Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 15
Excitantes férias - Parte final


Notas iniciais do capítulo

OEEEEEEEE cibernautas. Ok, isso foi viajado, mas estou com a adrenalina do primeiro dia de aula. É isso ai gente, o ano começou e agora as aulas chegaram. ALguém ainda ta de férias?
BOOOM, quero agradecer a recepção calorosa de vocês com seus comentários e quero agradecer muitissimo a Cassiopéia por favoritar. Quem quiser seguir o exemplo... a todos os leitores novos, sejam bem vindos e sejam sempre ativos. Sem mais delongas (palavra engraçada né?) aqui está o cap!
XOXO
— Detoni



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" O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis."- John Green.

Desde que recebeu o telefonema, Castiel está andando de um lado para o outro no quarto, parando apenas algumas vezes, me encarando e balançando a cabeça em negativa. Por fim, perco a paciência e arremesso o travesseiro em sua cabeça o fazendo me encarar bravo.

— Da pra explicar? - peço. Ele suspira e deita na minha cama.

— Minha mãe está em casa.- Ele diz.

— E...? - pergunto.

— Eu te disse que eu não me dava bem com ela. - ele disse. - e ela nunca te aprovaria.

— E...? - pergunto novamente.

— E... não sei. Ela é poderosa. É perigosa, meus amigos já te disseram. - ele diz.

— Sua mãe não me assusta. - digo dramaticamente me colocando de pé.

— Mas ela me assusta. - ele diz e me puxa para a cama de novo acabando com toda minha cena dramática. Castiel idiota. - então fique quieta enquanto penso em uma solução.- ele diz passando as mãos pela minha cintura e me puxando contra sua peito.

— Castiel. - digo.

— Que?- ele pergunta.

— Realmente precisa me prender desse jeito para pensar?- pergunto.

— Céus, você estragou o clima. E isso é uma espécie de abraço, não uma prisão.- ele diz com um tom chateado.

— Então pense rápido. - digo fechando os olhos.

— Tábua, você realmente está permitindo isso? - ele pergunta. Consigo ouvir o sorriso em sua voz.

— Estou, agora pense logo antes que eu mude de idéia. - digo. Porém, para minha surpresa, ele da um beijo no topo de minha cabeça e quando estou prestes a protestar ele já está quieto. Realmente, no dia que conseguirmos criar um clima de verdade o mundo acaba. Se bem que eu gosto da nossa relação desse jeito.
—_________****__________

No fim do dia, Castiel chegou na solução mais ridícula do mundo: fugir para a casa do Lysandre. Ele é de uma inteligencia que me surpreende, porém quando eu disse isso para ele, ele ficou todo irritado e começou a me xingar dizendo que eu feri seu orgulho e bla bla bla, eu não ouvi direito. Depois  de seu discurso idiota, eu disse que a ideia era brilhante e o que ele disse? "Eu sei".

Agora eu estou com o orgulho ferido indo para a casa de Lysandre para avisá-lo enquanto Castiel vai brincar de ninja e entrar em casa para pegar roupas. Honestamente, eu não vou ficar surpresa se a mãe dele prende-lo em casa. Sério, a inteligencia dele decaiu muito. Parece que ele desperdiçou tudo no meu F4. Se bem que ele não tem poder nenhum contra a mãe dele, e acho que todos somos idiotas quando temos uma esperança dentro de nós. Por mais que ele não diga, eu sei que essa situação com sua mãe o incomoda muito.

Desço do meu carro e toco a campainha da casa de Lysandre. Eu não o vejo a pelo menos 3 dias e nunca pensei que pudesse sentir tanta saudade assim. Eu estive apenas uma vez na casa de Lysandre, quando Castiel me trouxe aqui para que eu visse ele ser humilhado pelo Armin em um jogo. Acho que era para ser o contrário, mas em fim. A casa de Lys é meio aberta e têm muitas antiguidades. Ela me da a sensação de liberdade. 

— Teresa? - a voz dele soa no interfone.

— Posso entrar? - peço.

