Another Life escrita por KlaineManiac


Capítulo 8
Algumas explicações.


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, antes de tudo quero agradecer mais uma vez os vários comentários do capítulo anterior! Vocês foram maravilhosos e me motivou outra vez a continuar! Obrigada mesmo!
Nas notas finais escrevo mais!

Boa leitura!



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Blaine, onde nós estamos?!– disse Kurt olhando uma casa toda branca com detalhes azuis.

– Essa é a casa do meu amigo Raphael...– Blaine tocou a campainha.

– Bom dia, Blaine!– Raphael abriu a porta com amplo sorriso - Veio mais cedo hoje!

– Espero que eu não esteja lhe incomodando...

– De forma alguma! Vamos, entre!

– Ah, este é Kurt.

– Olá Kurt, seja bem vindo! Sentem-se, vocês preferem um café ou um chá?

– Chá, por favor...– disse Kurt sentando ao lado de Blaine no sofá.

– Eu também...– disse Blaine.

Não muito tempo depois, Raphael voltou com uma bandeja com três xícaras e um pequeno bule.

– Então, a que devo sua visita Blaine e Kurt?!

– Bem,– o moreno se ajeitou no sofá - Eu queria que você explicasse tudo o que me contou para o Kurt. Sobre as minhas regressões e tudo o mais.

– Tudo bem...

Raphael explicou tudo do início ao fim a Kurt que ouviu tudo pasmo e atento. Por fim, o médium ofereceu ao castanho uma sessão de regressão e depois de alguns minutos e um olhar de Blaine, ele aceitou.

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Kristie era uma linda menina de 15 anos com longos cabelos castanhos, pele pálida e corpo esbelto. Ela amava livros de poesia e passava a maior parte de seu tempo em cima de alguma árvore. Em uma tarde calma, ela estava entre os galhos de uma macieira comendo uma maçã e lendo mais um de seus vários livros quando de repente alguém reclamou de dor chamando sua atenção para o pé da planta.

– Ops! Mil perdões!

– T-tudo bem, foi apenas uma maçã...

Kristie desceu e ficou de frente ao garoto de cabelos encaracolados negros que aparentava a mesma idade que ela.

– Machucou muito?

– Não, só deve ficar um pequeno galo, mas logo passa. Bem, meu nome é Bruno.– o garoto estendeu a mão.

– O meu é Kristie!– retribuiu o aperto de mão com um largo sorriso.

– Que livro está lendo?

– Um de poesia. Amo poesias de todos os tipos!

A garota sentou-se ao pé da macieira e pegou a maçã que havia caído na cabeça de Bruno e a ofereceu ao moreno chamando-o para sentar-se.

– Posso?– Bruno apontou para o livro da menina que lhe entregou desconfiada.

Bruno folheou o livro e parou uma página alheia e começou a recitar um trecho de algum poema aleatório.

– “... Quando olho para o céu

Às vezes chega até doer

As estrelas me lembram você

Tão linda, tão iluminada

Mas tão distante de mim

Perdoe-me amor

Não me canso de pensar

Que um dia poderei tocar você

Dizer pessoalmente

O bem que me fazes

O quanto és importante

Às vezes penso que você é apenas um sonho...

Que um dia eu irei acordar

E viver somente da saudade que sentirei de você

Hoje está frio em meu quarto

Sinto mais ainda tua falta

Vontade de tirar você dos meus sonhos e trazê-la para minha realidade..."

Ao final da leitura do texto, Kristie estava boquiaberta com a escolha do menino ao seu lado. Bruno fechou o livro sem desmarcar a página em que estava e olhou tímido para a linda menina ao seu lado.

– E-eu gosto muito desse poema e esta é a minha parte preferida...– disse o garoto envergonhado.

– E-eu não sabia que você gosta de poemas também...

– Gosto muito, foi por isso que vim até aqui!– Bruno tirou um pequeno livro do bolso - Eu gosto de ficar ao pé da árvore lendo aproveitando o vento passando pelo meu rosto.

– Incrível! Ninguém nunca recitou um poema pra mim. Ainda mais um assim tão... romântico.

