Uma vida diferente... Sonho ou pesadelo? escrita por Arianny Articunny, MoonyB


Capítulo 26
Uma visita, um desastre e um aviso


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora pessoal! Esperamos que gostem!
Boa leitura!



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–Sabe, a adaga se tornou ainda mais importante. -falei sorrindo para Nick. Ela me olhou confusa.

–Como assim? -ela perguntou distraída.

–Ela ajudou a trazer o Toby de volta. -expliquei sorrindo.

–Eu não sou a mesma quando estou sem ele não é? -ela falou sorrindo e abraçado o lobo que estava deitado no colo dela.

–Mas vamos nos animar. Ele está de volta. -falei me levantando. Ela sorriu e tentou se levantar. Só tentou. Assim que ficou de pé seus joelhos fraquejaram e ela caiu.

–Droga! -ela praguejou. -Valeu à pena, mas é chato como usar meus poderes sempre me desgasta.

–Nick, acho melhor você ir pro chalé. Precisa descansar. -falei.

–Mas eu estou bem, Hana. -ela tentou me convencer.

–Aham. Guarda o teatrinho pros garotos. Agora, vai antes que desmaie. -brinquei.

–Okay, "mãe". -brincou.

Revirei os olhos. As vezes nem parece que ela é a mais velha.

–Eu acompanho ela. -falou Gabe prontamente.

–Não! Eu levo ela! -protestou Leo mal humorado.

–EU vou acompanhar ela. E nem adianta reclamarem. -Piper falou puxando Nick pela mão.

–Posso ir junto, Piper? Caso ela desmaie? -perguntou Gabe educadamente deixando Leo emburrado.

–Não. Vocês dois vão ficar aqui. -ela falou já se afastando.

–Mas...! Eu não quero deixá-la sozinha depois! -falou Gabe.

–Tá falando com quem? Elas já foram. -zombei. Piper saiu antes de terminar de falar. Não adiantaria nada ele discutir.

–Droga. -pela primeira vez ele ficou emburrado.

–Qual a relação desses dois com a Argent? -Reyna perguntou pra mim.

–Beijos, socos e abraços. -respondi rindo. -Depois te explico melhor. Vamos ver o Dionísio. -completei.

–Está bem. -ela concordou e fomos andando. -Enquanto caminhamos até la pode me explicar o que quis dizer com aquilo? Eles são amantes?

Não aguentei e comecei a rir como louca. Amantes?!? Amei. Vou zoar ela eternamente. Reyna me olhava assustada. Parei de rir e controlei a respiração.

–A Nick e o Gabe são amigos de infância e ele é apaixonado pela Nick. O Leo a gente conheceu aqui. Ele gosta da Nick. Ela também gosta dele, só que não admite. -expliquei.

–O que? -Reyna começou a rir.

–Isso mesmo. -falei rindo também. Ela não parece tão séria e dura quanto falam, na verdade é bem divertida.

–Quer dizer que a filha de Ártemis não é como as caçadoras, anti-garotos e amor?

–Ela é. Só que o coração é mais forte. Um dia ela desiste de lutar e aceita.

–Ela está lutando contra os próprios sentimentos? Isso pode levar qualquer pessoa à beira da loucura! -ela arregalou os olhos.

–Estamos acostumadas. Temos uma a outra. -falei sorrindo.

–Vocês são loucas... -antes que ela continuasse percebeu que tínhamos chegado.

–Oh! Reyna você por aqui! Porque não nos avisou que vinha? -falou Quíron bem humorado e receptivo como sempre.

–Decisão de última hora. -falou educadamente. -Quíron, onde posso deixar os pégasus?

–No estábulo é claro! Lembra-se onde fica? -o centauro respondeu.

–Senhorita Reyna Avila Ramírez-Arellano. Vejo que já encontrou uma de nossas "pérolas" raras do acampamento. -comentou o Senhor D.

–As duas pra falar a verdade. -sorriu.

–Espero que elas não tenham quase te matado ou assustado é claro. -falou o deus calmamente.

–Ei. -exclamei. Ele riu.

–Mas creio que não veio falar comigo. Está procurando Dionísio, não é? -ele perguntou mesmo já sabendo a resposta.

–E eu estou aqui, pretora de nova Roma. O que quer tratar comigo?- perguntou Dioniso.

–Porque as coisas andam meio agitadas no Olimpo? -Reyna perguntou.

