Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 39
A vida continua


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho certeza do que está passando na cabeça de vocês que receberam notificação de um cap novo "Tia Detoni ta de zoas com minha face". BOOOOM meus amores, eu não estou de zoas com face de ninguém. Eu reli a fic toda, corrigi ao máximo possível os erros que eu cometi nos outros capitulo (inclusive recomento que vocês também releiam!) e tive finalmente um surto de inspiração para continuar. Estou torcendo do fundo do meu coraçãozinho que vocês não tenham me abandonado. Enfim.. é bom estar de volta. Qualquer um que quiser me xingar, pode chamar no privado. Acho que mereço.
XOXO
— Detoni



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"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver." - Dalai Lama.

Suspirei profundamente encarando meu reflexo no espelho, enquanto meus cabelos castanhos caíam no chão à medida que Luís, meu cabeleireiro, retocava meu novo corte. Minha mãe me encarava impacientemente pelo espelho e Alexy balançava as pernas ao seu lado, tentando conter a animação.

Hoje cedo eu disse para os meus pais que queria cortar o cabelo e ambos foram totalmente contra. Meu pai disse que gostava mais de cabelo comprido e minha mãe resmungou que eu ficaria mais ainda com cara de criança. Porém, após um belo discurso sobre o corpo ser meu, ela ligou para o estúdio mais famoso em nossa cidade, o “LM”. LM se refere a Luís Maia, o senhor de 55 anos que usa calças justas e está cortando meu cabelo agora mesmo.

— Você está ficando f-a-b-u-l-o-s-a. Vamos, Fiona, largue desse seu costume de cabelos grandes. A moda atualmente está nesse long. bob. – ele disse animadamente para minha mãe antes de bagunçar meus cabelos (céus, agora curtos) molhados e ir atrás de um secador.

— Eu só permiti por que acho que uma mudança lhe fará bem. – Minha mãe disse passando uma página da revista, mas pude ver seu olhar de satisfação para minha nova aparência.

— Eu acho que esse corte é a cara dela. – Alexy disse pulando da cadeira finalmente, para vir em minha direção. – e sua mãe está certa, uma mudança fará bem para você.

— É, também acho que mudar um pouco me fará bem. – murmurei distraída tentando ver como havia ficado meu novo estilo. Luís havia cortado atrás um pouco acima da metade da minha nuca, mas a frente havia ficado mais longa, caindo até minha clavícula. Continuei encarando minha imagem enquanto o secador clareava ainda mais minhas mudanças.

—____***_____

— E ai? O que acham? – perguntei dando um girinho (que quase resultou em um tombo nada descolado) na frente de Armin e Kentin.

— Eu preferia antes. – Armin disse voltando sua atenção para o Ps4. Franzi minha testa e empinei o nariz. Menino idiota, não0 sabe que essa é a última coisa que se pode falar para alguém que acabou de cortar o cabelo?

— Eu gostei bastante. Te deu um ar mais maduro... independente. – Kentin disse se aproximando. Assustei quando percebi o quão próximo e não pude conter um gritinho quando ele começou a cheirar meu cabelo.

— Ai, seu estranho! O que você pensa que está fazendo? – o empurrei para longe e ele caiu em um pufe rindo.

—Adoro o cheiro desses produtos de salão. – ele comentou pegando uma revista embaixo dele.

— Ele está certo. – Armin resmungou se inclinando mais para frente enquanto tentava fazer um gol no Fifa. – acho que é isso. Terei que me acostumar que você que deixar de ser nossa garotinha e se tornar mulher.

— Eu sempre fui mulher. – eu disse franzindo o cenho.

— Mas não é mais uma garotinha. É normal querer amadurecer, Tes. – ele disse, me olhando novamente. Por algum estranho motivo, me senti exposta diante de seu olhar e senti meu rosto corar. – só que ainda cora como uma menina.

— Chega de brincarem com ela! – Alexy disse desligando o Ps4 de Armin, o que fez o moreno soltar um grito de frustração. – viu? Fica falando desse papo de menina mulher sendo que você mesmo é só um menino que fica jogando o dia inteiro!

— Devia perguntar para as meninas que estavam aqui ontem se sou homem ou menino. – Armin disse malicioso. Me forço a desviar o olhar diante de seu sorriso e sou pega pelo olhar observador de Kentin e seu sorriso sorrateiro.