— Agora não é a melhor hora...- ele começa a dizer.

— Sério, Lysandre, preciso falar com você. - digo e imediatamente a porta se abre.

Sigo o caminho para dentro de sua casa, fechando a porta logo atrás de mim. Vejo, através do vidro, Lysandre andar em direção a porta. Porém assim que tenho a chance de encara-lo de frente, meu coração se parte. Seus olhos estão completamente vermelhos e seus cabelos estão bagunçados de tanto ele passar a mão. Seus lábios estão inchados e machucados, parecendo que ele esteve mordendo-os por um longo tempo. Ele parecia acabado.

— Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta com a voz bem menos cheia de coragem do que quando ele me chamou no interfone.

— Eu que te pergunto. O que aconteceu com você? - pergunto chocada me aproximando dele e passando a mão pelas marcas de lágrimas presentes em seus olhos. Lysandre não desvia o olhar do meu enquanto retira minha mão de forma delicada.

— No inicio das férias você disse que era minha fã. Você ainda é? - ele pergunta, as lágrimas ameaçando voltar. Confirmo imediatamente com a cabeça.- bom, como uma fã dedicada você sabe tudo sobre seu ídolo. Você sabe que ele tem um irmão e que não se da bem com ele. E você descobriu que esse assunto está me afetando mais do que eu gostaria de imaginar. E você sabe que seu ídolo está completamente acabado, então o que você faz? Você irá interroga-lo para que ele desabe na sua frente pela segunda vez? - Lysandre pergunta. Ele fala rapidamente ficando em silêncio em seguida, para que eu absorva tudo. Antes que eu perceba uma lágrima surge em meus olhos.

— Não. Como eu sou uma fã eu vou oferecer todo o apoio que eu consigo para que você não desabe, nem na minha frente, nem sozinho. - digo abraçando Lysandre. Ele solta um soluço. - e como sua amiga, eu me preocupo com você. Por favor, não sofra em silêncio, Lysandre. - peço. Ele solta mais um soluço e me aperta mais ainda em nosso abraço. Sinto uma lágrima pesada cair em minha camisa, seguida de mais uma, mas resolvo não falar nada, afinal, eu mesma estou derramando algumas. Ver o Lysandre tão... impotente... está acabando comigo.

— Você está chorando? - ele pergunta sem me encarar. - por que você está chorando?

— Eu não quero te ver assim. - digo igual uma criança de 4 anos. Lysandre me abraça mais forte e ouço uma risada escabar de seus lábios.

— Eu já estou bem. Obrigada por não perguntar. - ele diz se afastando por fim. Ele limpa os olhos rapidamente e em seguida limpa os meus e sorri de lado.

— O que foi? - pergunto.

— Seu nariz fica vermelho quando você chora. Não sei se já disse isso, mas você não é bonita chorando, então pare de chorar. Combinado? - ele pergunta. Rio um pouco e o empurro para longe enquanto ele mesmo ri. Meu celular toca. Castiel.

— Hey. - digo ao telefone.

— Minha mãe me prendeu no meu quarto. - ele diz contrariado.

— Oh, eu nem imaginei isso. - digo.

— Não é justo. Quer invadir minha casa? -ele pergunta.

— Não, a segurança é muito grande. Vou passar um fim de dia agradavel com Lysandre mostrando a ele a arte moderna. - digo.

— Só se mantenha a dois metros de distancia dele e tudo bem. - Castiel diz.

—Você está com ciúmes, Sworis? Cresça um pouco. Talvez de noite eu passe ai com o Lysandre, sua mãe deixa a F4 te ver, não deixa? - pergunto.

— Tessa, você é um gênio. Estou esperando, então seja lá que o que vão fazer, não demorem. E dois metros, não se esqueça. Ou então três. Pode escolher. Se insistir, podem ser quatro. - ele diz.

— Tchau, Sworis. - digo desligando o telefone. Lysandre está me encarando neutro enquanto guardo o telefone no bolso.

— Arte moderna? - ele pergunta.

