Contrato assinado escrita por D S MIRANDA


Capítulo 7
Descontrole II


Notas iniciais do capítulo

Amores olha eu aqui de volta.
Nesse capítulo damos adeus ao nosso bom e velho Edward e damos um belo olá para o Novo Edward.
Agora sem mais delongas Boa leitura!
:d



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Forks 12:30
Edward mal podia acreditar no que estava acontecendo, em menos de um dia de sua volta para a escola e sua vida já começou a valer a pena, ele havia batido de frente com Jacob, ele sabia que aquilo ia ter volta, mas pouco importava as consequências, o fato de saber que não era mais um ratinho que ficava paralisado com a simples menção da escória.
"Eu já morri vezes suficiente para saber que o que eu levava não era digno de se chamar de vida.
Agora eles podem vir para cima de mim, que eu estou pronto para os por em seus lugares." Pensava Edward totalmente absorto em seus pensamentos, enquanto resolvia os cálculos de uma prova surpresa.
—Senhor Cullen, por favor, a sua prova.- Falou o professor, após olhar para a prova de relance, Edward soube que a tinha gabaritado.
Assim que saiu do Liberty, os pés de Edward o guiaram para a casa de Bella, ele precisava lhe contar a boa nova, as suas aulas haviam funcionado mais do que eles tinham imaginado ser possível.
Faltando apenas alguns metros para chegar à casa de Bella, ele viu o carro de sua mãe.
"O que o carro da minha mãe está fazendo estacionado perto da casa de Bella?" - pensava Edward espreitando o carro e olhando pelo vidro atrás de algo suspeito. “Será que ela tem um amante?”
— E daí? Ela é jovem e merece ser feliz assim como você. – murmurou Edward para si mesmo.
“Eu preciso contar isso para Bella, ela com certeza vai se orgulhar de mim” Pensou enquanto roubava um lírio do jardim de um dos vizinhos e rumando a passos largos para a casa de Bella.
Assim que ele se preparou para bater à porta, ele começou a ouvir a voz de sua mãe retumbando por entre as paredes, tomado por uma curiosidade mórbida, Edward se dirigiu até a janela da sala de estar por onde conseguiria ouvir melhor a discussão que se acalorava a cada instante.
—Se eu sou uma prostituta, como você mesma disse, nada melhor do que você ter me contratado.- a voz de Bella soava irônica, mas Edward sabia que ali no fundo havia uma dor velada.
— Mas eu nunca pedi para que você transasse com ele, eu pedi apenas que você trouxesse à tona a força que ele tinha e se tornasse o homem que eu sabia que ele tinha potencial para ser, e não o arremedo de homem que ele insistia em se tornar. Mas eu sempre quis que ele iniciasse a sua vida sexual por amor e não para provar ao mundo que ele era capaz de levar uma mulher para a cama.
—Esme, Chega. Você me contratou para ajudar Edward a se tornar uma pessoa mais confiante e foi isso que eu fiz. O sexo foi só sexo, como se ele tivesse ido á um prostíbulo, mas não precisa pagar o programa, isso fica como um brinde, agora faça-me o favor de se retirar da minha casa, eu preciso descansar.
— Espero que você ao menos tenha se prevenido, eu não quero ser avó de uma criança gerada dessa maneira tão suja.
—Fica fria, eu não estou grávida e mesmo se eu estivesse, pode ter certeza de que eu abortaria, eu nunca ia querer trazer mais um zero à esquerda como o seu filho ao mundo. Agora some da minha frente, some! Some!- Berrou Bella já fora de si.
Do outro lado da janela, Edward sufocava um soluço, que começava a brotar em meio as lagrimas que agora lhe lavavam o rosto.
As palavras duras daquela discussão haviam o atingido em cheio, as pontadas de dor se espalhava por todo o seu corpo, como se milhares de agulhas estivessem lhe penetrando a carne, aquilo estava lhe doendo mais do que qualquer surra que a escória do Liberty já pudesse ter lhe dado.
Curvado sobre si mesmo, Edward se manteve escondido até ter certeza de que não seria visto saindo tão fragilizado de trás dos arbustos do jardim de Bella.
{...}
A noite já ia alta e Edward ainda não tinha voltado, Esme andava de um lado para o outro da sala enquanto ligava pela enésima vez para Edward.
—Se você não está conseguindo falar comigo é óbvio que eu não quero falar com você, se quiser deixe uma mensagem depois do sinal, se não quiser foda-se. – falava a voz de Edward claramente alterada pelo álcool.
—Edward, sou eu, sua mãe, pelo amor de Deus assim que ouvir essa mensagem me retorna, estou muito preocupada com você.- sussurrou Esme contra o fone, antes de desabar no sofá com o rosto encoberto pelas mãos, rezando baixo enquanto as lágrimas desciam largas pelo rosto.
