Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 12
Capítulo 12: Invenire hostem et delere


Notas iniciais do capítulo

Saint Seiya pertence a Masami Kurumada.

Lost Canvas a Shiori Teshirogi

Episódios G a Megumu Okada



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Após a explosão o santuário foi colocado em alerta. Dezenas de soldados dirigiram-se para a vila. Os cavaleiros ao sentirem o cosmo do inimigo foram para o templo. Sage estava sentado, trazia a expressão grave, Hakurei ao seu lado permanecia em silencio. Somente com a presença dos vinte e dois cavaleiros que o mestre pronunciou.

- Sentiram o cosmo. – a voz saiu fria, quase automática.

- Os titãs. – disse Aioria.

- Onde ocorreu o ataque? – indagou Shion já formulando uma reação de defesa.

Sage e o cavaleiro de altar ficaram em silencio.

- Rodoria. – a voz de Lara fez-se presente. – a parte norte foi completamente destruída.

Albafica levou um susto, aquela região...

- "Aza..."

- Athina. – Afrodite não pensou duas vezes saindo às pressas.

Albafica foi atrás.

- Regulus, Hasgard, Aldebaran, Shura, Dohko e Shion quero que ajudem na vila. Lara vá com eles. Os demais voltem para suas casas. Sísifo fique em Touro e Marin em Sagitário. Deuteros em Peixes. Hakurei para a vila dos aspirantes. Mantém-se em alerta, poderemos sofrer um novo ataque.

 

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Não muito distante dali cinco pessoas olhavam para uma planície.

- Aqui?

- Sim minha cara Temis. Vamos erguer nosso palácio aqui. Faz as honras Céos?

- Sim Pontos.

- Quanto a ti. – olhou para a quinta pessoa. – procure por Créos, na certa está no santuário.

- Virei babá.

- Não sejas ingrato. Faças o que eu mando e serás recompensando.

- Eu sei que sim. – sorriu de forma vil. Seu rosto continuava encoberto, mas algumas mechas azuis tremulavam com a brisa.

- Nosso reinado começa agora.

Os quatro titãs ergueram seus cosmos, a terra começou a tremer, das fendas no chão brotavam paredes, pilares... o som de sinos podiam ser ouvidos de longe.

- Os titãs estão de volta. – Pontos sorriu ao olhar a antiga fortaleza.

 

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Dadas as ordens o grupo dispersou. Lithos, Áurea e Selinsa ao souberem do ocorrido acompanharam a sacerdotisa para auxiliá-la com os feridos.

Os piscianos corriam lado a lado num profundo silencio.

O cenário instalado naquela parte da vila era um caos, havia muitas pessoas feridas e desaparecidas embaixo dos escombros.

- Zeus.... – Afrodite deixou escapar ao ver a situação. – como tiveram coragem...

Albafica lançou um olhar incrédulo, o autor daquela destruição pagaria muito caro.

- Senhor Albafica, por favor, nos ajude. – uma senhora aproximou, ela trazia alguns ferimentos.

O cavaleiro fez menção de tocá-la, mas parou. Afrodite que acompanhava a cena sentiu pena dele. Imaginou o quanto ele queria ajudar, mas não podia.

- Vá procurar pela Athina, eu a ajudo. – não queria ter dito aquilo, mas não tinha alternativa.

Albafica concordou, saindo as pressas.

Não demorou para que os demais cavaleiros chegassem. Shura e Deba que conheciam o poder de um titã não assustaram tanto com estrago apesar do panorama de destruição, os outros, contudo, principalmente Regulus fitava horrorizado.

- Não temos tempo para olhar. – Lara aproximou do grupo acompanhada pelas garotas. – vamos.

 

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Albafica corria em meio aos escombros, estava aflito, temia que algo acontecesse a Athina. Parou diante de escombros de uma parede que impediam sua passagem.

- Droga...

Preparava-se para desobstruir a passagem quando escutou seu nome.

- Albafica....

Virou o rosto lentamente, os olhos castanhos brilharam ao ver uma figura parada ao pouco. Estava com a roupa suja de terra e alguns arranhões, mas nada grave.

A garota estava com os olhos marejados e a expressão assustada.

- Alba-fica... – engolia o choro.

O cavaleiro suspirou aliviado. Caminhou lentamente ate ela parando na sua frente.

- A vila... a vila.... – começou a chorar.

- Seu pai?

- Está bem.... mas.... esta tudo destruído....es-tou com me-do.

Queria abraçá-la, contudo não podia, o menor contato, colocaria sua vida em perigo.

Athina também tinha a mesma intenção e não se importava com o fato de ser perigoso, mas em respeito a ele ficaria afastada.

Não muito longe o pisciano do futuro contemplava a cena. Não entendia porque às vezes ele a tratava tão mal e naquele momento parecia tão preocupado.

- Athina...

A grega virou o rosto. Albafica acompanhou o olhar dela, não gostando de ver o dourado.

- Gustavv...

Assustada correu ate ele abraçando-o.

Ver aquela cena fez o cavaleiro ver o quanto se importava com ela. Queria ser ele a enlaçá-la, sentiu inveja e ódio de Afrodite.

- Está tudo bem agora. – acariciou os cabelos castanhos. – onde esta seu pai?

- Ajudando os feridos. – limpava o rosto. – por sorte nossa casa não foi destruída.

- Pode ajudar Lara e as meninas? Elas estão cuidando dos feridos.

- Posso. Posso sim.

- Então vá, cuido das coisas por aqui.

- Sim. – antes de sair lançou um olhar para Albafica. – obrigado.

Ao se verem sozinhos se encaram.

- Minha presença aqui é inútil. – disse. – diga ao mestre que irei investigar.

- Como quiser.

 

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Nas doze casas o clima era de apreensão, aquele ataque mostrava o quanto o santuário era vulnerável. Mu permanecia na primeira casa mantendo-se em vigília. Saga estava na porta da sua, quando recebeu a visita de Sísifo.

- Algum problema?

- Por enquanto não. Só vim perguntar se Kanon pode ir ate a vila. O estrago foi grande.

- Já estou a caminho. – disse aparecendo na porta.

- Obrigado. Qualquer fato diferente nos comunique. Não podemos sofrer outro ataque como esse.

- Eles estão mais fortes. – disse Saga.

- Tanto que conseguiram destruir... – o geminiano menor nem terminou a frase.

- Isso me intriga. – Saga o fitou. – eram cinco contra os cavaleiros de bronze, os de prata, libra, sagitário, o mestre e Atena. São titãs, mas... não perderiam tão facilmente.

- Insinua que algo pode ter acontecido? – indagou Sísifo.

- Penso que sim. Foi uma derrota fácil demais. Algo deve ter ocorrido.

- Não temos tempo para suposições. – Kanon olhou em direção a vila, vendo alguns pontos com fumaça. – precisamos acabar com eles o quanto antes.

Kárdia em seu templo destruía sua sala de treinamento, não se conformava em esperar para agir. Miro na sala pensava em quais passos o mestre tomaria. Shaka olhava com preocupação para a vila, queria saber como Selinsa estava, tanto que nem se importou quando sentiu o cosmo de Asmita afastar-se da sexta casa. O virginiano passando por um caminho ao lado das casas dirigiu-se para a casa de Sagitário.

