.

- Pontos. – Céos fez uma leve mesura.

- Acertaram as contas? – indagou evasivamente.

- Não.

- Imaginei isso. Trouxeste o que eu pedi? – olhou para Créos.

- Não.

- Não tem importância.

A frase surpreendeu o deus das galáxias.

- Mudei um pouco meus planos. Bem, meus nobres titãs, descansem um pouco, pois amanha será o nosso dia. – deu um sorriso.

- Vamos derrotá-los de uma vez? – indagou Iapeto entrando no recinto.

- Sim. Amanha o santuário de Atena.

Depois dessa rápida reunião Temis e Céos retiraram-se para seus aposentos.

- Eu juro que dá próxima vez mato aqueles humanos!

- Não os leve tão a sério Temis. Será questão de tempo derrotá-los. Temos problemas mais sérios para se preocupar. – o deus caminhou ate a janela.

- Quais?

- Tenho a plena certeza que Pontos não destruiu a Megas Depranon. Ele esconde uma delas.

- Por que ele faria isso? Ele está correndo risco mantendo as duas nessa Era.

- Ele deve ter ciência disso, mas talvez...- a fitou. – seu objetivo valha o risco que ele corre.

- Achas que ele esconde algo de nós?

- Sim. Não sobre as armas, mas sobre suas reais intenções, ele tem mais um segredo.

- E qual seria?

- Não sei, mas faremos o que ele manda, pelo menos por enquanto. Vamos deixar que os cavaleiros acabem com ele e depois agiremos.

- Aqueles insetos jamais vão derrotá-lo.

- Eu não tenho tanta certeza. E espero sinceramente que eles o derrote, isso facilitará o caminho para nós.

- Iapeto e Créos?

- No momento certo vamos alertá-los.

Sentado em seu trono Pontos pensava em como seu plano estava dando certo. Enganara Chronos, os titãs e com o fim do santuário o mundo seria seu.

- Perfeito. – sorriu, sentindo o cosmo de Chronos. – chegou a hora de usá-lo.

- FLASHBACK-

Seu poder não estava como antes, a luta contra o cavaleiro de Leão havia deixado seqüelas fortíssimas. Seu cosmo estava muito reduzido, suficiente apenas para conseguir voltar do mundo ao qual foi aprisionado. Estava livre novamente, mas sem como agir. Queria vingança contra os cavaleiros de Atena ao mesmo tempo recuperar o que lhe era de direito. Tinha que arquitetar um plano o que não demorou. Escondendo os cabelos loiros com uma capa preta rumou para onde seu antigo aliado estava preso.

Os raios de sol não chegavam a aquele lugar, a escuridão e o gelo eram eternos. Desde que fora trancafiado novamente era ali seu "lar." A derrota de sete anos atrás ainda estava viva em sua memória e o ódio que sentia pelos seus algozes sustentava-o. Havia sido humilhado e ultrajado, logo ele, o deus dos deuses, o senhor do tempo e dos titãs.

- "Vingança... vingança..." – era a única palavra que ecoava em sua mente.

Entretanto naquele estado não poderia fazer nada.

- Desejas o mesmo que eu não é, rei dos titãs?

- Quem es tu?

- Um amigo. – uma figura vestida com um manto negro se fez presente. – posso libertá-lo por algumas horas.

- E por que me ajudaria?

- Desejo tanto quanto tu a extinção dos servos de Atena.

- Feito.

A pessoa tocou a fronte do deus, ao mesmo tempo às amarras que o prendiam foram soltas.

- Infelizmente não consigo restabelecer teu cosmo.

- Não faz mal. – o deus sorriu de maneira vil. – tenho cosmo suficiente para meu propósito.

- Espero que não se esqueça desse favor. – a pessoa fez uma reverencia.

- Diga-me teu nome para que eu possa me lembrar.

A pessoa sussurrou seu nome. Cronos ficou surpreso.

- Lembrarei de ti.

- Como disse não posso mantê-lo solto por muito tempo. Logo que meu poder passar voltarás a ficar preso.