–Conflito de opiniões, minha jovem. -falou simplesmente. -Por hora, vá cuidar dos pégasus.

–Você também não acha estranho? Os deuses sempre não concordam em algo mas nunca chegou a ficar desse jeito. -Reyna perguntou minha opinião enquanto íamos andando com os pegasus até o estábulo.

–Agora a discussão é mais séria. Eles acreditam que o poder deles pode acabar. -falei séria.

–Como assim pode acabar? Eles são deuses, imortais. -Reyna arregalou os olhos.

–Eles acham que somos ameaça. -expliquei. -Onde estão os pégasus?

–Eles estavam aqui bem agora pouco! -exclamou Reyna. Já estávamos bem quase em frente ao estábulo. Corremos para dentro dele e vimos os pegasus já lá se socializando com os outros.

–Acho que não precisavam de nós, mas mesmo assim estava louca pra ver eles e voltar aqui. -comentei rindo e me aproximando do pégasus branco.

–Cuidado! Eles não gostam muito de pessoas... -ela começou.

–Pode ficar tranquila. -falei enquanto fazia carinho na crina do animal.

–Como pode? -perguntou abobada mas com um sorriso no rosto.

–Não sei. -sorri em resposta. O pégasus relinchou feliz.

–Mas porque você quis vir comigo até o estábulo? Você tem um pegasus aqui? Mesmo estando no acampamento a pouco? -falou.

–Não diria que é meu, ele apenas gosta de mim. -respondi sorrindo. Gabi relinchou reclamando quando percebeu que eu falava dele.

–É ele? -Reyna perguntou seguindo com os olhos da onde veio o relincho.

–Sim. -respondi indo até ele e acariciando sua crina.

–Ele é tão... Diferente. Mas um diferente bom, bonito. -comentou a pretora.

Ela se aproximou e tentou tocá-lo, mas antes que conseguisse Gabi relinchou irritado.

–Calma, garoto. -falei segurando seu rosto para que me olhasse. Só o soltei quando se acalmou.

Reyna me olhava com os olhos arregalados.

–O que foi isso? -perguntou.

–Ele não gosta muito de pessoas. -tentei explicar.

–Somente de você certo? -ela falou.

–Aparentemente sim. -sorri corada.

–Ha-na-chaan! -ouvi uma voz familiar me chamar e só uma pessoa me chama assim.

–O que foi Nick-chan? -perguntei me virando pra entrada.

–Vamos fazer alguma coisa? Eu não aguento mais ficar parada! -Nick resmungou fazendo um meio bico.

–Vamos treinar? -perguntei animada. Olhei desafiadora para Reyna.

–Com certeza! -Nick concordou e sorriu maligna.

–Quer vir com a gente, Rey? -perguntei mesmo já sabendo a resposta.

–Claro. -sorriu. -Vou adorar ver vocês em ação.

–Ei! Nick Argent sua louca! Você não descansou nem por meia hora! Pra ser sincera não foram nem quinze minutos! -gritou a Piper que vinha correndo em nossa direção.

–Quer treinar com a gente Piper? -sorri meiga. Ela me olhou duvidosa.

–Não se preocupe Piper! Eu tenho uma ótima resistência física e recuperação rápida. -Nick sorriu em resposta ao grito da outra.

–Não se preocupar Piper! Eu tenho uma ótima resistência física e recuperação rápida. -Nick sorriu em resposta ao grito da outra.

–Você tem é problemas, isso sim. -respondi rindo.

–E você também, querida. -Nick rebateu,

–Eu sei disso. -respondi piscando pra ela. -Por que outro motivo nos daríamos tão bem? -brinquei.

–Verdade. -ela concordou e começamos a rir, as garotas não entenderam nada.

–Ok, acho que já deu. Vamos treinar? -perguntei ficando séria.

–Você é bipolar? -Reyna perguntou confusa.

–Um pouco. -Nick concordou.

–Mas... Hana tem razão. Não vamos ficar enrolando com conversa. Vamos treinar! -completou piscando pra mim.

Seguimos para o campo de treinamento.

–Cada uma por si ou em duplas? -Reyna perguntou.

–Duplas. -Piper respondeu.

–Eu e Hana contra você e Piper. -Nick falou animada.

–Acho que vai ser meio injusto. -Reyna falou receosa.

–Por que seria injusto? -perguntei levantando uma das sobrancelhas.

–Porque nós temos experiência e já estivemos em combate. -Reyna falou sorrindo convencida.