Marin estava sentada na porta, mal se cabia de preocupação, esperava um ataque direto por parte dos deuses e não um ataque a alvos inocentes.

- Continuam sem escrúpulos...

- É uma guerra.

Ergueu o rosto rapidamente ao ouvir a voz.

- O que faz aqui?? – levantou imediatamente.

- Defender esta casa.

- Já estou fazendo isso. – disse seca.

- Como se fosse adiantar. – sorriu.

- Você é um cretino. – odiava aquele homem.

- Sua opinião pouco me importa. – sentou na posição de lótus.

Marin cerrou o punho. Como queria dar uma surra nele.

- Insuportável. – entrou, não agüentaria ficar nem um minuto perto dele.

- Mulher tola.

 

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A parte que permanecera intacta servia de hospital. Enquanto os cavaleiros e os homens recolhiam os escombros as mulheres lideradas por Lara prestavam os primeiros socorros. A demanda era grande, ate mais do que imaginaram. Athina que tinha chegado ao pouco também auxiliava.

- Áurea, precisamos de mais água.

- Vou buscar.

- Espere um pouco. – a sacerdotisa elevou o cosmo chamando por um cavaleiro, prontamente atendida.

- Algum problema Lara?

- Não Shion. Pode ajudar a Áurea com a água? Precisamos de uma grande quantidade.

- Claro.

Munidos de baldes os dois partiram para uma das poucas fontes que não sofreram com o ataque.

- Eu carrego. – disse solicito.

- Não está pesado e também quero ajudar.

- Não esperávamos que fossem atacar o vilarejo. – fitou o liquido. - Deveria ter ficado em alerta... – sentia que tinha falhado com seu dever de cavaleiro.

- Não se culpe. Nem sempre podemos evitar.

- Mas...

- Tenho certeza que dará o seu melhor. – o fitou sorrindo. – você sempre faz o melhor.

Shion a olhou sem entender, o que foi percebido por ela.

- É a imagem que você passa. – abaixou o rosto.

- Procuro ser o melhor. Sou responsável por vidas, não posso errar.

- Um verdadeiro mestre... – murmurou.

- O que disse?

- Nada. – sorriu. - É melhor nos apressar.

Lara andava de um lado para o outro incansavelmente. Apesar de estar sendo auxiliada por senhoras que conheciam sobre plantas medicinais havia alguns ferimentos que requeriam um pouco mais de cuidado. O sol escaldante daquela época mais o cheiro forte de fumaça pesava em seus ombros. Parou por alguns segundos limpando o rosto com um pano.

- Desse jeito vai ser você a precisar de ajuda.

- Kanon?

O dragão marinho trazia um pequeno copo com água.

- Tome vai te fazer bem e depois descanse por cinco minutos.

- Não posso parar, ainda tem muitos feridos. – pegou o copo bebendo tudo de uma vez.

- Vai cair dura se continuar nesse ritmo.

- Não posso... aplique mais algumas camadas dessas folhas. – disse a uma moça que cuidava de um ferido.

Respirou demoradamente, estava cansada, mas tinha muito trabalho a fazer e preparava-se para tal quando sentiu-se carregada.

- O que esta fazendo?

- Te colocando para descansar. Cinco minutos. – Kanon a colocou sobre uma pedra. – cinco minutos.

- Ficou louco? Olha quantas pessoas precisam de mim.

- Cinco minutos.

- Não tenho cinco minutos. – tentou levantar, mas Kanon a segurava. – quer me soltar?

- Não.

- Me solta.

- Senhorita Lara será que... – uma senhora aproximou com um garoto.

- O que foi? – a olhou preocupado.

- Eu estou bem, mas meu neto feriu-se no incêndio, acho que quebrou o braço.

- Eu cuido disso... – foi interrompida.

- Venha cá.

Kanon abaixou para ficar da altura do garoto.

- Qual o seu nome?

- Gino.

- Eu sou o Kanon. Posso ver o seu braço?

O garoto balançou a cabeça negativamente.

- Não vai doer. Eu prometo.

Ainda receoso obedeceu. Kanon o analisou.

- Parece que não está quebrado, dói muito?

- Um pouquinho.

- Não vai chorar. – sorriu rasgando a sua blusa.

- Homens não choram, - reclamou, nem percebendo que o cavaleiro envolvia o local machucado com uma tira de pano. – serei um cavaleiro.

- Interessante. Vai ser qual?

- Quero ser um cavaleiro de ouro. – disse com orgulho.

Lara observava os procedimentos de Kanon e como ele fazia o curativo sem o garoto perceber.

- Então prepare os lenços, - sorriu. – cavaleiros de ouro são os que mais choram.

- Não é verdade.

- Acredite. Prontinho.

Gino olhou para o braço todo imobilizado.

- Está doendo?

- Não...

- Fique com ele quieto. – levantou. - Precisa se recuperar para ser um grande cavaleiro. – brincou com os cabelos. – se esforce. Quero te ver nas doze casas. – piscou para ele.

- Vou conseguir. – sorriu.

- Obrigado meu jovem. – a avó agradeceu. – muito obrigada.

- Não a de que. Cuide bem da sua avó. Essa é a sua primeira missão.

- Sim! – respondeu animado.

Despediram-se com o garoto acenando ainda de longe. Lara não tirava os olhos de Kanon.

- Passou os cinco minutos pode ir.

- Pensei que não levava jeito com crianças. – disse impressionada.

- Tenho muitas facetas. – sorriu. – quer conhecer?

- Por que disse que os cavaleiros de ouro são os que mais choram?

- Nossa responsabilidade é maior e se cometemos erros o peso é o dobro. E então quer me conhecer? – sorriu de maneira perva.

- Vou te aturar por enquanto porque gostei do curativo que fez nele. É uma técnica do futuro?

- Sim.

- Venha me ajudar.

- A troco....? – deu um grande sorriso.

- De nada, Kanon de gêmeos. – o empurrou irritada. – anda logo.

- Sabia que você me amava. – a acompanhou.

 

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Albafica afastava cada vez mais da vila. Havia sentindo a presença de dois cosmos decidindo averiguar. Já havia percorrido cerca três mil metros e nenhuma pista que pudesse levar aos donos dos cosmos. Atravessava um vasto bosque quando um tremor sacudiu a terra.

- O que...

Equilibrando-se correu em direção ao suposto epicentro do tremor. Faltando pouco para ter a visão do que acontecia andou a passos lentos retirando os galhos mais baixos que encobriam sua visão.

- Impossível... – saiu de seus lábios. O cavaleiro piscou algumas vezes para ter certeza do que via. Estava na beirada de um penhasco e a frente seguia uma vasta planície, mas o que o deixou totalmente incrédulo foi a elevação de um castelo, bem no meio, adornado por quatro contrafortes a estilo gótico. Sua torre sumia entre as nuvens.

- O que é isso...?