- Já disse, não há problema. O estrago que provocarei será recompensador.

Posto em liberdade, Chronos partiu para o santuário. A pessoa misteriosa via o cosmo do deus diminuir, retirando lentamente o capuz sorriu.

- É só mudar a voz e dizer um nome insignificante e ele acata. Quem dirias Chronos... enganado novamente por mim: Pontos.

Dizendo se tratar Promoteus, o titã castigado por Zeus, Pontos esperou pacientemente pelo retorno do deus, o que não tardou.

- Já voltaste meu senhor? – fez uma leve reverencia.

- Aqueles humanos continuam patéticos.

- Como lhe disse não tenho o poder suficiente para mante-lo solto.

- O tempo é insignificante para mim. Eu sou o senhor dele e dentro em breve o lacre irá se romper.

- Compreendo.

- O que desejas em retribuição a tua ajuda, Prometeus?

- Uma centelha de teu poder.

- Justo. – Chronos elevou seu cosmo, partilhando parte dele com "Prometeus." – como se sentes?

O homem ficou calado, com um grande sorriso sádico nos lábios.

- Agradeço-te do fundo do coração Chronos. – aos poucos a voz foi mudando. – graças a ti tenho parte de meu poder.

- Essa voz...

O homem retirou o capuz revelando sua face.

- Pontos? Traidor! Como ousou me enganar?

Chronos foi no intuito de atacá-lo contudo sua alma começava a paralisar.

- Volte para teu sono caro amigo. – disse Pontos. – enquanto governo o que é meu por direito.

- Hipócrita! – sentia o pouco cosmo diminuir. – pagarás caro pela traição!

- Fiz uma vez e nada me aconteceu.

- Desgra...

Ele não terminou a frase, novamente voltou a dormir.

- Com o fim do santuário e de Chronos será questão de tempo que eu recupere tudo.

Pontos pensava que Chronos tinha derrotado não só Atena mas todos os seus cavaleiros, foi com ódio que viu que a deusa, três cavaleiros ainda vivos.

- "Ainda não tenho poder suficiente para enfrentá-los... só me resta despertar alguns titãs."

Pontos aguardou um dia para reunir cosmo suficiente para a tarefa e para tal o local escolhido era o mesmo da guerra passada. Pontos do alto de uma colina olhava para a área descampada onde outrora erguia a majestosa construção titânica.

- "Muito me custa, mas preciso deles."

Com o poder dado por Chronos, Pontos ergueu seu cosmo.

- Voltem do Tártaro, Temis, Céos, Créos e Iapeto.

Diante dele quatro sombras apareceram.

- Bem vindos.

- Onde estamos?

- No nosso antigo castelo, nobre Créos.

- Como conseguiste poder para nos trazer de volta? – indagou Temis. – e como terminou a batalha? O que aconteceu com Chronos?

- Eu não vi, mas suponho que tenha sido derrotado. – disse, o que era mentira, pois fora ele mesmo que ajudara de maneira indireta Aioria a derrotar o titã. – fui derrotado antes.

- E por que nos trouxeste novamente?

- Vingança. O pouco poder que ainda me restava tentei trazer nosso senhor a vida, mas apenas consegui por alguns instantes, apenas tempo suficiente para que ele vingasse dos cavaleiros.

- Onde está Chronos? – indagou Iapeto.

- Trancafiado no Tártaro. Mas eu tenho um plano. Gostaria que me ouvissem.

- Diga.

- Sobraste apenas alguns cavaleiros, unindo nosso poder podemos facilmente derrotá-los e assim recuperar a Megas Depranon. Com ela teremos poder suficiente para trazê-lo a vida, não só ele como teus demais irmãos.

- Eu concordo. – disse Créos. – quero me livrar daqueles insetos que nos humilharam.

- De acordo. – Iapeto também concordou.

- Conto com o auxilio de vós? – fitou Céos e Temis.

- Sim.

Pontos sorriu. O poder deles seria útil e quando tivesse cosmo suficiente mandaria-los novamente para o Tártaro.

