Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 30
Uma nova era


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeee finalmeeeeente minha recuperaçãoo acabou! Agora eu sento, agradeço aos deuses e rezo para as coisas terem dado certo hahaha quer dizer, uma das provas tinha só 14 páginas então né... Bom, como ninguém liga para minha vida, vamos ao que interessa. Quero agradecer a Naomi Chiba (esqueci de agradecer no ultimo cap); EmillyS2; BeckyLindinhaa; Gabbe por favoritarem a fic! Muito obrigada pelo apoio, meninas, e claro, a todos que já favoritaram ou recomendaram. Como houve uma resposta muito positiva sobre o conto, vou fazer mais contos, mas não nesse capitulo, por que... bem.... o capitulo ia ficar gigante... mas prometo que no próximo tem! AOS LEITORES NOVOS, SEJAM MUITO BEM VINDOS, SEJAM SEMPRE ATIVOS! Bom, acho que é isso. Espero que gostem do capitulo, já que o próprio título diz, uma nova era começou.
XOXO
— Detoni



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"Você é uma pessoa boa, por isso coisas ruins acontecem com você." Alvo Dumbledor. 

Segunda, 3 da manhã, visão do Castiel Sworis

Sinceramente, eu não entendo qual o problema dessa garota, se é que ela é uma garota. Porém, por mais problemas que ela tivessem eu sou refém dela. Por isso ás 3 horas da manhã eu estou me sentando de pijama em frente a um laptop.

Já fazia tempo que eu não entrava em contato com a patricinha, desde que eu consegui hakear o computador dela e quase descobrir sua identidade, obrigando-a a parar de escrever em seu blog estúpido que, desde que a Tessa chegou na escola, só sabia criticá-la. Ela atende minha chamada no skype no primeiro toque e, como sempre, a tela do seu lado está escura.

— A quanto tempo, Castiel. - a voz dela está distorcida no computador, e esse som me irrita. Na verdade tudo nela me irrita, desde o momento em que ela começou a criticar a Tessa, por mais que eu tenha mandado. Eu só quero que ela desapareça.

— O que é isso, patricinha? Não sou mais o príncipe? - pergunto irônico. Sua risada distorcida me incomoda profundamente, mas faço o possível para manter a calma. Ela não me chamou por motivo nenhum, isso é óbvio.

— Você sabe que não. Na realidade, hoje eu estou aqui para ser boazinha com você. Sabe, eu me mantive ocupada enquanto você brincava de ser altruísta vendo seu melhor amigo com a garota que você ama. - ela disse. Eu poderia discutir e negar, mas ela sabe de tudo. Não é a toa que os mais inteligentes tem medo dela. Mas por tocar na questão da Teresa, meu ódio por ela apenas aumentou. Já era insuportável ter que esconder isso do Lysandre e da Tessa, e ela simplesmente fala como se fosse nada. Por que ela só não morre?

— É mesmo? É uma pena que você não possa compartilhar mais nada em seu blog. - digo. Ela ri mais uma vez. Ela é cínica demais até para mim. No momento eu só quero desligar o computador e ir dormir, mas da última vez que eu desliguei na cara dela ela fez um especial sobre a Teresa e não estou muito interessado nisso de novo.

— Esse era um outro ponto que eu queria discutir hoje a noite. Mas antes, vou ignorar o fato de você estar sendo rude, já que é um assunto que também em afeta. Sua mãe contratou um novo funcionário para escola. - ela diz. Como se minha mãe não fizesse isso todos os dias. Repire, Castiel, deixe ela continuar.

— Continue. -digo. Ela ri baixinho antes de continuar.

— Esse não é um fúncionário qualquer. Você sabe o papel de um moderador? - ela pergunta.

— Equilibrar. - digo. Não, minha mão não contrataria um moderador para nossa escola.

— Ele será o sub diretor da escola. Porém acredito que ele tenha mais poder que a diretora que já estaria fora se não fosse sua tia avó. - ela diz com calma. Por que ela sempre enrola tanto para chegar no assunto. Sorrio com o sorriso que a Tessa vivia reclamando, dizendo que é sarcástico.

— Não enrole. - digo.

— Ele será o modelador. Eu consegui entrar no computador dele. O projeto dele inclui tornar o andar da F4 público, assim como a sala especial de vocês. - ela diz. Rio irônico. Ninguém tem esse poder. Eu sou Castiel Sworis.