— É algo que eu fazia muito no Canadá. Você tem moletons ai? - pergunto.
—_________*****__________

—Tenho certeza que isso é ilegal. - Lysandre diz encarando enquanto termino meu desenho (horrível, a propósito) de um gato.

— Eu sei. Eu deveria ser presa por desenhar tão mal assim. - digo choramingando.

— Ah... não está tão ruim assim. - ele diz e balança a própria lata de spray e desenha um bigode e um chifre no meu gato. - se bem que agora está melhor.

— Parker, você estragou minha obra prima. - reclamo. - como vou expressar minha arte agora? - pergunto.

— Eu não chamaria isso de arte. Você sabia que mendigos moram nesse beco? - Lysandre pergunta.

— Agora eles tem uma parede muito linda. - digo. Então, atrás de Lysandre, começa a surgir o som do carro de policia e Lysandre me encara confuso.

— E agora? - ele pergunta.

— Agora a gente corre. - digo agarrando o pulso de Lysandre o fazendo soltar a latinha, enqunro eu mesma largo a minha o arrastando atrás de mim. 

Eu nunca pensei que Lysandre pudesse concordar em pichar um muro, mas acho que ele está desesperado demais para ficar bem que nem se importa. Na realidade, consigo vê-lo sorrir enquanto corremos e viramos em uma rua, ambos respirando eufóricos.

— O que acha da adrenalina? - pergunto em meio a minha respiração cortada

— O certo não seria perguntar o que eu estou achando de você? Eu não conhecia esse lado seu. - ele diz recuperando a respiração.

— Eu sou uma caixinha de surpresas. - digo rindo. Isso não fez bem, já que mau estou conseguindo respirar. Então Lysandre começa a rir da minha crise de respiração e ele mesmo começa a ter uma. Inteligência, a gente se vê por aqui.

— É como diz aquela musica Counting stars, eu me sinto tão bem fazendo a coisa errada. - digo tentando me recuperar.

— E se sente mau fazendo o certo? -ele pergunta.

— Achei que só escutasse música clássica. - digo. Agora nós dois estamos conseguindo respirar melhor.

— Eu sou uma caixinha de surpresas. - ele pisca para mim e me pega pelo pulso. - agora vamos, se me lembro bem Castiel está esperando. - ele diz.
—_________*****__________

— Eu acho que ela não vai me deixar entrar. - digo. Eu havia tirado o moletom sujo de spray e agora estava com um vestido para calor azul com branco e preto, bem fofinho. Adivinha quem comprou? Aposto dez para Rosa e vinte para Alexy. Quem disse os dois acertou.

— Claro que vai. Você está muito bem nesse vestido. - Lysandre diz enquanto termina de limpar o braço, já na porta da casa de Castiel.

— E meu cabelo de Rock Star? Talvez a gente deva formar uma dupla. - digo.

— Você sabe cantar? - ele pergunta.

— Não. - digo sorrindo docemente. 

— Então não. - ele diz imitando meu sorriso. Ele toca a campainha.

— Pode entrar, senhor Lysandre e acompanhante. - a voz no interfone diz. Lysandre pisca para mim e ajeita a sacola com os casacos no braço, usando a mão livre para me guiar. Castiel está na porta com o familiar sorriso sarcástico.

— Olá, doce amigos. - ele diz e segura minha mão antes de entrar, para soltar logo em seguida. Ele é estranho. Será que é hiperativo? Acho que não. Por isso é só estranho mesmo.

— Lysandre. - uma mulher de cabelos pretos e um elegante vestido azul diz aparecendo no hall também. - e você é...- ela pergunta.

— Teresa. Teresa Chase. - digo estendendo minha mão. Ela encara minha mão, mas não a aperta. A mulher é incrivelmente bonita para ser tão rude. Porém agora entendo de quem Castiel puxou sua personalidade.

— Mãe, por favor, cumprimente meus amigos. Desculpe, Tessa. - Castiel pede.
— Lysandre, seu olho está vermelho. Está tudo bem? - ela pergunta.

— Ah, eu apenas dormi mal noite passada, estou bem. Como vai a senhora, Senhora Sworis? - ele pergunta.