Como combinado os cinco partiram rumo ao santuário.

- Pena que nosso senhor não acabou com todos. – disse Iapeto. – não que seja difícil para nós, mas nossos cosmos...

- Vão recuperá-lo. – disse Pontos. – com a Aster Blade de Créos vamos sugar o cosmo de Atena e depois com a Megas teremos nosso poder na totalidade.

- De acordo.

- Então vamos.

- Nobre Iapeto. – Pontos aproximou humildemente. – tenho uma missão especial para ti.

- E o que serias?

- Atena possui cinco cavaleiros que poderão ser inconvenientes para nós, poderia resolver?

- Estás com medo de cinco cavaleiros? – zombou o deus das galáxias.

- Eles entraram nos Elíseos, sei que não quer dizer muita coisa perante nós, mas não quero ter trabalho.

- Muito bem. – Iapeto ergueu sua lamina. – farei o que me pedes.

- Use métodos humanos para isso, não precisas desperdiçar teu cosmo em batalha.

- Como queiras.

Iapeto desapareceu.

- Enquanto isso, vamos fazer uma visitinha.

Créos e Pontos tomaram a dianteira. Temis seguia logo atrás mas teve seu braço retido por Céos.

- O que achas?

- Pontos é nosso aliado. Juntos poderemos trazer Chronos a vida. Desconfias de algo?

- Gostaria de saber como foi realmente o final daquela batalha, algo me diz que Pontos não nos contou a verdade. Pelo menos por hora temos o mesmo objetivo então vou ajudá-lo, mas não me agrada a idéia de tê-lo por perto.

- Se ele tentar algo, agiremos.

- Está bem. Vamos.

O.o.O.o.O.o.O

Já havia passado um dia desde que parte da elite de Atena tinha desaparecido, depois dos ferimentos misteriosos em Shion, Atena e Aiolos e sua rápida recuperação os cavaleiros de bronze acharam melhor procurarem por pistas. Shion ordenou que fossem aos locais onde possivelmente poderia encontrar informações sobre o paradeiro dos dourados.

Hyoga e Shun foram enviados a ilha de Creta. O trajeto entre Athenas e aquele local não duraria mais que trinta minutos sendo levados de helicóptero da fundação Graad.

- Será que vamos encontrar alguma pista? – Shun indagou a Hyoga sem tirar os olhos do mar Egeu.

- Espero que sim. – o russo ajeitou-se na poltrona. – mas estou com um péssimo pressentimento.

- Também está sentindo?

- Uhum. É como se algo fosse acontecer a qualquer momento.

- Que o meu irmão e o restante estejam bem.

- Meu Deus! – gritou o piloto.

Shun e Hyoga mal tiveram tempo de olhar para o piloto e ver através do para-brisa: uma imensa bola de fogo a pouquíssimos metros. Hyoga chegou a tocar na urna contudo... a aeronave transformou-se numa bola incandescente...

- Cosmos magníficos, mas corpos de mortais. – de uma ilha próxima Iapeto via os destroços caírem no mar. – faltam três.

O.o.O.o.O.o.O

Recuperada, Atena estava sentada em seu trono tendo a frente Aiolos, Dohko e Shion. A deusa trazia a expressão tensa.

- Algum problema senhorita?

- Um mal pressentimento... Aiolos será que poderia ajudar Seiya e os outros?

- Mas Atena... – Dohko a fitou. – o santuário ficará ainda mais desprotegido.

- Mesmo assim eu...

Ela parou de falar, o rosto ficou sério. Imediatamente os três dourados levantaram pondo-se a frente de Atena.

- De quem são esses cosmos?

- Titãs... – Atena trazia o olhar fixo na porta dourada.

- Vou detê-los. – Aiolos correu em direção a entrada do templo.

- Não Aiolos! – gritou a deusa.

- Fique em alerta Dohko.

O libriano estava sem ação, pelo cosmo sabia que Aiolos por mais forte que fosse não conseguiria parar aqueles quatro cosmos, mas não poderia deixar Atena apenas com a proteção de Shion.