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O saldo do ataque foi terrível, dezenas de pessoas perderam suas vidas e outras dezenas feridas. Depois de certificarem que o pior tinha passado, os cavaleiros destacados para ajuda foram para o templo numa reunião de emergência. Marin foi para a vila ajudar Lara e as meninas.

Na sala do grande mestre o silencio reinava.

- Estão todos aqui? – indagou Sage.

- Albafica, mestre. – disse Dohko. – ele ainda não voltou.

- Deve está colhendo algumas rosas por aí. – Manigold sorriu com deboche.

- Foi investigar. – a voz de Afrodite saiu séria, não gostava do companheiro do signo, mas também não deixaria que falassem mal dele. – disse que tentaria descobrir algo.

- Deveria guardar seus comentários somente para você Manigold. – a voz fria do guardião da décima segunda casa fez presente. Trajando a armadura Albafica adentrou fazendo uma leve reverencia. – perdoe-me o atraso.

- Tem alguma informação? – indagou Sísifo.

- Três kms daqui os titãs ergueram uma fortaleza.

- Como?

- Conhecem o lugar? – o pisciano fitou os dourados.

- É o labirinto de Chronos. – disse Kamus. – não imaginei que a erguessem aqui.

- De certo o ataque veio deles. – o mestre trazia uma expressão séria. - Como está a vila?

- Um terço foi destruído. – iniciou Shion. – houve varias mortes, muitos estão feridos e desabrigados. Lara e as meninas estão cuidando disso.

- Coloque os cavaleiros de prata e bronze para tomarem conta da vila. Quero esse santuário todo em alerta.

- Sim mestre.

- Quando partimos para a batalha? – indagou Kárdia ansioso. – já sabemos onde eles estão, devemos atacar.

- Não podemos ser precipitados. – disse Dégel.

- Não é hora para planos. Quer que eles nos ataquem novamente?

- Tenha calma Kárdia. – pediu Hasgard.

Logo uma pequena discussão entre os cavaleiros começou. Os dourados continuavam em silencio observando. Sage observava os dois grupos. Num a nova geração de Atena com seus cosmos na totalidade no outro a geração mais experiente, mas sem a preciosa energia.

- Silencio. – em tom baixo, mas o que foi suficiente para calá-los. – não conhecemos o inimigo e nem temos idéia do que eles são capazes. O ocorrido com a vila foi apenas uma amostra do que pode vir. Precisamos agir com cautela. – deu uma pausa, passando a fitar Saga. – não quero deixar o santuário desprevenido então faremos seguinte, - deu uma pausa. – quero que alguns investiguem sobre eles. Kamus e Kárdia, Kanon e Deuteros, El Cid e Aldebaran e... – Sage olhou para Aioria, ele conhecia de perto os titãs e seria de grande valia. – Aioria.

Ao escutar o nome do companheiro, Regulus abaixou o rosto. Com certeza Sage nem cogitava sua ida. E realmente o mestre tinha pensado nisso. O leonino ainda era novo e apesar do grandioso cosmo seu treinamento não tinha sido concluído, contudo os tempos eram difíceis e precisavam da ajuda de todos. Olhou para Sísifo que havia entendido a duvida, mas a expressão confiante do sagitariano o tranqüilizou.

- Regulus acompanhará Aioria.

- Eu? – deu um grande sorriso. – claro mestre, farei o meu melhor.

- Que fique claro que é apenas uma investigação, nada de batalhas, estamos entendidos Kárdia?

- Sim... – fechou a cara.

Os demais voltem para suas casas. Shaka fique em leão ate eles voltarem.

- Sim mestre.

- Dispensados.

O grupo partiu imediatamente.

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No salão principal, os titãs estavam reunidos aguardando a chegada de Créos.

- Não precisavam mandar uma babá, - se fez presente. – ainda mais por um humano.

A figura o seguia de perto.

- Só estávamos preocupados com ti. – Pontos sorriu.

- Dispenso. – disse ríspido tomando o seu assento.

- Agiste de forma leviana Créos, não tinhas porque atacar aqueles humanos. – Temis o fitou de maneira fria. – não ganhamos nada com isso.

- Queria me divertir.

- Pois tua diversão ocasionou na vinda de alguns deles. – observou Iapeto.

- Morreram mais rápido.

- Por que a pressa? – o líder levantou e caminhou ate a janela. – somos seres imortais, o tempo é nosso subordinado. Vamos brincar um pouco. Quem quiser fazer as honras, fique a vontade.

- Se não se importar. – a pessoa colocou uma mascara encobrindo seu rosto. – gostaria de me divertir com dois deles.

- Como quiser, mas não os mate. Quero que o sofrimento seja longo.

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Selinsa subia a escadaria correndo, a situação tinha piorado, havia muitos feridos e a sacerdotisa não estava conseguindo atender a todos, por isso fora incumbida de buscar mestre Hakurei.

Passou pelas primeiras casas, ficando a par dos últimos acontecimentos. Ao chegar em leão parou. Respirava afobada e devido ao cansaço colocou as mãos nos joelhos. Tirou a mascara para respirar melhor.

- "Ainda estou na quinta casa..." – o suor escorria pela face. – preciso continuar.

Selinsa estava prestes a andar quando sentiu um cosmo aproximar. Conhecia muito bem aquela energia colocando a mascara imediatamente.

- Selinsa?

Ergueu o rosto deparando com virginiano.

- Oi...

- Como está o trabalho com os feridos?

- São muitos. Estou indo buscar mestre Hakurei para nos auxiliar. – ainda respirava ofegante.

- Veio correndo ate aqui?

- Sim... preciso ir. – mas quem disse que suas pernas se moveram, seu corpo reclamava por descanso.

- Nesse estado não chega nem a escorpião. Respire um pouco.

- Não é hora. Ainda há muito a se fazer. A situação está péssima, a vila... – abaixou o rosto. – preciso ajudar de alguma forma. Sou apenas uma aspirante e não possuo poder suficiente para uma batalha, tenho que contribuir de alguma forma.

- Como disse ainda é uma aspirante. – Shaka abriu os olhos. – não queira toda a responsabilidade para si.

- Mas...

- Ajude dentro de suas possibilidades, quando for amazona, ajudará numa batalha.

Selinsa o fitou pensativa. Seu mestre dizia coisas sobre ele que não condizia com a verdade, Shaka parecia ser bem diferente de Asmita.

- Obrigada.

- Tem determinação, será uma grande amazona.

Corou por debaixo da mascara.

- Agora vá, não podemos perder tempo.

- Sim.

Pegou fôlego correndo em direção a casa. Shaka a acompanhou com olhos ate ela desaparecer.

- Pode parar de espiar e tire esse sorriso do rosto.

- Eu? – MM surgiu pouco atrás se fazendo de desentendido.

- O que quer?

- Nada. – passou o braço pelo ombro de Shaka. – essa menina quando crescer vai ficar bem gos...

- Modere as palavras.

- Desculpe. – sorriu. – que coisa inusitada se passou aqui.

- O que?

- É a única pessoa que você conversa com os olhos abertos. É para ela ver o quanto são lindos? – ironizou. – azul cor do céu. – gargalhou.

- Por que não volta para sua casa? Se não reparou estamos em vigília.

