For All Eternity escrita por Juuh_Hale


Capítulo 8
A profecia.


Notas iniciais do capítulo

UHUUUUUUUUUUUU; mais um cápitulo saindo!
Esse na minha opinião é o MELHOR cáp. da fiic!
Curtam, porque esse está grandinho.



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Senti meu celular vibrar no bolso de trás e puxei-o. Eu sabia que era Alice, e sabia que eu tinha que atender.

- O que é Alice? – perguntei.

- Venha pra quarto A-G-O-R-A Rosalie!

- Por quê?

-Porque estamos tendo uma noite de garotas aqui, e você tem que participar.

- Ah Alice, pelo amor de Deus, que coisa mais idiota! – falei visivelmente irritada.

- Olha Rosalie, eu não queria falar porque eu sei que vai estragar o seu momento aí com o meu irmão, mas eu fiz essa festa do pijama como uma desculpa para te ajudar a se livrar da madre superior que descobriu que tem uma certa freirazinha aos beijos com o jardineiro.

- Você está brincando né Allie?

- Não estou não Rose. Acho melhor você vir pra cá agora mesmo.

- Já estou indo. Obrigado por avisar Allie.

- Magina baby. Venha logo.

Desliguei o celular e olhei para Emmett que parecia curioso.

- O que minha irmãzinha aprontou agora? – perguntou ele sorrindo para mim.

- Ela está fazendo uma noite de meninas no quarto e quer que eu vá lá. – respondi. Eu não queria que ele soubesse que a madre superior sabia que eu estava aqui com ele. Eu não queria causar problemas para ele.

- E você quer ir?

- Não. – admiti. – Mas vou.

- Tudo bem. Eu entendo. Vai lá.

- Sério? Está tudo bem mesmo pra você?

- Uhun. Mas volte amanhã, porque eu não posso ficar sem te ver.

- Eu volto sim meu amor. – respondi.

Dei um beijo rápido em seus lábios e corri de volta para o quarto.

Bati três vezes na porta e Alice abriu.

- Venha Rose, você chegou na melhor parte. – ela disse me puxando para o meio do quarto onde se encontrava uma roda de garotas, todas olhando para Jéssica Stanley.

- Alice, você conta a história de terror ou quer que eu conte? – perguntou Jéssica.

- Pode contar Jéss.

- Ok. Vamos lá. – Jéssica sorriu e começou: - Todas aqui já conhecem a história, menos você Rosalie. Você quer realmente saber?

- Quero. – respondi sentindo a curiosidade iluminar meus olhos.

- Não é uma história feliz. – disse Jéssica.

- Não tem problema, eu não acredito em histórias felizes mesmo. – falei dando de ombro.

- Tudo bem. – ela também deu de ombro e continuou: - Então, há muitos séculos atrás, esse convento era o mais rigoroso de todo o mundo. Há quem diga que não existia em lugar algum um convento como esse.

“Então entrou aqui uma menina rica. Ela não tinha vocação alguma para que se tornasse freira, porém por uma promessa da mãe em seu parto, ela veio parar aqui. Diziam que era a mulher mais bonita do mundo.
Contam aqui que as freias não a faziam usar um hábito porque achavam um pecado que uma beleza tão única se escondesse atrás daquelas roupas enormes.
A tal garota adorava andar pelos campos daqui, só que como sempre foi muito rica, nunca se importou com nada que não fosse material. Certo dia, ela conheceu um jardineiro pelo qual se apaixonou sem saber sua profissão e ele se apaixonou sem saber dos votos dela.