— E o que mais? Acabar com os jogos anuais? - pergunto. Ela continua séria, o que me deixa um pouco alarmado.

— Os jogos irão continuar já que é um projeto que envolve todo o ensino médio, mas pode dizer adeus aos seus privilégios de F4. E é ai que entramos no nosso segundo tópico. - ela diz. Aperto minha mão com força. Ela está errada, tem que estar.

— Que seria? - pergunto.

— Você não tem mais poder sobre mim, Castiel. Quer rastrear meu ID? Fique a vontade, já me precavi de tudo. Quer colocar o colégio contra mim? Vá em frente, você não controla mais a escola. Se você achava que era meu refém, agora você é meu cachorrinho. - ela diz. Mantenha a calma, Castiel, quebrar seu computador não irá adiantar de nada.- Bem vindo a nova era.

Ela desligou o computador na minha cara. Até ai meu computador estava a salvo, mas eu perdi a cabeça quando eu recebi uma mensagem dela no skype.

XOXO, Castiel Sworis. Sonhe comigo ♥

Eu precisei apenas de um soco para quebrar meu computador e fazer as criadas aparecerem. Então foi apenas um grito para ficar sozinho de novo.

—_________*****__________

"Como estão, queridos companheiros da Sweet Amoris? Tivemos uns dias bem movimentados ai para trás, estou certa ou errada? Bom, no meio disso tudo eu fiquei um pouco impossibilitada de postar algumas noticias, mas fico contente em dizer que finalmente estou de volta a ativas após uma reunião com nosso adorado Castiel Sworis. E não posso dizer que não voltei em momento melhor.

Com a aproximação dos jogos anuais da F4 vocês já devem ter notado umas pessoas estranhas andando por ai, certo? E não deram de cara com um sujeito meio baixinho de terno? Bom, esse sujeito baixinho não é qualquer um. Ele foi escolhido a dedo por Lucy Sworis para deixar a escola mais em ordem. Não entenderam? Para mediar o poder da F4. Interessante, não? Acredito que o poder de nossos príncipes possa estar caindo.

E se os príncipes caírem, onde irá parar o pequeno pedaço de lixo, vulgo, Mulher Maravilha? É mais do que óbvio que a influência que ela tem na escola é graças a F4. Oh, será que haverá algo que será capaz de impedir uma legião de meninas procurando vingança? Obviamente, eu estarei em primeiro nessa legião. E manterei todos informados. Me despeço de vocês com muito amor e mal posso esperar pelo amanhã!

XOXO

De sua companheira misteriosa,

A Patricinha"

[ Postado as 7:30 de segunda, via celular]

—_________*****__________

Eram 9 horas da manhã quando minha mãe entrou na sala de café da manhã com o rosto entediado e a postura séria de sempre. A escola deve estar um caos nesse momento, após a notícia do blog da patricinha. Meu celular toca mostrando o número de Armin, então o coloco no silencioso.

— A que devo a reunião familiar? - ela pergunta se sentando de frente a mim e se servindo de um pouco de frutas.

— Eu estava apenas imaginando se essa não seria a última.- digo encarando meu prato vazio. Eu não estava ali para comer, estava para incriminá-la.

— Vejo que você já soube de uma nova presença na diretoria da escola. Acho que sua tia avó já se rendeu a você. -ela disse. Ela era tão irritante quanto a patricinha. Me forço para sorrir enquanto a encaro.

— Oh, sim. Sem sala da F4? Sem andar da F4? Pensei que você quisesse que eu ficasse no controle. - eu disse.

— Para ficar no controle, você precisa aprender a controlar sua vida. Isso inclui sem nenhum privilégio. Seus informantes não tocaram no assunto de você estar se mudando para o internato? - ela perguntou. Isso estava ficando ridículo. Ela queria que eu me misturasse com os alunos normais? Eu? Castiel Sworis?

— Você não está vendo filmes demais, não? Ah, espere. Essa é sua tentativa de me aproximar da Ana Clara? - pergunto. Ela ri e brinca com a comida em seu prato intocado.

— Castiel, não está na hora de você começar a respeitar sua noiva? Ou então a mim? - ela pergunta. - você já está atrasado para a aula. Acredito que já terá seu nome marcado com o senhor Gonzales. - ela disse. Céus, até o sobrenome dele é ridículo. Imagina ele pessoalmente.