— Céus, Tessa, você ficou realmente muito gata! – ele disse. Me sinto corar novamente. Garotos idiotas, como eles conseguiam me envergonhar tão rápido?

— Eu sou muito gata, Kentinho. – eu disse pegando meu moletom que estava no sofá ao lado da porta.

— Onde você pensa que está indo? – Armin pergunta finalmente desistindo de recuperar a partida que fora interrompida por Alexy.

— Ora ora, pensei que já tivessem entendido como funciona minha noite. – eu disse sorrindo maliciosa. Viktor já estava estacionando na porta da casa dos meninos e sai correndo em direção ao seu carro. – fiquem a vontade para me seguir! – gritei para eles e sorri para Viktor.

— Eu amei seu cabelo. – ele disse baixinho para mim e senti seus olhos verdes me avaliarem da cabeça aos pés. Ele depositou um beijo em minha bochecha, me fazendo dar um pulo de surpresa., Viktor era apaixonado por mim, mas não costumava demonstrar. Antes que eu pudesse fazer qualquer brincadeira para aliviar o clima, ele continuou. – agora estou com ainda mais ciúmes. – fiquei sem graça, e o clima começou a se formar no carro, antes que ele acelerasse finalmente. 

—____***_____

— Minha menina! – Dake gritou assim que cheguei no beco. Sorri para ele descendo o capuz do moletom, esperando sua reação. – uau, acho que agora devo dizer minha mulher! Você está um arraso!

— Mas continua sem ser sua. – Viktor disse chegando atrás de mim.

— Obrigada, Dake. Eu também gostei. – falei encarando o Viktor, brava.

— Vai fazer o que hoje? – Dake me perguntou voltando para sua nova obra. Dake sempre fora incrivelmente talentoso, mas acho que ficou ainda mais. Seu muro era de longe o mais bonito de todos, além do mais diferente. Recentemente, ele estava trabalhando em uma imagem em auto relevo, no chão. Por isso tive que tomar cuidado ao contornar o cimento fresco que estava em uma bacia ao seu lado.

— Com certeza nada tão bom quanto você. – eu disse inspecionando sua obra: pareciam inúmeros espinhos em 3D saindo do esboço de uma rosa que ainda estava de giz. – essa rosa está fantástica.

— Ah, isso? Estou tentando ver se vai ter como liberar o cimento e a argila aqui no beco. – ele disse sorrindo. Seus olhos verdes faziam qualquer menina enlouquecer. A própria Lexi havia sido vitima de seu charme, e por mais que seja difícil admitir, eu já tive uma pequena grande queda por ele.

Sorri de volta para o loiro que agora já estava perdido novamente em sua arte e fui para meu canto. As últimas imagens que eu havia feito são um tanto quanto confusas, especialmente por eu não ter um terço da habilidade artística de qualquer um aqui. A tarja vermelha reluzia para mim, assim como o olhar profundo que aquele par de olhos com heterocromia me lançava. Logo abaixo desse par de olhos, havia o cinto da mulher maravilha. Nessas últimas semanas, eu simplesmente pintava qualquer coisa que viesse em meus breves lampejos de memória, e fazer isso tem ajudado bastante.

—Sabe, eu tenho certeza que nossa caveira é mais bonita. – Kentin disse surgindo atrás de mim e me fazendo dar um pulo.

— Do que você está falando? – perguntei.

— Essa tarja. – Armin apontou para meu desenho. – eu só não te expliquei por que você estava com aquele papo de querer esquecer tudo.

— Acho que traumatizamos a pobrezinha. – Kenrin disse. Franzi o cenho para os dois palhaços.

— Vocês foram é monstros com ela. – Viktor disse apoiado no muro dele, nos encarando.

— A tarja vermelha te faz ser vítima de toda escola. Você a levou duas vezes. – Kentin, por fim, explicou.

— Eu heim, que coisa idiota. E quem é que da esse troço?: - perguntei.

—Nós. – Armin sorriu inocentemente.

— Deixa eu ver se eu entendi: vocês me fizeram ser atacada pela escola inteira DUAS vezes e eu ainda assim era amiga de vocês? – perguntei.

—Foram apenas duas? – Armin perguntou em duvida para o Kentin que pareceu contar em seus dedos murmurando para si. – de qualquer forma, você amava a gente.