- "Droga." – cerrou o punho.

Aiolos na porta do templo analisava as quatro pessoas a frente, sem duvida seus cosmos eram magníficos.

- Eu me encarrego dele. – Créos ergueu sua cimitarra.

- Não temos tempo. – Pontos interveio. – retire o cosmo dele, pode ser util.

O sagitariano não esperou que o ataque viesse, partindo para ofensiva.

- Trovão Atômico!

Contudo o ataque foi parado por Céos, quando iria revidar sentiu o corpo paralisado.

- Como...

- Será rápido. – Créos aproximou. – Aster Correia.

Aiolos foi acertado diretamente pelo ataque, tendo praticamente todo o seu cosmo sugado. Enfraquecido foi de joelhos ao chão.

- Deixe-me matá-lo. – Céos tomou a frente.

- Juntos será mais interessante. – disse Créos. - Aster Cyclo!

- Sparkle Rapier!

- Brabeus Blade!

Dentro do templo...

Atena, Dohko e Shion sentiram a explosão dos cosmos dos titãs e depois o sumiço completamente do cosmo de Aiolos.

O.o.O.o.O.o.O

Deixou o corpo descansar na cadeira de madeira. O relógio do celular marcava uma hora da tarde e o corpo reclamava do calor e da fome. Num pequeno restaurante, numa cidadezinha ao norte da Grécia, Seiya aguardava a vinda da sua refeição. Atena o enviara para aquele local a busca de pistas sobre os titãs e os cavaleiros de ouro desaparecidos.

O celular tocou.

- Alô.

- "Oi Seiya."

- Como vai Shiryu? Conseguiu descobrir alguma coisa?

- "Ainda não. E você?"

- Na mesma. – espreguiçou.

- "Você conseguiu falar com o Shun ou com Hyoga, o celular deles só da fora de área."

- Ainda não tentei. – disse sério. – mas espero que eles estejam bem. Estou com um mal pressentimento.

- "Eu também."

- Por mim não tinha saído do santuário.

- "Mas Saori ordenou. Vou desligar, nos falamos mais tarde."

- Está bem. Até mais.

- "Até mais amigo."

Seiya guardou o celular no bolso, no exato momento em que o garçom trazia seu prato.

- Senhor.

- Obrigado.

- Bom apetite.

- Obrigado.

O cavaleiro não perdeu tempo, iniciando sua refeição sobre o olhar atento do garçom.

Seiya terminou rápido, pois ainda tinha muito o que fazer, pagou a conta e saiu.

Sua missão era numa área isolada, com vários desfiladeiros, onde nos tempos remotos havia templos que faziam menção aos titãs. Desde que saira do restaurante, o japonês não se sentia bem, as pernas estavam bambas e a visão escurecida. Seus reflexos estavam bem lentos.

- Tens um corpo resistente a venenos.

- Quem...? – apesar de enxergar pouco viu que era o garçom que havia lhe servido.

- Adeus cavaleiro.

Tudo que Seiya sentiu e viu foi uma lamina perfurar seu peito, ele ensaiou alguns passos, um foi em falso, o que ocasionou na sua queda.

A sohma negra brilhava sobre o sol.

- Se tivesse morrido com o veneno, pouparia-me disso. – fitou o sangue em sua espada. – se bem que uma luta seria bem mais divertido.

O.o.O.o.O.o.O

Aeroporto de Atenas.

- Já disse que não.

- Mas Ikki...

- Vai para Alemanha, agora. Já me desobedeceu ao escolher um vôo que faz escala aqui.

- Você não manda em mim, atchin.

- Precisa tratar desse resfriado. Vá logo Pandora. – disse impaciente.

- Se preocupa demais.

- Preocupo sim. – pegou a bolsa dela. – enquanto não descobrirmos o paradeiro de Chronos ficará na Alemanha.

- Mas... atchin.