— Isso é óbvio. - digo e sorrio torto. - eu sou Castiel Sworis.

—_________*****__________

Visão de Teresa Chase

A notícia do blog da patricinha estava aberto em meu celular assim como o da maioria das pessoas enquanto éramos conduzidos ao auditório por um motivo desconhecido. Mas acho que o mundo resolveu enlouquecer hoje já que o Armin, Kentin e Lysandre estavam sendo conduzidos conosco, sem nenhum tratamento especial.

— O que está acontecendo? - pergunto para o Lysandre. Ele balança a cabeça com a expressão de quem não sabe e Kentin apóia a mão no meu ombro.

— Nós fomos impedidos pelo tal sujeito da noticia da patricinha de entrar em nosso andar. - Kenitn resmungou. Aquela noticia conseguiu me irritar. Desde quando eu sou dependente da F4? E desde quando a F4 está perdendo seu poder? Armin parecia tão incomodado quanto eu.

— Eu achava que o Castiel tinha conseguido dar um jeito nela. - ele disse pensativo.

— O Castiel tem contato com a patricinha? - pergunto. E falando nisso, onde diabos estava o Castiel?

— Ela tem os contatos dele. Ele só tem o skype dela. - Lysandre disse parecendo incomodado. De repente me senti incomodada também. Armin estava ligando sem parar para o Castiel, mas essa criança não atendia.

— Teresa! - uma voz feminina me chamou e levei um pulo de susto, me virando para a nova professora. Alasca, se não me engano.

— Ah, professora, você por acaso não sabe o que está acontecendo? - pergunto enquanto entramos no auditório. Ela fica pensativa enquanto me encara.

— Na verdade, não. Apenas sei que alguém novo se juntou ao corpo docente. Eu só queria te falar que o ensaio de hoje foi adiantado para às três da tarde. Vocês podem avisar o Castiel para mim? - ela pediu.

— Claro. Como estão os preparativos da trilha sonora? - Lysandre pergunta ao meu lado. A professora sorri.

— Depois das mudanças que você fez ficou perfeito. A propósito, você se decidiu sobre o concerto? - ela perguntou. Lysandre ficou meio sem graça.

— Acho que eu vou sim. -ele disse. Sorri para a professora a medida que ela acenava para nós e ia para o lado do corpo docente da escola. De longe consegui avistar o tal sujeito que todas as pessoas falavam. Era um senhor baixinho de óculos e um terno preto que estava conversando com o professor de história, com a expressão séria.

— Aquele dali que é o mediador? - pergunto para os meninos que concordaram.

— Foi ele que impediu a gente de entrar no nosso andar. - Lysandre diz baixo em meu ouvido, devido aos gritos. Concordei com a cabeça e me sentei na última cadeira do auditório como eu geralmente sentava. Os meninos sentaram-se ao meu lado, logo sendo acompanhados por Rosa, Alexy e Lexi. Não havia sinal da Ana Clara.

— Foram necessários 20 minutos para você entrarem no auditório e ficarem calados. - o sujeito disse inesperadamente me fazendo dar um salto por causa do susto. - acredito que devamos mudar isso. - ele disse. Ótimo, reúna todo o ensino médio e espere que nós fiquemos calados. E ainda por cima nos dê lição de moral. Adoro.

"Bom, muitos de vocês devem estar assustados com uma convocação súbita dessas, e ainda mais devem estar perdidos a respeito de quem sou eu. Eu sou o vice diretor da escola, mas todas as decisões gerais da escola serão dadas por mim. Vocês devem se dirigir a mim como Senhor Gonzales."

— Onde está a diretora? - pergunto em voz baixa para Rosa.

— Acho que ela agora é só para representar mesmo. Ele que vai comandar agora. - ela respondeu.

— Eu tenho ouvidos muito sensíveis. Por isso quero pedir que enquanto eu estiver falando haja silêncio completo. - ele disse e senti meu rosto esquentar. Mas ele não pode ter me ouvido, nós estamos muito longe dele.

"Hoje pela manhã houve uma notícia um tanto intrigante em um blog chamado "Blog da patricinha". Quero avisar a essa garota, seja lá quem ela for, que existem pessoas trabalhando para descobrir sua identidade. Mas eu vou partir meu discurso com base em algumas coisas que ela falou.

