Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 8
Daenerys


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Daenerys Targaryen se sentou, com cuidado, em seu novo trono, forjado pelas espadas de seus inimigos. Estava pronta para receber audiências, assim como fazia em Meereen.

Mas, diferente de Meereen, as exigências dos westerosis pareciam mais fáceis de resolver. A maioria dos homens iam até ela pedindo que lhe fosse pago tudo que foi perdido pela guerra entre o Alto Pardal e a Rainha de Prata. Daenerys achou justo pagá-los.

Seu pequeno conselho baseava-se em Missandei, que a garota nomeou como sua Mão. Missandei é tão inteligente quanto a metade dos homens nesta sala e mais sábia do que todos eles, pensou a garota, fitando todos que estavam presentes na Sala do Trono. Colocou Aggo, Jhogo e Rakharo, seus companheiros de sangue; e Verme Cinzento como sua Guarda Real, e Sor Barristan como o Comandante. Gostaria que meu urso estivesse aqui, Dany se pegou pensando. Oh, Sor Jorah, por que você foi tão doce comigo e depois me traiu? E, como Meistre, decidiu nomear Qyburn. Um velho homem, que era Mestre dos Sussurros da mãe dos filhos do Usurpador, Cersei Lannister. Daenerys descobriu que o velho homem era melhor como Meistre do que como um espião.

Colocou seus Imaculados espalhados pela Fortaleza Vermelha e pelas ruas de Porto Real, afim de manter a ordem. Também espalhou os Corvos Tormentosos. Sabia que não deveria confiar em mercenários, mas enquanto tivesse Daario Naharis, sabia que teria seus homens. Daario arrancaria a cabeça do homem que ousasse me trair, pensou Daenerys, enquanto avaliava o homem por quem estava apaixonada: sua pose sempre relaxada, seus cabelos azuis combinando com a cor de seus olhos, sua barba loira e seu dente de ouro. E, é claro, sua espada com o desenho de mulheres nuas no cabo, que Naharis deslizava seus dedos suavemente, fazendo Daenerys se sentir excitada.

– Tem mais alguma audiência? - Daenerys perguntou para Missandei.

– Não, Sua Graça. - Respondeu a garota tímida. - Este homem foi o último.

Graças aos Deuses, Daenerys pensou. Suspirou, aliviada, e se levantou do trono, deixando sua coroa esculpida em ouro com o desenho do dragão de três cabeças de sua Casa de lado.

– Gostaria de um banho quente. - Se voltou para Missandei. - Por favor, peça para as minhas aias dothraki providenciarem uma banheira para os meus aposentos.

– Esta uma fará isso, Sua Graça. - Respondeu Missandei, fez uma reverência e saiu da sala.

Seus Imaculados e Daario Naharis foram saindo, um por um, da sala do Trono. Quando Barristan se virou para segui-los, Daenerys o chamou:

– Sor Barristan. - O homem se virou.

– Sim, Sua Graça?

– Gostaria de trocar umas palavras com o senhor. - Pediu a Rainha.

– É claro, Sua Graça. - Disse Barristan, se aproximando o suficiente para ouvi-la melhor. - O que deseja?

– O senhor sabe onde o Regicida, Jaime Lannister, pode estar se escondendo? - Perguntou a garota, claramente ansiosa pela resposta. Barristan demorou alguns segundos para responder.

– Não sei, Sua Graça. Soube que ele tirou seu manto branco a pouco tempo. O que era de se esperar, um homem tão desonroso como ele. - Disse Barristan, fazendo uma pausa antes de continuar. - Ouvi dizer que pretendia se casar.

– Com quem? - Quis saber Daenerys.

– Me desculpe, mas eu não sei, sua Graça. - Respondeu Barristan, desconfortável.

– Isso não importa. - Retrucou a Rainha. - O que importa é descobrir onde ele está.

– Provavelmente foi se esconder em Rochedo Casterly. Agora que retirou seu manto branco, a Fortaleza pertence à ele.

– Ótimo. Mandarei um corvo para lá. - Respondeu Daenerys, imaginando se essa tal Fortaleza era longe de Porto Real. Não conhecia Westeros, tinha que admitir. Mas era nova, e tinha muito tempo para aprender. Suspirou fundo, antes de dizer: - Quero a cabeça dele.

Barristan abriu levemente a boca, mostrando surpresa, mas logo se recuperou, deixando a face sem expressão.

– Mas... Sua Graça...

– Eu quero a cabeça dele. - Insistiu Daenerys. - Preciso vingar meu pai.

– Como queira, Sua Graça. Gostaria de ir até os aposentos do Meistre nesse momento para mandar sua carta?

– Não. - Respondeu imediatamente. - Estou cansada. Quero tomar um banho, quero... - Quero Daario, Dany quis dizer. - Quero dormir. Amanhã eu estarei me comunicando com o Meistre. Isso é tudo, Sor. Muito obrigada, está dispensado.