- Com licença. – um jovem vestido de branco aproximou. – no segundo andar estamos aplicando a vacina da gripe, vocês já tomaram?

- Eu não preciso disso. – Ikki fechou a cara.

- Mas eu sim. – Pandora pegou no braço dele. – vem comigo.

- Vai perder seu vôo. – protestou.

- Dá tempo.

A contra gosto Ikki foi arrastado, não queria ir ainda mais que estava com um péssimo pressentimento. Não havia ninguém na sala e o mesmo jovem que os convidou aplicou primeiramente a injeção em Pandora.

- Obrigada.

- Aproxime-se jovem. – o homem de branco olhou para Ikki.

- Eu não vou tomar isso. Alem do mais não preciso.

- Ele está com medo doutor. – a alemã sorriu.

Ikki a fitou ferino.

- É rápido jovem.

- Não quero. Vamos embora Pandora. – puxava a garota.

- Não custa tomar, pode ser a Fênix, mas isso é de carne. – cutucou-o. – você não é um deus e se morrer não vou pedir Hades para te ressuscitar.

- Sua chata.

- Pode chamar do que quiser. – arrastou-o. – doutor por favor.

- Não irá doer.

O medico aproximou do cavaleiro, Ikki sentiu um arrepio, fitando-o imediatamente.

- É só relaxar.

Algo dentro do cavaleiro estava inquieto, mas consentiu. O medico aplicou a injeção e depois afastou-se.

- É só esperar o efeito. – deu um sorriso.

- Efeito? – Pandora estranhou. – mas que... Ikki?

O cavaleiro caiu de joelhos, suando muito, o corpo estava dormente.

- Ikki o que foi?

- Saia daqui Pandora... – olhava fixamente para o medico. – quem é você?

- Um amigo. – a face ficou maligna.

Iapeto apontou o dedo para ele, Ikki ainda tentou se mexer mas seu corpo não obedecia.

- Adeus cavaleiro de Atena.

O cosmo de Iapeto atravessou em varias as partes o corpo do Ikki.

- Ikki! – Pandora gritou.

- Mulher insignificante.

Sem qualquer restrição o deus também matou a alemã.

- Só resta um.

O.o.O.o.O.o.O

Shiryu estava nos arredores de Athenas. Investigaria aquele local ate Ikki chegar.

- Como demora. – pegou o celular. Primeiro discou para Shun, sem resultado, Hyoga, Seiya e Ikki igualmente sem resultado. – que bela hora de manterem seus celulares desligados. – guardou o no bolso. – ainda mais com essa sensação ruim... deve ter acontecido algo.

- Tens razão.

- Quem é você?

- Sou Iapeto, o titã das dimensões.

- Um titã? – tomou posição. – então está por trás do sumiço dos cavaleiros de ouro.

- De certa forma. Agora seja bonzinho e tenha uma morte rápida, assim como teus companheiros.

- Como?

- Andrômeda e Cisne repousam no mar, Pegasos deve ter sangrado ate morrer em algum vale e Fenix foi morto a pouco, restando apenas tu.

- Eles não perderiam tão fácil. – o dragão vestiu sua armadura.

- Nem foi preciso uma luta efetiva, podem ter cosmos evoluídos mas teus corpos são vulneráveis.

- Pagará por isso. – Shiryu elevou seu cosmo.

- Com este nível podes ate lutar contra Hades, mas não com um titã. - com apenas um movimento Iapeto retirou a armadura do cavaleiro. – por que não usas o teu famoso golpe? O cólera do dragão?

- Miserável. Se é isso que quer.

Shiryu elevou seu cosmo.

- Cólera do dragão!

Ele partiu para cima de Iapeto que permanecia imóvel. Com o punho cerrado Shiryu acertou-o no rosto, contudo...

- Idiota.

O cavaleiro sentiu uma forte dor na altura do peito, olhando para o local ficou a espada do titã transpassada.

- Teu ponto fraco. – lentamente o deus retirou sua espada agravando ainda mais o estado do cavaleiro. – o punho direito do dragão.