"Para começar, a respeito do famoso grupo que freqüenta essa escola, o Flowers 4, sim, eles perderam o seus privilégios a partir do momento em que eu pisei nessa escola. O terceiro andar agora é aberto à qualquer um que quiser freqüentá-lo e duas novas salas serão criadas nesse andar, uma de segundo e uma de terceiro ano. Os alunos que se mudarem para lá começarão amanhã. A sala que vocês conhecem como "Sala da F4" agora é um salão de jogos aberto a todos também. E a F4 a partir de agora começará a dormir no internato."

As palavras do vice diretor causou um tumulto por todo o auditório e encarei Lysandre, Armin e Kentin que olhavam fixamente para o nada, em estado de choque. O Senhor Gonzales era insano, só pode. Ele acha que pode chegar assim do nada e mudar a escola inteira? Coitado.

Então a porta do auditório se abriu trazendo a claridade do lado de fora e só faltava as pessoas guincharem de aflição para sermos um bando de morcegos. Quer saber? Ele quer fazer algo de útil? Então melhore a iluminação do auditório! Castiel entrou em passos calmos ignorando o olhar das demais pessoas ao seu redor e parou no meio do corredor entre as fileiras de cadeira com seu sorriso sarcástico.

— Imagino que a figura de destaque no auditório seja Castiel Sworis. - o Senhor Gonzales disse. Por mais que eu adimire atos de bravura, pelo discurso do Senhor Gonzales, o Castiel não deveria desafiá-lo por enquanto. Ou seja, ele estava sendo retardado. Puxo Castiel o mais rápido que consigo e ele leva tanto que susto que não protesta, caindo no colo de Lysandre que estava ao meu lado. O lado bom é que o senhor Gonzales pelo menos não pode mais vê-lo. Eu disse que eu era ninja.

— Ficou louca? - o Castiel perguntou e o Lysandre tampou a boca dele.

— Bom, imagino que ele tenha sido salvo pela mulher maravilha, outra que não possui nenhum privilégio nessa escola. Com o tempo tenho certeza que todos serão capazes de se acostumar com as novas regras. Como estava no cronograma anterior, hoje é um dia dedicado aos jogos e a peça de tetro. A professora de música, senhorita Agnes, pediu para informar a todos sobre a mudança no horário dos ensaios para as 15 horas. As equipes podem se retirar para se reunir e mal posso esperar para ver nosso novo projeto de escola em funcionamento a partir de amanhã. Estão dispensados.

—_________*****__________

Visão da Ana Clara

Eu via as pessoas se encaminhando para o auditório, mas assim que consegui me livrar de Lexi fui em direção ao estacionamento pegando meu carro e indo em direção a grande mansão Sworis. Lucy havia me advertido que a escola passaria por mudanças, e havia me pedido para ir vê-la agora pela manhã.

Os portões da mansão se abriram no instante em que fui entrar e o porsche de Castiel estava saindo. Ele parou ao lado do meu carro no portão e abriu o vidro para me encarar.

— Você não deveria estar na escola? - ele perguntou sem tirar os óculos de sol. Sorri de leve enquanto aproveitei o tempo para checar meu batom no espelho.

— Pergunto o mesmo a você, amor. Por que está tão atrasado? - pergunto. Ele ri sarcástico.

— Se eu soubesse que acabaria te encontrando não teria atrasado. - ele diz e fecha o vidro do carro, acelerando a toda. Ignoro o aperto em meu coração e saio do carro entregando a chave para o manobrista.

Faço meu caminho em direção a sala de café da manhã e vejo Lucy Sworis sentada à mesa, dessa forma, me sento de frente a ela no costumeiro lugar de Castiel. Castiel podia parecer uma pedra, mas Lucy estava certa, eu iria amolecê-lo a força se fosse preciso.

— Bom dia, Senhora Sworis. - digo. Lucy sorri.

— Já passamos da fase de formalidades, Ana. - ela disse. Agora foi minha vez de sorrir. Por mais que a Teresa tivesse tudo, ela nunca seria capaz de ter o apoio de Lucy. E essa era uma das coisas que me impediam de desistir.

— O que é isso que você queria discutir? Um moderador? - pergunto. Ela sorri mexendo em sua xícara de chá.

— Imaginei que fosse querer o Castiel mais próximo de você. O moderador é o que o Castiel precisa para crescer. Eu acabei fazendo dele uma criança mimada sem perceber. Espero que não seja tarde para fazê-lo crescer. - ela disse. Crescer? O Castiel já é perfeito do jeito que é.