De repente o silencio da casa é rompido pela porta sendo escancarada por um Edward bêbado, que mal podia se manter em pé.
—Edward por onde você andou?
— Não te importa- respondeu Edward tropeçando e indo rumo à escada.
—Me importa sim, - Falou Esme se agarrando ao braço de Edward – eu sou a sua mãe e você me deve respeito.- As lágrimas voltaram a lavar o rosto de Esme.
—Não me enche o saco velha – retrucou Edward se livrando das mãos de Esme com um safanão.
—Edward Masen Cullen, enquanto você morar embaixo do meu teto você me deve respeito. - Berrou Esme lutando contra a vontade de bater em Edward, ele parecia estar fora de si, e Esme não se culparia de bater em Edward se essa fosse a única maneira de o trazer de volta, daquele troglodita em que o corpo de Edward havia se tornado.
—Não seja por isso. A partir de hoje, eu não moro mais sob o seu teto, eu não preciso mais dele. – Respondeu Edward calmamente como se saboreasse o poder que aquelas palavras tinham.
—Não... Não me diga que você vai para a casa que o seu pai te deu, eu te proíbo de se vender por tão pouco- Berrava Esme tentando bloquear a passagem de Edward para o quarto.
— Eu não me estou me vendendo, eu estou apenas indo atrás do que é meu por direito, e não tem quem vai me impedir... Não era isso que você queria? Um homem de verdade, pois bem, homens de verdade não vivem na barra da saia das mães. –Retrucou Edward passando reto por Esme ignorando por total a sua vã tentativa de bloquear a sua passagem.
{...}
Minutos mais tarde Estava na sala com uma garrafa de whisky numa mão e um copo na outra, assim que Edward apareceu no alto da escada foi alvejado pelo copo, mas graças ao estado de embriaguês de Esme ele não foi atingido.
—Edward eu não te pari pra você me abandonar e nem para vender a sua alma para o seu pai- Berrava Esme entre soluços – você não vai sair dessa casa,pra morar sozinho, não hoje.
—Esme, eu sou emancipado, você se lembra? Esse foi o acordo para não haver briga pela minha guarda, eu vou apenas usar os meus direitos.
—Edward, você só vai sair daqui hoje se for morto... Eu te pus no mundo e posso muito bem te tirar dele, eu prefiro te ver morto a ser um perdido igual ao seu pai.- falou Esme calmamente enquanto quebrava a garrafa que tinha na mão e avançava ameaçadoramente na direção de Edward.
—Então me mata! Acaba de uma vez comigo, a alma você já conseguiu matar, agora só falta o corpo. Me mata ou me deixa ir embora... De toda maneira, hoje eu saio da sua vida.
— Porque você está fazendo isso comigo?- perguntou Esme soltando a garrafa.
— Você sabe- respondeu Edward passando por Esme.
A casa que Carlisle havia dado à Edward era um duplex, muito bem posicionado, ele ficava a apenas alguns quilômetros do centro de Forks e próximo à saída para Port’angeles, um abatedouro perfeito como Carlisle havia dito para Edward, quando entregou a chave para ele em seu aniversário de 16 anos.
Com muita dificuldade Edward encontrou o buraco da fechadura e abriu a porta, assim que adentrou a sua nova casa ele percebeu que a casa tinha sido recentemente limpa, com um pouco de receio, Edward seguiu para o quarto e agradeceu por ter ligado para o pai algumas horas atrás:
— Alô, pai?
—Edward? Que saudades de você meu filho... Aconteceu alguma coisa com você?
—Aconteceu. Eu decidi que quero morar sozinho e ter acesso ao adiantamento de parte da minha herança, essa proposta ainda está de pé?
— Claro Edward! Quando você está pensando em se mudar?
— Eu quero me mudar ainda hoje, tem como?
— Me dê um tempo para eu mandar limpar a casa e abastecer a dispensa, em média umas três horas e a casa estará no ponto.
— Obrigado ai.- Falou Edward desligando o telefone.
Edward já tinha terminado de subir as escadas, com passos trôpegos ele ia se despindo enquanto seguia para o banheiro, quando chegou lá se enfiou embaixo do chuveiro e deixou a água quente lhe relaxar os músculos, alguns segundos depois, as emoções o dominaram fazendo com que suas pernas falhassem o fazendo escorregar até o chão com as costas apoiadas na parede e deixando as lágrimas que o sufocavam saírem.
Em sua mente a voz de Esme e Bella ressoavam, aumentando os seus soluços até o ponto de ser constrangedor, depois de chorar todas as suas mágoas, Edward terminou de se banhar, quando viu a linha de banho que seu pai tinha mandado comprar, não pode deixa de sorrir consigo mesmo.
“A partir de hoje eu serei a cópia exata do meu pai”.


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui não custa nada deixar um comentário,sugestão ou criticas construtivas,esse autor amador vai amar!
P.s. Vou tentar postar até o próximo domingo.
Bjkos e até mais.