- Shaka de Virgem veio para o passado e se apaixonou por uma aspirante.

- Não diga bobagens, - se afastou. – se não tiver esquecido somos combates de Atena nada mais.

- Que seja. – deu nos ombros. – mas que você gosta dela, isso gosta. – deu meia volta. – deveria aproveitar, não sabemos se vamos sobreviver a essa guerra. – mandou um beijo para ele, com a cara mais debochada possível.

 

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Chegaram rapidamente ao local indicado por Albafica. Regulus, Kárdia, Cid e Deuteros ficaram impressionados ao verem a construção.

- Essa é a fortaleza de Chronos? – indagou o leonino mais novo.

- Sim. Não imaginei que entraria ali novamente. – respondeu Aioria com os olhos fixos no local.

- Mal posso esperar para lutar. - a unha de Kárdia estava escarlate. – terei uma grande presa.

- Ouviu as palavras do mestre. Nada de batalhas desnecessárias. – advertiu Kamus.

- Assim não tem graça. Acha que vou perder a oportunidade? – o olhou de forma desafiadora.

- Kárdia...

- Minha unha está pulsando, - aproximou do aquariano encostando sua unha na altura do coração. – não vou me segurar, a menos que me empeça, mas aviso terá que ser a força.

- Já chega Kárdia. – Cid o cortou, detestava essa impulsividade do cavaleiro. – guarde sua sede de sangue para o momento certo.

- Tudo bem. – afastou-se sorrindo.

- Qual é o plano Kamus? – indagou Kanon não querendo prolongar muito a estadia naquele local, tinha um mau pressentimento.

- Cada dupla entrará por um contrapeso, descubram o maximo que puderem e em duas horas voltaremos a este ponto. Aldebaran, Regulus e Kanon lembrem-se estão sem armadura tomem cuidado.

Os seis concordaram. O escorpião ficou em silencio.

- Kárdia...?

- Está bem, faremos como o mestre manda.

As rochas deslocadas dificultavam o trajeto, depois de certo tempo pararam perto do portão principal.

Regulus ergueu o olhar, realmente aquilo era digno de um deus.

- Prefere que bata palmas, chame, ou balance os sininhos? – Kárdia os fitou.

- Sem brincadeiras. – Deuteros ralhou, - minha paciência está no limite.

- Todo nervorsinho.

- Venha Kárdia. – Kamus saiu puxando o cavaleiro. – duas horas no local combinado. – disse aos outros.

Separaram.

El Cid continuava em silencio, Aldebaran não tirava os olhos da fortaleza.

- Vamos entrar. – o capricorniano abriu um buraco no muro.

Do lado de dentro posicionaram em frente ao quarto contrapeso.

- Existe alguma entrada?- indagou ao taurino.

- Só a principal, como não somos convidados...

- Entendi. – ergueu o braço e num movimento rápido abriu uma passagem. – vamos.

Mal entraram e abertura feita por Cid fechou completamente. Ignoraram o fato seguindo adiante. À medida que andava Deba relembrava as batalhas passadas

- Continua igual. – murmurou.

- Como esta seu cosmo?

- Normal.

- Fique em alerta.

Nem deram mais um passo, um cosmo grandioso apoderou-se do local colocando-os em alerta.

- Sejam bem vindos cavaleiros de Atena.

A voz se fez presente.

- Créos... – Aldebaran deixou escapar.

- Fostes corajosos em virem aqui.

- Foi você que atacou o vilarejo? – El Cid o fitou frio.

- Gostaste do presente? – sorriu.

- Pessoas inocentes morreram. – Deba cerrou o punho, detestava aquela atitude arrogante do deus. – vai pagar caro.

- Continuas insolente cavaleiro de touro. Curve-se diante de um deus.

Com um simples gesto o cavaleiro caiu de joelhos para depois ser lançado contra uma parede batendo de forma violenta.

- Assim esta melhor. – fitou o outro. – e quanto a ti? Diga teu nome antecessor de Shura.

- El Cid.

- Da ultima vez tive trabalho com o capricorniano, mas acredito que isso não se repetirá. Primeiro o derrotarei e depois ele. Será um prazer eliminá-los.

El Cid tomou posição, mas sem abandonar a expressão fria.

- Vamos ver o tão quão es forte. – Créos ergueu sua cimitarra. – Áster Blade!

O cosmo do titã elevou-se rapidamente pegando o cavaleiro de surpresa. Cid nem teve tempo de se defender sendo atingido diretamente.

Caiu de joelhos com um corte profundo no peito.

- "Eu nem vi o ataque..."

- Shura teve problemas, mas ainda ficou de pé.

- Não nos compare. – levantou. – excalibur!

Créos não se mexeu, sorrindo de maneira sádica. O ataque de Cid nem chegou perto dele.

- Humano patético.

- Como....?

- Pontos não quer que os mate, mas vou deixá-los bem machucados. Com esse ataque não vai se levantar tão rapidamente.

Aldebaran escorou na parede, ficando de pé. Queria ajudar o cavaleiro, entretanto não sentia seu cosmo.

- Não pode derrotá-lo... – murmurou. – não ainda...

Cid abaixou o rosto vendo seu sangue manchar o chão. Não era apenas a dor física que sentia, mas também era como se seu cosmo tivesse sido cortado.

- Serei rápido. – Créos tomou sua arma. – Aster Blade.

O capricorniano ainda tentou se defender cruzando os braços na frente do corpo, contudo o ataque do titã o acertou em diversos pontos.

- Ah... – caiu novamente de joelhos com vários sangramentos.

- El Cid! – Aldebaran foi ate ele.

- Acho que vou presentear a Réia. – fitou o taurino. – ela sempre quis te matar. – ele apenas mirou seu indicador.

Aldebaran foi acertado com uma pequena perfuração no peito.

- Patéticos... – sorriu. – espero nos encontrar de forma menos degradante. – o titã deu as costas desaparecendo.

El Cid cerrou o punho, jamais pensou em deixar um inimigo escapar, mas por horas era necessário. Seus ferimentos eram graves, entretanto o do taurino era mais. Desprovido de cosmo a conseqüência do ataque parecia pior.

- É melhor irmos.

Ajudaram-se a levantar.

 

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Regulus seguia Aioria num profundo silencio, observava a expressão séria do amigo de signo.

- Chegamos. – disse o cavaleiro do futuro parando na frente do segundo contrapeso.

- Como faremos para entrar?

- Assim.

Sem cerimônia Aioria deu um soco na parede abrindo um buraco.

- Desse jeito eles vão nos descobrir.

- É isso mesmo que eu quero. Estou de saco cheio desses titãs. – entrou.

Sem opção o garoto o acompanhou. Regulus fitava espantado para a construção. Olhava para o alto observando as esculturas ali estampadas, estava tão distraído que não viu o dourado parar, trombando nele.

- Desculpe.

Aioria não respondeu fixando o olhar mais a frente. Regulus acompanhou-o vendo uma figura a frente vestindo algo negro.

- Continua sem modos, humano. – a voz fria, mas melodiosa indicou se tratar de uma mulher.

- E a sua vontade de determinar o destino dos homens o mesmo Temis. – disse com desdém.