— Pela milésima vez, me chame de Lucy. Agora vamos entrar. -ela disse. Nos sentamos em um sofá em um dos muitos cômodos da casa de Castiel. Ele parece apreensivo a todo momento. - Teresa Chase. Esse sobrenome é bastante poderoso, é filha de Ned Chase?

— Conhece meu pai? - pergunto.

— Ele tentou uma investigação contra minha empresa. Como era algo tão fácil, deixei até Castiel resolver. Não me diga que ele ainda tenta correr atrás das multinacionais para tentar lucrar? - ela pergunta. Fico de queixo caído e Castiel força uma tosse.

— Não exagere, mãe. - ele diz.

— Meu pai não é do estilo que vai atrás de dinheiro. Se ele tentou alguma coisa contra a empresa Sworis foi por que ele teve suspeitas. - digo.

— Ah, a filha da mídia vai defender o pai? - ela pergunta.

— Por favor, a senhora realmente irá se rebaixar a ponto de discutir comigo? - pergunto. Lucy parece considerar minhas palavras.

— E onde vocês conseguiram essa figura? - ela pergunta por fim.

— Armin achou ela bonita e implorou para que a aceitassemos como mascote. Ela está em treinamento. - Castiel diz.

— Ao que parece vocês não sabem treinar. - Lucy Sworis se levanta e sai do hall, me deixando paralisada enquanto Lysandre e Castiel me encaram.

— Por favor, Tessa, ignore o que minha mãe diz. - ele pede.

— Quando ela vai embora?- é tudo que pergunto. Agora sim eu acredito no monstro que ela é. Para alguém de um nível tão alto, gastar um pouco de educação comigo deve ser muito, certo?

— No fim das férias. - Castiel diz.

— Te vejo no fim das férias então. - digo me levantando e saindo para fora da casa. Escuto passos atrás de mim enquanto percorro o imenso jardim da casa de Castiel. Por fim, a pessoa alcança meu pulso e Castiel me encara.

— Você vai me esperar, certo? Serão apenas alguns dias. Mas você vai me esperar, não vai Teresa? - Castiel pergunta. Lysandre está no inicio da ponte analisando a lua. Ele é tão viajadado.

— Não seja dramático, Castiel. Eu vou ficar esses dias no internato, e quando sua mãe for embora nós podemos sair de novo. - digo.

— Você praticamente disse que me esperaria. - ele diz sorrindo imensamente.
— Nesse caso eu vou em um monte de baladas manchar meu nome. - digo. Castiel sorri.

— Obrigada, Tessa. - ele diz e já estou me virando para ir embora quando ele segura meu pulso novamente. Quando me viro seus olhos ficam me encarando por tanto tempo que tenho certeza de que ele vai me beijar. Não posso negar que estou na expectativa sobre isso, mas ele simplesmente me puxa um pouco para perto e da um beijo na minha bochecha. - te vejo no inicio das aulas.
—_________*****__________

20° dia de férias

Nesses 5 dias, Lysandre basicamente grudou em mim, o que manteve Rosa longe por causa de Leight. Lysandre parecia abalado, mas eu estou feliz que o fato de ficar comigo o deixe um pouco melhor. Porém, nesse dia ele estava dedilhando o violão e eu estava igual a uma retarda o observando quando a porta do quarto se abriu e Rosa entrou seguida de Leight. O último fica paralisado, assim como o irmão, quando seus olhos se encontram.

— Droga. - resmungo baixinho.

— Não, Tessa, eu fiz isso de propósito. Eu quero que eles resolvam isso de uma vez assim o Leight pode parar de resmungar sobre como ele é um imbecil. - Rosa diz.

— Ele resmunga isso? - Lysandre pergunta surpreso.

— Rosalya, você não deveria fazer esse tipo de coisa sem me avisar. - Leigh diz trincando os dentes. Leight exaltado? Essa é nova.

— Não precisa trincar os dentes para ela desse jeito. - digo.

