A arte da Guerra escrita por A Dreamy Girl


Capítulo 2
Shelter


Notas iniciais do capítulo

Essa história recebeu um pouquinho de retorno então vamos em frente! No começo vai ser bem rotina e tal, afinal se passa num porão de uma casa, se se entediarem muito avisem, mesmo que não haja muito o que ser feito... Enfim, espero que gostem assim mesmo, boa leitura!
ps: meninas do grupo do whats Igreja Swan Queen é Amor, vocês arrebentam! Escrevo por vocês, bjoks



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Emma olhou para a mãe, que estava confusa ao ver o estado em que o homem saiu da casa, e com um olhar perdido e choroso fez uma pergunta.

– Ele vai entregar a Regina mãe?

– Acho que não Emma, seu pai tem um bom coração, tenho certeza que saiu para esfriar a cabeça, eu o entendo, ele pretendia zelar por nossa segurança, tenho certeza que ele voltará e tudo ficará bem – respondeu Mary, abraçando sua filha.

– Certo, vou levar essas panquecas para Regina, e um pouco de suco. Posso subir com ela depois? Ela precisa de um banho.

– É perigoso Emma, algum vizinho pode a ver.

– Ah mãe para, o porão é lá no fundo, a escada para o meu quarto também. É impossível alguém vê-la.

– Ok filha, mas tente ser rápida por favor.

– Certo mãe, obrigada mesmo, você é demais – Emma deu um beijo na bochecha da mãe e desceu para o abrigo – hey dorminhoca acorde, Regina? Acorda.

– Olá miss Schwan, bom dia – disse a morena, dando um fraco sorriso para Emma.

– Bom dia e por favor pare de me chamar de miss Schwan, sou Emma na minha casa e pra você.

– Ok Emma.

– Trouxe panquecas e suco, você pode comer se quiser, tenho certeza que está melhor que os enlatados do armário.

Regina comeu tudo sem falar coisa alguma, estava com medo do que estaria por vir.

– Agora que está alimentada, vamos subir. Você deve tomar um banho, vamos lá, me siga.

– Não! Seus pais podem me ver, isso traria problemas pra você.

– Eles já sabem de tudo, minha mãe aceitou numa boa e meu pai logo aceitará, relaxa eles não são nazistas, você deu sorte.

Emma subiu com Regina para seu quarto, deu uma roupa limpa e esperou enquanto a morena tomava banho, assim que Regina saiu do banheiro, Mary entrou no quarto.

– Vim conhecer nossa mais nova inquilina, olá Regina, sou Mary Margaret Schwan – disse Mary, apertando a mão da garota.

– Olá senhora Schwan, sou Regina Mills. Muito obrigada por me refugiarem, não sei o que seria de mim.

– Certo Regina, jamais teria coragem de entregá-la. Manterei você escondida com a gente até a guerra acabar, aí você será livre para viver sua vida.

– Te agradeço infinitamente senhora Schwan, nunca poderei retribuir tal benevolência.

– Fique tranquila, quando a guerra acabar você poderá retribuir essa chance que lhe demos vivendo uma vida feliz. Agora vá, é perigoso ficar por aqui.

Emma e Regina retornaram ao abrigo, sentaram-se no colchão que havia ali e começaram a conversar.

– Quanto tempo você acha que eu vou ter que ficar aqui? - perguntou a morena.

– Eu não sei, espero que a guerra acabe logo, mas não sei.

– E se a guerra não acabar? E se eu perder toda a minha família? - Regina tentava segurar as lágrimas, mas não conseguia, havia muito temor em seu coração.

– Eu realmente gostaria de te dizer que tudo ficará bem, mas com toda essa circunstância, eu estaria mentindo pra você. O que nos resta é torcer para que tudo acabe da melhor forma possível.

– Você diz isso por que não é a sua família que está em apuros, eu estou com medo, preciso saber como minha família está - a esta altura, Regina chorava, de medo e desespero.

– Eu te entendo Regina, nunca saberei a dor pela qual você está passando. Torço de todo coração para que todo esse problema acabe logo e que você possa viver livre e com a sua família.

– Não entendo toda essa boa vontade que você tem comigo, você deveria me odiar, mas não o faz.

– Por que eu deveria te odiar? Porque todos odeiam? Acho que não. Você parece ser uma ótima garota, não tenho nada contra você, na verdade confesso que simpatizei com você desde a primeira vez que te vi, é estranho.

– Por que você me chama de garota? Tenho 19 anos. Já sou adulta.

– Vejo que você tem cabeça de adulta. Mas seu rosto, seu corpo e a fragilidade que ele transmite me fazem pensar em você como uma menina.

– Hm entendi. Quantos anos você tem?

– Tenho 26 anos, ninguém acredita haha.

– É verdade, você tem cara de mais nova mesmo. O que você faz da vida Emma?

– Estudo e ajudo meu pai com os casos da cidade, gostaria de ser detetive, mas nesse mundo machista não sei quando conseguirei. E você, antes de tudo isso, o que fazia?

– Sempre tive o sonho de ser bióloga, estudo plantas e animais, é a minha paixão. No tempo livre meu hobby era o hipismo, eu morava em uma fazenda e era mágico cavalgar por todo aquele lugar.

– Uau sua vida era muito boa por sinal. Você gostaria de contar o que aconteceu para vocês saírem de lá? Tenho curiosidade, até agora não entendi o que Hitler quer com tudo isso.

– Desde 1941 os soldados já tentavam levar a gente de lá mas meu pai pagava grandes somas de dinheiro e eles nos deixavam em paz. Passamos dois anos assim até que um dia, na semana passada, eles apareceram lá na fazenda e disseram que por ordens do Fuhrer nos levariam, meu pai nunca cogitou a hipótese de fugir desse país pois ele tinha muito dinheiro e pensava que poderia subornar os soldados até o fim da guerra. Mas eles foram levados, meus pais e minha irmã - Regina soluçava, desalentada.

– Calma Regina, tenha fé, eles ficarão bem - a loira via a garota soluçando e via claramente muito sofrimento em sua expressão. Relutantemente deu um abraço na morena, que o correspondeu, sentindo-se melhor instantaneamente - vamos continuar essa conversa outro dia, preciso fazer algumas coisas lá em cima. Até logo Regina.


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Notas finais do capítulo

Sei que não ficou muito longo mas foi de coração haha Comentem o que acharam e se devo me empenhar para continuar postando, beijos de luz, e se haver uma próxima, até lá!



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