— Sem chance de eu ser masoquista assim. – resmungo virando para o meu muro novamente. Hoje eu pintaria o pingente de um colar que eu encontrei no meio de minhas coisas.

Kentin e Armin foram irritar o Viktor enquanto eu começava a fazer o esboço com giz branco. A estrela era pequena e delicada, enquanto uma lua grande a envolvia. O colar estava guardado dentre de minha gaveta de sutiãs, e eu não entendia o por que.

— Hey, Dake, me empesta um pouco do cimento? – pedi. Ele pareceu pensativo, mas concordou.

— Tem uma caixa de luvas descartáveis ao lado, use uma. – ele disse por fim.

Comecei a passar o cimento pela lua, apenas uma camada fina para que não escorresse pelo muro e desse um relevo para figura. Mas apenas a lua teria esse relevo. Eu não sei ao certo por que, mas algo dentro de mim diz que essa lua era muito grandiosa.

—____***_____

— E quais são as novidades, doutor? – perguntei. Minha mãe bloqueava o celular ao meu lado, para prestar atenção.

— Os exames estão cada vez melhores. Fico feliz em dizer que com o tempo a senhorita deve recuperar suas memórias, senhorita Chase. Nesses casos, elas demoram no máximo 3 meses para voltar, e a senhorita está finalizando seu primeiro mês de tratamento com muito sucesso.

Senti um baque quando o doutor terminou sua fala. Minhas memórias iriam voltar por completo? Eu deixaria de ficar confusa todos os momentos que eu olhasse para o Armin ou o Kentin? Mesmo com esse lado positivo, eu ainda temo a volta de minhas memórias. E se eu tiver algo tão importante que alguém com certeza sairá magoado? E se minha doença tiver feito alguém ficar extremamente ferido?

— Isso significa que eu poderei regressar à minha antiga vida? – perguntei apreensiva. O doutor me encarou pensativo.

— Não vejo nenhum impedimento quanto a isso. Mas essa decisão cabe apenas aos pais da senhorita.

— E como devemos proceder com relação aos seus cuidados a partir de agora? – minha mãe perguntou.

— Bom, não existe mais necessidade de ter um cuidado extremo. Ela já está fora de qualquer situação de riscos. Se for do desejo da senhorita Chase, ela pode inclusive tentar se lembrar, mas nada que a force demais. Ir falando para ela o que ela viveu ano passado pode ir ajudando para que sua memória volte completamente. – ele disse sorrindo para nós.

— Muito obrigada, doutor Jonas. – agradeci me levantando. – nos vemos na semana que vem.

— Te desejo melhoras, Teresa. – ele disse antes de voltar a digitar algo em seu computador.

—____***_____

Visão de Lysandre Parker

Era meu aniversário. Seria muito idiota da minha parte, esperar uma ligação de alguém que se quer se lembra de mim?

— No que você está pensando? – Nina me perguntou, se levantando, e me abraçando por trás. – antes que me responda, eu quero ser a primeira a dizer. Feliz aniversário, meu libriano preferido.

— Obrigada, Nina. – eu disse olhando para o relógio. Ele marcava o dia (15 de outubro) e a hora: 02:57. Ainda era madrugada, e eu já estava cobrando uma ligação de uma garota que não se lembrava de mim.

— Eu não aguento te ver cabisbaixo no dia do seu aniversário. – ela disse virando meu rosto para que eu a encarasse. Seus cabelos loiros caiam pelo seu peito, contornando seu sutiã de renda branca. Seus olhos cor de violeta pareciam conhecer minha alma inteira. – Lysandre, eu não quero te ver sofrendo mais. Já se passou um mês!

— Nina, acha que vou parar de sofrer facilmente? Sinto como se a culpa do acidente inteiro fosse minha... se eu tivesse sido mais cuidadoso com ela nada disso estaria acontecendo! Eu estava tão perdido que nem notei o ciúmes que ela estava, não notei as marcas roxas em seu corpo e nem estranhei suas desculpas para não fazer amor comigo!

— Lysandre, não tem por que você se culpar! Acidentes acontecem, você não é obrigado a prestar atenção em ninguém o tempo inteiro! – Nina parecia chateada. Era sempre assim quando eu citava a Tessa.

— E-eu... eu não consigo não me culpar. – eu disse. Ela suspirou e levantou da cama. Ela pegou minha camisa social no chão para cobrir seu corpo semi nu e me deu um olhar serio.