— Tessa, sem querer lhe faltar com respeito, mas você já não se envolveu demais? - ele pergunta.

— Cuidado com o jeito que você fala com minha amiga. Você já não é mais meu irmão para que eu fique tomando o seu lado. - Lysandre diz.

— Então você já não se vê mais como meu irmão? - Leight pergunta com raiva.

— Você me renegou por todos esses anos! A única coisa que você faz é me culpar! - era a primeira vez que eu via Lysandre gritar com raiva de verdade. Seus olhos estavam vermelhos novamente e seus punhos estavam cerrados com o violão apoiado na cadeira em que ele estava sentado alguns segundos atrás. Ai papai, pelo amor de deus que não tenham socos no meio disso.  - chega uma hora que a gente cansa, sabe? Mas se você quer saber, eu não tenho culpa nenhuma. Eu era uma criança, não tinha inteligencia. Mas se quiser me culpar, faça isso. EU JÁ NÃO LIGO MAIS. - Lysandre estava furioso. Parecia que tudo aquilo que ele esteve guardando finalmente estava saindo dele. - e agora você ainda vem dizer que minha amiga está se metendo? Que sua namorada está se metendo? ELAS ESTÃO PREOCUPADAS! Da mesma maneira que eu estou. Eu nunca pensei que... odiar meu irmão? Mas eu era uma criança e você me abandonou. Quee saber? Vou te agradecer, pois por sua causa eu consegui destruir minha vida para finalmente conhecer pessoas incríveis. - Lysandre mau está respirando no final e está com o rosto completamente vermelho.

— Eu nunca te culpei.- Light diz em voz baixa. Lysandre começa a rir e Leight o encara de forma homicida. - eu me afastei por todos esses anos, pois eu simplesmente não conseguia aceitar o tanto que você lembrava a mamãe. Eu não conseguia viver naquela casa. Eu peço desculpas por todo o sofrimento que te causei, mas você não é o culpado, Lysandre. Eu sou. Eu sou o culpado por tudo isso que aconteceu com você. - Leight diz. Lysandre se ajoelha no chão com a mão na cabeça e tudo que quero é abraça-lo, mas Rosa me puxa para fora do quarto deixando os dois sozinhos.

— Lysandre. - um soluço escapa de meus lábios enquanto encaro a porta fechada e Rosa me arrasta para longe. Eu realmente não entendo por que eu estou chorando por ele. Mas uma parte de mim diz que eu preferia que fosse eu a sofrer, não ele.
—_________*****__________

24° dia de férias

Eu não vejo Lysandre nem Castiel a 4 dias. Lysandre não retorna minhas ligações e eu não retorno as de Castiel. A ultima vez que o vi ele estava entrando no carro de Leight com o rosto vermelho e as lágrimas que ele havia empedido de cair por tantos anos, caindo todas de uma vez.

Com esse pensamento, ligo mais uma vez. Parece que tem um buraco dentro de mim que eu nunca me toquei que existisse. Eu nunca me senti tão impotente vendo dois amigos meus sofrerem e não podendo fazer nada. Vendo Lysandre lidar com seu irmão sozinho...

Ele tem 18 anos, Teresa, sabe se cuidar. Porém sua expressão não some da minha mente, por mais que Rosa e Alexy tentem me levar para todos os lugares possíveis. Rosa é outa que está acabada, ao que parece Leight também não está atendendo os telefonemas dela.

Porém enquanto estou vegetando na sala da F4 com Armin e Kentin do meu lado, meu telefone toca e a foto de Lysandre brilha na tela. Não espero nem um segundo para atender.

— Lysandre? - pergunto apertando o sofá, o que provavelmente irá deixar a marca da minha unha.

— Ei, anima sair? Chama os meninos, vamos nos encontrar no paint ball da escola. - ele diz.

— Já estamos aqui. - digo.

— Ótimo, eu também. - a voz dele diz bem mais perto. Encaro a porta e ele esboça um sorriso incrivelmente verdadeiro para nós. Eu simplesmente sou tomada pela raiva e assim que consigo alcança-lo começo a bater nele com toda minha força. - Tessa, você está me machucando.

