A arte da Guerra escrita por A Dreamy Girl


Capítulo 1
Scare


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, aqui estou eu com mais uma fanfiction. Não imaginava postar nada do que escrevo em lugar algum mas ao longo do tempo foram surgindo umas pessoinhas que me encorajaram. Nesse caso foi uma pessoinha mesmo, bem inha... Fernanda, Fefoca, chaveirinho, uma mocinha que me enche muito o saco mas que apesar disso me inhama haha e é recíproco, esse capítulo é pra você mocinha (não me xingue ><) Agora sem mais delongas, se alguém resolver ler isso aqui, boa leitura!



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Emma não conseguia dormir. Um dos casos de seu pai estava mexendo com sua cabeça, o serial-killer matava mulheres e estampava um ponto de interrogação em seus ventres. Nunca havia demorado tanto tempo para ajudar seu pai a descobrir um criminoso, tinha um talento nato para isso, e aquilo a perturbava. Eram 3 horas da manhã e como não conseguia dormir resolveu ir para o quartinho de evidências, que ficava nos fundos da casa, para continuar analisando as pistas que haviam. Saiu do seu quarto na ponta dos pés, estava nevando, pegou seu casaco na porta, atravessou o quintal e entrou no cômodo. Se assustou com a imagem que viu, seu primeiro instinto foi gritar, mas se segurou ao ver que quem estava deitada no chão era uma menina maltrapilha, mas também não deixaria se enganar, pegou o revólver da gavetinha de seu pai e acordou a garota.

- Ei você, acorda, o que você faz aqui? Por acaso é ladra? Aqui é a casa do delegado, você não deveria ter feito isso – a loira usou um tom baixo mas autoritário.

- Não, não vim roubar nada, nem sabia de quem era a casa, por favor não me mate – respondeu a garota, assustada pela arma a sua frente.

- O que você faz aqui?

- Estou perdida, preciso achar minha família.

- Perdida? Você veio ao lugar certo então, o delegado pode achar seus pais pra você garota.

- Não, é bem mais complicado do que você pensa. Você por acaso é nazista?

- Se eu fosse já teria te entregado, estou vendo essa estrela amarela no seu peito.

- Você é filha do delegado, um empregado do Hitler, e não é nazista?

- Não. Nem eu, nem minha família, mas infelizmente temos que conviver com esta atmosfera de ódio ao nosso redor.

- Não tenho o que fazer, nem pra onde ir, acho melhor você me entregar senão pode se encrencar, ninguém me dará abrigo mesmo.

- Calma garota, vamos por partes. Primeiro, qual é o seu nome?

- Regina Mills. E o seu?

- Emma Nolan Schwan. Meu pai é americano, por isso estes nomes – respondeu a loira, sentando-se ao lado da garota no chão – então, me conta, o que aconteceu?

- Minha família foi mandada para um campo de concentração, eu consegui fugir do caminhão no meio do caminho, e aqui estou.

A loira raciocinava e estava confusa, não sabia o que deveria fazer, mas seguiria seus instintos.

- Vejo que você não se encontra em um bom estado.

- Viajei num caminhão imundo por 3 dias sem direito a ir num banheiro e tomar um banho, os soldados não são nada gentis, acho que isso justifica meu não tão bom estado não é miss Schwan.

- Olha que menina afiada, gosto disso. Você morrerá congelada neste quartinho, espere um minuto, eu já volto.

Emma voltou para casa e certificou-se que seus pais dormiam tranquilamente, arrumou umas coisas e foi para o quartinho.

- Vamos Regina, não quero acordar e te achar congelada nesse quartinho, me siga.

- Onde vamos? O que você está fazendo?

- Só me siga garota, pare de questionar.

As duas entraram na casa e a loira seguiu para o porão, empurrou uma cômoda que havia lá e uma porta de um alçapão se fez vista, Emma abriu-a e deu passagem para que a morena entrasse primeiro.

- Você pode ficar aqui, depois a gente vê o que acontece. Ali há roupas limpas e você pode dormir naquele colchão, há comida naquele armário, só não te levo para tomar um banho por que meus pais acordariam, mas logo eu resolvo isso, se troque, coma e durma, e não se preocupe, meus pais são legais.

- O que é esse cômodo?

- É um abrigo anti-bomba secreto, meu pai o construiu logo após a guerra estourar, os soldados acham que nosso abrigo é o porão, mas há esse aqui, bem seguro e escondido.

- Bem pensado. Tem certeza que posso ficar? Por que você está fazendo tudo isso por mim?

- Você fica, resolverei as coisas com os meus pais. E estou fazendo isso por você por que tenho certeza que você não merece o castigo que os alemães estão impondo, vejo uma garota assustada aqui, só isso, vou fazer de tudo para que você não precise passar por tudo aquilo. Agora preciso ir, logo amanhece o dia e meu pai dará por minha falta, acomode-se e faça muito silêncio, assim que eu puder eu volto. Boa noite – disse Emma, começando a subir a escadinha que a levaria para fora do quarto.