- Co-mo... – foi de joelhos ao chão. – como sabe...?

- Por que achas que sugeri que soltasse o "cólera do dragão"?

- Mi..sera..vel...

- Dê lembranças a teus amigos. Khaos Blade.

Shiryu ainda tentou se defender, mas o golpe recebido no coração fora fatal. O cavaleiro foi ao chão.

- Terminado.

Iapeto sumiu.

O.o.O.o.O.o.O

- Não é possível... – murmurou Shion.

- Miseráveis!

Sem pensar duas vezes Dohko partiu em direção a eles, entretanto parou na porta dourada. Ela abria-se lentamente. Atena estreitou o olhar, Shion passou a frente dela.

- Nobre deusa Atena.

- Miserável!

Dohko precipitando partiu para cima do deus, rapidamente repelido por ele.

- Dohko! – Shion foi ate ele.

- Mal cheguei perto. – limpava a boca.

- É um prazer conhecer a Atena dessa Era. – Pontos fez uma leve mesura.

- Para onde levou meus cavaleiros?

- Não sei. Perguntarei ao meu senhor quando ele despertar.

- Desgraçado... – Shion cerrou o punho e pensava em atacar quando começou a sentir um quinto cosmo.

Diante deles Iapeto apareceu.

- Demoraste. – brincou Créos.

- Um pouco.

- E qual o resultado? – indagou Pontos.

- Estão mortos evidente. – não gostou da pergunta.

- Do que estão falando? – perguntou dessa vez Atena.

- Teus valorosos guerreiros que lutaram contra Hades.

- O que fez a Seiya e os outros? – Shion ficou preocupado.

- Mortos. – disse Iapeto. – Andrômeda, Cisne, Pegasus, Fênix e Dragão.

- Como? – exclamaram os três.

- Não é possível, eles não perderiam... – Atena não queria acreditar.

- Apesarem de terem um certo nível de cosmo, não esqueças querida Atena, que teus cavaleiros são humanos. – Pontos sorriu. – não havia necessidade de uma batalha, conte a ela que métodos usastes Iapeto.

- O veiculo que transportava Andrômeda e Cisne foi derrubado.

- Como...? – Atena não acreditava que eles tinham morrido tão facilmente.

- Estão mortos deusa. – Iapeto sorriu. – certifiquei-me que não sobraria corpo algum.

- O que fez com Seiya?Com Shiryu? – indagou Dohko assustado.

- Seiya se não tiver morrido com a altura deve ter sangrado ate morrer ou envenenado. Ele durou um pouco mais então tive que completar o serviço.

Atena perdeu o chão, envenenado? Isso não era possível.

- Com Fênix usei o mesmo método, tive que completar o serviço, pois seu corpo resistiria ao veneno, mas ele não foi sozinho, a garota foi junto.

- Que garota? – indagou dessa vez Shion.

- Uma humana qualquer.

Shion forçou a memória, Ikki não andava nem com o irmão quanto mais com uma garota, a não ser...

- Pandora? Você matou a Pandora?

- O que? – Dohko e Atena assustaram.

- Possivelmente.

- E Shiryu? – Dohko levantou. – o que fez com ele?

- Foi uma luta rápida. Decidida num golpe certeiro no coração, quando ele lançava conta mim o "cólera do dragão." Um cavaleiro com um ponto fraco como aquele... patético.

- Miseráveis! – o cosmo de Dohko explodiu. – vão pagar por tudo!

- Ingênuo. – Iapeto disparou seu "Khaos Blade"

O libriano não teve tempo de reagir sendo acertado diretamente.

- Dohko! – gritaram Atena e Shion.

- Não se preocupem serão os próximos.

O que se seguiu foi uma luta desigual, Iapeto e Créos lutaram contra Dohko, Céos e Temis contra Shion enquanto Pontos conversava com Atena.

- Preferes entregar a Terra por livre vontade ou preferes morrer?

- Diga para onde os mandou?

- Não faço a menor idéia. E não faço questão de saber, é uma informação irrelevante.