— Sinceramente, você se culpa como se precisasse sofrer! Por que não foi atrás dela ainda? Você tem medo de ficar bem, Lysandre. – ela disse tirando seu cabelo de dentro da camisa. Me levantei, catando minha bermuda no chão e vestindo-a com raiva.

— Tudo que eu mais quero é ficar bem. Só que acho que a vida dela está melhor sem mim. – eu digo passando por ela, mas ela segurou meu pulso, me fazendo a encarar. Sua fúria me lembrava a da Tessa. Sério, como pessoas pequenas conseguem ser tão intimidantes?

— A vida de ninguém fica melhor sem você. – ela disse colocando a mão em meu peito e se aproximando. – digo por experiência própria.

— Você me deixou tantas vezes. – eu disse cobrindo sua mão delicada com a minha.

— Eu estou aqui agora. Isso é o que importa. – ela disse e pôs sua mão livre atrás de minha nuca, me puxando para um beijo. Passei minhas mãos pela sua cintura, a puxando para perto de mim enquanto ela andava desajeitadamente para trás, em direção à cama.

— Eu ainda não sei se deveria fazer isso. – eu disse colocando mus cotovelos ao redor de seu rosto, de forma que meu peso não caísse sobre ela. A primeira vez que transei com a Nina desde que ela voltou, foi em um surto de raiva pela Tessa ter me esquecido, esquecido nossa relação. Depois senti a culpa cair sob mim e minha atitude precipitada. Ela estava doente. Porém eu e Nina sempre tivemos essa relação de “amantes”. Kentin havia dito que não sabia que eu ainda estava namorando, já que minha namorada literalmente não se lembrava da minha existência. Isso acabou me incentivando a voltar para minha relação com a Nina, mas eu sei que se o Castiel descobrir ele irá me matar.

— Lysandre, não há nada de errado em ter desejo dentro de você. Quando a Tessa recuperar a memória eu saberei perfeitamente qual é o meu lugar. – ela disse. Encarei a mulher embaixo de mim. Por anos minha vida girou em torno dela, eu tive um amor fulminante por essa modelo.

— Nina, eu te amo. – eu disse. Eu sabia que isso não era mentira. Eu não a amava da forma como amava a Teresa, mas ainda assim eu a amava.

— Eu também te amo, Lys. – ela disse me puxando para mais um beijo. Enquanto nos beijávamos, minhas mãos voltaram a deslizar pelo seu corpo, que eu conheci tão bem. Desabotoei minha camisa que ela estava usando, e puxei a alça de seu sutiã, descendo meus beijos para sua clavícula. Minha bermuda agora já era um incomodo. Céus, por que nos vestimos se acabaríamos assim?

—____***_____

— Meus parabéns, querido irmão. – Castiel disse enquanto eu entrava na ex sala da F4. Seu sorriso estava estampado em seu rosto, mas suas olheiras, como sempre, ainda estavam ali.

— Muito obrigado, meu querido amigo gay. – eu disse o abraçando enquanto ele ria.

— Tem umas pessoas ali querendo falar com você. – ele mostrou o computador com o queixo. Me sentei na mesa de centro, encarando Armin, Kentin e Alexy que estavam conectados em uma vídeo chamada.

— Feliz aniversário, Lysandre! – eles disseram em coro, o que fez deixar uma risada fraca escapar.

Em geral meu aniversário era um dia em que eu ficava triste. Desde a morte dos meus pais, eu sempre passei apenas na presença de Nina, até o dia em que o Castiel descobriu que 15 de outubro era meu aniversário e começou a aparecer na minha casa junto com a F4.

— Como estão as coisas ai? – perguntei. Armin pos um fone de ouvido e foi para longe, provavelmente jogar algum jogo. Kentin girou os olhos.

— Está tudo bem. O médico disse que a Tes deve recuperar a memória em breve. Que isso deve se prolongar por no máximo dois meses mais. – ele disse contente. Senti meu coração parar. Ela se lembraria de mim?

— Cara, isso é ótimo! – Castiel disse. – estou louco para ir para aí. Minha mãe deve viajar no final dessa semana, então acho que consigo dar uma fuga.

— Estaremos esperando vocês. Cara, a Tessa é meio louca aqui. Ela fica pintando uns troços em um beco que eles chama de beco da arte. Ela tem uns costumes nada femininos.