— Você - digo dando um soco no peito dele. - não atendeu - dou mais um- nenhuma das minhas ligações. - dou o meu mais forte, e ele simplesmente segura meu pulso sorrindo.

—Senti sua falta também. - ele diz dando um beijo na minha testa e indo em direção a seus amigos. - de vocês também.

— E o Leight? - Armin pergunta.

— É legal ter um irmão para variar. Depois da briga que tive com ele na frente das meninas, parece que nós dois colocamos tudo para fora e realmente me sinto mais leve. - Lysandre diz.

— Parece que está tudo bem, então. Se acontecer alguma coisa avise a gente. O único problema é só que o Castiel está preso com a bruxa. - Kentin diz.

— Ei, Tessa, você consegue fingir ser o Castiel? - Armin pergunta.

— Posso tentar. - digo. Forço meu melhor sorriso sarcástico e apoio na cadeira. - eu sou linda, incrivelmente rica e inteligente. Eu sou perfeita. -digo. - não há motivos para não gostar de mim e se você se aproximar eu libero meu cachorro altamente perigoso em cima de você. -digo fingindo estar brava. Os três aplaudem.

— Idêntico. É o Castiel versão feminina. Sabe, sua atuação é muito boa, vai fazer a peça de volta as aulas? - Kentin pergunta.

— Eu não estava atuando. - digo jogando o cabelo para trás. Os três riem e Lysandre bagunça meu cabelo.

— Que tal um sorvete depois da nossa partida de paint ball? - ele pergunta.

— Eu vou adorar. - Armin diz.

— O convite foi restrito a Tessa. Agora venha que eu tenho que descontar minha raiva suprimida dentro de mim por tanto tempo em alguém.

Nós três rimos enquanto seguimos Lysandre em direção ao campo de paint ball. Sinto uma parte do buraco que havia se formado dentro de mim finalmente se completa.
—_________*****__________

1° dia de aula

Nos últimos dias de férias Aexy se juntou a nós, assim como Rosa e Leight. Lysandre e Leight ainda não tinham a intimidade de irmãos, mas dava para ver que estavam cooperando para se darem bem.

Por fim, minhas férias acabaram e eu não tive férias da F4. Bom, tive do líder, mas foi em um momento que eu já não queria mais ter férias dele.

Como sempre, me arrasto para fora da cama, mas dessa vez desisto de colocar o uniforme e vou de pijama mesmo em direção ao refeitório pegar um café para ver se consigo acordar. Porém, no meio do caminho ganho uma injeção de adrenalina quando tropeço no pé de alguém. Vejo o chão a milímetros do meu rosto quando sinto uma mão me segurar e me puxar para cima.

— Você devia ser mais cuidadosa. - Castiel diz sorrindo. Ele me estende uma rosa. - e adorei como você se veste incrivelmente bem para me ver depois de tanto tempo. - ele diz e deposita um beijo em minha bochecha antes de sair andando em direção a sala da F4.Dessa vez, não consigo reprimir o sorriso.

Volto para o quarto sem tomar café mesmo e meu celular apita com os emails de conta do meu pai. Eu amava administrar as contas lá de casa, por pura diversão. Me fazia ter certeza de que estávamos bem, mas dessa vez as noticias não foram nada agradáveis.

Meu pai perdeu algum caso? As empresas estão tirando o apoio nele. Será que o denunciaram? Antes de criar mais hipóteses, ligo para minha mãe. Se as coisas continuarem nesse ritmo nós poderemos ir a falência, mesmo com a ajuda da família de minha mãe.


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Notas finais do capítulo

Tessa passando por tempos dificeis buaaaaaa hahahhaa gostaram?
Bom galera, desejo a todos um ótimo retorno as aulas, seja na faculdade, seja para o terceiro ano, para série que vocês estiverem! O ano começou para valer agora gente hahahhahaha
Não se esqueçam de comentar. Seja para me esfaquear ou para me beijar, adoro ler seus comentários e teorias! XOXO
— Detoni