A deusa segurou fortemente o báculo.

- Vejo que não vais se entregar, portanto...

A luta não foi muito extensa. Em pouco tempo Dohko e Shion estavam no chão entre a vida e a morte. Atena também estava ferida e devido Créos ter sugado seu cosmo não passava de uma quase mortal. Estava no chão, com a vestes brancas agora tingidas de vermelho, perto dela seu báculo igualmente envolvido por seu sangue.

- Atena... – Shion sentia sua vida esvair. – Atena... Dohko. – olhou para o lado.

O chinês estava com os olhos fechados.

- Dohko. – Shion pegou no braço dele balançando-o. – Dohko.

Ele não respondeu.

- Dohko. – engoliu a seco. – Dohko.

Para alivio do ariano, o libriano abriu os olhos, fitando-o.

- Atena...? – indagou num sussurro.

- Ainda sinto o cosmo dela.

Seguiu alguns segundos de silencio, com os dois fitando-se.

- Não pensei que fossemos lutar juntos novamente. Foi bom. – disse o ariano dando um leve sorriso. – tente salvar a Atena.

- Ainda lutaremos muitas vezes juntos. – sorriu. – eu vou distraí-los... – ele que estava de barriga para cima virou-se, mas com dificuldades. – enquanto isso tire Atena daqui. – virou-se para o mestre, que estava de olhos fechados. – Shion?

Silencio.

- Shion...? – arregalou os olhos, não era possível que... – Shion. Shion.

Já não sentia mais o cosmo do grande mestre. Atena também sentira o cosmo dele desaparecer.

- Shion... – Dohko o balançou. – Shion, você...

- Não fiques triste, daqui a pouco vais alcançá-lo. – Créos apontou-lhe sua espada.

- Pare Créos! – gritou Atena. – eu entrego o santuário mas deixe-o vivo.

- Não Atena!

- É uma proposta interessante mas... – Pontos sorriu. – Créos.

- Desapareça. – o titã disparou a queima roupa.

- Dohko! – as primeiras lagrimas escorreram pelo rosto dela.

- Chore pelos teus no inferno Atena.

O cosmo dos titãs preencheram o templo...

Com o desaparecimento do cosmo da deusa o santuário começou a ruir, os restantes dos cavaleiros foram mortos sem piedade e ao final do dia Pontos estava com Megas nas mãos.

- Finalmente.

- Onde está no nosso senhor Pontos? – indagou Temis. – agora podemos libertá-lo.

- Ainda não me cara.

- O que disse? – Céos o fitou frio.

- Nosso senhor não matou os cavaleiros de ouro, apenas os mandou para algum lugar. Enquanto eles existirem..

- Está com medo de insetos dourados Pontos? –zombou Iapeto.

- Só quero que tudo sejas perfeito.

- E o que propõe? – indagou Céos.

- Irmos ate a Era que Chronos os jogou.

- E sabes qual foi?

- Desconfio. Iremos para lá e eliminaremos qualquer ameaça e quando voltarmos libertaremos nosso senhor e vossos irmãos.

Os quatro olharam entre si.

- Façamos isso. – disse Créos.

Pontos sorriu.

- "Tolos..."

Desde o principio Pontos tinha a intenção de ir atrás dos cavaleiros, mas não por vê-los como ameaça e sim para realizar melhor seus propósitos. Apenas juntou o útil ao agradável. Independente da Era que eles tinham caído ao eliminá-los Pontos começaria seu reino a partir daquele momento. Eliminaria os titãs, e Chronos seria apenas um deus esquecido.

- "Mas antes..."

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- O mundo governado por mim. – sorriu.


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Notas finais do capítulo

n/a: In varietate concordia: Unidos na diversidade
Pessoal como bem sabe episódios G ainda não chegaram ao final, então o fim que a guerra levou descrita por mim nesse capitulo é puramente fictícia. Na lógica dessa fic, Créos, Temis, Céos e Iapeto foram derrotados antes de descobrirem sobre a traição de Pontos.



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