— E desde quando ela teve? – perguntei sem evitar sorrir. Céus, eu preciso de coragem para ir para lá com o Castiel. Ele viajando acabarão minhas desculpas para ir vê-la.

— É verdade. Mas ela está linda. Corou o cabelo ontem, está com uma cara de mulher. Eu mandaria foto para vocês, mas já que virão para cá, deixarei que fiquem curiosos. – Alexy disse satisfeito. Céus, ele pode ser o melhor amigo da Rosalya e da Tes, mas eu ainda matarei ele.

— Lysandre! – pensando na Rosalya, veja só quem apareceu.

— Colé, platinada. – Castiel diz. Ela mostra a língua para ele e se senta ao meu lado, me dando um forte abraço.

— Feliz aniversário! Leight falou para jantarmos juntos, na casa dele. Seu avô também estará lá. – ela disse. Consenti apreensivo. Esse é o primeiro aniversário que passarei com minha família, depois de anos.

— Rosa, sua vadia, vai continuar me ignorando? – Alexy perguntou do computador. Rosalya riu para ele e acenou.

— Estou com saudades. – ela disse de forma muxoxo. Ele parecia que ia chorar.

— Eu também! Estou louco para você vir!

— Estou esperando esse aqui liberar o jatinho. – ela apontou para Castiel que ergueu as sobrancelhas.

— Já falei que estou esperando a bruxa ir embora.

— Certo, você e suas desculpas. – ela se levantou, e seu cabelo voou com o movimento, enquanto ela se virava para nós. – espero por vocês hoje á noite. Agora eu recomendo vocês irem para a sala, o senhor Gonzales está vindo.

— Eu voltar para casa. Estou dando um tempo do internato – eu disse. Depois do acidente da Tessa, eu voltei para casa, assim como Castiel. Ele continuava indo nas aulas, mas hoje havia sido a primeira vez que pisei aqui desde então.

Tudo estava diferente. As pessoas não nos tratavam mais como F4, apesar de ainda idolatrarem Castiel. Com a minha saída, juntamente com a de Kentin e Armin, o time dele havia sido decretado o vencedor dos jogos desse ano. Desde que a Ana Clara terminara seu noivado com ele, ele parecia mais feliz. Ela havia voltado a ser uma menina legal, e estava sendo uma boa companhia para Castiel. Me pergunto se ela ainda estava tentando conquista-lo.

Escuto os gritos do senhor Gonzales com alguns estudantes e sei que essa é minha deixa para ir embora. Castiel aperta meu ombro, e eu retorno para casa, para os braços de Nina.

—____***_____

Quando Nina e eu chegamos na casa de Leight, me sinto desconfortável. Eu não estava com vontade de ficar na presença de várias pessoas, por mais que isso fosse de certa forma reconfortante.

— Feliz aniversário, meu neto. – meu avô aperta meu ombro, me entregando um pequeno embrulho.

— Obrigada, Joseph. – digo sorrindo. Ele esconde a decepção pela formalidade na qual eu ainda o trato. Leight vem logo em seguida, me dando um abraço.

— Fico feliz em estar com você no dia do seu aniversário. – ele disse. Sorrio para meu irmão.

— Eu também. – digo, o que não é totalmente mentira.

O jantar se passou de forma calma, enquanto todos riam e faziam piadas. Consegui sentir um clima familiar que eu não sentia havia muito tempo. Rosa, parecia chateada, mas se forçava a ser forte por todos nós, mas imagino o quanto sentia falta da melhor amiga e do melhor amigo. Mas ainda assim ela conversava animadamente com Nina, mantendo sempre a mão entrelaçada com a Leight, que conversava com Castiel. Joseph conversava com Ana Clara, que parecia a vontade com Lexi bebericando uma taça de vinho ao seu lado.

Eu sei que agora tenho uma família que eu nunca pensei que teria. Talvez Nina estivesse certa e sou eu quem fico me forçando a ficar triste. Mas ainda assim não consigo evitar que meu desejo na hora de soprar as velas seja para que minha Teresa recupere as memórias.


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Notas finais do capítulo

Well, well e well... o próximo capitulo já está em andamento e garanto que ele será bombastico. Espero que vocês não tenham me abandonado!! Novamente, estou muito feliz por estar de volta e estou aberta para todos vocês que queiram conversar! Amo vocês, meus leitores, de verdade.
XOXO
— Detoni
~ la voy yo para lo quatino del pânico



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