- Apenas ficaste mais alto. – balançou a cabeça negativamente. – as palavras continuam afiadas e a idiotice idem. – olhou para Regulus. – por que trouxeste um garoto?

- Eu sou o cavaleiro de leão desta época. – tomou a frente de Aioria.

- Não passas de uma criança.

- Repete o que disse. – elevou o cosmo.

- Fique de fora Regulus. – o dourado o segurou. – ainda não está preparado.

- Eu sou um cavaleiro. – reclamou. – posso muito bem lutar.

- Está sem armadura, esqueceu?

- Não. – fechou a cara. – mas...

Ele nem continuou a frase, sentindo o cosmo de Aioria inflamar.

- Relâmpago de plasma!

O ataque partiu em direção a titã que não se mexeu.

- Não sabe que esse teu ataque é inútil? Já tentaste isto antes, Brabeus Blade!

Ela cortou o ataque dele em dois, fazendo-o voltar.

- O ataque do Aioria... – murmurou Regulus surpreso.

- Não evoluíste nada desde aquela vez, humano.

- Diga como os venceu. – indagou sem demonstrar sentimento algum apesar de estar com os braços feridos por causa da defesa. – e como ficaram mais fortes?

- Teus amigos? – sorriu. – a Aster Blade de Créos não te lembra nada?

- Então... – murmurou.

- Não é uma informação que irá lhe ser útil. Mas... estou curiosa para saber quantos pecados cometeste desde aquela época. – seu cosmo aumentou.

- Afaste-se Regulus! – Aioria o empurrou.

- Eu não vou fugir!

- Junte-se a ele então. Brabeus Talanton!

Aioria e Regulus foram ao chão, os dois sentiam um enorme peso sobre eles.

- Regu-lus... fique em baixo de mim...

- De jeito nenhum... – ele sofria com o ataque. – vou te ajudar.

- Humano patético vai morrer por causa dos pecados de Aioria.

A pressão sobre os dois aumentava cada vez mais, Aioria ainda resistiria por causa da armadura, mas o leonino mais novo já estava com vários machucados.

- Anda Regulus... fique em baixo de mim. É uma ordem.

- Não.

- Seu teimoso.

Aioria puxou o braço do cavaleiro trazendo-o para debaixo de si.

- Fique quieto... aí. – o peso recaiu sobre suas costas.

- Eu também quero lutar.

- Não agora... – o sangramento dos braços aumentou devido ao esforço.

Ele lembrava da luta tida anos atrás, a situação era semelhante, mas o poder dela estava maior.

- "Ou os meus pecados..."

- Aioria...

- Vamos sair dessa.

- Não vão. – a titã sorriu.

A situação piorou com o aumento da pressão, apesar de ser o único a conseguir a usar armadura o cosmo de Aioria desestabilizou e como conseqüência o ataque de Temis recaiu sobre ele e Regulus. O leonino mais novo soltou um grito de dor.

- É o suficiente por hoje. – Temis retirou seu ataque. – nós veremos em breve. – deu as costas saindo.

Aioria só acordou minutos depois, sentia como se seus ossos estivem sido quebrados e com muita dificuldade ergueu-se um pouco.

- Ah... Regulus!?

Assustou-se com o estado do amigo, tinha muitos ferimentos e estava desacordado.

- Humilhação... – saiu de seus lábios, enquanto carrega Regulus nos braços doloridos.

A passos curtos saíram.

 

X.x.X.x.X.x.X


Os dois geminianos alcançaram o terceiro contrapeso.

- Faz as honras? – indagou Kanon.

Deuteros aproximou e num soco rápido e preciso abriu uma pequena passagem. Em silencio entraram.

Caminharam por um longo corredor, ganhando uma extensa sala. Kanon estava prestes a continuar quando o cavaleiro o reteu.

- O que foi?

Ele não disse nada, apenas olhava fixamente para algo a frente. O dragão marinho acompanhou o olhar vendo a pouca distancia uma pessoa que trajava uma túnica negra e o rosto encoberto por uma mascara. Kanon julgou pelo cosmo que não se tratava de nenhum titã.

- Apresente-se.

A pessoa continuou parada.

- Quem é você? – ele tentou dar um passo, mas seu corpo estava paralisado. – quando fez isso?

Deuteros também não podia se mexer, contudo o que o preocupava não era isso e sim a sensação de conhecer aquela pessoa, tentou sentir seu cosmo, mas nada exalava nele.

- Bem vindos. – o homem começou a andar. – você é o cavaleiro de gêmeos. – apontou para Deuteros. – e você quem é?

- Kanon, dragão marinho de Poseidon.

- Um marina entre os cavaleiros, interessante.

- "Não pode ser..." - o cavaleiro reconheceu a voz porem queria acreditar que estava enganado.

- Por que não trouxe o geminiano do futuro? Adoraria conhecê-lo. – fitou Deuteros.

- Meu irmão está guardando a terceira casa. – Kanon respondeu.

- Irmão? – sorriu. – não me diga que aconteceu de novo. A casa de gêmeos tem dois guardiões?

- Meu irmão e eu. Afinal quem é você?

- E qual dos dois é o irmão menor?

- Eu.

O homem caiu na risada.

- Atena é idiota, repete a burrice. – fitou os dois. – e manda os dois irmãos menores para mim! Irônico.

Kanon não entendia as palavras dele, mas o cavaleiro já tinha a plena certeza de quem se tratava.

- A maldição continua não é Deuteros?

- Vocês se conhecem?

- Não... – respondeu sem olhar para o dragão.

- A conversa está boa, entretanto não posso perder tempo com vocês.

- Ainda bem que resolveu parar de falar. – Kanon mexeu com o braço, a paralisia tinha acabado. – já que não vai dizer quem é, perguntarei a força.

O dourado avançou atacando, mas não surtiu efeito algum no inimigo.

- Muito pouco. – sorriu com desdém.

- Só estava aquecendo. – o marina elevou o cosmo, ele ainda oscilava, mas era suficiente para lançar. – explosão galáctica!

Deuteros continuou imóvel enquanto o homem com um sorriso nos lábios, ergueu a mão parando facilmente o ataque.

- Chama isso de ataque? – brincava com a energia acumulada. – patético.

- Ele parou com uma mão... – murmurou incrédulo.

- Verá o que é a verdadeira explosão galáctica, sinta o próprio golpe. – o cosmo elevou.

- Não é possível. – via-o erguer as mãos. – ele copia os golpes?

- Recue Kanon. Esta sem cosmo poderá se machucar.

- Não me subestime Deuteros.

- Explosão galáctica.

O cosmo do homem explodiu de forma violenta, Kanon não conseguiu defender-se sendo atingido. Bateu de forma violenta na parede, caindo desacordado.

- Como esperado de um "segundo". Você é o próximo?

O cavaleiro o fitava assustado.

- Está patético, ao contrario de mim. – o homem colocou a mão na mascara retirando-a.

Deuteros arregalou os olhos ao contemplar a face do inimigo.

- Surpreso? – recolocou a mascara. – seus dias estão acabando, replica.

- Não acredito que você se vendeu...