— Imagino que ainda haja tempo. - digo. Lucy sorri satisfeita.

— Eu também acho. - ela disse.

— E como o moderador vai operar? - pergunto.

— Ele vai tirar os privilégios do Flower 4. - ela disse dando de ombros. - minha tia já não tem capacidade de controlar a escola e se rendeu ao Castiel. Eu conheço o senhor Gonzales a muito tempo, não acho que ele possa ser corrompido. Ele vai colocar ordem na escola, de uma maneira que eu não posso. Estou viajando amanhã. - ela disse.

— Já? Vai ficar quanto tempo fora? - pergunto. Lucy raramente fica em casa e viaja para todos os lugares do mundo.

— África. Ação beneficente, o de sempre. Ficarei cerca de quatro meses, talvez mais, talvez menos. - ela disse. Não haviam mais motivos para perguntar o tempo que ela ficaria, já que era algo muito vago.

— Entendo. Espero que dê tudo certo. -digo. Checo as horas: 10h. - mas agora já me atrasei muito para escola.

— Ah, sim, não se preocupe. Já avisei o Senhor Gonzales de sua situação. - ela disse.

— E qual é minha situação? - pergunto.

— Você é uma de minhas amigas íntimas. - ela disse e piscou para mim. Sorri. Outra coisa que a Teresa não poderá ter: privilégios na escola. Os quais agora EU vou ter.

—_________*****_________

Visão de Teresa Chase

O clima durante o dia era muito sério, mas eu e Castiel conseguimos descontrair um pouco enquanto o coreografo nos passava a dança da hora do baile em que a Julieta conhecia o Romeu. Anteriormente, Castiel tinha me falado que Lysandre iria sentir ciúmes, mas eu não posso negar o quanto estou decepcionada por isso não ter acontecido.

— Mais próximos. - Lysandre disse em tom sério enquanto nos analisava com o olhar profissional. Castiel me puxou mais para perto de si colocando a mão em minhas omoplatas e suavizando o toque em minha mão. - céus, eu sei que o clima não está bom hoje, mas da para vocês demonstrarem um pouco de ação? Castiel, você fez aula de dança e agora não consegue dançar?

— Ei, Lysandre, a culpa não é minha se eu tenho uma parceira séria. - Castiel brincou. - relaxe, Tessa. - ele disse e deu um puxão em minha mão, me girando e me fazendo perder o equilíbrio caindo em seus braços enquanto ele apenas ria e eu, depois de um pouco de relutancia, também acompanhei sua risada. Armin e Kentin aplaudiram acompanhados por Lysandre e Alasca. A coreógrafa parecia querer nos matar.

— Kate, eles estão tendo um dia difícil. É bom que eles estejam conseguindo rir um pouco. - Alasca disse para a coreógrafa. - e Lysandre, não desconte sua frustração nos dois.

— Eu sei, é só que... me mudar para o internato? - ele diz nervoso. - não consigo pensar em algo assim. - ele terminou. Sim, Lysandre gostava de ficar sozinho, vir morar no internato iria deixá-lo desorientado.

— Vai ser estranho para todos nós. - Armin concordou.

— Calma. - Kentin disse. - quer dizer que existe uma possibilidade de eu dividir quarto com o Alexy? - ele perguntou chocado e todos nós rimos. Sim, acho que esse era o ponto. Os quatro eram como uma família e desde que estivessem juntos estariam bem. Lysandre se sentou no piano com a Alasca tocando a trilha sonora e eu e Castiel recomeçamos a dança, dessa vez um pouco mais soltos.

— Você não está irritado? -perguntei para o Castiel. Ele me girou e segurou minha mão novamente.

— Eu estou muito irritado. Na verdade, já pensei em diversas formas de como matar minha mãe. Mas eu me sinto um pouco impotente no momento. - ele disse. - dois para trás. - ele disse rapidamente e eu acompanhei seus passos, dando dois passos para trás. Então levo um susto quando as portas do estúdio de dança são abertas inesperadamente e Castiel segura meus braços de forma protetora, enquanto todos nós analisamos a nova presença na sala.

— Fico contente que toda a equipe de teatro esteja aqui. -o Senhor Gonzales disse. Trinco os dentes e o aperto dos braços de Castiel ao meu redor se torna mais forte. Principalmente quando Ana Clara entra com passos leves no estúdio. - vim aqui para falar de uma mudança na protagonista.