– Sua Graça.

Respondeu Sor Barristan, o Ousado. Estava tenso, a Rainha pôde perceber. Ele não aprova minha decisão. Daenerys sempre levou muito a sério o conselho de seu velho homem, mas dessa vez, percebeu que não se importava. Preciso vingar o meu pai, pensou a garota. Imaginou o Regicida, um homem da Casa Lannister, com cabelos dourados, fincando sua espada nas costas de seu pai. Um ódio cresceu dentro de si. Estava decidida que teria a cabeça dele, só assim poderia descansar.

Subiu as escadas para os seus aposentos, onde suas aias a esperavam com uma banheira de água quente. Elas ajudaram Daenerys a se despir e, em seguida, a deixaram sozinha.

Daenerys sempre gostou de sua água fervendo. Afinal, era do fogo do dragão. E não sentia nenhum tipo de ardor em sua pele. Se sentia bem com a quentura em seu corpo. Banho quente parece lavar minha alma, pensou a Rainha, enquanto fechava os olhos, tentando relaxar seus músculos tensos.

– Mysha! Mysha! - Daenerys ouviu seu povo gritando. - Mysha! Mysha! - Eles a carregavam no colo, e a mesma sorria. Era a mãe deles, ela sabia. Podia nunca ser capaz de ter filhos, mas eles eram os filhos dela. Ela cuidaria deles até o último dia de sua vida.

E então, todas as palavras carinhosas de seus libertos viraram gritos. Algumas crianças e mulheres choravam, enquanto alguns homens a amaldiçoavam, e de repente, deixaram-a cair no chão.

– O que aconteceu? - Perguntou Daenerys, confusa. - Eu sou a mãe de vocês! - Gritou, mas ninguém parecia ouvi-la.

– Você não é a nossa mãe! - Gritou uma das mulheres no antigo idioma, enquanto segurava uma garotinha faminta no colo. - Você nos abandonou!

– Não, eu nunca faria isso. Eu... - Protestou a Mãe dos Dragões, em vão.

– Mysha nos abandonou! - Começaram a gritar - Oh, Mysha! Por que nos abandonou?

E então, seus libertos se transformaram em monstros. Alguns não tinham braços, outros não tinham metade do rosto, e a maioria não tinham olhos, ou dentes, ou cabelos.

Nós estamos com fome, Mysha! - Uma garotinha magricela sem um dos braços choramingou, segurando uma boneca de pano. - Nós estamos com fome! - Gritou.

– Queremos comer, Mysha! - Seus outros libertos gritaram.

Quando viu, eles estavam comendo sua carne. Daenerys gritou, tentando se proteger, mas eles tiravam pedaços dela mesmo assim. Sorriam sorrisos vermelhos e murmuravam uns para os outros como a carne de sua Mysha era boa.

Daenerys acordou em um pulo, e arregalou seus olhos violetas. Foi só um sonho, disse para si mesma. Oh, meus filhos. Uma mãe não abandona seus filhos. Estarei amaldiçoada para sempre. Sentiu vontade de chorar, mas engoliu. Um dragão não chora, se lembrou.

A água da banheira já estava fria, então a Rainha de Prata se levantou e puxou uma toalha para enrolar em seu corpo nu. Soltou seus cabelos prateados. Já haviam crescido o suficiente desde que subira na pira para dar a vida os seus dragões, portanto, já o sentia bater quase em sua cintura.

– Sua Graça? - Escutou uma voz conhecida através da porta de seus aposentos e, logo em seguida, duas batidas na porta. Daario, Dany sabia. Seu coração disparou.

– Pode entrar. - Disse, e o mercenário logo obedeceu. Ao vê-la só de toalha, deu um sorriso malicioso.

– Hoje não terei o trabalho de tirar suas roupas, minha Rainha. - Disse, seu dente de ouro brilhando.

– Feche a porta e venha aqui.

Daario prontamente obedeceu. Enquanto o homem se aproximava, a garota foi tirando lentamente sua toalha. Primeiro revelando apenas seus seios, até que deixou ela cair por inteiro, revelando sua barriga, suas partes íntimas prateadas e coxas.

Naharis selou seus lábios aos de Daenerys, começando um beijo intenso e apaixonado.

Daario a experimentava de todas as maneiras possíveis, sentia o gosto de seus lábios superiores e inferiores e ela o domava ferozmente. Balançava seu quadril suavemente e com um ritmo acelerado enquanto continha seus gemidos e olhava nos olhos do mercenários. Os olhos azuis do mesmo continham malícia, prazer e desejo. Sabia que seus olhos ametistas mostravam sentir o mesmo.

E, naquela noite, eles fizeram amor. Não pela primeira vez, e muito menos pela última.

E então, a Rainha de Prata esqueceu de tudo. Esqueceu de seus libertos, de seus dragões, de seus conselheiros, do Regicida. Pelo menos por aquela noite, não seria atormentada pelos seus demônios.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. :3



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