–Acho que damos conta do recado. -eu e Nick falamos juntas.

–Melhor não subestimá-las Reyna. Desde que chegaram aqui elas conseguiram alguns feitos praticamente impossíveis. -comentou Piper.

–Como quais? -Reyna perguntou desconfiada.

–O primeiro empate no jogo de caça bandeira de toda a história do acampamento. -contou Piper fazendo uma voz clássica de filme de suspense.

–Mais alguma coisa? -perguntou disfarçando a surpresa.

–Você deveria ter visto elas a alguns dias atrás. -completou.

–O que elas fizeram? -perguntou curiosa.

–Passaram por um teste de Zeus e ainda zombaram dele! -Piper respondeu e Nick soltou uma risada sem graça.

–Elas o que? -arregalou os olhos de espanto. Senti meu rosto esquentar. -Se tivessem ameaçado os filhos de Hades eu não teria ficado tão abismada.

–Isso também. No dia que chegamos aqui demos uma surra neles! -Nick contou sorrindo.

–Eu não bati no Nico. Eu só joguei ele no chão. -me defendi.

–Você é boazinha demais. -Nick falou, suspirou e piscou pra mim.

–Eu não estava irritada, estava em alerta. Ele me assustou. Não queria machucar, apenas imobilizar. -falei.

–Eu sei, eu sei. Só estou te zuando, bobinha. -ela piscou e sorriu.

Mostrei a língua pra ela e nós duas rimos.

–Agora vamos treinar. -falei convicta.

–Todo mundo pronto? -Nick perguntou e quando olhei pra ela o Toby já estava ao seu lado.

–Coloca a música Nick. -falei piscando pra ela. Assim que a música começou nós nos posicionamos. Eu com algumas facas e a Nick com um arco e flecha. Reyna pegou uma espada e Piper a sua adaga.

–Que os jogos comecem. -Nick anunciou e um sorriso um tanto maligno se apossou de seu rosto.

Reyna veio pra cima de mim. Joguei uma das facas e ela teve que desviar. Corri para trás. Jogando mais facas. Então ouvi o Toby rosnar e olhei para o lado, Nick e Piper lutavam ferozmente, não devia ter desviado o olhar. Quando olhei para frente novamente Reyna estava muito perto. segurei seu pulsos e joguei sua espada longe. Rolamos pela grama como loucas. Soltei ela é tomei distância e joguei facas antes que levantasse. As facas prenderam ela no chão. Olhei para a luta do lado. Nick lançou uma flecha. Ai Meu Deuses! Não! A flecha acertou Piper no pulso a fazendo cair no chão com um grito de dor.

–Oh, Deuses! Sinto muito, Piper! -Nick falou logo depois de perceber o que tinha feito.

–Temos que levar ela pra enfermaria. -falei enquanto corria na direção dela.-Houveram contratempos durante o treinamento. -falei rapidamente, antes que ele fizessem mais perguntas.

–Um acidente. -Nick completou.

–Muito bem. Verei o que posso fazer. -ele falou nos olhando desconfiado.

–Acho melhor irmos pro chalé. Quíron, você pode nos avisar quando terminar? -falei meiga.

–Claro, minha querida. Vou manter vocês informadas. Agora, podem ir. -falou sério porém doce.

Seguimos para o chalé, me joguei na cama assim que entrei.

–Eu não sei o que deu em mim. Por um momento estava mirando na beira da manga da blusa dela e depois eu só vi a flecha voando e perfurando o pulso dela... -Nick se lamentou claramente confusa.

–O caçador sempre mata sua presa. -Reyna falou dando de ombros. Isso devia acorrer com frequência entre os romanos.

–A Piper não é a presa... Não é ela quem quero matar. A nossa presa... -Nick retrucou rosnando de leve no final.

–Ela era a sua adversária. Vocês estavam lutando. Você queria ganhar. -Reyna rebateu séria.

–Isso não é motivo pra quase matá-la por um descuido idiota! -Nick respondeu com a voz um pouco alta.

–Mas quem fez isso foi você. Está falando como se fosse culpa minha. -Reyna respondeu irritada.

–Eu não estou te culpando! Eu estou culpando à mim! É de mim que estou com raiva! -Nick gritou.

–Então porque está brigando comigo? -ela perguntou. Nick parou e pareceu pensar.

–Desculpa. Eu sempre faço isso quando estou irritada. -ela falou e abaixou a cabeça e se sentou na cama.