- Boa noite miss Schwan – respondeu a morena, atordoada com tudo que havia acontecido.

Emma voltou para a cama e exatamente as 6:00 sua mãe lhe chamou para o café da manhã, ela decidiu que contaria o ocorrido aos pais, rezando para que eles fossem piedosos. Ela se vestiu com calças, um costume que sua mãe odiava, mas nunca conseguiu se sentir bem de vestido.

- Bom dia Emma – disse David, dando um abraço na filha.

- Bom dia pai, o senhor está bonito hoje – elogiou a loira.

- O que você quer? E quanto vai me custar? – perguntou David, dando gargalhadas.

- Vamos nos sentar e comer, depois eu falo. Bom dia mãe – disse a loira, dando um beijo na bochecha de Mary.

- Bom dia senhora de calças, você não deveria ter dado essas roupas a ela David.

- Se ela gosta o que eu posso fazer? Mesmo de calças ela continua uma princesa aos meus olhos.

- Uau pai, que inspirado você está hoje. Vamos comer, estou faminta – respondeu Emma, sentando-se a mesa junto com seus pais.

A família tomou seu café da manhã, e Emma tremia de medo e ansiedade pela reação de seus pais, e suava.

- Mãe, pai, preciso ter uma conversa séria com vocês dois, mas antes poderiam responder a algumas perguntas?

- O que está acontecendo Emma? Você está começando a me assustar. Vamos, pergunte – disse Mary, sempre curiosa.

- Primeiro, vocês dois são nazistas? Sei que eu tenho a resposta mas preciso ouvir de vocês, o que vocês acham de tudo o que está acontecendo com os judeus?

- Eu acho um horror, uma calamidade injustificada, mas infelizmente nem falar isso na rua podemos, mas onde você quer chegar? – Mary fuzilava sua filha com perguntas.

- E você pai, o que acha?

- Sou delegado, tenho a SS sempre perto de mim, sei que deveria admirar as atitudes do Fuhrer mas não consigo, acho todas essas atrocidades desnecessárias, mas não posso fazer nada para que parem. Por que a curiosidade filha?

- E o que vocês acham das pessoas que escondem judeus em suas casas e porões?

- Um ato de coragem e bravura, insensato, mas honrável – respondeu o delegado, que já havia testemunhado algumas famílias serem presas por abrigarem judeus.

- Emma agora eu quero respostas, o que significa todo este interesse pela causa judia? – perguntou Mary. Emma olhou nos olhos de sua mãe e decidiu que era agora ou nunca.

- Temos uma garota judia em nosso abrigo anti-bomba, e tenho certeza que vocês não a entregarão, não é mesmo?

- Como?! O que você fez Emma? Estamos em perigo agora, explica essa história bem direitinho agora mesmo Emma Nolan Schwan – David só usava o nome completo de sua filha quando estava bem exaltado.

- Ela fugiu de um caminhão, entrou nos fundos da casa e dormiu lá mesmo. Eu acordei no meio da noite com vontade de ir ao quartinho de evidências, fui lá e a encontrei, conversamos e eu não tive coragem de entregá-la, ela é só uma garota, uma jovem assustada. Levei-a para o abrigo e ela lá está, e estou contando tudo pra vocês porque confio na benevolência de seus corações, o que vocês farão?

- Temos alguma opção? Não tenho coragem de entregar uma garota para ser maltratada e morta, quantos anos ela tem Emma? – perguntou Mary.

- Não perguntei, deve ter por volta de uns 17 ou 18.

- É perigoso, já vi muitas famílias serem presas e punidas por fazerem isso – manifestou-se o chefe da família.

- É só uma menina David, você sabe o que aconteceria com ela, teria coragem de ser o culpado pelo sofrimento dela? – perguntou Emma.

- Eu não seria culpado! O Fuhrer seria! São ordens dele! Desobedecê-las nos coloca em grande perigo.

- Aquele abrigo é bem escondido e além disso você é o delegado, ninguém vem revistar nossa casa.

- Mas é o meu dever fazer todos seguirem a lei e não posso quebrá-la! Temos que entregar essa garota, o risco é alto demais!

- Eu esperava mais de você pai! Sempre te achei um homem honrado e corajoso mas vejo que errei em meu julgamento! Saiba que eu jamais te perdoarei se você entregar Regina! É seguro, ninguém irá descobrir! A única coisa que lhe impede é esse medo idiota e irracional – respondeu Emma, aos berros.

David saiu da cozinha furioso, pegou seu casaco e saiu, deixando Mary e Emma falando sozinhas.


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Notas finais do capítulo

Um capítulo pra vocês terem ideia do que a fic vai tratar, como podem ver é totalmente AU peguei só os personagens e talvez um pouco da personalidade deles. Se alguém gostar deixe nos comentários, pois essa não será como a outra que postarei até o final haja o que houver, só vou continuar se houver retorno u_u Espero que alguém curta, e se tiver uma próxima, até lá!



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