– Eu olhei pra você e senti vontade de recitar este...– Bruno desviou o olhar - Na verdade, ele nem está presente em seu livro.

– Como assim?!

Kristie começou a folhear todo o seu livro em busca do poema de Bruno e de fato não encontrou. Aquele era um livro novo que ela havia acabado de pegar na biblioteca e ainda estava no início da leitura.

E o que você viu em mim pra querer recitar este poema?!– Kristie estava agitada com tudo aquilo.

Porque quando os meus olhos encontraram os teus, eu tive a certeza de éramos feitos um para o outro. Que é ao seu lado que eu devo passar o resto da minha vida!

– Eu devo estar sonhando...

– Você não está! E por Deus, eu também não quero estar em nenhum tipo de alucinação!

Bruno que agora estava sentado de frente para Kristie, se aproximou um pouco mais da menina até seus lábios se tocarem num beijo inocente e tímido de dois jovens recém-apaixonados.

Assim que os dois encerram o beijo e depois de alguns minutos abriram seus olhos para encarar um ao outro, eles escutaram um grito.

Kristie! O que está acontecendo aqui?!

Outro menino ruivo apareceu e chamou pela menina com olhos de ódio e já puxando ela dos braços de Bruno. No mesmo instante, Kristie se debateu e conseguiu se soltar das mãos de Daniel.

Quem é esse pirralho com quem você estava aos beijos, Kristie?! Eu já disse que você é minha e sempre será!

– Não seja louco, Daniel! Eu nunca fui e nem serei sua! Fora daqui!

– Eu vou, mas eu volto!

Daniel deu meia volta e desceu a colina de volta a sua casa consumido pelo ciúmes. Kristie, ao ver o ruivo indo embora suspirou aliviada e abraçou Bruno que até agora estava quieto demais.

– Ei, tá tudo bem...– a menina abraçou o moreno - Daniel não faria mal a uma mosca.

– E-eu não sei... Eu vi o ódio nos olhos dele. Confesso que fiquei um pouco assustado.

– Não fique, vem, vamos voltar a nossa leitura. Talvez assim você esqueça isso e fica mais tranquilo.

O recém-casal voltou a sentar debaixo da macieira e retomou suas leituras. Bruno parecia concentrado em seu pequeno livro, porém não tirava os olhos de ódio de sua mente. Para encontrar um pouco de paz ele olhava linda menina ao seu lado.

– Eu avisei que voltaria!

Daniel voltou com um revólver na mão e com um pulo o casal se levantou largando seus livros sobre a grama.

– D-daniel, acalme-se...– Kristie pedia ao lado do moreno que estava paralisado de medo - Não é preciso isso, vamos conversar!

– Não há mais conversas, Kristie!– o revólver continuava apontado - Eu tentei te conquistar de todas as maneiras, até começar a ler esses seus poemas patéticos, eu fiz e você nem sequer olhou pra mim! Eu vou matá-lo assim como vou matar qualquer outro que tente chegar perto até você ser somente minha!

Daniel disparou o tiro em direção a Bruno que apenas fechou os olhos e esperou seu fim. Porém ele não sentiu nada e só abriu os olhos quando ouviu um grito de desespero. Kristie havia pulado na sua frente e levado o tiro em seu lugar.

Bruno olhou incrédulo para o chão e viu Kristie o olhando com um sorriso fraco no rosto, as páginas dos seus livros manchados de sangue e Daniel com os olhos arregalados e estático no mesmo lugar. O moreno então abaixou até a menina.

– E-eu s-sei que nos conhecemos agora, mas...– Kristie dizia com uma voz baixa e fraca - Eu te amo e vou sempre te amar! Obrigada pelo poema!

– Eu também te amo!– as lágrimas de Bruno caiam sobre o rosto da jovem em seus braços - Não me deixe, por favor...

Kristie sorriu fraco mais uma vez, puxou o rosto de Bruno e lhe deu mais um beijo. Um beijo de despedida. Logo em seguida, ela amoleceu nos braços do seu amor e morreu.

– Desgraçado! Você me fez matar o amor da minha vida! Ela era minha! Minha pequena Kristie!