–Foi um acidente, Nick. Eu sei que você não machucaria a Piper. -falei me sentando ao lado dela e a abraçando.

–Eu não sei o que aconteceu na hora... O espaço entre eu mirar e a flecha já estar no pulso dela está em preto. -ela murmurou.

Ficamos ali um tempo. Eu fazia carinho em seu cabelo para acalmá-la.

–Eu não estou me sentindo muito bem, Hana-chan...

–Tenta descansar Nick-chan. -pedi. Ela precisa dormir.

–Mas eu já estou descansando sentada. -ela fez bico.

–Nada disso, você tem que dormir. -falei em tom de bronca.

–Eu não quero! Dormir não! -Nick protestou e me olhou nervosa. -Eu não quero sonhar...

–Nick. Não é questão de querer ou não. Ou você dorme ou você desmaia.

–Se dormir eu vou lembrar. -ela falou séria. Estranhei. Ela não tinha conseguido restaurar o selo?

–Se desmaiar também. -falei fria.

–Porque essa luta toda? Se você esta cansada porque não quer dormir? -pergunta Reyna confusa.

–Nada. -Nick respondeu seca.

–Calma. Não falei nada absurdo.

–Acho que ela apagou. -comentei, pois a Nick estava quieta de olhos fechados sentada na cama e apoiada na parede. Eu e Reyna nos olhamos e rimos mas voltamos a olhar pra ela quando ouvimos um sussurro.

Ficamos em silêncio. Olho apreensiva para Nick.

Ela parecia esta entrando em um pesadelo. Estava inquieta e sussurrou algo novamente.

–Gabe... -só eu escutei.

–O que ela disse? Nao consegui entender direito. -perguntou Reyna.

–Nada. Ela está sonhando. -falei me aproximando da Nick e me sentando ao seu lado.

–Eu sei. Mas ela chamou um nome. Foi a você? -ela perguntou.

–Sim. As vezes ela faz isso. -menti na primeira parte.

–Verdade? Pareceu outro nome sem ser "Hana". -Reyna estreitou os olhos me examinando pra ver se era mentira ou verdade.

–Eu estou falando o que ouvi. -respondi séria. Odeio quando perguntam várias vezes a mesma coisa.

–Hana! -Nick gritou de repente. Olhei pra ela assustada. Ela ainda dormia. Continuava a me chamar aos gritos.

Nick começou a se remexer agitada e sussurrou coisas meio incoerentes que nao deu pra entender. E chamou o nome do garoto novamente, mais alto dessa vez.

–Ela falou o nome do irmão do Jason ou foi impressão minha? -Reyna abriu um sorriso sapeca.

–Qual o seu problema? Ela está tendo um ataque e você está pensando com malícia? Sai daqui! -gritei irritada.

Ela me olhou assustada. Como se eu fosse um monstro.

–Ataque? Ela parece estar tendo um sonho bom. -Reyna falou meio confusa.

–Ela nunca tem sonhos bons. -eu falei ríspida.

–Mesmo meio-sangues tem sonhos bons de vez em quando. -ela retrucou.

–Nós não. Sonhar nunca é uma coisa boa pra nós duas. -falei tentando me controlar.

Nisso uma criatura flamejante e com a roupa cheia de graxa, vulgo Leo Valdez, entrou no chalé. Logo os outros vieram também, inclusive Piper que estava com o pulso enfaixado.

–E aí garotas?! O gostoso pra dedéu chegou! -Leo gritou.

–Agora não Leo. -falei impaciente. -Nick. -chamei. Ela abriu os olhos assustada. Estava suada e ofegante.

–Onde eu estou? -Nick perguntou confusa olhando pros lados.

–No seu chalé. No acampamento. -falei calma.

–Acampamento? O do livro? -falou sonolenta.

–Isso. -falei rindo. Ela estava totalmente perdida.

–Eu ainda estou sonhando? Não tínhamos chegado ontem do passeio por causa do acidente? -ela estava confusa. Aí que me toquei, ela estava sonhando com O acidente. Então parte da mente dela havia voltado pro passado.

–Não, Nick. Nós estamos no acampamento meio sangue. Você estava sonhando. Sua mente voltou pro passado. -expliquei calmamente.

–Hana o que está acontecendo? O que há de errado com a Nick? -Leo perguntou nervoso.

–A memória dela entrou em curto. -falei preocupada.