- E será questão de tempo ate você me seguir. – mostrou o punho. – e desta vez não vai se libertar.

O homem avançou e num gesto rápido deu um soco no estomago de Deuteros, na seqüência girou o corpo aplicando-lhe um chute. O cavaleiro foi ao chão.

- Vamos nos reencontrar em breve. – deu as costas, sumindo em meio à escuridão.

O grego levantou o rosto, olhou para o lado vendo Kanon ainda desacordado.

- Temos problemas...

 

X.x.X.x.X.x.X


Kárdia seguia impaciente, estava ansioso pela possível batalha, enfrentar um deus era o que mais queria. Seu coração batia descompassado, entretanto aquilo não iria atrapalhá-lo alias era o que o movia.

- Chegamos. – Kamus parou ao lado do primeiro contrapeso.

- Não tem porta.

- Teremos que fazê-la. – examinava o local. – precisamos entrar sem fazer barulho. É um absurdo entrarmos escondidos, mas...

Mal acabou de falar ouviu um estrondo, o escorpião tinha aberto um buraco na parede.

- Kárdia!

- Sem frescuras. Vamos entrar logo.

Ainda perplexo pelo que viu o aquariano entrou. Andaram por algum tempo, tempo esse que parecia uma eternidade para o grego.

- Cadê eles? Não acredito que se esconderam.

- Como se eles precisassem.

- Quero lutar. – bufou. – Apareçam logo!

- Kárdia.

- Andem logo!

- Pare de gritar, ele já está aqui.

Kamus fitou o homem a frente, Kárdia fez o mesmo abrindo um largo sorriso. O cosmo dele era gigantesco.

- Os cavaleiros de Atena não têm bons modos, entram as escondidas e fazem barulho.

- Céos... – disse Kamus.

- Tu deves ser o cavaleiro de aquário. – o fitou.

- Sim. – devolveu o mesmo olhar gélido. – gostaria que me respondesse algo. – disse objetivo.

- Pergunte.

Kárdia arqueou a sobrancelha, ele tinha sido ignorado?

- Como conseguiram destruir o santuário?

- Foi muito simples. Através da Aster Blade de Créos, ela tem a capacidade de sugar o cosmo do oponente. Depois de feito transferimos essa energia a nós.

- E Atena?

- Usamos a arma divina. A adaga dourada dada por Chronos a...

- Entendi. – Kamus cortou-o antes que ele dissesse o nome de Saga. Kárdia poderia ouvir. – foram sagazes.

Ouviram um estrondo, o escorpião havia feito um buraco na parede, sua expressão era irritada.

- Não me ignorem.

- Tua existência em si é simplória. – disse o titã.

-Não dirá isso depois de ser derrotado por mim. – a unha ficou vermelha. – gosto que as minhas vitimas saibam por quem foram mortas. – sorriu debochado. – meu nome é Kárdia, sou cavaleiro de escorpião.

- Kárdia. – Kamus o segurou. – ele não é adversário para você.

- E é para você? – o fitou irônico. – nem cosmo tem. – puxou o braço. – fique aí e aprecie a luta.

- Esse teu gosto por lutas é tipicamente humano.

- Então sou o mais humano. – sorriu. – quero ver a cor do sangue de um deus.

- Insolente.

- Venha com tudo. – o cosmo elevou e seu coração disparou. – porque eu irei.

- Kárdia não. – Kamus tentou retê-lo, mas o cavaleiro partiu com tudo para cima do titã.

O grego aproximou com velocidade, sua unha já estava ao maximo e o acertaria todavia... parou a centímetros do rosto de Céos.

- Ser insignificante.

Seu cosmo expandiu com tal força que fez com o que o cavaleiro fosse lançado longe, batendo contra a parede.

- Teimoso. – o aquariano olhou para ele para voltar o olhar para o deus.

- Serás o próximo?

Kamus tomou a posição de ataque, seu cosmo não estava na sua totalidade, mas não tinha escolha.

- Prepare-se Céos.

Deu um passo quando ouviu uma risada. Os dois voltaram o olhar para o dono dela.

- Kárdia...?

- Por que estás a rir?

- De felicidade. – levantou com dificuldade, estava ferido e principalmente sentia uma forte dor no peito. – a batalha que sempre esperei.

- Veja teu estado. – Céos se irritou com a atitude dele. – não tens condições de me enfrentar.

- Veremos. – limpou um filete de sangue que escorria pela boca, claro sem abandonar seu olhar debochado. – Restrição.

- Idiota... o que... – o titã tentava se mexer. – o que fizeste?

- Ficará quietinho enquanto te perfuro. – deu um passo, a dor aumentara, mas não voltaria atrás. – normalmente gosto de torturar, mas você merece uma morte rápida.

- És louco?

- Só gosto de batalhas que exigem o maximo.

Kamus o observava, realmente o cavaleiro tinha uma grande força, porem notou-o pálido e com a respiração um pouco oscilante. Apesar dos ferimentos aquilo não era normal.

- "O que está acontecendo com você?"

- Não pense que... – Céos tentava se mexer. – podes me enfrentar de igual para igual.

- Posso e como misericórdia te darei o ataque principal. – ergueu a mão. Seu coração começou a bater mais rápido e seu cosmo elevar. - Agulha incandescente.

Disparou o que deixou surpreso os dois. Céos preparava para se defender de repente o ataque cessou. O rosto do escorpião estava pálido.

- "Não agora." – tentou elevar seu cosmo, contudo... a dor apertou indo de joelhos ao chão.

- Kárdia? – Kamus se assustou.

- Não se aproxime. – respirava ofegante. – ainda não terminei. – nem teve tempo de formular alguma frase, foi ao chão desacordado.

- Kárdia. – o aquariano aproximou. – o que foi?

- Humano idiota. Lutar nesse estado.

Kamus o fitou para voltar o olhar para o amigo. O que ele tinha? Em um minuto seu cosmo estava elevado e num instante seguinte desaparecera por completo. Tocou o pulso dele para ver se ele estava bem, todavia levou um susto: estava acelerado.

- O que significa isso... – murmurou.

- A Atena dessa época não deve está em seu juízo perfeito, admite como cavaleiro alguém que possui uma enfermidade grave.

- Como?

- Tem um cosmo poderoso, mas um coração fraco. – deu as costas. – se continuar assim não viverá muito. Adeus.

O francês olhava atordoado para o companheiro. Então era isso? Kárdia sofria do coração?

- É por isso que aquele dia... – as coisas começavam a fazer sentido. – Dégel sabe de tudo. – franziu o cenho. – seu irresponsável, se eu soubesse. – o carregou. – agüente ate chegarmos.

Alguns andares acima, Pontos tinha observado as batalhas. Tinha alguns planos em mente, mas ver os combates os fez mudar um pouco. Sentou em seu trono, fitando um ponto qualquer.

- "Será interessante se eu usar o marina de Poseidon, mas... – abriu o sorriso. – sem duvida aquele cavaleiro de escorpião é perfeito!" Os dois terão uma participação especial. – riu.

X.x.X.x.X.x.X

Shion andava de um lado para o outro, eles tinham partido há muito tempo e ate aquele momento não havia uma noticia sequer. Se soubesse tinha ido ele mesmo.