— O que? - pergunto. O senhor Gonzales me encara enquanto me liberto dos braços de Castiel. Eu sou tão trocável assim? Eu nem queria estar aqui, mas agora é o único momento em que eu podia ser feliz com meus amigos.

— Eu não vou com a sua cara. - ele disse. Trinco ainda mais os dentes.

— Eu também não vou com a sua. - digo meio para dentro.

— O que você disse? -ele perguntou.

— Que o senhor tem uma cara muito simpática. - digo. Ele continua sério.

— Não quero saber de respostinhas inteligentes, senhorita Chase. Se não fosse pelas suas notas exemplares, você já estaria fora dessa escola. - ele disse. Castiel se colocou entre eu e o senhor Gonzales.

— Acredito que você não esteja aqui para ameaçar a Tessa. Que diabos de mudança é essa? - ele perguntou.

— Ana Clara Merces será a Julieta a partir de agora. Teresa, você será a criada. - ele disse.

— Sinto muito, mas o diretor dessa peça sou eu. - Lysandre disse. - e eu não concordei com nenhuma mudança.

— Oh, e você tem permissão para organizar algo tão grande? Ah, desde que o senhor não tem pais, imagino que tenha. - o Senhor Gonzales disse fazendo meu queixo cair. O silêncio na sala pairou enquanto o sorriso sarcástico do Senhor Gonzales continuava em seu rosto. - ainda bem que estamos todos de acordo. Imagino que a criada não tenha que ensaiar hoje. Por sua indulgência, você está de castigo, senhorita Chase. Me acompanhe. - ele disse. Seguro as lágrimas de frustração e saio com passos pesados para fora do estúdio.

—_________*****__________

Eu não gosto do Senhor Gonzales. Na verdade, eu detesto ele. Por isso faço uma marca na terceira mesa do refeitório que sou obrigada a limpar. Com raiva, arremesso o pano para o outro lado do refeitório.

Eu não sou nem a principal afetada e estou frustrada assim. Eu não consigo pensar em ver a F4 sendo simplesmente alunos comuns, ou então, sendo humilhados do jeito que o Lysandre havia sido algumas horas atrás.

Quando termino de limpar o refeitório, saio para ir em direção ao meu quarto, quando sinto uma mão em meu braço. Isso não acontecia desde que eu avia levado a tarja vermelha e  imediatamente reajo com meus reflexos, mas não sou forte o bastante.

Sinto um baque quando minhas costas batem contra uma parede e devido a dor de minhas costas não consigo erguer os olhos para ver o rosto, mas sei que são garotas pelo uniforme. Faço o possivel para conter as lágrimas, enquanto minhas costas pulsam.

— O que vocês pensam que estão fazendo? - pergunto.

— Antigamente nós fazíamos isso, mas por que éramos ordenadas. Agora é por Bullyng mesmo. Não tem mais ninguém que possa te proteger, Teresa. - uma delas diz.

— Vocês são loucas. - digo com os dentes trincados para impedir meu grito de dor.

— Não, pode chamar isso de inveja. Nós não ligamos, você fez por merecer. Sabe, com o inicío dessa nova era, por que nós não fazemos um bolo para comemorar? - ela pergunta. Risinhos femininos irritam meu ouvido e estou pronta para reajir quando sinto algo em meu cabelo. - farinha. - ela diz enquanto o pó começa a escorrer por todo o meu corpo. Reprimo o soluço. Eu já estava tão cansada disso. - ovos. -ela diz e sinto uma dor quando os ovos são quebrados em minha cabeça. Tusso e fecho minhas mãos em punho. Estou chocada demais para reagir. - e óleo. - sinto o líquido escorrer pelo meu cabelo, caindo em meus olhos, acompanhado pelas minhas lágrimas.

— Seja bem vinda a nova era, Teresa. - elas dizem.


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Notas finais do capítulo

Final meio tenso, só eu achei? :X Pobre Tessa, como será que ela sempre será o alvo? E como a F4 irá se comportar como alunos comuns? Bom, espero que tenham gostado e venham comentar. Comentem mesmo se tiverem odiado hahah se quiserem recomendar e favoritar, eu agradeço desde já hahahah espero as reações de vocês, gente! ~pega o Ted (ursinho) e vai para o quartinho do pânico~ até o próximo!
XOXO
— Detoni