Bem, pelo que você já pode imaginar, essa história não podia terminar bem, ambos se sentiram enganados, mas, não tinha jeito, se amavam de verdade. A madre um dia flagrou os dois juntos e como sempre soube da ambição da garota, disse que quebraria os votos dela se o tal jardineiro, que estava indo trabalhar em uma grande expedição voltasse rico. E ele queria voltar cheio de diamantes, que são pedras muito comuns nessa região. Ele ficou com medo e sugeriu a garota que fugissem, mas, ela queria os diamantes, para manter um futuro sossegado para eles. Então no dia seguinte ele seguiu para a procura pelas pedras. Um mês depois chegou uma carta anunciando a morte dele. Ela se sentiu um lixo, desabou, depois disso, ela ficou cada vez mais fraca e após 3 meses ela se matou em um jardim vazio que tinha apenas um grande lago no meio. Por ironia do destino a morte dela coincidiu com a volta do tal jardineiro e ele foi levado pela madre que sorria até o jardim e encontrou sua amada morta. Dizem que ele se desesperou e colocou no pescoço da amada um colar com um grande pingente de diamante e logo depois ele achou uma adaga de prata suja com o sangue da amada jogada na grama. Ele parou em pé na beira do lago e se matou ali mesmo, no mesmo lugar onde a garota tinha se matado. Dizem que onde o sangue dele caiu nasceram rosas negras como a noite e que aquelas flores nunca haviam sido vistas em lugar algum. Desde essa época não entram homens nesse colégio, e nenhuma rosa caiu no campo onde eles morreram. E a alma do jardineiro não foi embora do convento como a da garota. A alma dele ficou aqui esperando ela voltar. E diz a lenda, que ela ainda há de voltar.

Nesse momento o terceiro toque de recolher tocou me fazendo pular. Eu estava tão concentrada na história que nem tinha percebido o fim trágico.

- Mas aqui tem um homem, o jardineiro! – falei.

- Não tem não. É uma jardineira. – a resposta tinha vindo de Ângela Weber.

- Alice... – sibilei.

- Eu explico depois Rose. – ela disse.

- Agora Alice.

- Daqui a pouco. – ela sorriu constrangida pra mim e depois voltou-se para as meninas que se despediam de nós e iam deixando o quarto aos poucos.

Depois que todas as garotas tinham saído do quarto, virei-me para Alice e comecei:

- Alice, me conta tudo agora, se não eu vou pular em cima de você e vou te esmagar.

- Não acho que isso seja possível, já que você é só humana. – ela disse dando de ombros.

- Como assim só humana? Você é o que?

- Sua anja da guarda.

- Para de brincar vai Alice.

- Não estou brincando. Você acha que eu sei sua vida inteira por quê? Minha bola de cristal está quebrada, então vidente eu não sou.

- Já que você é minha anja da guarda, a menina da história sou eu não sou?

- É.

- E o jardineiro?

- O Emmett.

- Mas segundo a Ângela, não existe homem nenhum aqui. E essa coisa de você me falar que a madre me viu com ele?

- Ela não o vê. Ninguém o vê, apenas eu e você.

- Como não Alice? Eu o beijei! Ele é de carne e osso! – eu estava histérica.

- Calma Rose. Ele existe, só pra você.

- E qual é o resto dessa merda de história? – gritei.

-A alma de Emmett se desprendeu do corpo, porém, não teve o descanso eterno. Suicidas não podem descansar enquanto não cumprem sua missão. Então quando morreu; por sempre ter sido um homem bom ele teve duas opções, perdia a amada pra sempre e teria seu descanso eterno, ou esperaria por ela vagando no local que morreu, até que ela voltasse e decidisse seu destino, o mesmo que lhe foi tomado.

- E ele resolveu ficar me esperando né? – Perguntei um pouco mais calma.

- Isso mesmo.

- E quais são as minhas escolhas?

- Você pode se juntar a ele morrendo. Você pode ir embora e libertar a alma dele para sempre, cumprindo sua missão e libertando-o da profecia. Ou você pode achar uma rosa negra e entregar á ele, se isso acontecer, vocês serão imortais.

- Eu... Não sei o que fazer.

- Durma. Amanhã você pensa nisso. – Alice me sugeriu.

- Vou dormir.

 Alice deitou em sua cama enquanto eu colocava meu pijama e logo ela adormeceu. Vesti meu pijama de frio, deitei-me em minha cama em baixo de vários cobertores, virei-me de lado e adormeci.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Espero qe tenham gostado.
Quero reviews
Beejo, :*