Mu que estava sentado à porta da primeira casa observava seu futuro mestre. Definitivamente não parecia em nada com o Shion, mestre do santuário, ele estava mais para um garoto impaciente. Segurou o riso, pois aquela cena chegava a ser cômica.

- Eles não devem demorar Shion.

O ariano de melanes verdes o olhou incrédulo.

- Como consegue ficar calmo num momento como esse?

O lemuriano piscou os olhos algumas vezes, não era Shion que o ensinara a ter paciência e calma justamente em momentos como esses?

- Não adianta ficar impaciente. – respondeu. – olhe eles estão chegando.

O cavaleiro de Áries fitou a entrada do santuário.

- Já era sem tempo.

Mu levantou arregalando os olhos quando os viu de mais perto.

- Zeus... – escapou de seus lábios.

Eles vinham em passos lentos. Kamus com Kárdia nos braços, assim como Aioria com Regulus, Deuteros com Kanon, Aldebaran e El Cid escoraram um no outro.

- O que houve? – Shion aproximou. – o que aconteceu?

- Longa historia... – disse o taurino.

- Mu vá à vila e traga Lara. Vocês vêem comigo.

Usando a telecinese Shion levou-os ate o templo. Enquanto isso, o dourado ariano relatou a sacerdotisa o ocorrido, Lithos e Marin ficaram preocupadas, mas como o cosmo dele estava oscilando só pode levar uma de cada vez.

Sage assustou-se com a chegada deles.

- O que aconteceu? Cadê a Lara?

- Mu já foi buscá-la.

A noticia da volta deles espalhou pelas doze casas, não tardando a chegada deles.

- Kamus. – Dégel aproximou. – o que houve?

- É melhor levá-lo. – disse frio olhando fixamente para o outro aquariano.

- Leve-o para enfermaria. – Lara tinha chegado na companhia de Mu. – rápido.

- Eu vou com vocês. – e dizendo num tom de voz para apenas Dégel escutar. – quero explicações.

- A terá. Vamos.

Aioria olhava para o garoto nos braços, estava temeroso.

- Regulus. – Sísifo procurava por ele, ao vê-lo nos braços de Aioria. – Regulus?! O que aconteceu? Ele batalhou? – fitou Aioria.

- Não, mas ele precisa de cuidados.

- O que fez a ele? – a voz saiu indignada. – fale. – praticamente tirou-o dos braços do dourado deitando-o no chão. – ele ainda não tem experiência em batalha

- Já disse que ele...

- Seu cretino.

Deixando a todos perplexos Sísifo deu um soco em Aioria.

- Sísifo!

- Tenha calma. – Shion o segurou.

- Nem armadura ele tem como o deixou lutar?

- Não tive a intenção. – abaixou o rosto.

- Com quem lutou? – indagou Shaka.

- Temis. Ela usou o Brabeus Taleton em nós.

- Deixou um titã lutar com ele? – se soltou de Shion partindo para cima dele, estava prestes a socá-lo novamente, contudo...

- Pare Sísifo. – a voz de Lithos se fez presente, a grega parou na frente de Aioria. – ele não teve culpa.

- Olha só o estado do Regulus!

- Eu sei...

- Brigas não vão levar a lugar algum. – Lara ajoelhou ao lado do leonino. – vamos levá-lo e você também. – apontou para Aioria. – Lithos venha comigo.

Saga aproximou de Deuteros fitando o irmão desacordado.

- Não se preocupe ele esta bem. – disse o geminiano do passado.

- Na certa foi imprudente. Eu o levo.

- Sim.

- Com quem lutaram?

- Não lembro o nome. – respondeu virando o rosto.

Saga percebeu que ele não queria falar, assim como Asmita e Shaka.

- E você companheiro? – Hasgard tocou no ombro de Deba.

- Vivo. – sorriu.

- Vamos cuidar desses ferimentos.

- El Cid primeiro.

- Pode ir. – respondeu o próprio, observando Hasgard apoiar o taurino. – estou bem.

- Não está. – Shura o fitou. – precisa cuidar desses ferimentos. Lutou contra Créos não foi?

- Sim.

- Esses cortes são profundos.

- Não foi nada. Vá auxiliar seu amigo. – ensaiou um passo quando sentiu, sendo segurado.

- Não seja teimoso, alem do mais você também é meu amigo. Vamos.

El Cid o fitou surpreso, não achava que Shura o considerava a esse ponto.

- Obrigado. – deu um tímido sorriso.

- Cuidem dos ferimentos depois quero todos aqui. – disse o mestre. – os demais voltem para suas casas, no momento oportuno mandarei chamá-los.

O único dourado que continuou no templo foi Miro.

Na enfermaria dedicada aos cavaleiros, colocaram-os em quartos separados.

Kanon dormia sob o olhar atento do irmão. Deuteros perto da janela fitava a estátua de Atena. Seus pensamentos estavam perdidos nas horas antes. Não havia duvida que era aquele homem, como ele estava ao lado dos titãs era sua maior duvida. Alem do mais pensava se deveria contar a Sage sobre esse detalhe.

- Quem o atacou tinha grande força. – disse Saga sem tirar o olhar do irmão.

- Tinha. – Deuteros respondeu de maneira evasiva.

A porta foi aberta revelando a sacerdotisa. O olhar dela foi direto ao geminiano do passado que retribuiu. Olhava-o de cima a baixo para ver se não estava machucado.

Ele virou o rosto passando fitar a paisagem. A grega desviou o seu aproximando dos outros dois.

- Ainda não acordou?

- Não. – respondeu.

A amazona fitou o dourado, apesar de não gostar do jeito atrevido dele, vê-lo daquele jeito era péssimo. Tocou a testa para ver se a temperatura estava normal. Ao fazer isso sentiu a pele arrepiar-se. Deuteros a fitava de rabo de olho.

- Não tem febre. – disse. – e aparentemente sem grandes machucados. Ele só precisa de descanso.

- Será que vai dormir por muito tempo?

- Não sei precisar Saga. Se notar algo estranho me chame.

- Tudo bem. Obrigado.

- De nada. Não hesite em me chamar.

Antes de sair fitou novamente o outro cavaleiro.

No quarto ao lado, Aldebaran era cuidado por Marin sobre os olhares de Hasgard e dos capricornianos.

- Tem mãos de fada Marin. Bendita a hora que Créos me atacou.

- Não brinque. – riu. – seus ferimentos são sérios.

- Eles estão mais fortes.

- Estamos com problemas. Pronto. Repouso a partir de agora.

- Vou obedecer.

Marin pegou as poções que Lara havia lhe dado, levando para perto de El Cid. Ele a fitou receoso, não que desconfiasse nela, mas pensou que Lara o ajudaria.

- Poderia tirar a armadura?

Cid arregalou os olhos o que causou risos em Hasgard que conhecia o jeito introspectivo do amigo.

- Sem cerimônias. – disse. – precisa cuidar de seus ferimentos.

- Esses cortes são profundos Cid. – disse Shura. – eu sei o quanto são doloridos.

