Rotten Soul escrita por Sially


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Boa leitura
Xx



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Narrador`s POV

Após 2 anos…

– Obrigado, diretora Mcuddy.

– Nao há de quê, Senhor Nugent. Apenas queremos o melhor para os alunos dessa escola. - dizia a diretora da escola de Leanne ao seu pai.

– Você também deve ser um demônio. - a garota resmungou com um bico.

– LEANNE! - seu pai a repreendeu.

– Tudo bem, ja ouvi coisas piores de alunos - a diretora riu nervosa. De fato nao tinha gostado da ousadia da menina.

– Você tem sorte de eu nao ter conseguido decorar todo o exorcismo. - ela resmungou novamente. - Mas, só por precauçao. - Leanne se arrumou na cadeira se aproximando da diretora e gritou - CRISTO!

Houve momentaneamente um silencio na sala e Leanne se aborreceu e voltou ao seu estado preguiçoso na cadeira.

– Meu Deus, onde foi que essa menina aprendeu essas coisas? Eu tolero muitas coisas Senhor Nugent, mas não tolero que brinquem ou usem nomes divinos em vão.

– Mil desculpa, Diretora. Vou ter uma conversa séria com ela. Ela nao vai mais chamar ninguém de demonio ou qualquer outra coisa.

– Assim espero. E que seja a ultima vez que isso aconteça. Se eu ver sua filha com sal, ferro ou qualquer coisa de pentagono ou que simbolize uma vida satânica na minha escola católica, ela será expulsa. - deu seu ultimato.

– Humpf, satânica, ela ja sabe do Lúcifer?.. - a garota se pronunciou com indiferença

– QUIETA LEANNE. - e pela primeira vez Leanne sentiu medo do pai.

– Mas que ousadia. Me desculpe senhor, me chamar de demonio até posso aguentar mas mencionar Lucifer em minha escola? Isso eu nao admito. Ela está expulsa.

Leanne e o pai nao conversaram se quer uma vez no caminho todo até o apartamento.

Ted pensava se tinha sido o certo ter contado tantas histórias como essas para uma criança, mas ele só queria a deixar preparada para caso algo do seu passado voltasse. Ele mesmo odiava a vida que teve e nunca desejaria isso para ninguém, muito menos para sua própria filha. Mas é melhor prevenir do que remediar. Nunca esteve em seus planos que Leanne chegaria a esse ponto.

Assim que chegaram em casa Ted sentou com a filha e tentou conversar:

– Leanne, você nao pode acusar todo mundo de demonio ou qualquer outra coisa.

– Mas pai, voce mesmo disse que poderia estar em qualquer lugar, ser qualquer pessoa.

– Eu sei o que eu disse - Ted não queria que esse jeito da filha continuasse mas nao sabia como dizer isso.

– Você me conta histórias todas as noites e…

– Isso também, Leanne. Acabou as histórias, elas nao sao boas pra você…

– Pai? - Leanne ja parecia um pouco mais abalada - Mas, eu quero ser caçadora e quero começar eu…

– Chega Leanne, acabou.

– Você nao pode me dizer isso, pai. Todas as histórias… - Ted percebeu que seria o unico jeito.

– Leanne, sao apenas histórias. Você ja nao é mais criança, chega de acreditar em contos. ELES NAO EXISTEM. - Ted disse firme mas receoso. Era possível observar algumas lagrimas nos olhos da garotinha.

– Você é o pior pai do mundo! - Leanne gritou e correu para seu quarto.

– Leanne, espere. - ela parou ainda de costas para ele, antes de realmente adentrar o quarto. - Eu quero que você me dê todas as coisas. Todo o sal, ferro, pentágono, ou qualquer outra coisa que tenha a ver com os contos. - Leanne nao se mexia na porta. - Agora! - o pai ordenou ainda com dor no coraçao.

(***)

Agora, Leanne aos seus 17 anos era uma adolescente considerada normal. Após o incidente em que seu pai a obrigou a abandonar tudo ela seguiu em frente e nao ligava mais para os contos, se quer se lembrava deles. Ted tirou absolutamente tudo que ligava ele e a familia a algo sobrenatural.

Leanne`s POV

– FIlha, eu te pego no Muay Thai que horas hoje?

– Hoje tem teste pra trocar a faixa, finalmente estou indo para a preta, entao nao sei que horas. - dei alguns pulos de alegria.

– Os pais podem assistir?

– Claro que podem, mas você vai estar trabalhando. - me aproximei e dei um beijo em sua bochecha. - Tchau, pai. - Sai do carro antes de ouvir uma resposta.

Normalmente eu iria a pé para a escola mas segundo meu pai, eu fui expulsa de todas elas. Ele nunca me disse o porquê mas acho que não fui uma filha muito boazinha. Porém agora nao sou mais expulsa de nada.

Eu imagino que deve ter sido dificil criar uma filha sozinha ainda mais comigo que não fui a melhor filha do mundo. Eu admiro muito ele, porque ele sempre esteve comigo e sempre fez o papel de pai e de mãe. Eu não sou a única filha dele, tenho uma meia irmã que mora com a família dela na Califórnia, mas nunca temos contato. Entao somos apenas eu e meu velho.

– Le!! Leeea! - ouvi uma voz estridente que só poderia ser de uma pessoa: Serena Harlan.

– Estou aqui, estou aqui. - ela correu até mim e me abraçou.

– Conheci alguém.

– Serena, voce conhece muitas pessoas. - constatei o óbvio.

– Eu sei, mas… foi nesse final de semana. Estava visitando meus avós em Lawrence, Kansas e conheci ele. Ele disse ser novo na vizinhança e que, imagina só? - ela estava irradiando alegria como sempre. - Ele disse que está vindo morar aqui na nossa cidade. Ele falou que o pai dele se transfere muito e ele está vindo aqui. Ja decidimos que vamos namorar, trocamos alianças…

– Ou ou ou… - aquele papo me pegou de surpresa a partir das palavras “namoro" e “aliança" - Você ta doida, Serena? Você conheceu ele faz 2 dias.

– Tecnicamente 3 se você contar a sexta.

– Serena, você perdeu a cabeça. - eu disse finalmente. Eu nao tinha muitas qualidades mas uma que eu sei que tenho é que sou pé no chão. Nao me iludo tao facil. Pude perceber que ela nao gostou da minha reaçao. - Tudo bem, entao. qual o nome dele?

– Cristian - ela disse e cruzou os braços em desafio - Ele morava em Madrid, tem 18 anos.

– Ta, e o que mais? Qual o sobrenome dele?

– O sobrenome? - ela nao sabia. - Smith. - disse com pouca convicçao.

– Serena, por favor. Voce nem sabe o sobrenome dele e ja trocou alianças?

– Você vai ver… vai mudar de ideia e ainda falar que eu estou certa.

– Claro, Serena, pode esperar que vou apoiar um namoro de 3 dias. - ouvimos o sinal tocar e entao adentramos a escola.

Narrador`s POV

Ted estava olhando toda a papelada de contas a pagar e não acreditava serem tantas. Estava perdido em pensamentos quando de repente as luzes começaram a piscar e começou a ouvir um barulho agudo estridente.

Esse tipo de ocorrência ja era familiar para ele, tentou correr para a cozinha pegar o sal mas o barulho era muito alto chegando a estourar os vidros. De uma hora para outra o barulho parou e a silhueta de um homem estava parado perto do batente da porta de entrada. Sal nao adiantaria porque nao era um demonio. Ted reconheceu o sujeito e se apressou em dizer:

– O que VOCÊ está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Nao deixem de comentar :)
Até mais
Xx



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