Quem sou eu? escrita por Secret Andy


Capítulo 15
Capítulo Quinze


Notas iniciais do capítulo

Lá estava eu, lendo algumas fanfics sobre O Chamado para tentar ter ideias e acabar com o bloqueio de escritor ( porque " Who Am I? " e Samara combinam muito, hein... ) Achei uma história, me apaixonei por ela, comecei um shipp, meu shipp foi estragado terrivelmente pela autora respondendo um review.
;-;
Por isso esse capítulo pode ser um pouco melancólico, já que estou triste.
PS: Não quero prejudicar a autora da fanfic de "O Chamado", só estou contando de meus sentimentos.



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Todos aqueles sentimentos bons que eu sentia por Evan despencaram do nada.

Senti que eu estava ficando com um cara (ou até mesmo namorando) que eu nem sabia se realmente gostava dele, que droga de sentimento horrível! E se eu na verdade não sentisse nada por ele em si, e só sentisse por o que ele fazia? Evan provavelmente achava que eu sentia algo por ele, e eu nunca conseguiria dizer que eu não sinto nada forte por ele. Eu poderia dizer isso á Evan, ou eu poderia ficar com ele, provavelmente me iludindo.

Malditos dilemas de amor.

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Me obriguei á ficar com Evan o quanto desse, nos despedimos como sempre, e quando cheguei em casa, foi ótima a sensação de chegar em casa tarde e meus pais não me repreenderem.

Minha mãe estava na cozinha passando um pano na mesa, e meu pai provavelmente trabalhava no escritório, decidi que era um momento bom para comentar sobre a viagem com ela.

– Oi, querida. Como foi a escola? - Ela perguntou colocando o pano na pia da bancada da cozinha - Fizeram um bom trabalho de Ciências?

– Sim... Acho que nos saímos bem, sei lá... - Menti, eu sabia que aquilo de mentir á minha mãe era um verdadeiro risco, principalmente se ela descobrisse que era mentira, mas eu sou vida louca mesmo - A Shailenne quis colocar umas coisas que ela viu em uma revista de Ciências... Eu acho que algumas coisas sobre essa revista estejam erradas... Mas, vamos descobrir quando recebermos a nota...

Minha mãe cruzou os braços, torci para ela não desconfiar de mim.

– Beem... Mãe - Comecei olhando para os lados - A Shailenne me convidou para nesse final de semana ir para uma viagem com ela e com seus amigos que não são sequestradores nem asssassinos, eu posso ir, por favor minha mamãe linda de meu coração?

Pisquei meus olhos várias vezes, eu sabia que era patético, mas com minha mãe ás vezes funcionava.

Ela hesitou antes de dar uma resposta.

– Ok.

Fiquei surpresa com a sua resposta curta.

– Nossa, realmente funcionou - Murmurei, minha mãe deu uma risada curta.

Ela chegou perto de mim e apertou minhas bochechas.

– Mas, é claro que funcionou - Disse ela com uma voz idiota - É claro que irei deixar meu bebezinho ir para a sua viagem!

Minha mãe tirou as mãos de minhas bochechas e disse com a voz de volta ao normal :

– Irei falar com seu pai - Ela saiu da cozinha e ouvi seus passos subindo a escada.

Me senti aliviada por Shailenne não me encher mais.

Fui para o quintal e subi na antiga casa-na-árvore, tudo que eu podia pensar era em Evan, apenas nele.

Por longos minutos eu fiquei nos pensamentos de menininhas de treze anos que não sabem de nada e que ficam sonhando em seus príncipes encantados, que obviamente não existem.

Fiquei dizendo á mim mesma que Evan era o melhor, o meu príncipe encantado, minha luz na escuridão, o perfeito, a minha alma gêmea.

Até eu perceber o quão retardados eram esses pensamentos.

Tudo que eu não queria pensar era naquelas coisas, contos de fadas não existem, só servem para fazer meninhas terem essas esperanças idiotas de que seu garoto dos sonhos vai chegar para elas, isso não existe! Eu não tinha nenhum problema em garotas que querem ter suas almas gêmeas, mas eles não irão chegar do nada! Um príncipe encantado não fica te esperando na esquina! Se alguma garota quisesse seu príncipe, ela teria que procurar por ele! Ainda mais, tenho uma coisa para falar para essas meninhas que acreditam em príncipes encantados esperando na esquina : Isso não existe! E também não existe amor á primeira vista, suas idiotas!

O cara pode ser lindo, com cara de mocinho agradável, mas pode ser na verdade um assassino louco! Amor á primeira vista é uma ilusão!

Me sentia com tanta raiva naquele momento que comecei a arranhar a parede várias vezes repetidamente no mesmo lugar.

Briguei comigo mesma por ficar nesses pensamentos, briguei comigo mesma por ter ficado o resto da tarde com Evan, briguei comigo mesma por ter deixado Evan me beijar, briguei comigo mesma por ter ido á casa de Evan vê-lo.

Briguei comigo mesma por amá-lo.

De repente me senti terrivelmente confusa, por que eu estava tão irritada? Da aonde surgiu toda aquela raiva maldita? Acabei adormecendo sentada na casa-na-árvore, perturbada com o assunto.

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Acordei com o som de minha mãe gritando por meu nome :

– Amethyst! A Shailenne está no telefone querendo falar com você!

Demorou alguns segundos para eu racicionar que meus pais já haviam comprado novos telefones fixos e que quem estava na linha querendo falar comigo era Shailenne.

Desci as escadas da casa-na-árvore com um grande perigo de cair, já que eu não havia realmente acordado. Entrei dentro de casa e coloquei o telefone no ouvido, ainda sonolenta.

– Nossa, você é mesmo meu motivo de acordar, né? - Brinquei com um bocejo.

– Só liguei para te perguntar sobre a viagem, sabe? - Shailenne começou de novo - Você já falou com seus pais, não falou?

Ai, Shailenne. Não me obrigue a pensar quando eu acabar de acordar..., pensei.

– Já, já falei. Minha mãe disse que eu podia e...

Ela me interrompeu.

– Ainda bem, porque você sabe de nosso acordo, né? - Shailenne me provocou. Eu já sabia : Evan.

– É, sei - Falei - Do nosso acordo que você fez sem eu concordar...

– Bem, era só isso mesmo - Shailenne disse - Eu te conto mais sobre a viagem amanhã na escola. Tchau.

Shailenne desligou.

Aquela maldita só ligou para fazer uma simples pergunta que ela poderia ter feito no dia seguinte! Shailenne sabia de algum modo que eu estava dormindo, e ela sabe que eu odeio ser acordada. Maldita, maldita amiga sacana.

Por mais uma vez lembrei de Evan de novo, lembrei o quão estranha me senti depois daqueles pensamentos raivosos.

São todos uns malditos, pensei, Uns malditos que me fazem me sentir estranha, confusa e brava.

Eu te amo, Evan.

Eu te odeio, Evan.


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Notas finais do capítulo

Genti, esse capítulo revirou minha cabeça.
Essa Amethyst é meio indecisa, hein...
E confusa demais, hein...
Gostou do capítulo? Não gostou pois bugou com sua cabeça? Bem, bugou com a minha também. Então somos dois ^^