- Tanto que quando cuidei de você, faltou pouco para gritar de dor. – brincou a amazona.

- Doeram sabia? – ficou indignado. – e não reclamei.

- Ah não... – Deba entrou no assunto. – eu testemunhei. Não sabia quem reclamava mais você ou o Aioria.

- Fique calado está bem?

Cid acompanhava a conversa.

- Se preferir eu chamo a Lara. – Marin o trouxe a realidade.

- Não... – disse sem jeito. – não tem problema...

Com a ajuda de Shura o cavaleiro retirou a parte de cima da armadura. Marin segurou a respiração por alguns instantes, apesar dos ferimentos ele tinha um corpão.

- Vai arder só um pouquinho.

- Tudo bem...

A japonesa começou a fazer os curativos, Cid olhava para o outro lado, um pouco tenso. Marin percebeu, mas continuou com seu trabalho. O cavaleiro faltou corar diante de cada toque dela.

- Os cortes foram feios. – Hasgard quebrou o silencio. – esse titã é forte.

- Muito. – disse Shura. – o que aconteceu Deba?

O taurino começou a relatar o ocorrido, entretanto Cid mal ouvia, havia fechado os olhos por causa da claridade que acabou deixando-se levar pelos toques inevitáveis da amazona. Como Aldebaran havia dito ela tinha mãos de fada.

- Prontinho.

- Muito obrigado. – a voz saiu baixa. – desculpe os transtornos.

- Não tem porque se desculpar.

Cid corou pelo jeito que ela havia dito e Marin achou graça.

- "Ele é o oposto daquele insuportável."

- Parece que aqui tudo está resolvido. – Lara entrou. – Marin cuidou direitinho de vocês.

- Cuidou mesmo. – disse Deba.

A sacerdotisa fitou o capricorniano, ficando surpresa pelo fato dele ter deixado Marin fazer os curativos. Ele era tímido com pessoas que não tinham muita convivência.

- Você está bem? – tocou no ombro do amigo.

- Sim, não foi nada grave.

- Ele é um bom paciente, não é como certas pessoas que reclamam. – apontou discretamente para Shura.

- Marin!

Começaram a rir, com Cid olhando despistado para a amazona de águia.

Kárdia dormia profundamente, sob os olhares atentos dos dois aquarianos.

Dégel tomou seu pulso vendo que seu coração ainda batia rápido, mas nada que fosse alarmante.

- O que ele tem? – Kamus foi direto ao ponto.

- Um problema grave no coração. – respondeu sem desviar o olhar do amigo.

- Grave? – fitou o escorpião.

- Sim. Seu coração às vezes aumenta bruscamente o ritmo, causando dor no peito, falta de ar e quando está no ápice desmaio. Foi o que aconteceu.

- Sim... então ele tem arritmia.

- Arritmia?

- É o nome da doença no meu tempo.

- Entendo... Ele deve ter elevado seu cosmo, isso está interligado.

- Sage sabe disso? – olhou para Dégel incrédulo.

- Ele e eu apenas. Descobrimos por acaso nos treinos quando ainda éramos aspirantes.

- E ele permitiu?

- O mestre de Kárdia não queria que ele concluísse o treinamento, era muito arriscado ter esse ponto fraco, mas o mestre lhe deu um voto de confiança.

- Tinham que ter me contado, eu não permitira que ele fosse.

- Se ele o ouvir falar assim vai brigar com você. – deu um sorriso. – queria pedir que não contasse a ninguém, sabe como um escorpião é orgulhoso.

- Mas... é a vida dele que está em jogo. E se acontecer com ninguém perto? Será um alvo fácil.

- Ele prefere morrer assim. Não imagina o quanto ele é orgulhoso. Por favor, não conte.

- Está bem. Tem a minha palavra.

O assunto parou na hora que Miro chegou.

- Como você está? – tocou no ombro do francês.

- Bem.

- E ele? – fitou-o. – está com o rosto pálido.

- Desgaste. – disse Dégel não querendo render muito. – logo ele estará bem.

- Vou para Escorpião, qualquer coisa me chamem.

Despediu-se saindo.

Aioria num canto recebia os cuidados de Lithos, enquanto Sísifo não tirava os olhos de Regulus.

O sagitariano sentia-se culpado por ter deixado-o ir. Apesar do discípulo possuir um grande poder era inexperiente.

- Se algo acontecer a ele... – olhou para Aioria.
O leonino abaixou o rosto, também sentia-se culpado.

- Aioria... – Lithos chamou de forma que ele a encarasse. – sei que tentou protegê-lo.

Deu um meio sorriso.

- Deixe ver suas costas.

- Estou bem.

- Aioria. – disse em tom de advertência.

Obedeceu, virando de lado. A grega ficou surpresa pelos machucados.

- Aioria...?

- Não foram tão graves, a armadura me protegeu.

- Mas precisam de cuidados. – Lara entrou. – e o Regulus? – indagou a Sísifo.

- Está desacordado.

A sacerdotisa o examinou.

- Esses ferimentos não são tão graves, mas requerem cuidados.

- Tem certeza que não são?

- Sim Sísifo, seu menino não é tão fraco assim. – sorriu. – e você mocinho, deixe-me ver suas costas.

Aioria permitiu que ela os visse, ate o momento parecia que apenas as costas estavam feridas, contudo, a sacerdotisa esbarrou no braço dele. O dourado soltou um gemido.

- Zeus, seus braços!

- O que tem? – Lithos ficou aflita.

Sísifo o fitou.

- Estão deslocados, - o fitou surpresa. – como conseguiu carregar o Regulus?

- Conseguindo. – durante todo esse tempo engoliu a dor para não preocupar ninguém. – não é tão grave.

- É sim. Com esse esforço que fez pode ter piorado a situação. – disse brava. – Lithos cuide do Regulus.

- Está bem.

A grega aproximou do leonino mais jovem, carinhosamente afagou seus cabelos.

- Ele vai ficar bem. – fitou o sagitariano.

- Espero.

- Aioria não deixaria-o lutar. – falou num tom só para ele lutar. – ele gosta muito do Regulus para deixar que algo lhe aconteça. – pegou as pomadas.

O cavaleiro soltou um suspiro.

- Desculpe. É que o tenho como um irmão e temo que algo lhe aconteça. Sei que no mundo como o nosso isso é passível de acontecer mas...

- Eu te entendo. – aplicava de forma gentil. – também temo que algo possa acontecer ao meu irmão, a Regulus e a você... – o fitou.

- Não vai me acontecer nada. – sorriu.

Aioria olhava a cena, normalmente ficaria nervoso, porem sentia-se em divida com Sísifo e uma implicância agora só pioraria as coisas, alem do mais seus braços doíam muito para criar confusão.

Tempos depois todos os cavaleiros se encontravam na sala do templo com exceção de Regulus, Kanon e Kárdia que ainda estavam desacordados.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora em postar.

Foi o inicio das batalhas, não saíram como queria, acho que perdi um pouco a pratica, mas vai melhorar. Os titãs mostraram as caras e o conflito vai pegar fogo.

Titulo: Invenire hostem et delere: - "Detectar o inimigo e destruí-lo"



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