Bruno com lágrimas nos olhos apenas olhou para Daniel que disparou outro tiro direto em seu coração. O moreno no mesmo instante caiu morto ao lado de sua amada e o ruivo fugiu correndo.

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Kurt acordou do transe violentamente com um dor muito grande em seu peito e falta de ar. Raphael, sabendo que com certeza o castanho teria essa reação ao acordar, apenas manteve a calma e instruiu Kurt a se acalmar e respirar fundo. Blaine, que nunca havia acordado assim, estava nervoso no canto do quarto onde eles estavam. Mas não pôde fazer nada já que Raphael pediu para ele não intervir em nada.

– Kurt?– o médium estendeu um copo d'água para o castanho - Está melhor?

– E-estou...– bebeu um gole ainda exaurido - Isso foi muito forte!

– Você lembra-se do que viu?

– Lembro, só estou um pouco confuso. Eu era uma mulher, uma menina na verdade de mais ou menos 15 anos. Eu ou ela conhecia um garoto da mesma idade de cabelos encaracolados e negros e depois dele recitar um poema, nós nos beijávamos...

– Okay,– Raphael olhou para Blaine quieto no canto - E o que acontecia depois?

– Aparecia outro menino jovem também que era apaixonado por mim e atirava nesse moreno. Porém, eu pulava na frente dele e levava o tiro.

Ao lembrar-se da última cena, a dor forte voltou e Kurt fez uma careta.

– Você levou esse tiro no peito, certo?

– Como você sabe?!

– Porque você está sentindo dor exatamente no mesmo lugar. Mas, não é exatamente uma dor, é apenas uma angústia. Vai passar em breve.– Raphael mais uma vez virou para Blaine e acenou com a cabeça - Pode se aproximar agora Blaine...

Blaine se aproximou de Kurt devagar parando ao lado do seu amigo médium.

O moreno da minha lembrança...– disse Kurt encarando Blaine curioso - Ele tinha os seus olhos.

– Isso porque o garoto da sua lembrança Kurt, era Blaine.

Raphael enfim revelou deixou Kurt completamente impressionado e ainda mais confuso.

– Como assim era Blaine?! O nome do menino era Bruno! E porque eu deveria acreditar nisso tudo, eu era uma garota!

– Kurt, quando nós reencarnamos podemos voltar a Terra como qualquer ser vivo.– Raphael explicava tranquilamente - Seja uma planta, um animal ou um ser humano. E o sexo também é irrelevante.

– Acredite ou não, eu tive a mesma lembrança em uma das minhas sessões de regressão, Kurt...– Blaine enfim se pronunciou - Mas eu assisti a tudo pelos olhos de Bruno.

– Esta marca que você carrega nas costas, é de um tiro também– Raphael voltou a falar - Você carrega apenas esta marca, pois ela é a da sua primeira vida, digamos assim.

– Em todas essas vidas, nós dois retornamos e nos encontramos, assim se apaixonando um pelo outro. Ou em alguns casos, apenas eu me apaixono e você não, pois não se lembra de mim.

– E porque eu não me lembro de você?!

– Porque sua primeira morte foi muito rápida e inesperada. Então isso lhe faz esquecer-se de todas essas vidas que você passou.

– Eu estou exausto...– Kurt disse suspirando - Preciso ir embora e pensar um pouco nisso tudo. Foi muita informação em apenas um dia.

Kurt desceu da cama e no momento que ele ficou de pé viu tudo girar e quase caiu, mas Blaine e Raphael o seguraram.

Espera Kurt, eu te levo em casa...

Kurt e Blaine se despediram de Raphael e voltaram pra casa do castanho.


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Notas finais do capítulo

Dando o devido crédito, este trecho que coloquei ai pertence ao poema "Minha menina" do Eduardo Baqueiro que eu encontrei na internet. Vale a pena ler o texto inteiro! É lindo!
Outro recado que dou é que eu acho que esta fic está chegando ao seu fim, eu disse acho porque ainda não consigo estimar um número certo de quantos capítulos restam. Mas a boa notícia é que estou com uma ideia para uma próxima fanfic! =D

Beijos e até a próxima! ;)



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