–Como assim entrou em curto?! -Leo repetiu apavorado.

–Ela voltou pro passado. Não se lembra de nada do que aconteceu depois do acidente na excursão. -expliquei.

–E isso foi à...? -ele perguntou se referindo ao tempo.

–Quatro anos. - Gabe respondeu atraindo a atenção pra ele.

–G-gabe...? -Nick gaguejou.

Gelei. Isso não pode estar acontecendo. Depois de tudo o que passamos.

–Nick, de quem você é filha? -minha voz saiu tremida.

–Da minha mãe é claro! -ela respondeu como se fosse óbvio. Mas eu sabia que ela estava se referindo a humana.

–Ai meus Deuses. Precisamos ver o Quíron. Agora! -falei nervosa.

–Isso é um tipo de brincadeira? Desde a falsa morte do G-kun? - Nick perguntou. Com a citação do antigo apelido o garoto corou.

–Não, nada disso é brincadeira. -falei séria.

–Que? -ela fechou a cara confusa.

–Vem comigo. Temos que encontrar uma pessoa.

–OK... Mas... Quem são esses? -Nick perguntou olhando em volta.

–Agora não temos tempo pra apresentações. Quando voltarmos eu te explico. -falei quando saímos do chalé.

–Hm... -ela me olhou meio desconfiada mas tinha algo diferente que eu ainda não pude definir por enquanto.

Segurei forte sua mão e a levei até a casa grande.

–Quíron! -gritei assim que passo pela porta.

–O que aconteceu, meninas? -ele perguntou gentilmente.

–Ai meus Deuses. Quem é você? -Nick perguntou assustada.

–Acho que isso responde a sua pergunta. -falei o encarando.

–Hana! E-ele é meio cavalo! -ela falou nervosa. -Isso não pode ser real! Que tipo de fantasia bem feita é essa?!

–Isso é real. Nick, preciso que você mantenha a calma. Só queremos ajudar você. -falei calma.

Ela do nada abriu um sorriso maligno e começou a gargalhar. Tinha algo estranho em seus olhos. Ela não parecia ela mesma, mesmo que fosse uma versão mais nova.

–Nick...? -chamei confusa.

–Essa não é a sua amiga. Pode ser o corpo e a voz dela mas não é ela. -Quiron falou sério colocando a mão em meu ombro.

–Está certo. Mas sou responsável por ela. A Nick Argent que conhecem ainda esta dormente em meio as memórias. Eu só vim dar-lhes um aviso. -Nick falou.

–Quem é você? O que fez com ela? -falei sentindo minhas mãos formigarem. Eu sabia que não podia atacar. O corpo era da Nick, se eu o destruísse ela nunca poderia voltar.

–Ei! Eu nunca machucaria ela. Não posso revelar quem sou pois se uma de vocês souberem as coisas serão apressadas. E o destino será alterado novamente. -ela falou calma.

–Trás ela de volta. Deixa ela. Por favor. Eu não pode perder ela. -falei com os olhos enchendo de água.

Eu posso ser "insensível" na maior parte do tempo, mas quando se trata das pessoas mais importantes pra mim eu pareço uma criança. Não posso chorar agora. Eu tenho que ser forte. EU TENHO QUE SER FORTE!

–Ela vai acordar logo, logo. Mas vocês duas tem que tomar cuidado. "Eles" virão em busca das "ferramentas", das "armas" deles. Um já as persegue. A existência e ligação entre vocês duas não é mera coincidência. Vocês precisam encontrar seus pontos de controle, seus portos-seguros. -ela falou apressada. -No décimo sexto aniversário irão acordar, vocês e "Eles". Cuidado com suas escolhas ou poderão destruir o mundo que conhecem.

–Você é amigo ou inimigo? O que quer de nós? Por que a gente? -perguntei tentando me controlar.
–Entre os dois. Não suspeite de mim menina. Não fui eu que planejei tudo isso. Eu só vim lhes dar um aviso. Não esqueçam do que eu falei. -ela falou e depois olhou para Quiron. -Μετά την αφύπνιση την αποκάλυψη θα ξεκινήσει. -falou e fechou os olhos. Ela havia partido.

Nick foi de encontro ao chão, inconsistente. Eu corri e a segurei antes que batesse no piso.


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Notas finais do capítulo

Pergunta do dia: Qual seu personagem favorito do sexo oposto?
Esperamos não demorar tanto na próxima, vamos nos esforçar pra isso!
Até breve!



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